Destaques

quarta-feira, abril 08, 2015

Conhecendo os dois, terminou em cachaça...

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Em foto postada há pouco na página oficial de Lula no Feicibúqui, o time de deputados constituintes de 1988 antes de uma pelada em Brasília. Aécio Neves está agachado bem em frente ao Barba, que, de braços levantados, sinaliza o número de caixas de cerveja necessárias para o pós-arranca-toco.


Som na caixa, manguaça! - Volume 85

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LÁ SE VAI O CAMPEONATO


Domingo, chegou o grande dia
Meu time nas finais, uma tarde de alegria
No boteco, com os camaradas
A cerveja lidera a invasão da arquibancada!

Olê!Olê!Olê!Olê!......

Nossa torcida cumpre seu papel
Cantamos e cantamos, nosso time lá no céu
A defesa é como uma muralha
Nosso ataque corta como uma navalha!

Olê!Olê!Olê!Olê!......

O jogo segue empatado
O adversário luta e por isso é respeitado
E então um pênalti é marcado
Vamos ao deliro, chacoalhamos o estádio!

Olê!Olê!Olê!Olê!......

A tensão congela nossas almas
E o nosso atacante corre para a bola
O nervosismo estampado nos seus olhos
O chute muito alto e a bola vai pra fora!

Olê!Olê!Olê!Olê!......

O empate não é nosso resultado
Um pênalti perdido, lá se vai o campeonato!
A raiva nos toma o coração
Queremos quebrar tudo, mas beber é a opção

Olê!Olê!Olê!Olê!.....

Cantando, vamos para o bar
Lembrar as nossas glórias, a mágoa afogar
Apesar da alegria, ninguém pôde esquecer
Que o maldito campeonato, acabamos de perder!

(Do CD "Canções de batalha", gravadora TRREB, 2004)




terça-feira, abril 07, 2015

Problema de saúde, identificação com o clube, possível volta, até logo, até breve (Parte II)

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"Infelizmente, tem um problema com meu irmão em São Paulo, tá adoentado e o ano passado eu perdi minha mãe, que cuidava dele. (...) Eu acho que é um até logo, porque isso aqui é minha casa, né. Um dia eu devo voltar pra cá." - Muricy Ramalho, em 30/06/2002, logo após sagrar-se bicampeão pernambucano e despedir-se do comando do Náutico (veja vídeo abaixo, a partir de 02:41).


"Já comecei o ano com um problema sério, né. Acho que nem ficaria até agora. Fiquei, realmente, porque é o São Paulo, é o time que eu realmente me identifico. (...) Pode acontecer de eu estar voltando aqui, como não? Com certeza, foi por isso que eu disse um 'até breve'. Porque a gente ainda tem a esperança de, quem sabe, um dia, voltar ao clube." - Muricy Ramalho, em 07/04/2015, ao se despedir do comando do São Paulo pela terceira vez (veja vídeo abaixo, a partir de 01:36).




segunda-feira, abril 06, 2015

Muricy não completará 500 jogos como técnico do SPFC

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Desânimo: para Muricy, já deu a hora
A derrota por 2 a 0 para o Botafogo de Ribeirão Preto marcou o 474º jogo de Muricy Ramalho como treinador do São Paulo, em sua terceira passagem pelo clube (segundo levantamento divulgado pela TV Bandeirantes). Restariam, portanto, 58 jogos para igualar Vicente Feola, o recordista, que treinou a equipe 532 vezes. Mas isso dificilmente vai ocorrer. Aliás, nem perto dos 500 jogos Muricy deverá chegar, mesmo tendo contrato até dezembro deste ano. Depois da entrevista que o desanimado, desolado e irreversivelmente abatido treinador concedeu após a derrota de ontem, parece claro que seus dias - ou melhor, jogos - estão contados no São Paulo: "A gente se sente envergonhado (...) Já estou bem arrebentado com minha saúde, não aguento mais" (leia clicando aqui). Esse "não aguento mais" parece um desabafo de milhões de sãopaulinos que escapou pela garganta de Muricy, involuntariamente. E eu estou entre aqueles que nem colocam a culpa nele, pois o buraco é (muito) mais embaixo. Mas seu prazo de validade, sem dúvida, já expirou.

Se der a lógica futebolística, o Red Bull eliminará o São Paulo nas quartas-de-final do Paulistão, no próximo fim de semana. O time de Campinas vem embalado e, recentemente, derrotou o Palmeiras e empatou com o Corinthians - rivais que superaram o Tricolor sem fazer muito esforço. E a polêmica sobre jogar ou não no Morumbi nem faz diferença, pois ano passado a eliminação no estadual, para o Penapolense, ocorreu justamente diante da própria torcida. Na Libertadores, tendo que decidir a "vida" contra o Corinthians, melhor nem falar nada... O problema nem é esse. Tirando o exercício de "palpitologia", o que me faz visualizar a guilhotina caindo sobre o São Paulo e, consequentemente, sobre Muricy, é a "falta de tudo" no time da capital. Falta de esquema tático, de padrão de jogo, de entrosamento, de jogadas ensaiadas, de sistema defensivo, de saída de bola, de laterais, de armadores, de atacantes, de líderes, de finalizações objetivas, de técnica, de ânimo, de garra. Falta de tudo, mesmo. Este início de temporada está perigosamente semelhante ao de 2013, quando o clube afundou em crise aguda e quase foi rebaixado no Brasileirão.

