Destaques

sábado, maio 09, 2009

O Brasileirão dos goleadores

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E o Brasileirão começa hoje. Muitos já criticaram, e com razão, o descaso da CBF com a competição, e mesmo o torcedor que ainda está com o time envolvido em outros torneios (Copa do Brasil e Libertadores) vai demorar pra se interessar de fato pela disputa. Ainda assim, é o campeonato mais importante – e longo – do país e vai monopolizar os papos de boteco do segundo semestre (ou alguém vai ficar comentando Copa Sulamericana no bar?).

A grande atração será certamente o desfile dos artilheiros. Curiosamente, três dos quatro atacantes da espezinhada seleção de 2006 estarão dando o ar de sua graça por aqui: Ronaldo, no Corinthians; Adriano, no Flamengo; e Fred, no Fluminense. Além deles, há os artilheiros da edição de 2008 que ainda estão no Brasil, Keirrison (segundo Nivaldo, apelidado de “Pipokeirrison” por palmeirenses da turma do amendoim); Kléber Pereira, o artilheiro dos gols perdidos, e o oscilante Washington, ainda em fase de aprovação no São Paulo.

Além deles, tem o rol dos “recuperados”, com Rafael Moura, o He-Man do Atlético (PR), e o renegado Diego Tardelli. Pedrão, goleador máximo do Paulista pelo Barueri, e os jovens Taison e Nilmar, do Internacional, também devem se fazer notar. Aliás, não é hora de dar uma chance a Nilmar não, Dunga?

Se tivemos edições do Brasileirão bem modorrentas nos últimos anos, pelo menos esses caras devem fazer a competição mais emocionante e talvez até consigam elevar a média de tentos do Brasileiro (no ano passado, foram 2,72 por partida, a segunda pior marca da era dos pontos corridos, só superando a edição de 2006). Ainda mais que, em função da crise econômica, a sangria da janela de transferência provavelmente vai deixar a maioria por aqui mesmo. Vibraremos com os gols deles e os xingaremos quando perderem chances absurdas (no meu caso, já estou bem acostumado a fazer isso com o Kléber Pereira).

Ronaldo?

E aí, quem vai ser o artilheiro do Brasileirão de 2009?

sexta-feira, maio 08, 2009

Mexicanos desistem e São Paulo passa às quartas da Libertadores sem jogar

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A cantada e decantada gripe suína vitimou os times mexicanos na Libertadores. Chivas e San Luis simplesmente desistiram da competição depois de São Paulo e Nacional do Uruguai terem enviado ofício à Conmebol se negando a disputar as oitavas no país "contaminado". Agora o Tricolor espera o adversário que virá do confronto entre Cruzeiro e Universidad do Chile. Ou seja, Cruzeiro.

Após vetar os jogos na terra de Zapata, a Confederação Sul-Americana de Futebol havia voltado atrás graças às garantiaas dadas pela Federação Mexicana de Futebol (FMF) de que a epidemia está controlada.

No ofício tricolor, segundo Uol, o clube brasileiro alegou que "o risco a que se expõem os atletas do São Paulo Futebol Clube e sua Comissão Técnica não configura mera suposição". Disse também que haveria problemas para o time voltar ao Brasil, já que teria que cumprir exigências das autoridades brasileiras, possivelmente uma quarentena. Não sabia que pessoas que voltam do México tem que passar por quarentena na volta ao Brasil. Talvez nem as autoridades sanitárias brasileiras saibam... A argumentação poderia ser melhorzinha, diretoria sãopaulina.

Depois que provocações baratas e bairristas fizeram um jogador mexicano tossir em um rival, parece que a tal gripe reforça mesmo preconceitos. Sarkozy chegou a sugerir que se proibissem voos da União Europeia para o México e o vice-ministro da Saúde de Israel, para evitar citar a denominação "suína" (o porco é considerado um animal impuro no judaísmo), sugeriu que a doença mudasse de nome para "gripe mexicana", parece que os hermanos da América do Norte vão sofrer mais com a discriminação do que com a doença em si.

Perguntar não ofende: porque ninguém sugere suspensão de voos e quetais para os EUA, já que comprovadamente diversos casos da doença na Europa - e um no Brasil - foram trazidos por gente que foi pra terra do tio Sam?

