Destaques

sexta-feira, junho 02, 2006

Presidente sobe, já seu time...

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O Ibope e o Vox Populi divulgaram pesquisa de intenção de votos para presidente da república. Em qualquer simulação, com ou sem candidatos do PMDB e PPS – cujo indicado, Roberto Freire, já anunciou sua desistência, registre-se – Lula venceria no primeiro turno.

Enquanto o outrora "sapo barbudo" se vê avançando de vento em popa, o time do coração presidencial só vê revés. Segundo fontes, o Corinthians se esforça para encontrar seu arqui-rival Palmeiras na zona de rebaixamento. E morrerem abraçados. Que nojo! De la Monicca pra presidente do Corinthians! Mustafá pra vice!

Confira os links pra pesquisa na Folha on line, na Globo.com e no Estadão.

Enquanto isso, no Bar do Vavá...(1ª edição)

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Como o simpático visitante pode ler na apresentação deste blog, a intenção disso aqui é criar o ambiente, mais ou menos, de um "balcão de bar virtual". O bar é aquela democrática tribuna onde o nobre, o proletário e o vagabundo se irmanam na manguaça nossa de cada dia. Onde se discute política, futebol, cachaça, mulher (dos outros), boiolice (idem), religião, salário mínimo, guerra do Iraque, vida em outros planetas e o que mais servir para costurar as palavras entre o primeiro e o milésimo quinto gole.

Pois bem, esse espaço aqui serve então como uma extensão para todo esse papo de bêbado. Mas falta o essencial: o álcool. Por isso, como complemento do balcão virtual, costumamos freqüentar com certa assiduidade o glorioso e histórico Bar do Vavá, um dos mais antigos butecos (no sentido bíblico da palavra) do bairro de Pinheiros, em São Paulo. Fundado em março de 1956, continua resistindo com os mesmos donos, no mesmo local: Rua Fradique Coutinho n° 390, perto da esquina da Teodoro Sampaio.

No estreito espaço entre duas paredes forradas de pôsters do Elvis Presley e outros cacarecos pregados a esmo, centenas de cachaceiros folclóricos ou anônimos se revezam por entre banquetas, cadeiras de plástico e caixas de cerveja, pra molhar a goela e jogar conversa fora. Sempre com a sagaz e inesperada intervenção do próprio Vavá, que circula entre os grupinhos dando sua opinião nos mais diversos assuntos, invariavelmente arrematada com algum trocadalho do carilho.

É ali, no simpático buteco, que ouvimos algumas das mais fantásticas opiniões, versões, teorias e mentiras deslavadas da face do Universo. Sobre futebol, então, o assunto vai longe. Minha intenção, a partir de hoje, é registrar aqui algumas das pérolas ouvidas naquele recinto, para absorção e reflexão coletiva. Buenas, pra não perder mais tempo (pois é sexta-feira, estou com sede e preciso voltar pro bar), reproduzo abaixo uma polêmica das mais cabeludas disparada com toda seriedade, convicção e cara-de-pau lá no Bar do Vavá, numa dessas madrugadas:

"-Esse Ronaldinho Gaúcho não joga nada. O Robinho também não. O único craque aqui no Brasil é o Edílson!", afirmou categoricamente João, o irmão do Vavá.

É isso mesmo, companheiros: o João refere-se ao Edílson Capetinha, que hoje tira seus trocados no Vasco da Gama. Opinem agora sobre essa opinião - ou calem-se para sempre.

Hasta luego!

Ps.: Ah, só pra constar: assim que ouvimos a frase, eu engasguei e o Glauco decidiu pagar a conta e ir embora...

Após bebedeira, jamaicano é expulso da concentração

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A Federação Jamaicana de Futebol anunciou nesta sexta-feira que o atacante Marlon King foi expulso da delegação que enfrenta a Inglaterra, neste sábado, depois de ter chegado à concentração embriagado. A informação foi confirmada pelo presidente Crenston Boxhill, que afirmou ainda que o jogador estava acompanhado de pessoas no mesmo estado.
"Atos como estes são vergonhosos e desprestigiam a equipe e a Jamaica. Como presidente, me vejo obrigado a tomar esta decisão", explicou.
O jogador, 26 anos, se defendeu afirmando que não havia feito nada de errado.
Na partida de sábado, King será substituído pelo atacante Deon Burton, enquanto seus companheiros Jason Euell e Jamal Campbell-Ryce, que estiveram na festa com o jogador, serão multados com o 50% dos honorários do encontro.
Boxhill concluiu dizendo que o jogo contra a Inglaterra será uma boa prova para que o futebol caribenho seja conhecido.