Juvenal levou clube ao fundo do poço
Naquela época, Muricy retornou e, inegavelmente, foi quem salvou o São Paulo da degola. Porém, aquele alívio imediato camuflou um mau sinal: técnico que começa a ser chamado pra salvar time de rebaixamento raramente retorna ao patamar dos que brigam por título. Pior: não dá pra brigar por título, a curto prazo, em um clube totalmente desestruturado, que precisa recomeçar do zero. O fundo do poço onde o São Paulo chegou em 2013, resultado da gestão desastrosa de Juvenal Juvêncio, foi um aviso aos sãopaulinos mais conscientes de que ainda vai levar muito tempo para a equipe voltar a brigar de igual pra igual com os grandes. Essa conversa fiada da diretoria de "melhor elenco do Brasil" e de que há "obrigação de ganhar título" é, mais do que delírio e prepotência, um grande engodo. É má fé. Coitado de quem acredita nisso. Carlos Miguel Aidar e Ataíde Gil Guerreiro são dois embusteiros, que vivem de bravatas ridículas, num estilo parecido ao do Juvenal. Acorda, torcedor! O clube não tem patrocinador master há quase um ano! Já  começou a atrasar salários! A torcida sumiu do estádio! A diretoria está rachada e nem consegue chegar a um acordo para reformar o (anacrônico) Morumbi! Estamos f*! Essa é a realidade.

Vejam o desnível em relação aos dois outros rivais da capital, que ostentam arenas novas e modernas, capazes de atrair todo tipo de evento e de patrocínio, e lotam as arquibancadas todos os jogos. Fora os milhões de reias da Caixa, para o Corinthians, e da Crefisa, para o Palmeiras. O São Paulo não chega nem perto (e nem longe) de vislumbrar algo parecido e, quanto mais o tempo passa, mais a situação se agrava. E isso, lógico, tem reflexo em campo. Dá a impressão de que, quando a maionese começa a desandar, não tem quem segure. Muricy até tentou tomar alguma iniciativa. Pediu e recebeu dois laterais, Bruno e Carlinhos, com quem trabalhou no Fluminense. Considerei positivo, pois são posições-chave para o sucesso de qualquer esquema tático e, há anos, o clube não acerta nessas contratações. Não por acaso, os dois chegaram e já assumiram a titularidade. Só que, péssimos, foram parar no banco de reservas. Muricy pediu zagueiro. Veio Dória, e só por seis meses. Tirando a contusão que o deixou quase dois meses fora, também não disse ao que veio.

Souza não está jogando porcaria nenhuma
Muricy pediu Dudu para o ataque. Veio Johnathan Cafu. Pediu um volante ofensivo. Veio Thiago Mendes. Nenhum deles é titular, longe disso. E os que já estavam no elenco, e que fizeram um bom segundo turno no Brasileirão do ano passado, "sumiram" em campo - comprovando que Kaká foi, realmente, o grande responsável pelo rendimento coletivo da equipe naquela época. Atualmente, creio que a maioria da torcida não se importaria nem um pouco se fossem afastados do time titular - ou negociados definitivamente - Souza, Ganso ou Pato. Sim, Souza! Foi pra seleção mas não tá jogando nada, nada, nada. O "maestro" (!) Ganso, para mim, não serve nem para ficar no banco de reservas. Nem Alan Kardec e Luís Fabiano, que, contundidos, já vão ser desfalques para o treinador, de qualquer maneira. Duvido que alguém gostaria de ter, em seus times, algum dos zagueiros do São Paulo: Rafael Toloi, Lucão, Edson Silva ou Paulo Miranda (Dória já vai sair e Breno é mistério). E os laterais? Horríveis. Sobra vaga até para o mediano Hudson jogar improvisado. Os volantes são fracos, sofríveis. Em resumo: com que limões Muricy faria uma limonada?

Com nenhum. Por isso o treinador troca peças, incentiva novatos, improvisa esquemas, treina jogadas e... nada! Nada. O time do São Paulo, hoje, é isso: nada vezes nada. E o técnico, pra (não) variar, vai pagar o pato. O Pato, o Ganso e toda a turma de "estrelas" improdutivas e inúteis. Que, na minha opinião, a diretoria força para que estejam sempre em campo. Não tem técnico que aguente, mesmo. Se Muricy cair após prováveis fracassos no Paulistão e na Libertadores, antecipo aqui meu muito obrigado. É injusto que, após tantas vitórias e alegrias que deu para o São Paulo, seja responsabilizado por tanto vexame.


POST SCRIPTUM:

Duas horas e 15 minutos após a publicação do texto acima, caiu a notícia: