Da série Estatísticas Nonsense: segundo levantamento publicado no Facebook da The Economist, fazendo-se uma comparação entre cada um dos James Bonds encarnados no cinema por seis atores diferentes, o que mais entornou Martinis (a bebida predileta do agente britânico) foi o atual, Daniel Craig. O gráfico abaixo mostra também quem são os campeões no quesito conquistas amorosas e assassinatos. O mais "afetuoso" foi o Bond vivido pelo ator australiano George Lazenby, que fez um único 007, "A Serviço Secreto de Sua Majestade", já o mais mortal foi Pierce Brosnan.
Confira a diferença considerável entre o consumo alcoólico do Bond de Craig para os demais. Estaria o agente da Rainha descontando o estresse da profissão no copo?
Um jogo inusitado e com
lances inesperados, de todas as formas. O empate de 2 a 2 entre
Santos e Atlético-MG, na Vila Belmiro, começou com um gol relâmpago
dos donos da casa logo aos 19 segundos, marcado pelo peixe
grande Miralles, que pela primeira vez atuava como titular ao
lado de Neymar, o presente ausente santista.
Neymar reencontrava
Ronaldinho Gaúcho no campo onde ambos protagonizaram uma partida
antológica em 2011. O garoto pegou uma bola, foi fominha e
perdeu. Em outro lance, fez bela jogada mas forçou, ao invés de
passar para seu companheiro de ataque portenho. Dava a impressão de
estar cansado, já que chegou ontem pela manhã do amistoso da
seleção contra o Japão, na Polônia. Mas...
Na sua ducentésima
peleja pelo Alvinegro, o craque pegou a bola e deu um drible de
calcanhar, deixou dois marcadores no chão, ficou de frente para o
zagueiro, limpou e tocou com precisão por baixo de suas pernas.
Alguém manda o Benjor musicar porque foi um gol daqueles que vão
faltar adjetivos. Eram 12 do primeiro tempo.
Ao fundo, dois atleticanos tentam levantar após dribles de Neymar
Mas, assim como naquela
partida contra o Flamengo, o Alvinegro Praiano facilitou. Primeiro, o
sistema defensivo falhou deixando Léo no mano a mano com Serginho,
sem cobertura. Ele cruzou para o baixinho Bernard marcar. Aos 26,
depois de cobrança de escanteio no qual aconteceu o choque que
mandou Rafael Marques, do Atlético-MG para o hospital, os atletas
santistas pararam no campo adversário em virtude do lance e o Galo
foi para o contra-ataque pegar o Peixe desprevenido. Gol de Jô,
depois da defesa de Rafael em chute de Bernard.
Depois da paralisação
de onze minutos, que será comentada mais à frente, a partida
esfriou, aparentemente pela preocupação dos jogadores com o estado
de saúde do zagueiro atleticano, que passou a noite em observação
na Santa Casa de Santos e deve ter alta hoje.
Na segunda etapa, jogo
equilibrado com chances para ambos os lados. Felipe Anderson foi
substituído por Bernardo, que deu outra mobilidade ao time. Os
laterais passaram a subir menos e o jogo passou a ter um ritmo bem
menos intenso, com o Atlético tentando surpreender nos
contra-ataques e os donos da casa pegando mais no meio de campo.
E, quem diria, outra
ocorrência médica. Em disputa pelo alto, Henrique “cabeceia”
Bernard e o atacante mineiro também se lesiona, convulsionando. A
partida ainda teria um outro lance, desta vez na bola, de Neymar que,
em meio a três marcadores rivais, inventa uma lambreta e sofre
falta, desperdiçada por Bernardo.
O resultado faz a
Libertadores ser uma realidade quase impossível para o Santos e
mantém a diferença do Galo para o Fluminense que, a essa altura, se
torna uma barreira quase intransponível.
“Ah, tem que
interditar a Vila Belmiro”
Sem dúvida, a
Vila Belmiro não é o estádio mais confortável do Brasil. Tampouco
é o mais desprovido de condições para sediar uma partida de
futebol profissional. No jogo contra o
Atlético-MG, o zagueiro Rafael Marques se lesionou após um choque
em cabeceio com um companheiro de time. Foi atendido pelos médicos
dos dois clubes, ficou desacordado entre um e dois minutos, e a
ambulância não pôde entrar no gramado por conta de um degrau que
impedia o acesso ao local. O zagueiro foi carregado em maca especial,
imobilizado, até o veículo. No total, o atendimento durou oito
minutos.
