Destaques

quinta-feira, maio 16, 2013

Um dia é do Galo, o outro do Boca...

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Quando cheguei ao local combinado para encontrar o camarada Nivaldo, no Centro de São Paulo, uma caixa de som trovejava o hino do Corinthians da janela de um dos sobrados antigos da Rua Direita. Foi só eu telefonar pra ele pra avisar que poderia se guiar pelo som para chegar até ali que, no mesmo instante, o hino do Corinthians acabou e começou a tocar o hino do... São Paulo! Daí o Nivaldo aparece e, ato contínuo, reparamos que nós - um sãopaulino e outro corintiano (brindados pelos hinos da janela) - estávamos no Largo da... MISERICÓRDIA. Pensando bem, é justo.

Só faltaram o hino do Palmeiras e os alviverdes deste blog...

Com nação e sem noção

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Em 2011, quando o Corinthians foi eliminado da Libertadores, um amigo comentou sobre as gozações ouvidas por um corintiano chamado Roberto Lima. Pois bem, depois do golaço do Riquelme no Pacaembu, ontem, surge a notícia de que um outro integrante da nação corintiana está passando por situação ainda mais embaraçosa: além de ter batizado o filho como Juan Riquelme (porque o Boca Juniors venceu o Palmeiras nas Libertadores de 2000 e 2001), Rodrigo Guimarães ainda tatuou o nome do jogador - e do filho - nas costas. Pois é. O mundo (da bola) dá voltas...


(Foto: Rafaela Gonçalves/ Globoesporte.com)

Corinthians fora da Liberta e duas coisas importantes

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Vou começar esse texto pela primeira coisa importante desta quarta-feira – e terminar pela segunda. Logo após o jogo, enquanto 30 e tantos mil corintianos cantavam o Bando de Loucos no Pacaembu, um manguaça gritava aqui na frente de casa: “Aqui é Corinthians, caralho!”

Isto posto, a outra coisa importante vou tratar no fim do texto.

O Corinthians foi eliminado pelo Boca dentro de casa, jogando um primeiro tempo nervoso e sofrível e um segundo tempo muito bom. Riquelme fez um golaço daqueles que renderão discussões se foi um chute ou cruzamento (eu, realmente, não dou a mínima, me importa apenas o resultado dessa tranqueira).

Em casa, precisando fazer o resultado, situação que não enfrentou na Libertadores passada, o Corinthians entrou nervoso, errando muitos passes, confundindo velocidade com pressa e facilitando o trabalho de um Boca que sabia muito bem o que queria. Os argentinos marcaram bem demais, enrolaram o que puderam, e mantiveram o jogo sob seu controle na primeira etapa inteira. Foi nela que saiu o gol de Riquelme, aos 24 minutos. E que eu abri uma garrafa de vinho.

Tite deve ter dado uma conversada muito boa no pessoal no intervalo (ou servido um vinho), porque o time voltou mais concentrado e lembrou da máxima do malandro, que sabe muito bem que devagar também é pressa. Bola no chão, Pato e Edenílson entraram bem, e em menos de um minuto Danilo chutou para milagre de Orion. Cinco minutos depois, Paulinho empatou de cabeça. Quinze minutos depois, novo milagre do goleiro argentino. Uns 10 depois, Pato perde gol embaixo da trave. E acabou, 1 a 1 e Boca classificado.

Agora, a segunda coisa importante:

- Com cinco minutos de jogo, um zagueiro boquense de nome irrelevante enfiou gritantemente a mão na bola dentro da área, em lance que rendeu um amarelo para Emerson por (justa) reclamação.

- Com uns 30, Romarinho recebe passe ninja de alguém e marca, mas o bandeira anula incorretamente. Por um bom metro, diga-se.

- No segundo tempo, lá pelos 20, Paulinho empurra para dentro uma bola rebatida. Não entendi se o bandeira marcou um impedimento inexistente – e esse era mesma linha – ou se o homem do apito viu uma falta no goleiro, o que é possível - mas não provável.

