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sexta-feira, março 25, 2011

Majestoso tem equilíbrio só no Paulistão

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Corinthians e São Paulo fazem, no próximo domingo, o 168º confronto válido por um Campeonato Paulista. E até aqui, em 167 jogos disputados durante 75 anos nessa competição, há equilíbrio: foram 58 vitórias dos alvinegros (235 gols marcados), 55 dos tricolores (242 gols) e 54 empates. Já no placar das decisões disputadas entre os dois clubes na competição, também há apenas uma ligeira vantagem corintiana, com vitórias nas finais de 1938, 1982, 1983, 1997 e 2003. Os sãopaulinos, por sua vez, triunfaram nas decisões de 1957, 1987, 1991 e 1998. Mas os alvinegros ainda despacharam os rivais em quartas ou semifinais nas edições recentes de 1993, 1999, 2001 e 2009, entre outras. Na semifinal de 2000, deu São Paulo.

Porém, se há equilíbrio especificamente na disputa do Paulistão, o retrospecto geral mostra que "majestoso", mesmo, é o Corinthians. Desde 1936, ano do primeiro confronto, são 290 jogos, com 111 vitórias alvinegras (424 gols marcados), 87 tricolores (390 gols) e 92 empates. A primeira partida foi um amistoso disputado no Parque São Jorge em 22 de março de 1936, com vitória do Corinthians por 3 a 1. E o último clássico ocorreu no Brasileirão, em 7 de novembro de 2010, com placar de 2 a 0 para os corintianos. O alvinegro não perde para o São Paulo há mais de quatro anos e no domingo defenderá um tabu de 11 jogos, 7 vitórias e 4 empates.

Além do tabu, o clássico terá também a expectativa pelo possível 100º gol de Rogério Ceni, de acordo com a contagem sãopaulina (a Fifa não reconhece dois gols marcados em amistosos). Do outro lado, o goleiro Julio César tentará se manter invicto e não vazado pelo Tricolor, pois, nos dois clássicos que disputou, o Corinthians venceu por 3 a 0 e por 2 a 0. Vamos relembrar, na sequência, alguns dos jogos marcantes entre os dois clubes, exclusivamente pelo Campeonato Paulista:

Corinthians 1 x 1 São Paulo (23 e 25/04/1939) - Primeira vez que o São Paulo disputava a decisão de um estadual, o de 1938, com a competição sendo estendida até o início do ano seguinte. A vitória por 1 a 0, gol de Mendes logo aos 2 minutos de jogo, garantia o troféu. Mas a partida teve que ser interrompida 20 minutos depois, por causa de forte chuva, que obrigou o adiamento do resto do jogo para dali a dois dias. Na volta, Carlito (foto) empatou e deu o título ao Corinthians, que sagrava-se bicampeão invicto. Os sãopaulinos disseram que o gol foi feito com a mão.

São Paulo 3 x 1 Corinthians (29/12/1957) - Quase duas décadas depois, os rivais voltaram a se enfrentar em uma final do Paulistão. O clima era tenso. Na primeira fase, quando empataram por 1 a 1, o corintiano Alfredo quebrou a perna em lance com o sãopaulino Maurinho. Dias depois, Luisinho, o "Pequeno Polegar" do Parque São Jorge, encontrou o artilheiro tricolor Gino na rua e lhe deu uma tijolada. No entanto, comandado pelo veterano Zizinho (foto), pelo ponta-esquerda Canhoteiro e pelo técnico húngaro Bella Gutman, o São Paulo venceu a decisão.

Corinthians 1 x 1 São Paulo (17/12/1967) - Na década de 1960, o São Paulo optou por despejar todo o seu dinheiro na construção do estádio do Morumbi, relegando o time de futebol ao décimo plano. Foram anos terríveis, com jogadores idem. Mas o jejum de dez anos sem título esteve muito próximo de ser quebrado em 1967. Na última partida, a vitória por 1 a 0 sobre o Corinthians garantia a faixa de campeão. Porém, aos 45 do segundo tempo, Benê (foto) empatou para o rival e obrigou o São Paulo a disputar um jogo desempate com o Santos de Pelé. O Tricolor perdeu por 2 a 1.

São Paulo 1 x 0 Corinthians (13/09/1970) - Completo o estádio do Morumbi, o São Paulo voltou a priorizar o futebol e contratou o canhotinha Gérson, campeão na Copa do México, o tricampeão paulista pelo Santos Toninho Guerreiro e os uruguaios Pablo Forlán e Pedro Rocha. Em um Paulistão disputado por pontos corridos, a quebra do jejum de 13 anos sem títulos veio com uma vitória por 2 a 1 sobre o Guarani, em Campinas. Mas a verdadeira festa aconteceria na última rodada da competição, no Morumbi lotado, com uma vitória sobre o rival Corinthians, gol do ponta-esquerda Paraná (foto).

Corinthians 3 a 1 São Paulo (12/12/1983) - O São Paulo era bicampeão paulista e tinha três jogadores que disputaram a Copa de 1982 como titulares pela seleção brasileira, Valdir Peres, Oscar e Serginho Chulapa. Mas o Corinthians, além do "doutor" Sócrates, tinha Casagrande (foto), Zenon, Biro Biro, Ataliba e outros jogadores que marcariam a chamada "democracia" no Parque São Jorge. A vitória em pleno Morumbi deu o primeiro título àquele grupo, e o bicampeonato viria em cima do mesmo São Paulo, no ano seguinte. Os tricolores só voltariam a vencer uma decisão contra o rival em 1987.