Em nota oficial, o
Santos disse que “o estádio passa por vistorias anuais, realizadas
por vários órgãos diferentes, e nunca foi constatada esta
necessidade anteriormente”, alertando que providenciará o acesso
no local. Quem regulamenta a disponibilidade de ambulâncias nos
estádios de futebol é o Estatuto do Torcedor e, segundo a nota,
“durante a realização de partidas, [o clube] conta sempre
com três ambulâncias ao todo (uma a mais do que pede o Estatuto do
Torcedor, de acordo com a capacidade do estádio), sendo duas UTI,
que ficam nos dois lados do campo, mais uma de remoção. Há também
dois postos médicos para pronto atendimento: um no vestiário do
visitante e outro no ginásio”.
Claro que o acesso ao gramado tem que ser viabilizado para preservar
a segurança e a saúde de atletas, comissão técnica e demais
profissionais que trabalham no gramado. Mas espanta (ou não) a
indignação seletiva e o pedido de “medidas drásticas” como interdição. Para quem lembra do paradigmático caso
Serginho, zagueiro do São Caetano que morreu após sofre parada
cardíaca no Morumbi, sabe que o defensor foi levado até a
ambulância de maca, assim como não foi usado o desfibrilador. Esses
fatos foram criticados à época por leigos e especialistas, mas não
lembro de alguém ter pedido a interdição do Morumbi. Como o atleta
tinha problemas cardíacos e o São Caetano foi negligente ao
colocá-lo em campo, a questão da qualidade do atendimento ficou em
segundo plano.
Mas também ninguém
pediu a interdição do Engenhão mesmo havendo críticas à demora
da ambulância atender ao treinador do Vasco Ricardo Gomes. Disse
o diretor do centro médico do estádio, Alex Bousquet, à época: "A
gente parte do pressuposto de que a ambulância tenha equipamento de
suporte básico completo. O que me chamou a atenção foi a demora da
ambulância e a necessidade de os médicos levarem ele ao centro
médico para fazer esse suporte”. Ninguém pediu interdição do
Engenhão.
No caso da fratura que
faz com que o goleiro tcheco Petr Cech jogue com proteção até
hoje, ocorrida em outubro de 2006, o treinador
José Mourinho falou à época, reclamando do atendimento. “Há
algumas coisas que me deixam em uma situação muito emocional. Meu
goleiro estava no vestiário por 30 minutos esperando uma ambulância.
O futebol inglês deve pensar a respeito disso. É algo muito mais
importante que o futebol.”
Convém não fazer a
tradicional mistura de alhos e bugalhos: é preciso discutir e
aprimorar cada vez mais a presteza do atendimento médico e, se for,
preciso, modificar normas e exigir mais rigor na fiscalização de todos os estádios, não só da Vila. Mas pedir a interdição de um local que tem licenças e alvarás
regularizados na base do “porque eu acho que o estádio é um
lixo”, como fazem muitos jornalistas e/ou torcedores, cheira a demagogia. Contudo, como existem operadores do Direito e cartolas bem afeitos a apelos demagógicos, ainda mais quando vêm da mídia comercial, não duvido nada que a justiça seletiva se faça novamente.
Mais uma rodada das
eliminatórias para a Copa de 2014 e, obviamente, alguns resultados
surpreendentes. O que mais chamou a atenção foi a reação incrível
da Suécia, que perdia por 4 a 0 da Alemanha, e obteve um empate
heroico em Berlim. Após fazer três gols em 14 minutos, o nórdicos
empataram a partida aos 48 do segundo tempo. Requintes de crueldade
que não tiraram a liderança dos alemães, à frente do grupo C das
eliminatórias europeias com 10 pontos em quatro jogos. Os suecos têm
sete em três pelejas.
Quem se deu mal foram
os portugueses, que empataram em casa com a Irlanda do Norte, por 1 a
1. A seleção de Cristiano Ronaldo está em terceiro lugar no grupo
F, com sete pontos em quatro partidas, mesma pontuação de Israel,
que supera os lusos em saldo de gols. A Rússia lidera com dez
pontos.
A atual campeã do
mundo e da Euro, a Espanha, também foi surpreendida em casa pela
França. O 1 a 1 obtido em cima da hora pelos franceses quebrou uma
fantástica sequência de 25 vitórias seguidas em casa dos
espanhóis. Ambos dividem o topo do grupo I com 7 pontos em três
partidas, com a Fúria levando vantagem no desempate, dois gols a
mais de saldo.