- Por fim, aos 36, Emerson entra na área e o zagueiro xeneize o empurra, de leve, mas empurra. Novo amarelo por reclamação, esse para Paulinho. Pelo jeito, quando for pênalti, amarela alguém.

Diante disso tudo, só nos resta tocar um tango argentino. E jogar muita bola no Paulistão, Copa do Brasil e Brasileirão.

quarta-feira, maio 15, 2013

Som na caixa, manguaça! - Volume 70

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SE GANHO NA LOTECA
(J.Velloso/ Andó)


Se ganho na loteca tomo todo mé
Boto fogo no barraco depois dou no pé

Eu vou plantar bananeira no meio da praça
Vão me aplaudir
Vou contar piada velha e pra me agradar
Vocês vão ter que rir
Vou passar a ser bacana, pois com essa grana
Tudo é natural
Vou trocar champanhe por Brahma, caviar por cana
Vou ser genial


(Compacto, gravadora Continental)


Tijuana 2 x 1 Palmeiras: eliminação deixa só Série B no horizonte

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Esperança não ganha jogo nem classifica de fase em torneio continental. O Palmeiras perdeu em casa para o Tijuana em pleno Pacaembu, na terça-feira, 14, e está fora da Taça Libertadores da América. Depois de estar atrás no marcador por dois tentos de diferença, o time diminuiu a diferença, e a partida terminou 2 a 1.

Eliminado.

Apesar de ter atacado e buscado criar chances de gol, o time do Palmeiras deixou claro para quem quisesse ver que falta qualidade e recursos. Ainda mais diante de uma situação adversa contra um time minimamente estruturado.

A falha terrível do goleiro Bruno no primeiro gol dos mexicanos merece poucos comentários para além do desconsolo. Um frango como não se via há muito tempo.

Foto: Barcex/WikiCommons
Frango assado em televisão de cachorro.

Enquanto a preocupação para a Série B cresce -- porque fácil não será e dá medo -- o saldo da participação na Libertadores é só o de ter passado de fase. Da primeira fase.

A torcida de atleticanos por um confronto ainda mais fácil -- até do ponto de vista logístico -- não ajudou os alviverdes. Melhor teria sido um empréstimo da qualidade e do entrosamento dos atacantes do clube mineiro... Agora, Jô, Ronaldinho Gaúcho, Diego Tardelli e cia vão visitar o México e seu gramado sintético nas quartas de final.

Então, um recado aos atleticanos de plantão: torçam pelo Corinthians contra o Boca.

terça-feira, maio 14, 2013

Felipão leva Bernard e deixa de fora Kaká e Ronaldinho Gaúcho

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Divulgada a lista de Felipão para a Copa das Confederações, está aberta a temporada de cornetas, caixirolas e vuvuzelas. A grande polêmica deverá ser a ausência de Kaká e, principalmente, Ronaldinho Gaúcho, maestro do arrasador Atlético-MG. Felipão parece ter preferido a energia e mobilidade de Oscar na articulação central da Seleção. Com Lucas e Neymar, dá um belo ataque, setor onde alguém poderá sentir falta de Alexandre Pato e ter pequena surpresa com a justa convocação de Bernard.

Vai a lista:

GOLEIROS
Julio Cesar - QPR/ING
Jefferson - Botafogo
Diego Cavalieri - Fluminense

LATERAIS
Daniel Alves - Barcelona/ESP
Jean -Fluminense
Filipe Luis –Atlético de Madri/ESP
Marcelo – Real Madrid/ESP

ZAGUEIROS
Thiago Silva -PSG/FRA
Réver – Atlético-MG
David Luiz - Chelsea/ING
Dante - Bayern de Munique/ALE

MEIO-CAMPISTAS
Lucas – PSG/FR
Oscar – Chelsea/ING
Fernando – Grêmio
Hernanes – Lazio/ITA
Luiz Gustavo – Bayern de Munique/ALE
Jádson - São Paulo
Paulinho - Corinthians

ATACANTES
Neymar - Santos
Bernard – Atlético-MG
Leandro Damião – Internacional
Fred - Fluminense
Hulk - Zenit/RUS

Pinceladas cariocas - O Taiti é aqui. E o Vasco teme o Tupi!