São Paulo 3 x 0 Corinthians (08/12/1991) - Depois de perder a decisão do Brasileiro de 1990 para o Corinthians, o São Paulo se via obrigado a dar o troco na disputa do título paulista do ano seguinte. E, logo na primeira partida, o meia Raí (foto) chamou a responsabilidade para si e arrasou o rival, fazendo três gols e liquidando a fatura (no jogo de volta, o time do técnico Telê Santana só segurou o empate sem gols e levantou a taça). O Corinthians voltaria a conquistar um Campeonato Paulista jogando contra o São Paulo somente em 1997, com um empate em 1 a 1 no jogo decisivo.

Corinthians 5 x 0 São Paulo (10/03/1996) - As pessoas ainda comentavam o acidente de avião que matou todos os integrantes da banda Mamonas Assassinas, uma semana antes, quando o Corinthians literalmente atropelou o São Paulo na primeira fase do Paulistão, em jogo disputado em Ribeirão Preto. O "animal" Edmundo (foto) fez dois dos cinco gols naquela que ainda é a maior goleada do clássico. Souza, Róbson e Henrique completaram o placar contra o time recém-assumido por Muricy Ramalho, após a doença que havia afastado Telê Santana do futebol, em janeiro.

São Paulo 3 a 1 Corinthians (10/05/1998) - No primeiro jogo da decisão, o Corinthians do técnico Vanderlei Luxemburgo venceu por 2 a 1 e a imprensa falou em "nó tático" sobre o São Paulo de Nelsinho Baptista. Irritado, o técnico tricolor sacou Dodô do time e botou Raí, que tinha voltado naquela semana da França e disputaria sua primeira partida no retorno ao Brasil. Resultado: o veterano mandou na decisão, fez o primeiro gol e deu o passe para França (foto) fazer o segundo - o atacante ainda faria outro, após passe de Denílson, que se despediu do São Paulo naquele dia.

Corinthians 3 x 2 São Paulo (22/03/2003) - Depois de despachar o rival em duas fases mata-mata em 2002, na Copa do Brasil e no Torneio Rio-São Paulo, o Corinthians voltou a vencê-lo no ano seguinte. Foi a última final de Paulistão que reuniu os dois times, e o Timão de Jorge Wagner (foto), que depois jogaria pelo São Paulo, e de Liédson, que está de volta agora ao Parque São Jorge, venceu as duas partidas decisivas, por placares idênticos, e levantou a taça. A derrota teve sérias consequências no Morumbi, com as saídas de Ricardinho e Kaká logo depois, sob pressão da torcida.

São Paulo 3 x 1 Corinthians (11/02/2007) - Os sãopaulinos nem desconfiavam, mas aquela seria a última vitória sobre o Corinthians antes de um longo tabu, que já dura mais de quatro anos. Naquele jogo do Paulista de 2007, Lenílson (foto), Rogério Ceni e Leandro fizeram os gols do tricolor. De lá para cá, o Corinthians conseguiu vitórias marcantes, como nas semifinais do Paulistão de 2009. Na primeira partida, Cristian marcou o gol da vitória nos acréscimos. Já no segundo jogo, Ronaldo arrancou do meio campo para fazer um gol fenomenal.

Neymar, Pelé e PV

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Na noite de quinta-feira, 24, líderes de oposição interna do PV reuniram-se na zona leste de São Paulo. Em jogo, o lançamento da "Transição Democrática", um movimento por mais abertura e menos controle da legenda por parte de José Luiz de França Penna (SP), deputado federal e presidente nacional dos Verdes desde 1999, e outras figuras, como José Sarney Filho (MA).

Foto: José Cruz/Agência Brasil
Marina Silva era a principal figura em destaque, mas outros caciques participaram, com destaque para o também deputado federal Alfredo Sirkis (RJ), que presidete o diretório fluminense. Ele é responsável pela maior parte da formulação do movimento intrapartidário e foi dos que mais falou. Mas Fernando Gabeira, ex-deputado e candidato segundo colocado na eleição ao governo do Rio de Janeiro em 2010, e outros parlamentares e prefeitos deram seu recado com críticas mais ou menos duras a (ainda que todas veladas e sem menção ao nome de) Penna.

O motivo da celeuma ocoreu em reunião da executiva nacional, a primeira desde o fim do processo eleitoral, em que Marina abocanhou 20% dos votos no primeiro turno da corrida ao Palácio do Planalto. O quase vitalício mandatário do PV aprovou, por sugestão de Zequinha Sarney, uma determinação de esticar seu breve mandato por "até" um ano. No período, seria conduzida uma série de seminários e uma convenção nacional para debater (ou encontrar) os rumos da agremiação.

Parece que a manobra fez cair uma ficha para Marina, Sirkis e cia., a de que algumas lideranças resistem a mudanças na legenda que levam a perdas de poder de influência e caminham para um destino incerto. O próprio Penna atribui o "vendaval" a um "surto de partido grande", sugerindo que o tamanho real dos Verdes é médio e sem homogeneidade nacional.

Ao que interessa

O fato é que a turma estava animada com a movimentação de gente (partido?) grande, propondo democracia e renovação programática. Tudo em um contexto de aproveitar a "explosão" da militância pró-Marina em 2010, e coisa e tal. Boa parte deles evitava o tom separatista a todo custo, fazendo até elogios ao que foi produzido pelo grupo de Penna.

O auge foi cunhado pelo deputado federal Guilherme Mussi (SP). Primeiro, ele disse sentir "vergonha alheia" por certos companheiros que estariam até esboçando um movimento "sai, Marina", paródia do "Vem, Marina" de 2009. Depois, amortizou.