A lógica na
Concacaf, disputa acirrada entre os asiáticos
A Concacaf definiu o
seu hexagonal final com choro e ranger de dentes para algumas
seleções. No Grupo A, a Guatemala enfrentou os EUA fora de casa,
precisando de um empate para avançar. Saíram na frente mas sofreram
a virada, perdendo por 3 a 1. Ainda assim, tinham chances caso a
Jamaica não fosse bem contra a lanterna Antígua e Barbuda. Mas os
jamaicanos derrotaram os rivais por 4 a 1 e ficaram com a segunda
vaga do grupo por dois gols a mais de saldo.
Quem também ficou de
fora com o resultado da última rodada foi o Canadá. Os vizinhos dos
EUA sofreram uma goleada maiúscula de 8 a 1 da líder Honduras e
terminaram um ponto atrás do Panamá, que jogou com o regulamento
embaixo do braço e só precisou empatar com Cuba para garantir sua
vaga um ponto a frente do Canadá. No Grupo B, tudo tranquilo: o
México já estava classificado e a Costa Rica goleou por singelos 7 a 0 a Guiana, se
classificando na segunda colocação.
Na Ásia, impera o
equilíbrio. Ao fim do primeiro turno, todas as seleções ainda têm
chances de vir ao Brasil. No grupo A, Coreia do Sul e Irã lideram
com sete pontos, mas o Uzbequistão tem cinco e Catar e Líbano,
quatro cada. As duas melhores equipes se classificam direto e a
terceira colocada enfrenta a terceira do grupo B, para ter direito a
enfrentar o quinto colocado da América do Sul.
Quem tem a situação
mais tranquila no continente é o Japão, que lidera o grupo B com
dez pontos, cinco a mais que o segundo colocado, a Austrália. Omã
conta com cinco pontos também, a Jordânia vem na sequência com
cinco e o Iraque, de Zico, tem dois pontos.
Argentina folgada,
Uruguai em queda
Os argentinos
conseguiram duas vitórias fundamentais na semana, um 3 a 0 contra o
Uruguai e um 2 a 1 contra o Chile, em Santiago. Assim, se isolaram
como líderes na primeira rodada do segundo turno, com uma sequência
de cinco vitórias e dois empates. O Equador assegurou a segunda
colocação depois do empate fora de casa com a Venezuela, três
pontos atrás dos portenhos e um à frente da Colômbia, que tem uma
partida a menos.
Abaixo dos colombianos,
a confusão. Quatro pontos aquém da seleção de Falcão Garcia,
Venezuela, Uruguai e Chile (pela ordem de desempate) estão com 12
pontos. Os uruguaios vem na descendente, com as goleadas sofridas
contra a Argentina e contra a Bolívia, 4 a 1, e a disputa deve ser
acirrada, ainda mais levando-se em conta que os paraguaios também
respiraram depois da vitória contra o Peru, por 1 a 0. Bolivianos e
peruanos têm oito pontos e o Paraguai, sete.
O Taiti ficou pelo
caminho
Não deu pro Taiti... (OFC)
A notícia triste da
rodada ficou para uma seleção já garantida na próxima Copa das
Confederações. O Taiti vem ao Brasil, mas não para o Mundial. Após
perder para a Nova Zelândia por 3 a 0, os campeões do continente
continuam sem pontos em quatro jogos. Já os neozelandeses continuam
firmes na briga por uma vaga a ser disputada contra o quarto colocado
da Concacaf, com 12 pontos em quatro partidas. Se baterem a Nova
Caledônia, única equipe que ainda pode tirar sua vaga, se garantem
com uma partida de antecipação. Contudo, o aguardado jogo só vai
acontecer em março de 2013.
A título de
curiosidade, a Nova Caledônia pertence à França, mas é
considerada um território ultramarino. Descoberta pelo explorador
inglês James Cook, a ilha recebeu o nome de “Caledônia” por ser
parecida com a costa escocesa (na visão do “descobridor”,
obviamente), já que o termo significa “Escócia” no latim
antigo. Se conseguirem a vaga para 2014, o ano será decididamente
histórico para os habitantes da ilha, que também definirão no
mesmo período se optarão pela independência do local.