Atualização, 19h12: a Conmebol quer que a disputa das oitavas seja feita em partida única, nas casas de São Paulo e Nacional. Os mexicanos já avisaram que não topam, mas reviravoltas podem vir, já que esse imbróglio já teve inúmeras idas e vindas.

Pé redondo na cozinha - Um escriba da pesada

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MARCOS XINEF*

Parece mesmo que os grandes homens bebem muito. Este da história, por exemplo, tomou 18 doses de cachaças diferentes no dia em que o conheci, em meu bar. Além de ser um lutador incansavel e de um coração enorme, ele é um escrivão de policia. Bebe muito e tem como regra de vida o amor ao próximo e principalmente à sua família. O cara é de tal emoção e sinceridade que é o unico policial que já vi chorar em um dia no qual ocorreu uma tragédia com colegas seus na policia - mas não pelo fato de que a polícia seria prejudicada, e sim pelos dois pais de família que sairiam prejudicados com o ocorrido.

Um cara que ama e protege os dois enteados, o filho adotivo e a esposa como um leão. Essa história não é engraçada, como tantas outras que já contei, mas é real e, por isso, uma lição de vida, de como deveriam ser todos os grandes homens. E a nossa receita nasceu quando dei a ele um grill e ele me homenageou com meu prato mais famoso, o linguado ao molho de maracujá e vinho branco. Observação importante: a frase a seguir cabe justa na história acima: "Deus não escolhe os capacitados, capacita os escolhidos". Valeu, escriba!

LINGUADO AO MOLHO DE MARACUJÁ E VINHO BRANCO

Ingredientes:
1 posta de linguado de 300g
1 xicara de chá de açúcar
1/2 xícara de chá de vinho branco
1/2 xícara de chá de suco de maracujá concentrado
amido de milho
farinha de trigo
limão
sal

Modo de preparo:
Tempere o linguado com suco de limão e sal a gosto, passe na farinha de trigo e reserve. Em uma frigideira, derreta o açúcar até formar um caramelo, acrescente o vinho e o suco e deixe ferver bem. Depois, engrosse o molho levemente com amido de milho. Frite o peixe coloque em uma travessa cubra com o molho e sirva.


*Marcos Xinef é chef internacional de cozinha, gaúcho, torcedor fanático do Inter de Porto Alegre e socialista convicto. Regularmente, publica no Futepoca receitas que tenham bebidas alcóolicas entre seus ingredientes.

Gíria manguaça deriva da cerveja

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Aproveitando a volta do bôemio Adriano (foto) ao Flamengo e ainda ressaqueado do roteiro etílico madrugada afora (conexão Gaspar-Espetinho da Villa-666-Padrogas com os camaradas Glauco e Luciano), descobri um interessante detalhe cervejístico na origem de um termo bem utilizado pelos manguaças:

birita
Origem: Wikcionário

Substantivo feminino - bi.ri.ta

cachaça, pinga, aguardente ou bebida forte

Etimologia
Do Inglês beer

Copa do Brasil: jogos pra lá de interessantes

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Começam na próxima terça os confrontos das quartas-de-final da Copa do Brasil (veja abaixo). Destaque para os jogos entre Flamengo e Internacional e Corinthians e Fluminense. Quem passar dá grande passo para a final e o título, como diria o Conselheiro Acácio.

Na outra ponta, Coritiba e Ponte Preta fazem o confronto dos improváveis, aquelas zebras que sempre dão colorido à CB, mas tiveram suas vidas facilitadas para chegar aqui pelos tropeços de Botafogo (contra o Americano-RJ) e Santos (contra CSA-AL), que poderiam estar fazendo esse confronto no lugar dos classificados. Mas Inês é morta. 

Vasco e Vitória fazem um confronto de times no mesmo nível, embora os baianos estejam na primeira divisão. O Vasco tem de aproveitar o primeiro jogo em São Januário e fazer o mesmo que o Vitória na fase anterior. Na Bahia, vai ser difícil ganhar.