Mussi declarou que os dirigentes que agora pareciam resistir a mudanças foram importantes e fizeram muito pelo partido, mas era hora de mudar, renovar, arejar. E chegamos finalmente à metáfora com futebol que justifica o título deste post: "É como se, na Copa de 2014, o Pelé quisesse jogar na seleção no lugar do Neymar. Não queremos negar que ele contribuiu bastante, mas o momento é outro".

Pelé não foi localizado para se manifestar a respeito da comparação.

quinta-feira, março 24, 2011

Com e sem Lucas: a diferença pelos números

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Por Moriti Neto



A estas alturas do dia pode ser chover no molhado discutir se Lucas fez falta ao São Paulo na derrota para o Paulista de Jundiaí. No entanto, vou tentar me fundamentar em números – com o auxílio de levantamento feito pelo diário de esportes Lance! –, pois é aí que a diferença de rendimento do time com e sem o camisa 7 se mostra gritante.

Começa que, com o meia, são seis vitórias e um empate. Portanto, Lucas ainda não perdeu nos jogos pelo São Paulo em 2011. Atuou sete vezes e está invicto. Depois de sua chegada da seleção sub-20, onde foi figura destacada na conquista do Sul Americano da categoria, a campanha são-paulina melhorou sensivelmente, somando-se Campeonato Paulista e a única peleja disputada na Copa do Brasil, contra o Treze da Paraíba. Já sem o garoto, a coisa fica em cinco vitórias e quatro derrotas.

Quando o jogador fez a primeira partida pelo clube no Paulista, o Time da Fé ocupava o quarto lugar na competição. Antes de atender a convocação de Mano Menezes e partir para Londres, onde será disputado, no próximo domingo, o amistoso entre as seleções de Brasil e Escócia, a equipe figurava na liderança, que foi perdida justamente sem ele, em Jundiaí.

Se observarmos a média de gols anotados pelo São Paulo no ano, também se percebe crescimento com Lucas em campo. Sem o atleta de 18 anos, a média do Tricolor é de dois gols por jogo. Com ele, a média sobe para 2,2.

Pode ser só coincidência, mas até o número de gols que a equipe toma, mesmo com o jogador fazendo parte do setor ofensivo, muda radicalmente. Com Lucas, apenas um tento em sete partidas. Sem o jogador, foram nove gols em nove jogos. Talvez porque a bola passe mais tempo no campo do adversário e/ou o esquema fique mais sólido e compacto com um homem que transite bem com a redonda, além de recompor rapidamente quando o time a perde. É possível, ainda, que os adversários se preocupem mais com a marcação, perdendo algo da capacidade de ataque.

Finalizando assim, o que seria apenas conjectura, com o auxílio dos números, ao menos pode se tornar hipótese.

PS: Aos que dizem que os são-paulinos só escrevem pro Futepoca na vitória, cá estamos eu e o Marcão num momento nem tão feliz (ainda que discordando sobre a ausência do Lucas). Espero que depois da próxima rodada, possamos postar textos sobre quebra de jejum e – quem sabe? – o centésimo gol.


Moriti Neto é torcedor do São Paulo e escreve sobre o Tricolor Paulista no Futepoca. Qualquer são-paulinismo exacerbado não é de responsabilidade de quem publica, hehe...

Som na caixa, manguaça! - Volume 67

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VOU SIM, QUERO SIM

Los Borrachos Enamorados

Ei, tu quer beber? E então!
Beber o quê? Mé com limão!
Tu quer fumar? E apois! Fumar o quê?

Vou sim, quero sim, posso sim
Minha mulher não manda em mim
eu vou sim, quero sim...
Vou sim, quero sim, posso sim
Minha mulher não manda em mim
eu vou sim, quero sim...

Ei, no meu fusquinha, vamos sair?
No Jaraguá, Los Borrachos toca lá
E aí? Em Maceió tem brega adoidado, venha!

Vou sim, quero sim, posso sim
Minha mulher não manda em mim
eu vou sim, quero sim...
Vou sim, quero sim, posso sim
Minha mulher não manda em mim
eu vou sim, quero sim...

Ei, tem duas negas
E aí, negão? Vamos arrastar?
No Xanadu a gente bota o bicho lá
Quem és tu? É baitolão?
Tu vai ou não?

Vou sim, quero sim, posso sim
Minha mulher não manda em mim
eu vou sim, quero sim...
Vou sim, quero sim, posso sim
Minha mulher não manda em mim
eu vou sim, quero sim...

(Do CD "O Primeiros", Gravadora Maikai, 2010)

Festival de falhas e de gols perdidos

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Eu ia fazer esse post na linha da "diferença que um meia faz" (ou a falta dele), analisando o desempenho do São Paulo sem Lucas, mas, já que o Anselmo aproveitou o mote para falar do bom retorno de Lincoln no Palmeiras, vou comentar a derrota por 3 a 2 para o Paulista, em Jundiaí, por outro ângulo. Até porque penso que Lucas nem fez tanta falta assim, pois o time criou dezenas de boas jogadas de ataque durante todos os 90 minutos, até mais do que nos jogos anteriores. O problema foi exatamente a impressionante capacidade de perder gols. Fernandinho foi o pior nesse quesito. E, para completar o desastre, teve falhas sucessivas da defesa.