Os presentes e os ausentes

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O fechamento da rodada do Brasileirão nesta quinta foi marcada pelos atacantes. Os presentes e os ausentes. No primeiro caso se encaixa Dodô, o polêmico jogador que já passou por São Paulo, Santos e Palmeiras e não deixou saudades em nenhum desses clubes. Ontem ele marcou o gol de nº 50 com a camisa do Botafogo e, ao fim da partida – mais uma derrota do Botafogo, 3 a 2 – o atleta foi realista: “Acho que a gente não vai ser campeão brasileiro. Mas vamos brigar para ficar na melhor posição possível.”

Já o atacante Schwenck, que salvou o Bota do rebaixamento ao mercar o gol de empate com o Atlético-PR, na última rodada do Brasileirão de 2004, foi o algoz do seu ex-time. Marcou dois dos três gols da vitória do Figueirense e empurrou o Alvinegro carioca para a zona do rebaixamento.

Quem também chegou na zona do desespero foi o Corinthians, que sofreu sua terceira derrota consecutiva. As últimas partidas só evidenciaram a extrema dependência da equipe em relação a Tevez, que talvez nem volte da Alemanha para o Timão. Sem dúvida, sua ausência é será cada vez mais sentida, ainda mais porque seu reserva é o limitado – para ser generoso - Rafael Moura.

Mas a última do Corinthians é piada pronta: após a enrolada negociação para contratar o zagueiro Rodrigo, ex-São Paulo, a equipe do Parque São Jorge fez uma proposta por Gustavo, do São Caetano e ofereceu os defensores Marquinhos e Marinho. Obviamente, a proposta foi recusada pelo presidente do São Caetano, Nairo Ferreira de Souza, que deve ter pensado: “juntando os dois, será que dá um?”.

Pra mau-cachaceiro

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Pro manguaça que precisa de um intensivo pra fingir ser cachaceiro -- não se preocupem, não é indireta nem confissão --, um glossário sobre o processo de produção, conservação e apreciação da marvada. Tá no site das cachaças Seleta e Boazinha, do mesmo engarrafador.

quinta-feira, junho 01, 2006

Mau-olhado tricolor

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Particularmente, sempre achei o São Paulo um time favorecido pela boa sorte. Mas a coisa anda demais. Edmilson que o diga. Foi vítima clara de catiça (era assim que chamavam na minha terra) dos sãopaulinos, que queriam ver o seu esforçado - mas limitado - Mineiro na seleção. Particularmente, não é o tipo de jogador que eu espero ver no meio-campo da seleção numa Copa do Mundo. Mas zica é zica, e eu respeito.
No Brasileirão, os secadores do tricolor conseguiram uma façanha impressionante. Zicaram ao mesmo tempo Santos, Cruzeiro e Internacional, sem contar o próprio Fluminense, no confronto direto. Com isso, fizeram o São Paulo saltar da quinta para a primeira colocação.
O São Paulo fez sua parte ao vencer o Fluminense (por 1 a 0, no Morumbi, não mais que a obrigação). O Cruzeiro, que até então tinha 100% de aproveitamento no Mineirão, empatou com o Atlético-PR por 1 a 1 com um gol aos 44 minutos dos visitantes. O Santos perdeu por 1 a 0 para o Grêmio, no Olímpico. E o Internacional empatou com o São Caetano, time que ronda a zona do rebaixamento.
Xico Sá, padrinho nacional dos secadores, deve estar orgulhoso.

PS.: Parece haver algo de místico que impede os colorados de chegar à ponta da tabela esse ano.

O PCC e o futebol

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A agência espanhola EFE informa que o Mundial de Futebol de presídios tem sua primeira edição. Realizado em Buenos Aires, a competição conta com 32 seleções -- as mesmas da Alemanha. Mas de mundial é só o nome, porque os atletas são todos de unidades prisionais argentinas. O único resultado divulgado foi o 7 a 3 da Costa do Marfim sobre a dona da casa (se é que o jargão se aplica) Argentina.

