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“Você esteve duas
frente à frente do goleiro Renan [e não fez os gols]. Ele
levou a melhor?”
“Claro que não, meu
time ganhou de 2 a 1.”
Foi assim que um
espirituoso Neymar respondeu a uma das perguntas feitas por
jornalistas na saída do gramado da Vila Belmiro. Mais de uma vez,
também, o craque sugeriu, sorrindo, que “cada um cuidasse da sua
vida”, ao comentar um suposto atraso no treino de sexta, não
confirmado pelo Santos, mas ventilado por jornalistas ou por alguém
com interesse na venda do atleta.
De qualquer forma, Neymar está voltando. Depois de duas semanas sem jogar por conta de suspensão, voltou a apresentar jogadas plásticas, como um chapéu em cima de Ademir Sopa, e também dribles desconcertantes sobre os rivais. Sim, foi egoísta em algumas jogadas, especialmente no final da partida, quando chegou a incomodar os torcedores na Vila Belmiro. E a marcação do Guarani por vezes facilitou o trabalho, como no segundo gol santista, quando Neymar roubou uma bola no meio de campo e passou por dois adversários para dar uma assistência daquelas paternais a André, que marcou.
Neymar poderia ter
jogado mais, mas foi melhor do que vinha sendo. Assim como Montillo,
que foi o melhor em campo não só pelo primeiro gol (seu segundo pelo time), uma bela
finalização após pedalar num contra-ataque armado por Arouca. Ele
também o “arco” da equipe, ora tentando bolas longas, ora
conduzindo a redonda até o campo adversário. Ainda fez por diversas
vezes a cobertura do lado direito, onde Bruno Peres, pra variar,
ofereceu verdadeiras vias expressas para o ataque bugrino.
Ricardo Saibun/Divulgação Santos FC |
Aliás, foi pelas
laterais que o Guarani, após o zagueiro Tiago Pagnussat marcar seu gol em escanteio aos 13 do
segundo tempo, forçou as entradas na defesa peixeira. Em dados
momentos, a pressão campineira parecia que ia resultar em gol, já
que a vontade dos comandados do treinador Branco (sim, o
de 1994) parecia superior à dos santistas, que não tinham
nenhuma compactação entre ataque e defesa e chegaram a ficar no
mano a mano com o ataque adversário algumas vezes.
Quando a equipe
da Vila se postou para aproveitar os contra-ataques e jogar no (s)
erro (s) do Guarani, criou chances. Uma, duas, três... Como as que
Neymar não aproveitou diante do goleiro Renan, como lembrou o
repórter na saída da partida. A propósito, Renan é aquele mesmo,
convocado quando estava no Avaí por Mano Menezes em seu primeiro
jogo pela seleção, contra os EUA. Contratado pelo Corinthians em
2011, estava no Estoril de Portugal mas ainda pertence o Alvinegro da
capital paulista, que paga o
salário do arqueiro.
Não foi uma peleja
digna de nota, mas valeu por Montillo e pela volta de Neymar, que vai
desfalcar o Santos contra o Mirassol, dia 21, e o Palmeiras, dia 24,
porque estará na gloriosa seleção canarinha de Felipão. Mas não
valeu pela atuação irregular de André, que, apesar de marcar um
gol, continua jogando mal e teve que escutar a torcida aplaudindo
Giva, que o substituiu aos 24 da etapa final, em seu primeiro lance.
Hoje, o Santos dorme na
liderança da competição, embora possa acordar depois do fim de
semana na mesma quarta posição em que estava antes do jogo. E
seguimos em busca de um futebol melhorzinho...