Tomar um gol com menos de dois minutos de jogo acontece. Mas quando esse gol é produto de uma lambança generalizada, preocupa - e prenuncia uma derrota certa. Se prestarmos atenção no lance, o lateral Weldinho pega a bola livre, num buraco da defesa, sofre um combate tardio e inútil do (perdido) volante Casemiro, avança frente a um bolo com três zagueiros sãopaulinos batendo cabeça, chuta forte, Rogério Ceni espalma errado, para o meio da área, e Fabiano mergulha desengonçado para fazer o gol tranquilamente, embolado com um Alex Silva que (mais uma vez) ameaçava fazer pênalti. Sim, o goleiro errou. Mas a falha foi geral.

Ok. O São Paulo assimilou bem o golpe e partiu logo para a pressão no ataque. Perdeu vários gols feitos, dois deles com Fernandinho, inacreditáveis. Dava pra ter virado a partida fácil, fácil. Daí, como "quem não faz, leva", o ataque do Paulista puxa uma bola para a esquerda e toda a defesa do São Paulo acompanha, ingenuamente. A bola é rolada para a direita, onde o destaque Weldinho surge livre para fazer 2 a 0. Nem sinal do lateral-esquerdo Juan, que não marca e nem apoia. Não por acaso, seria substituído por Carpegiani, dando lugar a mais um atacante - mas aí a vaca já tinha ido para o brejo...

O São Paulo iniciou a segunda etapa com o mesmo ritmo, pressionando, criando jogadas, chegando na frente - e, pra variar, perdendo gols incríveis. Ilsinho, que entrou no lugar do (péssimo) Casemiro, era o melhor em campo, chamando a responsabilidade pra si, tabelando, driblando e partindo pra cima, no mesmo estilo de Lucas. Foi assim que cavou um pênalti, cobrado por Rogério Ceni. Do jeito que o time estava jogando, dava para acreditar no empate e até na virada. Mas a defesa bateu cabeça de novo e Vanderlei surgiu completamente livre para encaixar uma bola entre as pernas do goleiro sãopaulino. O Paulista ganhou o jogo nesse lance. E, dois minutos depois, Fabiano ainda perderia um gol feito, na cara de Rogério Ceni.

Fernandinho bem que tentou se redimir, com uma jogada de linha de fundo e uma assistência para o gol de Dagoberto, que fechou o placar. Porém, já era tarde. O time cansou de tanto correr e pressionar, e o Paulista administrou o resultado. Para domingo, no clássico contra o Corinthians, desejo só duas coisas: que o time jogue tão bem quanto jogou contra o Paulista, mas que a defesa não cometa 1% das falhas bisonhas de ontem e que o ataque melhore 100% as finalizações. Caso contrário, o tabu do adversário, de mais de quatro anos sem derrota para nós, tende a aumentar mais ainda...

A diferença que um meia faz

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Lincoln voltou, apesar de ter uma grana a receber de luvas do Palmeiras e apesar de a diretoria do clube ter uma disposição de corte de despesas mais determinada do que se Antonio Palocci fosse tesoureiro. Jogou bem e armou o time.

Tudo bem, o adversário era o Linense. Os 3 a 0 da vitória de quarta-feira, 23, poderiam ter sido mais se a falta de pontaria que vem se tornando marca registrada da equipe de Luiz Felipe Scolari. Tudo bem (2), Patrik conseguiu pôr o pé na forma e fazer dois dos gols. Nas partidas anteriores, ele atuou bem, mas conseguia errar mais chutes a gol do que Kléber.

E registre-se que o meia foi a campo em uma formação mais conservadora, com Rivaldo (volante de ofício) na lateral-esquerda. Gabriel Silva, que atuou nas últimas partidas, avança mais e puxa mais contra-ataques – e joga mais – do que o improvisado.



Mas sem Valdívia, contundido, o camisa 99 fez sua primeira partida pela equipe no ano. Ele esteve no departamento médico, mas estava encostado por essas pendências com os cartolas.

A volta não salva a lavoura, porque não se trata de um jogador tão regular a ponto de resolver todos os jogos, mas melhora bastante a qualidade de passes e a criação. Nas partidas anteriores sem o meia chileno, o time dependeu de Marcos Assunção, Tinga e Marcio Araújo para criar. Por mais que sejam volantes com mais ou com menos qualidade de passe, não são meias, que criam, armam, enxergam o jogo.

O meia

A ala santista do Futepoca pode escrever melhor, mas a rodada teve um outro meia fazendo diferença. E que diferença há entre o do time da Baixada e o supracitado do Palmeiras. Paulo Henrique Ganso é muito mais jogador do que Lincoln, e foi destaque na vitória do seu time na partida de quarta.

Tudo bem (3) que foi com contra o Mogi Mirim. Mas mesmo com os nove desfalques, colocou ordem na casa, deu passes aos montes e mandou avisar que vai deixar saudades (se e) quando deixar o Santos.

Que diferença faz um meia. Vai ver é porque estoque desse tipo de jogador anda baixo há alguns anos e essa ausência vem se tornando crônica.

Timão, o Rei, e a liderança

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Depois de alguns anos de Butantã, fui conferir o óbvio quando o assunto é assistir jogo no boteco: o Rei das Batidas, reduto de uspianos, estudantes e professores, e clássico absoluto da região. Eis que o bom bar tinha não uma, mas logo três televisões ligadas, uma delas com o jogo do Timão – nas outras passava o São Paulo.

Em minha jornada solitária, consumi duas cervejas e vi um Corinthians bastante aguerrido no primeiro tempo. Marcação adiantada, pressionando a saída de bola. Faltava um pouco saber o que fazer com ela depois de tomá-la, isso é fato. Mas foram bem umas duas chances mais ou menos – uma boa, com chute de Dentinho, que jogou bem – até o gol de cabeça de Paulinho, em escanteio batido por Morais.