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por Enrico Castro

Goleiro Buffon 'vai pra galera'
Findo o Cariocão, a cobertura do Engenhão, que permanece sem data para ser reaberto, suportou ventos de 93 km na semana passada, e o governo do estado informou, para surpresa de todos, que será preciso mais dinheiro para terminar as obras do Maracanã. Enquanto se preparam para o Brasileirão, que só deve engrenar mesmo lá para outubro, os clubes do Rio, que já haviam perdido os dois supracitados estádios para o governo estadual, perderão também São Januário - que, a partir de 25 de maio, será utilizado como campo de treinamento da seleção italiana para a Copa das Confederações. Torneio, aliás, que contará com a presença ilustre dos craques do Taiti, que exibirão seu "futebol arte" no Maraca, enquanto os times cariocas continuarão amargando viagens para fora cidade (ou até mesmo do estado) para mandar seus jogos da Copa do Brasil, Libertadores e primeiras rodadas do Campeonato Brasileiro. O que será que o fino goleiro italiano Buffon vai pensar quando estiver atravessando a favela horizontal Barreira do Vasco? 
Kiko vestido como comediante
O Botafogo segue curtindo o seu 20º título estadual, número atingindo pelo Fluminense em 1971, pelo Flamengo em 1979 e pelo Vasco em 1994. Para comemorar a "façanha", o clube de General Severiano recebeu em sua sede o famoso comediante mexicano Carlos Villagrán, mais conhecido como o Kiko, do seriado “Chaves”. Ele disparou: "Garrincha foi muito grande e junto com ele o Botafogo". Ou seja, Kiko, num momento de Villagrán, mostrou conhecer profundamente o Botafogo, ao afirmar que o clube “já foi muito grande”... 
Será o fim da carreira (opa!) de Deco?
Enquanto isso, o Fluminense se prepara para o confronto das quartas-de-final da Liberadores e aguarda a definição de seu adversário, que sairá do jogo entre Olimpia-PAR e Tigres-ARG. Fora do campo, o clube se arma para as batalhas nos tribunais desportivos, onde tentará a absolvição dos dopados Deco e Michael. Os tricolores torcem para que o primeiro receba uma punição severa, o que poderia abreviar sua carreira (se é que ainda cabe utilizar este termo...) e abrir espaço financeiro para o retorno do ídolo Conca. O segundo se complicou ainda mais ao admitir que marca o nariz com cal já há algum tempo, e por isso está vendo suas chances de se tornar um crack, digo, craque, se esfumaçarem. 
Flamengo 2013 parece 'time de japonês'...
Depois de passar uma semana escondido, digo, treinando em Pinheiral-RJ, o Flamengo segue se preparando no Ninho do Urubu para o confronto decisivo contra o temido Campinense, pela Copa do Brasil. O clube resolveu abrir a mão e vem contratando a toque de caixa. Chegaram à Gávea os atacantes Marcelo Moreno, Paulinho e Bruninho, e os volantes Diego Silva e Val. Tirando o Moreno, aposto um pacotinho de amendoim Nakayama como ninguém conhece qualquer um dos demais. O Flamengo versão 2013 parece ser um caminhão cheio de japonês. 
Vice eterno! Até no futevôlei...
E não é que o Vasco jogou!?!? Em preparação para o Campeonato Brasileiro, goleou o poderoso Tupi-MG por 5 x 1 no último sábado. Agora sim! Podemos dizer que foi uma vitória com a mão do técnico Paulo Autuori. Afinal, matéria publicada na versão carioca do diário Lance! na véspera do "clássico" informava o seguinte (o grifo é nosso): "Nesta sexta o comandante deixou um clima de mistério a respeito da equipe que enfrenta Tupi em amistoso neste sábado". Quanta precaução! Só pode ser piada! E, para não perder o costume, o Gigante da Colina conquistou mais um vice no final de semana: perdeu para o São Paulo a final da 2ª Liga Nacional de Futevôlei. Meus parabéns.
Enrico Castro é tricolor (do Rio!), analista de sistemas, servidor público. Entende tanto de futebol que tem certeza que o Dimba (aquele mesmo do Goiás, Botafogo e etc) é um craque e brilharia na Champions League. Não é preciso dizer mais nada.