A nota informa: "As equipes, que contarão apenas com sete jogadores devido ao pouco espaço disponível para a prática do futebol dentro das prisões, jogarão com as camisas originais de cada país. A duração de cada tempo será de apenas 25 minutos, com um intervalo de dez." A arbitragem será profissional e poderá expulsar espectadores e acabar o jogo se algum dos times abrir vantagem de quatro gols.

Nas próximas horas, mais informações sobre a representação canarinho (Unidade de Dolores), que estréia contra a Austrália. É claro que omitiremos qualquer relação com CV, PCC e ADA eventualmente apurada. Agora, se aparecer el Primeiro Comando de la Provincia não será de se estranhar...

Copa e eleições

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Segundo o blog de Mauro Malin, do Observatório da Imprensa no rádio, a TV Globo definiu, em 10 de fevereiro deste ano, a dinâmica da cobertura das eleições presidenciais. Sua fonte é Milton Temer, ex-deputado federal e membro do PSol.

"Se o Brasil for finalista da Copa do Mundo, a campanha só começa no dia 1 de agosto. Se a seleção ficar pelo caminho, começa antes", informa o jornalista. Na ocasião, foram definidos padrões de proporcionalidade e formas de cobertura de cada candidato.

Que a Copa pára o país, não é novidade. A influência da Globo nas eleições, depois do traumático pleito de 1989, pouco se diferenciou do restante da mídia, apesar da relação de bate-assopra da emissora hoje em relação ao governo Lula. Mas a definição sobre a cobertura eleitoral atrelada ao desempenho da seleção canarinho no Mundial é emblemática para se discutir a velha máxima da esquerda de que o futebol é o ópio do povo.

A conquista do Tetra teve um papel importante na consolidação do otimismo geral da população quanto à situação do país no ano de 1994, ainda mais que se tratava de um título esperado há 24 anos. A mídia embalou na onda ufanista de economia em crescimento ("vôo de galinha" original, criado artificialmente por uma explosão do consumo e freado com juros que chegariam a 46% ao ano, em 1997) e deu Fernando Henrique já no primeiro turno.

Em 1998, a convulsão do "Fenômeno" horas antes da final não repercutiu no pleito. Em compensação, a bolha da supervalorização do Real ante o dólar estourou três meses depois das eleições -- menos de 15 dias depois da posse, numa manobra de populismo eleitoreiro de efeitos trágicos para o país e ótimos para alguns banqueiros.

O Penta, em 2002, criou otimismo, mas é difícil afirmar que tenha sido capitalizado eleitoralmente por Lula até porque, se houvesse tal influência, ela seria mais favorável à situação do que à oposição.

E, se em em 1970 a ditadura tentou pegar carona no tri, não foram as derrotas de 1974, 1978 e 1982 que aceleraram o processo de democratização no país. Assim como a Copa roubada da Argentina em 1978 não abalou o ímpeto da oposição ao regime militar portenho. Fica a pergunta: será que o desempenho de uma seleção é tão crucial assim para o imaginário da população e seu voto?

Jogando com doze

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Essa deu em um blog português que atende pelo sugestivo nome de "Coisas" no Futebol
:

"Ao assistir o jogo do Brasil frente a uma equipa suiça que este ano subiu à primeira divisão, pareceu-me que o Brasil estava a jogar com 12...mas depois, vendo bem, era Ronaldo...com os seus kg a mais...Ou será o equipamento que não favorece?"

Pingastronomia

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(o trocadalho NÃO é meu)

Finalmente este produto tão nobre é devidamente valorizado.


EVENTO DE PINGASTRONOMIA ABRE O INVERNO DO HOTEL SÃO GOTARDO

Para comemorar a chegada do frio nas Terras Altas da Mantiqueira, o Hotel São Gotardo (na divisa de Itatiaia/RJ com Itamonte/MG), integrante da seleta associação Roteiros de Charme, programou eventos gastronômicos para os meses de inverno. O primeiro será a Pingastronomia, dias 16 e 17 de junho.