Quase ataque cardiáco no Galo X Vitória

Ainda bem que venho fazendo check-ups e tomando remédio para pressão, senão não aguentaria o jogo entre o Galo e o Vitória, no Mineirão, na última quarta-feira. Depois do vexame no Barradão, de ter tomado de 3 a 0 e praticamente decretado a queda do Leão, o Galo entrou com ânimo e buscou os mesmo placar. Nos pênaltis, errou a última cobrança, o que decretou a eliminação. Foi bom e ruim ao mesmo tempo. Bom por ter jogado bem, buscado o resultado e provado que o que aconteceu na Bahia foi um acidente. O ruim não preciso explicar para quem já teve time eliminado.

12/05

Ponte Preta X Coritiba             Moisés Lucarelli

13/05 

Vasco X Vitória                       São Januário         

Corinthians X Fluminense          Pacaembu

Flamengo X Internacional         Maracanã

Jogos de volta                                                    

19/05 

Coritiba X Ponte Preta  Couto Pereira

20/05  

Vitória X Vasco Barradão

Fluminense X Corinthians Maracanã

Internacional X Flamengo Beira-Rio

 

Manguaça evolutiva

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É sempre um prazer vagar sem rumo certo pela internet e achar preciosidades manguaças. Esse texto, do blogueiro Reinaldo José Lopes, do Visões da Vida, traz à luz alguns dos motivos evolutivos que fazem com que sejamos aprecisadores da marvada.

A primeira informação interessante é de que é normal que animais tomem a sua dosezinha de álcool, conseguida de maneira absolutamente natural (ao contrário do bichano aí ao lado), como resultado da fermentação de frutos. Afinal, açúcar e calor normalmente dão em fermentação, o que significa que álcool não falta na natureza. O exemplo do texto é o simpático musaranho-arborícola, um parente dos primatas que se alimenta do néctar fermentado de uma palmeira. O teor alcoólico da comida do bicho é de cerca de 4%, praticamente uma cerveja.

A outra descoberta que fiz nesse texto foi que 10% das enzimas do fígado humano servem para transformar o álcool em energia. O que significa que não é só a cerveja que merece ser chamada de pão líquido. Qualquer birita vira energia no nosso corpo. Isso me fez finalmente entender os manguaças que chegavam às seis da matina na padoca do Sr. Thalitão - também conhecido como meu pai - e pediam um café preto com pinga. E só. E precisa de mais o quê? Cafeína, açúcar e álcool eram o suficiente pra começar o dia, ou pelo menos pra aguentar a viagem de busão até o trabalho, que sempre era longe.

Claro que o efeito do álcool nos nossos cérebros, a embriaguez, também é um atrativo e tanto. Mas por esse tema Reinaldo quase passa batido, dizendo que é um efeito lateral da birita. Aí já não dá pra concordar. O tema certamente merece mais pesquisas - financiadas pelo Manguaça Cidadão? -, porque todos nós do Futepoca sabemos que sem cachaça, ninguém segura esse rojão.

quinta-feira, maio 07, 2009

O bom Corinthians - e o bom corintiano

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Mais uma vez, Ronaldo Nazário calou a boca dos críticos e classificou o Corinthians para as quartas-de-final da Copa do Brasil, marcando os dois gols da vitória sobre o Atlético-PR. Mas o post não é sobre a partida, deixemos a função com o Nivaldo e o DeMarcelo. Narro aqui a forma como vi (ou quase) o jogo. Eram sete e meia da noite quando a fome bateu, pois não tinha almoçado, e resolvi gastar meus únicos dez reais num salgado ou cachorro quente. Quando me encaminhava para a porta, o dono do apartamento entrou, esbaforido, e intimou:

- E aí, véio pinguço, vamo bebê? - e já foi sacando uma garrafa de vinho.

Buenas, desisti do cachorro quente e busquei o saca rolhas. O manguaça voltava de uma aula particular de latim (estudo necessário para seu trabalho de mestrado) e contou várias coisas interessantes que, posteriormente, pretendo reproduzir aqui no blogue. Mas, como era de se esperar, a garrafa não durou 50 minutos. Resolvemos descer para buscar mais uma "ampôla" e, no caminho, eu tentaria comer um salgado ou o que quer que fosse. Quando saímos do prédio na calçada da Avenida Paulista, porém, uma enxurrada de corintianos descia em direção ao Pacaembu.

- Ê, véio, que zona é essa? Tem jogo hoje? - perguntou o manguaça, que, apesar de ser corintiano, consegue ser mais alheio e desinformado de futebol do que eu.