Vantagem adquirida, surpresa das surpresas, o Timão recuou e assim permaneceu até o fim da primeira etapa. Postura triste para quem mostrou que podia mais, ainda que o Oeste não tenha construído nenhuma chance clara de gol – deixando para minha Serra Malte a maior parte das atenções.

No segundo tempo, novo período de animação. Aos cinco minutos, Dentinho tinha chutado outra perto da trave pouco antes de dar o passe para o belo gol de Liedson, o grande, que empatou com Elano na artilharia da competição, com impressionantes 10 gols em nove jogos disputados.


Feito o gol, feito o recuo, conforme a lei de Tite. E lá se vão mais uns bons minutos em que mesmo a Original meio sem graça que me foi servida após o trágico término das Serra Maltes levava vantagem sobre a partida. Tite, então, trocou Morais por Ramires e Jorge Henrique por Bruno César. O dois entraram acesos e, logo na primeira disputa, Bruno rouba a bola e passa para Liedson que não sei se chuta ou passa. O importante é que a bola cai para Dentinho fazer, meio de barriga. Ainda entrou William no lugar de Liedson, e em boa jogada pelo meio quase sai o quarto – mais uma participação decente do rapaz.

Nas TVs ao lado, o São Paulo levava 3 a 2 do Paulista de Jundiaí. Em parte, o resultado teve amplo protagonismo de Rogério Ceni, autor de um dos gols são-paulinos (o de número 99 do arqueiro) e responsável por falhas nos três sofridos. Com isso, o Timão passou à liderança isolada da pouco útil primeira fase do Paulista. Tal condição, no entanto, será colocada a prova no confronto direto exatamente com o Tricolor, no qual, fatalmente, Júlio César será a vítima do centésimo gol de Ceni – o Corinthians adora ajudar os rivais nessas. Mas isso não quer dizer que perderá a partida, que promete equilíbrio.

Adriano

Tem muita gente falando que o Imperador da Manguaça pode vir para o Corinthians vender mais camisas e aumentar a raiva da torcida flamenguista. O contrato seria “de risco”, com um (gordo) salário fixo de R$ 300 mil e valores variáveis que podem elevar os vencimento do cabra para mais de R$ 500 mil, caso o jogador cumpra alguns requisitos, como jogar bola e treinar. Quando esteve no Flamengo, treinando quando queria e se acabando na Cidade maravilhosa, Adriano foi artilheiro do Brasileiro e campeão. Como dirigente, não sei se contrataria. Se vier, comemoro aqui da mesa do bar e imagino uma dupla com o rápido Liedson num 4-4-2.

quarta-feira, março 23, 2011

'Exemplo pra políticos que ficam em cima do muro'

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Programa "Fábrica do Som", TV Cultura, 1983. Cena rara da banda paulistana Ultraje a Rigor com o carioca João Barone, dos Paralamas do Sucesso, na bateria. Ele substituía Leospa, que, segundo o vocalista Roger, havia aberto o pulso após cair de um muro (o baixista Carlinhos grita, no fundo: "Tava bêbado!"). Diante do infortúnio, Roger alerta que "isso sirva de exemplo para alguns políticos que ficam sempre em cima do muro". E foi cinco anos antes da fundação do PSDB!

Eu e mais 12

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Por Paulo Silva Junior

Por esses dias percebi que minha lista de grandes jornadas futebolísticas era um tanto quanto pacata: fugir da escola pra ir na Javari, quase apanhar no Primeiro de Maio, tentar arrombar um portão pra ver um jogo da Copinha de 94, ir a um treino do Guarani, o primeiro Choque-Rei sozinho, chuva de granizo num Come-Fogo, se passar por corintiano. Boas lembranças, com um pouco de verdade e um tanto de lenda, ganham agora a companhia da epopeia do último sábado. Galway, Oeste da Irlanda.

No meu último final de semana aqui na ilha, depois de dezenas de adiamentos e imprevistos, finalmente encaixei um tempo pra ir a um jogo de um dos times locais. Aqui, são dois os principais: o Galway United, da elite, e o Salthill Devon, da segunda divisão - do meu bairro e o meu escolhido pra gastar a voz. Dei uma passada no site pra pegar o caminho que me levaria ao Drom Club House, local da partida diante do Athlone Town, time também do lado de cá do país. Além das rotas, um telefone: ‘ligue e esclareça suas dúvidas sobre como chegar ao Drom’. É, não ia ser fácil achar a pelada.

Do portão da minha casa até a bilheteria, o marcador contou 13 quilômetros. Tá, nada mal, a bicicleta anda barulhenta, mas os pneus são novos, freios idem, vamos embora. Saí exatamente uma hora antes da partida, e em coisa de dez minutos tinha vencido a área urbana, cerca de metade do caminho. A chuva apertou, eram seis e pouco da tarde e começava a escurecer. A partir daí, me perdi muito. Sabia que estava a uns quatro, cinco quilômetros, mas não havia sinal do estádio. Placas, nada. Uma sequência de ruas iguais, gigantescas sequências de subidas e descidas sem nenhum horizonte pela frente, estreitas, de mão única, uma ou outra casa – vazias, sempre – a cada 100 ou 200 metros.

Os carros que passavam, poucos, algo como uns cinco em meia hora, não respondiam aos meus sinais em busca de informação. Até que passou uma dupla de bicicleta (uma bicicleta, um cara pedalando e outro na carona). Gritei um ‘onde é o campooooo?’, e, na descida veloz, só deu tempo de ambos apontarem o braço pra mesma direção. Bingo. Segui a indicação. Uns 40 minutos depois do previsto, cheguei no tal Drom. A entrada tem uma porteira típica de fazenda, impossível entender que é por ali. Segui uns carros e tive sorte, era lá mesmo:

- Veio de bicicleta? Corajoso, hein?