Na sexta-feira à noite, no bar das Arandelas, os participantes da Pingastronomia irão degustar vários caldinhos típicos da cozinha mineira, como o Maneco sem Jaleco (a base de fubá, couve e paleta de porco), Canjiquinha, Mandioca e Feijão Preto. Todos chegam à mesa acompanhados de petiscos como torresmo, mandioca, lingüiça frita e da mineiríssima cachaça Pendão. Elber José Onofre, produtor da Pendão, irá falar do seu produto, sua história e como é o processo artesanal de sua produção. No almoço de sábado as opções são: frango ao molho pardo; frango com quiabo; feijão novo com quiabo servido com arroz e angu; lombo com tropeiro; costelinha com ora-pro-nobis servido com arroz e feijão em caldo e, para finalizar, doces caseiros com queijo minas.

quarta-feira, maio 31, 2006

Sobre a escassez de notícias

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Deve ser dura a vida de jornalista que cobre a preparação para a Copa do Mundo. Sem brincadeira. Ter que inventar notícia a cada minuto não é fácil. Mas a Folha de hoje, versão impressa, ultrapassou o limite do aceitável. Uma matéria de MEIA PÁGINA sobre a unha machucada do Ronaldo, com direito a retranca sobre a possibilidade de uma micose ter acometido os pobre dedinhos do jogador. O negócio foi tão sério que chamaram dois dermatologistas para especular sobre a saúde cutânea do Fenômeno.
Se fosse no site, que precisa de notícias novas o dia inteiro, dava até pra aceitar. Mas no jornal impresso não dá!! Imagina o constrangimento do repórter ligando para dermatologistas para perguntar se o Ronaldo está com micose.
link, para assinantes.

Papo doméstico

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Em tempos de Copa do Mundo, esquecemos completamente do futebol praticado em terras nacionais. Mas sim, ele existe. E com aquele cotidiano de sempre - contratações, negociações, brigas, dispensas, tumultos e até mesmo bola na rede.

Nesse contexto, passou até de certo modo batida a negociação do ano: a troca do lateral-esquerdo Lúcio pelo atacante Roger, entre São Paulo e Palmeiras.

Ambos os dois (sic) devem entrar, salvo engano, no verdadeiro ocaso de suas carreiras. O pobre Roger começou bem no Brasileirão do ano passado pela Ponte, veio pro tricolor como "revelação com potencial" e daí pra frente não fez mais nada.

Já o Lúcio é mais complicado.

Pô, não dá pra negar que ele jogou bem na Série B de 2003. "Ah, mas segunda divisão é fácil"... sim, é fácil mesmo. Mas mesmo assim tem gente que não dá certo. E o cara veio do além e foi um dos maiores destaques do Palmeiras na competição.

Dias depois da conquista do título, ainda sob os efeitos da alegria, Lúcio deu aquele que seria o mais errado passo de sua carreira: disse à imprensa que era o quarto melhor lateral-esquerdo do mundo.

Pronto. Como diriam os Racionais em Capítulo 4, Versículo 3, "aí já era". O cidadão recebeu a pecha quase irremovível de mascarado. E o que ele fez na seqüência? LUZES NO CABELO!

Amigos, eu sei que cabelo não tem nada a ver com futebol. Mas a torcida não. Quer ver um jogador vaiado pela torcida? É só fazer gracinha no cabelo! Simples!

O fato é que se o atleta quer ser visto como "irreverente", e ainda assim ser querido pela torcida, tem que jogar muita bola. Muita MESMO. Caso contrário, vai acabar sendo emprestado por aí.

Menisco?

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O volante Edmílson acabou de ser cortado da Seleção Brasileira que disputará a Copa da Alemanha. Para seu lugar foi chamado o são-paulino Mineiro. Ele havia sido chamado por Parreira apenas duas vezes: na convocação para a rodada dupla das eliminatórias contra Peru e Uruguai (não atuou em nenhum), em março de 2005, e no amistoso contra a Guatemala, em abril do mesmo ano, quando atuou o tempo todo, porém acompanhado apenas de atletas que atuam no Brasil.

O que causa estranhamento é a inesperada contusão de Edmílson. Ele vinha treinando normalmente. Atuou por quase um tempo inteiro no amistoso de brincadeira entre a Seleção e o Lucerna. No jogo, não houve um só lance em que a integridade do jogador tenha sido posta em risco. Ainda assim, os médicos da equipe acharam uma lesão no menisco e, de repente, decidiram cortá-lo.