domingo, maio 12, 2013

Corinthians 2 x 1 Santos: primeiro round é do Timão

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Paulinho jogou bola pra caramba e trouxe o time com ele (Foto: Rodrigo Coca/AE)

A vitória do Corinthians sobre o Santos foi boa por vários motivos, e complicada por pelo menos um. Primeiro, ganhar do Santos é sempre bom. Segundo, o Timão jogou bem, o que não fazia há muito tempo. Contou com uma bela atuação de Paulinho, principal esteio dos melhores momentos do time no ano passado – dois pontos que trazem bons augúrios para o jogo de quarta contra o Boca. O problema, não pequeno, é que a grande superioridade do time no primeiro tempo não se traduziu em uma vantagem maior, sendo os 2 a 1 totalmente reversíveis para o Santos em seus domínios.

Com a mesma formação que passou jogando mal contra o São Paulo, o Timão resgatou a organização coletiva e impôs ao Santos uma marcação pesada na saída de bola. Danilo, Romarinho, Guerrero e Sheik fechavam todas as saídas e criavam chances, em ordem decrescente de boas participações. O domínio foi amplo, até criou chances de gol e levou a um número no mínimo impactante de nove escanteios a favor e nenhum contra em vinte minutos, segundo o Juca Kfouri. Mas bola na rede mesmo só aos 41 minutos, com Paulinho, após passe de Danilo. Na boa, se tivesse virado 3 a 0 não seria nenhum exagero, ainda mais se levarmos em conta um pênalti (que entendo quem questionar) de Dracena em Romarinho.

Diga-se que a vantagem paulistana teve ajuda de Muricy Ramalho, que errou ao escalar um time com quatro volantes e nenhum meia. Apostou em Marcos Assunção na armação e não deu certo. Na segunda etapa, voltou com Felipe Anderson, que foi armar pela esquerda e dividir as atenções de Ralph. Assim, Neymar ficou no mano a mano contra Alessandro, que sem a cobertura rápida de Gil não teria aguentado o tranco.
Tite mexeu duas vezes: colocou Edenilson no lugar de Romarinho para ajudar na marcação do 11 santista e trocou Guerrero por Pato. Na minha opinião, pelo menos um equívoco aí, já que Romarinho fazia partida muito boa e Sheik nem tanto, e leva minha raiva por perder pelo menos um gol na cara de Rafael que Pato fatalmente teria guardado. Além disso, quem já leu alguma de minhas mal-digitadas nos últimos tempos sabe que Pato e Guerrero, os dois artilheiros do time, devem jogar juntos e o treinador que se vire para fazer funcionar.

Com tudo isso, o jogo se equilibrou e deve ter ficado muito bom para o observador neutro, com chances de gol para os dois lados. De minha parte, a coisa ficou mais interessante lá pelos 30 minutos, quando uma bola rebatida na área sobrou para Paulo André, que encheu o pé e abriu 2 a 0. E voltou a ficar meio chatão aos 38 minutos, quando Durval subiu no meio da zaga e marcou de cabeça. Não foi o primeiro gol de cabeça levado por essa defesa esse ano. No meio disso teve um outro pênalti discutível em Alessandro, esse feito por Leo, que bateu mais do que jogou. E foi isso.

Assim foi e o Corinthians leva a vantagem do empate para o jogo da Vila Belmiro. O que é bacana, mas longe de garantir alguma coisa. Leva também um impulso anímico importante para o jogo contra o Boca, pela moral, pelo resgate de Paulinho e da marcação adiantada, e por Romarinho fazer sua primeira partida mais convincente como meia. É bom sinal por agora, mas é preciso manter uma curva ascendente e melhorar a cada jogo se quisermos manter chances de ganhar alguma coisa esse ano.