- É, minha primeira vez aqui, não tinha ideia que era difícil chegar...

- Ingresso é dez euros, mas vou fazer por cinco.

- Pô, valeu. A volta vai ser pior, né?

- Não tem luz, cara. Deixa a bicicleta aí e volta de carona, busca amanhã.

- Não! E aí, como busco amanhã? A pé?

- Ééé... Bom, vai lá, cinco minutos de partida, já. Bom jogo!


Ingresso número 13. Eram 13 os pagantes, meu recorde negativo. Eu e mais 12, fiquei pensando nisso enquanto caminhava pelo estacionamento e achava um lugar pra amarrar a magrela. Comecei a lebrar de alguns jogos "desabitados" do Palestra São Bernardo... Não, sempre dava uns 100 torcedores, pelo menos. E aqueles jogos pela faculdade, sábado, às 15 pras 8 da manhã? Umas seis namoradas, uns cinco amigos, uns três pais, um primo, um irmão. Sem dúvida, 13 pagantes era muito, muito pouco. A conta geral só aumentou porque tinha funcionários do clube, garotos da categoria de base, alguns sócios, os gandulas, os seguranças, equipe médica, funcionários da cafeteria, fotógrafos e umas crianças correndo. Tinha umas 50 "testemunhas", vai.

O cenário era uma mistura de várzea brasileira bem organizada – jogo bastante gritado, torcida formada majoritariamente pelos corneteiros-boleiros, aqueles de agasalho do clube e boné, que mais se parecem com jogadores que acabaram preteridos no vestiário -, e uma noite de happy hour no society, com mulheres falando sobre a vida no lugar protegido da chuva, peladeiros profissionais repetindo as mesmas piadas de sempre num gramado perfeito, com aquela iluminação bem forte e uns carros estacionados atrás dos gols.

Nas laterais, placas indicando as posições das torcidas, local e visitante: uns seis pra cada lado (essa é a parte que me lembra os terrões paulistas). Atrás de uma das balizas, os vestiários e uma escada pra lanchonete (café e chá por 1 euro, bolachas à vontade e TV ligada no jogo do Barcelona, o que levou alguns mortais a ignorarem o jogo in loco para ver Messi e cia.); lá de cima, boa visão para o gramado, bancos confortáveis e nada de chuva ou frio (aqui, sim, o futebol dos engravatados, o society de terça-feira).

O jogo foi bom. Muito rápido, muito pegado, muito balão, pouco espaço. Um futebol inglês com menos técnica, pouquíssimos lances bem armados ou tabelas limpas numa coleção de divididas e chegadas atrasadas e estalos de caneleiras e gritos. É jogo duro e um dezinho mais habilidoso sofreu bastante nas mãos (e pés) do quarto zagueiro. No meio do segundo tempo a chuva parou, finalmente, e decidi tomar o rumo de casa. Pedi licença e desculpas aos deuses do futebol, logo eu, tão contrário e tão crítico da turma dos 42 minutos, aquela galera que vai descendo os degraus do Parque Antártica quando ainda tem jogo, só esperando um derradeiro chute loooooooooooonge do gol pra xingar um último camisa 18 e ir embora. Mas fui pra casa antes do melão parar de rolar.

A volta foi tensa. Naqueles dez, quinze minutos na estrada escura e estreita, tive de me deitar junto das vacas e ovelhas por duas vezes. Era impossível de ser visto pelos carros, e então quando eu ouvia um motor roncar e uma luz chegando láááááá no fundo. A única opção era jogar a bicicleta no mato, pular o que parecia um primeiro nível de grama e ficar agachado ali, esperando passar. Choveu um pouco mais, nem mais forte nem mais fraco, só aquela chuva irlandesa de sempre, que mantém a mesma frequência por horas e mais horas e mais horas.

Foi um bom sábado, que terminou em pizza de microondas, cerveja barata e sorriso de canto de boca. O futebol é mesmo fascinante, e tem uma capacidade de nos tirar do estado normal de emoção que ainda me surpreende a cada final de semana.

Ah, o jogo foi 1 a 1. Mas quem ganhou fui eu.


* Paulo Silva Junior é bernardense, palmeirense e jornalista. Colabora, de forma bissexta e imprevisível, com o Futepoca. Gosta tanto de futebol quanto de cachaça. Não fosse o bastante, ainda exilou-se na chuvosa República da Irlanda.

Magoou e fez beicinho

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"Ronaldo tem o privilégio de ser carioca. Se eu fosse carioca, talvez tivesse essa despedida. Estou tranquilo, não me preocupo com isso, outros jogadores que foram muito mais do que eu na Seleção não tiveram despedida.(...) Mas o Ronaldo é carioca, a CBF fica no Rio. (...) É que ele parou agora e já marcaram despedida. Cada um é cada um, eu particularmente não preciso e nem espero essa despedida. (...) Um jogo de despedida pela Seleção não significaria nada."

- Rivaldo, sobre o amistoso de despedida de Ronaldo Nazário que a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) marcou para 7 de junho, no Pacaembu, entre a seleção brasileira e a da Romênia. Em abril de 2005, Romário, outro carioca, teve sua despedida pela seleção no mesmo estádio, contra a Guatemala.

terça-feira, março 22, 2011

E se o pessoal da redação também recebesse notas?