Eu detesto George Bush desde a guerra do Kwait
Não
quero que tu te vás, mas se tu queres ir, vai-te
Quero adoçar
minha sina que viver tá muito diet
Danação é cocaína mesmo
quando chamam bright
Gosto de você menina, mas detesto Coca
Light
Gosto de sair a noite de tomar um birinight
Jurubeba,
tubaína, johnny walker, black white
Me afogo na cangibrina caio
no tatibitati
Tomo cinco ou seis salinas feito fosse
chocolate
Engulo até gasolina, mas detesto Coca Light
Fazem
da boate igreja, da igreja fazem boate
Põe veneno na comida,
cicuta com abacate
Eu cuido da minha vida não sou boi que vai pro
abate
Podem cortar minha crina, podem partir pro ataque
Podem
me esperar na esquina, mas detesto coca light
Deus é o juiz
do mundo ele apita nosso embate
Nem Carlos Eugênio Simon nem José
Roberto Right
A partida não termina, prorrogação e penálty
A
torcida feminina dá um molho ao combate
Aprendo o que a vida
ensina, mas detesto coca light
Tolerância Zero, Fome Zero,
Coca Zero
No quartel do mundo eu sou o Recruta Zero
Quero quero
tanta coisa e só me dão que não quero
"O maior peixe do
rio fica desse tamanho porque nunca é pego", diz uma mulher
misteriosa a Edward Bloom, personagem de Ewan McGregor, quando ele se
aventura a sair de sua cidade natal na fábula de Tim Burton Peixe
Grande e suas histórias maravilhosas.
A mensagem era de que, às vezes, você pode ser um peixe grande em
um rio menor, mas ser grande em um maior, ou no oceano, exige muito
mais destreza e perícia, além de outros tantos atributos como
personalidade.
O generoso Miralles homenageia Felipe Anderson (Santos FC)
Ezequiel
Miralles é argentino, mas só teve poucas chances em uma equipe
grande de seu país, o Racing. Em passagem nada memorável, foi para
o Everton, do Chile, e foi parar no Colo Colo, onde finalmente
apareceu como um jogador capaz de decidir. Ídolo de um grande
sul-americano, chamou a atenção de outros clubes e foi parar em
outro grande do continente, o Grêmio. Durante um ano, não conseguiu
fazer seu futebol fluir. Pediu para nadar em outras plagas, e foi
atendido.
Chegou
à Vila Belmiro, lugar por vezes milagrosos, onde se multiplicam
meninos... e peixes. Finalmente conseguiu aquilo que os jogadores
tantos pedem (embora alguns nem sempre mereçam), uma sequência de
partidas. Contra o Vasco, hoje, o argentino fez sua terceira partida
seguida como titular, feito obtido graças à ausência de Neymar.
Contra o Botafogo, marcou um gol e, contra outro carioca na tarde
deste domingo, fez dois.
Miralles
fez um pouco antes dos dez da primeira etapa, após assistência de
Rosimar Amancio, também conhecido como Bill, o que muitos de forma
maldosa julgaram ser um milagre relacionado ao feriado religioso de
sexta-feira. A etapa inicial do Santos foi muito boa e o Peixe
poderia ter ido para o intervalo com uma vantagem ainda maior. Com
dois laterais de ofício novamente no lugar de meias improvisados,
houve triangulações dos dois lados do campo, com velocidade na
saída de bola e objetividade ofensiva.
Logo
no início da etapa final, vem o segundo gol. Felipe Anderson dá a
assistência, Bill puxa a marcação e a bola chega limpa para
Miralles, de primeira, finalizar como só um atacante com confiança
faz. O dois a zero, na prática, determinou o fim do jogo, já que o
Santos passa a segurar os laterais e o Vasco, mesmo com mudanças
feitas por Marcelo Oliveira para levar o time adiante, tem a posse de
bola, mas não chega lá. Os passes errados, em especial na hora da
definição, predominam e a falta de assertividade do Vasco e a falta
de capricho do Peixe na hora de chegar lá confirmaram a vitória dos
donos da casa.
Com
41 pontos, o Santos está a onze da zona da Libertadores e catorze à
frente da zona do rebaixamento, ou seja, deve permanecer na
intermediária da tabela. Mas o fato de a equipe finalmente conseguir
um relativo padrão de jogo, se livrando um pouco da dependência de
Neymar, que disputou somente dez das 30 partidas do Peixe no
Brasileirão (cadê a CBF para pagar parte do salário?), é
animador. E o peixe argentino Miralles cresce, junto com “peixinhos”
como Felipe Anderson. Mas o cardume precisa engrossar para 2013...