- Tem sim, palestino. O Corinthians precisa só de um gol pra seguir na Copa do Brasil.

- Ah, então a gente tem que ver esse jogo! E comprar duas garrafas, não uma! Quanto cê tem aí?

Me lembrei do vinho de mesa argentino Santa Ana (foto), honesto, por R$ 9,88, e dei adeus aos projetos alimentícios. Mas fiquei me perguntando em que raio de lugar a gente ia assistir esse jogo, pois não há televisão no apartamento. Ou melhor, tem, mas está enconstada num canto, empoeirada e abandonada há séculos. Não perguntei nada: compramos as garrafas, um maço de cigarro e rumamos pra casa.

- Agora é rezar pra essa porcaria funcionar, senão a gente escuta pelo rádio - comentou o manguaça, dirigindo-se para o desgastado aparelho, que, de tão velho, é daqueles que tinham uma abertura para fita VHS, um videocassete acoplado (como a da foto à direita). Uma relíquia dispensada ali por algum habitante longínquo daquele apartamento, que chamamos hoje de "Lar de Repouso José de Anchieta", acostumados que estamos com nossa decrepitude.

Pensei que a televisão ia explodir assim que fosse ligado na tomada, mas resistiu bem e, ao toque do botão, apareceu uma mancha azulada no centro da tela, o negócio deu três engasgadas e apareceu uma imagem do Pacaembu bem chuviscada, em branco e preto e sem som. Dane-se, já era um milagre! O corintiano ainda tentou melhorar a coisa mas, a cada vez que mexia nos botões de troca de canal, a imagem sumia, o espectro azulado voltava e, dois minutos depois, ressurgia a chuvisqueira. Resolvemos deixar como estava. No mais, tínhamos som "ao vivo", pois a gritaria da torcida, no Pacaembu, chegava até o recinto como se estivesse a uma quadra dali.

Mas não deu nem dez minutos de jogo (ou do que conseguíamos enxergar dele) para que o papo regado a vinho fosse retomado - e a TV, ignorada. O corintiano não tava nem aí pra coisa. Bebemos, fumamos, contamos nossos causos e, quando vimos, o jogo já tava no segundo tempo. Nisso, o manguaça levantou pra ir à cozinha ou ao banheiro e eu pude prestar atenção nuns dois ou três minutos de jogo. Vi o camisa 7 do Atlético-PR perder um gol incrível, na pequena área, e pensei que, se tivesse assistindo o jogo no Minhoca's, a bola teria entrado. Mas, na sequência, o Corinthians engatou um ataque e eu pensei, involuntariamente: "-Vai ser gol. E o palestino nem vai ver". Dito e feito: houve um passe até a entrada da grande área, um jogador corintiano dominou, cortou o zagueiro e bateu no canto. Não dava pra identificá-lo, mas, no momento em que deram um close no Ronaldo comemorando, o manguaça voltou pra sala e perguntou, espantado:

- Foi gol do Timão? Gol do gordo? - repetia, atônito.

- Foi sim. Filhodaputa, esse cara é foda! - respondi, resignado.

O corintiano não gritou, não comemorou e nem esboçou reação. Permanceu abismado, com os olhos esbugalhados, sem dizer palavra. E, pouco depois, o gordo sofreu um pênalti e marcou mais um gol, numa paradinha humilhante. Matei o último copo de vinho, apaguei o último cigarro e me despedi do manguaça.

- Vou dormir, véio. Fica aí com teu time, que tá jogando muito bem, e com o Ronaldo, que é mesmo "o cara".

Foi então que, mesmo antes do apito final, a TV enguiçou, o espectro azulado voltou na tela e o corintiano despertou do transe hipnótico.

- Vai, véio, vai dormir. E vaaaaiiii Curíntiaaaaaaaa!!!

Pois é. Se continuar jogando desse jeito, o Corinthians vai mesmo. Os adversários que se cuidem. E o meu fígado que segure as pontas...