O curioso é que o problema físico de Edmílson só apareceu depois de seu "estranhamento" com Adriano em um dos coletivos da Seleção. Edmílson acertou o rosto de Adriano e o atacante da Inter revidou com uma entrada mais dura. Nada de espetacular, mas diante da falta de notícias os jornalistas e comentaristas fizeram a festa. A questão é que Adriano parece ser um dos jogadores mais apreciados - e protegidos - por Parreira. A conspiração parece ser grande, mas diante da implausibilidade da justificativa do corte do voltante, tendo a achar que menisco é tucanação de Adriano. Ainda mais depois da declaração do atleta na coletiva de imprensa: "Não me apresentei lesionado. Pelo menos, vim sem saber que estava com isso."

ps: a mandinga dos são-paulinos é forte mesmo. Primeiro contra o Marcos, e agora o Edmílson.

Rumo ao hepta?

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De acordo com a pirâmide abaixo, seria o caso de começar a pensar no hepta.



Uma variante da pirâmide que circula pelos e-mails da vida é a conta dos 3.964, que é 1982 multiplicado por dois. Explicando com laranjas: 1958 somado a 2006 dá 3964. O mesmo vale para as dobradinhas 1962-2002, 1966-1998, 1970-1994 etc. Quando a soma resulta no fatídico número, repete-se o campeão.

Seria o caso de começar a estocar o mé pra festa do título?

Kaká ou Adriano

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Nas três últimas copas do mundo ocorreu uma curiosa repetição: um meia ofensivo é queimado pelo treinador em detrimento de um terceiro volante (ou quarto?).


Raí entrou em 1994 nos três primeiros jogos, marcou um gol na estréia, mas deu lugar a Mazinho contra os Estados Unidos nas Oitavas-de-final, uma opção mais defensiva de Parreira.
Em 1998, foi Giovanni o incinerado logo depois da estréia, já que Leonardo o substituiu contra a Escócia e não deixou mais o time titular de Zagallo. Em 2002, Juninho Paulista durou até as oitavas, contra a Bélgica, mas deixou o time contra a Inglaterra, dando lugar a Kleberson.

Dos três, Juninho durou e sofreu mais em campo. A orientação do técnico Felipão era para que ele jogasse em uma função totalmente atípica para ele, como segundo-volante-avançado -- Cláudio Coutinho, técnico em 1978, com certeza teria um nome mais pomposo, mas fica como está. Kleberson respondeu melhor à função que fazia o meia paulista correr pelo campo todo sem resover a meia-cancha.

Quem sai agora?
Essa história piromaníaca dos treinadores brasileiros vai continuar? Provavelmente. Apesar de contar com muitos defensores, a escalação do quarteto com Ronaldinho Gaúcho, Kaká, Ronaldo e Adriano -- e Robinho na reserva -- é pouco provável para além da primeira fase. Reforça a teoria o currículo da dupla Parreira-Zagallo.

Os Ronaldos são tidos como certos, um por ser o melhor do mundo e outro pelo que já provou ser capaz em copas do mundo (está a um gol de ser o maior artilheiro brasileiro isolado em copas e a três de ser o maior da história de todos os países). Resta Kaká e Adriano. Quem será o escalado para a ponta do banco?

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terça-feira, maio 30, 2006

O mistério pertence ao futebol

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Falar que a superstição faz parte do futebol é repisar o óbvio. Além do célebre caso de amor de Zagallo com o número 13, temos inúmeros outros exemplos de jogadores ou técnicos que adoram um ritualzinho básico. Antonio Lopes sempre carrega sua santinha no bolso e recorre a ela invariavelmente. Paulo Machado de Carvalho fez com que a seleção jogasse de azul a final de 1958, evitando repetir o branco do uniforme da final de 1950. Poderíamos descrever vários outros exemplos similares, mas o site da Fifa descreve um que beira o absurdo. 

O técnico da França, Raymond Domenech (foto), leva em conta o signo dos jogadores na hora de convocar e escalar a seleção. Para ele, os jogadores de Escorpião, como Robert Pires, “sempre acabam matando uns aos outros". Os individualistas e temperamentais leoninos também sofrem restrições. Johan Micoud, do Werder Bremen, culpa o seu signo por não ter sido convocado para a Copa do Mundo. "Talvez eu não esteja na seleção porque meu signo é Leão, e já havia muitos leoninos na seleção", completou.  