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Por Vitor Nuzzi

Arrisco dizer que a maioria dos boleiros não gosta de ver aquelas notas que saem nas páginas de esporte após as rodadas. Eles estão certos. Nota para atuação de jogador é a mesma coisa que avaliação de jurado para escola de samba no carnaval. O fulano dá 9.4 para a escola x, enquanto beltrano manda 8.8 para a mesma escola, no mesmo quesito. Quem pode explicar essa diferença de 0.6?

Para nota de jogadores, então, é pior. Um dá 9 e fala que o sujeito arrebentou e outro garante que o mesmo jogador pouco produziu (como se tivesse índice de produtividade em jogo de futebol) e dá 6. Isso quando a crítica dá a impressão que você viu outro jogo.

Chegou, então, a hora da vingança dos boleiros. Como diria Vandré, o cipó de aroeira de volta no lombo de quem mandou dar. É a vez de os jornalistas serem avaliados. E não adiantar chiar na coletiva!

Revisor: ficou tão preocupado com vírgula que deixou passar uma "paralisação" com z. Sem contar aquela concordância, a maioria "foram"... Foi mal. Nota 3.

Redator 1: como diria o poeta, abusou da regra 3. Tanto acostumou no recorta-e-cola que copiou um trecho inteiro escrito de um outro jogo. Merecia expulsão. Zero.

Redator 2: falou que o centroavante estava sumidão no jogo, mas sem ninguém pra tabelar e com três zagueiros em cima, queria o quê? Olha melhor na próxima. Nota 4.

Repórter 1: não prestou atenção no que rolava na entrevista e fez a mesmíssima pergunta que o colega havia feito dois minutos atrás. Pede pra sair! Nota 2.

Repórter 2: derrubou a pauta, perdeu as anotações, chegou atrasado... Já levou cartão amarelo e não se emenda. Quer ganhar o Troféu Balada? Nota 1.

Repórter 3: não quis passar informação pro colega? Passa a bola, fominha! Nota 4.

Comentarista 1: treino é treino, jogo é jogo. Futebol é caixinha de surpresas. Não tem mais time bobo no futebol. Nem ouvinte, que não aguenta mais ouvir chavão. Hora de reciclar. Nota 5.

Comentarista 2: o time A dominava até os 15 minutos, quando sofreu o gol e se desestruturou. Ou: o time B insistia no jogo aéreo... Ou ainda: o time C precisa justificar o favoritismo em campo. Fala sério, quantas vezes você já ouviu isso? Troca o disco. Nota 5.

Editor: trocou uma palavra-chave na matéria especial e cortou a matéria pelo joelho. Para arrematar, pôs um título nada-a-ver. A galera vaiou na arquibancada. Nota 4.

Arte/foto: trocou as fotos, as legendas... Reclamou da fotografia, que reclamou da arte, que reclamou do técnico. O time se perdeu em campo. Nota 2.


* Vitor Nuzzi gosta de futebol em qualquer época. Pôs os pés num estádio pela primeira vez aos 10 anos (tem 45) e não pretende tirá-los tão cedo, façam o que fizerem com a pobre bola. A sua seleção do São Paulo que viu jogar é Rogério; Zé Teodoro, Oscar, Dario Pereyra e Serginho; Chicão, Cafu, Raí e Pedro Rocha; Careca e Serginho Chulapa.

Tipos de cerveja 63 - As Roggenbier/ German Rye Beer

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Esta cerveja especial, originária da cidade alemã de Regensburg, na Baviera, é uma variante de luxo das Dunkelweizen mas, em vez de utilizar trigo, usa malte de centeio, o que as torna mais saborosas. "A aparência vai da cor de cobre até ao castanho e a espuma costuma ser volumosa e algo duradoura", observa Bruno Aquino, do site português Cervejas do Mundo. "Quanto ao álcool, não é muito pronunciado, variando entre os 4,5% e os 6%. A característica que mais se salienta neste tipo de cervejas é mesmo o seu sabor a centeio, sendo que por vezes pode parecer que estamos a beber pão liquido!", acrescenta. Marcas recomendadas: Paulaner Roggen, Burgerbrau Wolnzacher Roggenbier (foto) e Schremser Roggenbier.

segunda-feira, março 21, 2011

Liédson e Luís Fabiano entre os 10 maiores artilheiros

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Na edição deste mês, a revista Placar trouxe a sua lista dos maiores artilheiros brasileiros que ainda estão em atividade (outras fontes mostram contagens diferentes). Os números da publicação vão até 20 de fevereiro, por isso, atualizamos até 20 de março:

1 - Túlio Maravilha, 41 anos, Botafogo-DF --- 777 gols
2 - Marcelo Ramos, 37 anos, Madureira-RJ -- 436
3 - Rivaldo, 38 anos, São Paulo-SP ------------- 409
4 - Jardel, 37 anos, sem clube ------------------- 358
5 - Dodô, 36 anos, Americana-SP --------------- 335
6 - Alex, 33 anos, Fenerbahçe-TUR ------------- 331
7 - Kléber Pereira, 35 anos, sem clube --------- 319
8 - Magno Alves, 35 anos, Atlético-MG -------- 280
9 - Liédson, 33 anos, Corinthians-SP ----------- 274
10 - Luís Fabiano, 30 anos, São Paulo-SP ------ 266

Convite tentador

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Na ânsia de contratar imediatamente o técnico Muricy Ramalho, que insiste em ficar mais 20 dias "de férias", o presidente do Santos, Luís Alvaro de Oliveira Ribeiro, resolveu apelar:

"Quando ele quiser, acertamos isso tomando caipirinha e comendo um camarão. Sei que precisa de descanso, mas desejo que a gente acerte, por mim, pelos jogadores, pelo Brasil e por você [Muricy]. Não dou palpite em escalação e o treinador merece nossa confiança, ainda mais você. Por mim, começa hoje", disse o mandatário, nesta segunda-feira, à Rádio Globo.