Tipos de cerveja 35 - As European Strong Lager

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Segundo o site parceiro Cervejas do Mundo, a maior parte das cervejarias do planeta procura produzir uma bebida mais forte e alcoólica, baseada na lager normal. O efeito pretendido é obtido com o aumento da quantidade de malte e de álcool, o que, por outro lado, reduz a presença do lúpulo no aroma e no sabor. São facilmente distinguidas das Malt Liquors, que são apenas elaboradas com malte, o que dá um toque mais acentuado a este cereal. As European Strong Lager são bastante comuns e é um estilo que se encontra em franco crescimento. Exemplos: Carlsberg Elephant, Clipper City Heavy Seas Small Craft Warning (foto) e Tuborg Royal Danish Strong Beer (engarrafada pela Unicer, sob licença da Tuborg).

Ps.: Aguardem, para breve, o resultado do mais recente teste cego de cervejas do Futepoca, realizado em 30 de abril no glorioso Espetinho da Villa.

quarta-feira, maio 06, 2009

Duelos distintos definem a final da Champions League

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Os jogos que definiram os finalistas da Copa dos Campeões da Europa não poderiam ter sido mais diferentes. Manchester United e Barcelona vão a Roma no dia 27 deste mês depois de eliminarem Arsenal e Chelsea, respectivamente.

No duelo entre Manchester e Arsenal, não deu nem para o cheiro. Os Gunners bem que tentaram engrossar o primeiro jogo, que terminou 'só' 1 a 0 para o Manchester. No jogo de volta, no entanto, todo o apoio da torcida não fez qualquer diferença para o time londrino. Aos 11 minutos de jogo os Red Devils - que jogaram de azul, um horror - já ganhavam de 2 a 0, acabando com qualquer esperança de zebra.

Mas não tinha como, mesmo. O Arsenal ainda é um time em formação, e um dos jogadores que está fazendo a diferença na Premier League, o russo Arshavin, não estava inscrito na competição continental. Já o Manchester tem o Cristiano Ronaldo, o mala decisivo (fez 3 dos 4 gols do MU no confronto), além de Rooney e Van der Sar. O Arsenal pode vir a ser um time muito melhor na próxima temporada, com a completa adaptação de Arshavin, o craque Fabregas e Van Persie. Quem sabe no ano que vem?

Já o outro confronto não poderia ter final mais emocionante. Depois de um empate sem gols no jogo de ida, em Barcelona, o resultado estava em todo aberto. A vantagem do Chelsea de jogar em casa era anulada pelo fato que a equipe não conseguiu marcar fora de casa, a tarefa mais importante nesse tipo de decisão. Antes perder por 3 a 2, por exemplo, que empatar em 0 a 0.

Aos 9 minutos do primeiro tempo do jogo de volta, o Chelsea marcou um golaço com Essian e se fechou na defesa, usando os contra-ataques. O Barcelona não ameaçou seriamente o gol de Cech, apesar de ter o ataque de 100 gols com Messi e Eto'o (Henry estava machucado e não jogou). Mas aos 47 minutos do segundo tempo, quando a torcida do Chelsea já comemorava a classificação, Iniesta acertou um chute do meio da rua no ângulo e deu a vaga aos Blaugranas - que jogaram de amarelo, outro horror. Foi o castigo que Guus Hiddink merecia, pois colocou o time na defensiva depois de sair na frente e não mudou a postura nem quando o Barcelona perdeu Abidal, expulso em lance bastante polêmico.

Vão decidir o título europeu as duas equipes que estão jogando mais bola hoje no mundo. Só posso dizer que trabalho bem na hora da decisão... e já estou pensando na doença que vou pegar para poder assistir.

Melhor escola estadual de SP é a 2.596ª do país

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Alertado pelo camarada DeMarcelo, dei uma espiada na entrevista que a Folha de S.Paulo (argh) fez com Camilo da Silva Oliveira, diretor da melhor escola da rede estadual de São Paulo no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), a E.E. Lúcia de Castro Bueno, em Taboão da Serra (Grande São Paulo). Detalhe principal: ela foi apenas a 2.596ª no ranking geral do país (média 58,5, em 100 pontos). Não há melhor raio-x para o desmonte que o PSDB do (des)governador José Serra (foto) conseguiu fazer em terras paulistas. Para se ter ideia da discrepância, a melhor escola estadual do país, o Instituto de Aplicação Fernando Rodrigues da Silveira, mantido pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), teve média 75,11 - ficando na 19º posição no ranking geral. Convenhamos que a diferença entre a 19ª e a 2.596ª colocação, não só pela gigantesca distância numérica, mas por tratar-se de estabelecimentos de ensino da mesma região (Sudeste), é pra lá de gritante. Pior ainda quando lembramos que São Paulo é o estado mais rico do Brasil.