Como todo torcedor que se preze também tem que ter suas manias, pesquisei os signos dos jogadores da seleção e cheguei a um dado interessante. Nenhuma das seleções de alto nível da Copa tem tantos jogadores aquarianos como o Brasil. São seis deles entre os 23 convocados. Rogério Ceni, Juan, Luisão, Juninho Pernambucano, Adriano e Robinho. Quem mais se aproxima do Brasil é a Argentina, que tem quatro atletas desse signo, dentre eles Carlito Tevez. 

E daí?, você deve estar se perguntando. Fiz-me esse mesmo questionamento como um incauto que não atenta devidamente às coisas do plano astral. Procurei especialistas por e-mail, mas não obtive resposta (talvez tenham se intimidado por conta do nome do blog). Então, resolvi ir à pesquisa na internet. 

Fiquei animado. Descobri as virtudes que os aquarianos podem desenvolver em grupo. Vejam só o que achei em um site: “Além disso, (Aquário) é o signo fixo que usa a racionalidade e confia na mentalidade das pessoas enquanto coletividade, age para essa coletividade muito mais do que em relações interpessoais.” Ou seja, mesmo os reservas teriam o que contribuir para o bem-estar do time. A seqüência do texto esotérico confirma que o técnico francês pode ter razão em não convocar Micoud. “Ao contrário do signo oposto, Leão, Aquário almeja a fragmentação do poder central e a impessoalidade, a seu ver único jeito de ser justo e racional.” 

Não tenho dúvida que, com esses dados, a confiança no Brasil só vai aumentar. Ainda assim, gostaria de ressaltar que o fato do autor ser aquariano não influiu em nada na elaboração do texto.

segunda-feira, maio 29, 2006

Subir o nível (etílico) da conversa

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Futebol e política se discutem em mesa de boteco, que precisa de palavra molhada. Senão não é nem papo nem boteco. Entre as opções, a legítima nacional é a branquinha. Ou a que passarinho não bebe, a que matou o padre, a abrideira, amorosa, marvada, imaculada, martelo, bendida, aquela, uminha, purona, ou outros nomes.

Na Organização Mundial de Propriedade Intelectual (OMPI), que regula as patentes no mundo, é exclusivamente o álcool destilado do suco da cana-de-açúcar produzido no Brasil. Assim, por mais que alguns digam que o rum da América Central também venha da cana, só a cachaça é cachaça, independentemente da fermentação, da madeira empregada no envelhecimento, da forma de comercialização. O Ministério da Agricultura determina os limites mínimo e máximo de álcool (de 38º a 54º G.L), cobre e outras impurezas (benditas impurezas) que caracterizam o mé.

Enquanto isso, na mesa do boteco, não se pode confundir a "bebida de cana-de-açúcar adoçada" envelhecida em tonéis de alumínio (uma "madeira" típica do mundo capitalista) com o verdadeiro suor-de-cana-torta. Por isso, aí vão alguns critérios para apreciação da isbelique, aprendidos durante anos de dedicação e afinco e de lições do sábio, jornalista, geógrafo, observador de saci e somelier Mouzar Benedito.

Transparente (branquinha) ou amarelada, quando cai no copo forma um pequeno anel de bolhas de ar que dura pouco. (Não confundir com a glicerina adicionada em marcas duvidosas). Depois de um gole ou ao sacudir em movimentos circulares o copo, gotas devem se formar nas paredes de vidro, de modo semelhante ao que acontece com um bom vinho. O aroma e o sabor também importam. Há que se dizer que é relativamente comum a adição de caramelo na esquenta-corpo com fins de coloração, o que acaba sendo apenas mais um aspecto avaliado na apreciação, mas é bem mais difícil de perceber: palavra de manguaça. A boa chambirra não raspa na garganta, desce macia. Mas não me venham com uma purinha gelada porque isso é heresia (ou truque pra disfarçar a falta de qualidade).

Outra hora começam as dicas de marcas. Garçon, traz mais uma... Agora aquela de Januária.