Será que o treinador vai resistir à tentação? Se Muricy acertar com o Santos daqui para amanhã, vai ficar com fama de cachaceiro...

Empate ruim, mas não tão ruim para o Palmeiras contra o São Caetano

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Sem Valdívia, contundido e no Chile para tratamento, o Palmeiras só empatou em 1 a 1 com o São Caetano, na cidade do ABC. Os gols saíram apenas no primeiro tempo mas o visitante verde criou realmente pouco sem nenhum meia de ofício, apesar de entrar em campo com três atacantes.

Kléber, autor do gol de pênalti logo aos seis minutos, permanece garantido no ataque, Adriano Michael Jackson, em baixa, e Luan – em alta com Luiz Felipe Scolari, em baixa com a torcida – formaram o trio à frente. Foi bom no começo, com movimentação plena, mas durou muito pouco.

Tinga foi colocado no intervalo para reforçar o meio de campo de quatro volantes quando estava claro que o Azulão estava melhor no jogo. Luan também foi sacado e teve de ouvir vaias da torcida. Dificilmente a opção 4-3-3 será repetida por Felipão. Um fazedor de gols para atuar com Kléber faz falta, assim como meias no elenco.

A melhor defesa do campeonato mostrou que tem falhas, especialmente em bolas aéreas, como a que resultou no gol do São Caetano. A nota mais triste da partida foi o arranca-rabo entre Thiago Heleno e Aílton, cujo colega e zagueiro Anderson Marques foi tomar satisfação. Cenas de briga de rua (e cartão vermelho).

Deola, substituindo Marcos, o Goleiro, salvou o time, junto das traves da meta alviverde. Os planos de aposentadoria do camisa 12 porém titular indicam que Deola terá bastante trabalho na temporada.

O time está em terceiro, pega a Linense e convive com as limitações.

Contaram o milagre, não o santo

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Disposto a ver o golzinho do São Paulo que recolocou o time na liderança do Paulistão, marcado por Henrique, contra o Grêmio Prudente, liguei a TV no programa "Mesa Redonda", da Gazeta. Particularmente, detesto essas rodas de "debate", onde se palpita muita asneira e se mostra muito pouco do que interessa: os melhores momentos e os gols da rodada. Mas, logo que sintonizei, disposto a cortar o som e ler alguma coisa, de tocaia no momento em que o gol fosse transmitido, começou a passar uma matéria que me interessou, sobre as recentes repatriações de atletas que estão muito bem e que poderiam continuar fazendo uma boa grana lá fora, caso do santista Elano, do flamenguista Ronaldinho Gaúcho, do corintiano Liédson (foto) e do sãopaulino Luís Fabiano, entre outros.

A edição da reportagem não concluiu nada sobre o motivo dessas repatriações, digamos, "improváveis". Foi uma coisa mais relatorial, citando o êxodo maciço após a Copa de 1982, de Zico, Sócrates e Cerezo (Falcão tinha ido em 1980), e a volta de alguns, ainda no auge, a partir da década de 1990, como Romário (foto). Mostraram o Elano dizendo que poderia ter feito um contrato três vezes melhor na Europa, mas que o mais importante para ele é jogar e blá, blá, blá. Só quando abriram para os comentários de quem estava no estúdio é que disseram o óbvio, que a materinha se eximiu de dizer: a volta dos "filhos pródigos" tem como principal motivo a ótima situação econômica que o Brasil ostenta hoje, enquanto vários países ainda sofrem a a grande recessão detonada pela crise de 2008.

"Quando um atleta vai para o exterior, está pensando em resolver sua independência financeira, mais do que qualquer coisa. E hoje, pela nossa situação econômica, o jogador consegue voltar para ganhar quase o mesmo que ganhava lá", resumiu o zagueiro Paulo André, do Corinthians, que jogou três anos na Europa. "O futebol brasileiro vai ganhar muito mais investimentos com a Copa do Mundo, muito mais vitrine", observou o goleiro Deola, do Palmeiras (foto). Questionado sobre como pagar salários de nível europeu não tendo a mesma receita dos clubes de lá, o presidente do Santos, Luís Álvaro, foi incisivo: "As empresas hoje estão ganhando muito mais dinheiro aqui no Brasil e, por isso, tem mais para investir".

Conclusão: o festejado retorno de nossos craques, no auge de suas carreiras, é "culpa" do Lula, sim! Só não disseram com todas as letras.

Negociações - Falando em Luís Álvaro, o dirigente confirmou que Robinho (foto) poderá voltar no centenário do Peixe, ano que vem. Os salários e outros acertos com o jogador já estariam combinados, só falta a liberação da multa por parte do Milan. Hoje, segunda-feira, o presidente do Santos encerrará a discussão sobre a questão do técnico, se Marcelo Martelote será oficializado no cargo ou se outro será anunciado. Segundo ele, Muricy Ramalho não é o único nome em debate. O medidador do programa, Flávio Prado, por sua vez, afirmou que Lugano estaria negociando seu retorno ao São Paulo. E Vanderlei Nogueira observou que Kaká também quer voltar. Já Chico Lang disse que conversou com o presidente do Corinthians, Andrés Sanchez, e que este lhe garantiu que desistiu de vez do ex-imperador Adriano.