Mas essas comparações nem a Folha e nem ninguém da "grande imprensa" se dispõe a fazer (pra variar). Pré-candidato assumido à Presidência da República em 2010, José Serra e seu governo catastrófico no estado de São Paulo continuam blindados pelos mais influentes meios de comunicação. Mas, de vez em quando, sai alguma coisa interessante. Como essa entrevista de Camilo Oliveira, diretor da escola de Tabão da Serra, que desabafa, com todas as letras: "O governo do Estado só me atrapalha". E prossegue: "Aqui é uma escola maldita, que vai contra os modismos de cada secretário. Depois da Rose Neubauer [gestão Mario Covas], em que as escolas perdiam aulas para treinamento de professores em horário de serviço, veio um que nem sabe o que é rol de conteúdos [Gabriel Chalita, gestão Geraldo Alckmin]. A escola, que já não funcionava, ficava uma semana em feira de ciências ou excursões para zoológico. Melhora o ensino? Vi que era fria e tirei a escola disso. No governo Serra, temos o terceiro secretário em dois anos e meio. Se o meu projeto dependesse do governo, estaria esfacelado".

E Oliveira diz mais: "O governo não tem a menor ideia do que fazer com as escolas. Deveríamos nos preocupar com o que realmente interessa, que é a aprendizagem dos alunos. Depois se acerta a burocracia. Hoje, os diretores ficam mais preocupados com as atinhas, e o aluno não tem aula. É uma inversão. É triste (...) esse caos em São Paulo". Questionado sobre o novo secretário paulista de Educação, o ex-ministro (de triste memória) Paulo Renato Souza, o diretor escolar já suspeita de suas intenções. "Ele [Paulo Renato] se tornou político. O problema é saber se o objetivo dele é eleger o Serra presidente ou melhorar o ensino. Se ele chegou apenas com visão política, as escolas vão seguir esfaceladas, sem conteúdos. Ele vai ser mais um". A Secretaria da Educação do governo Serra não respondeu as críticas.

Som na caixa, manguaça! - Volume 38

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TRIBUNAL DE BAR
(Herbert Vianna/ Bi Ribeiro)

Os Paralamas do Sucesso

Foi julgado, condenado, executado
Sem direito a apelação
Foi dissecado, comentado e açoitado
Pelas línguas no Leblon

Descontrolou-se porque algo estava errado
Mas ninguém deu atenção
E finalmente foi traído
E viu seu nome publicado num jornal

É o veneno que sai
É o veneno que sai
E te faz o pior entre os iguais
Nos tribunais de qualquer bar

(Do LP "Os Grãos", EMI Odeon, 1991)

Viva o Coalhada! Palmeiras vence o Sport

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Lancenet

Com um gol do atacante paraguaio Ortigoza de cabeça, o Palmeiras venceu o Sport por 1 a 0 na primeira partida das oitavas-de-final da Libertadores. Em cobrança de falta de Cleiton Xavier, o herói da classificação, o sósia do Coalhada, personagem do humorista Chico Anísio colocou o time paulista a um empate da classificação. Ortigoza sofreu a falta que deu origem ao tento palestrino e resultou no segundo cartão amarelo de Hamilton.



Escrevendo assim, parece pouca coisa. A vitória do alviverde na Ilha do Retiro na primeira fase da competição teve como destaques, de um lado, a aplicação dos visitantes e, de outro, o fato de que para o Sport o jogo não era de vida ou morte. Também por méritos defensivos do Palmeiras, o time da casa não conseguiu criar abafa na ocasião. Agora será tudo diferente.

Espero que Marcos saiba do que está falando e que o Palmeiras realmente tenha aprendido a jogar a Libertadores. Mas é claro que não basta saber o que é necessário, falta realizar.

Jogo
O jogo não foi simples, ao contrário foi uma luta de boxe repleta de estratégia e aplicação. O time entrou errado, com Pierre, Cleiton Xavier, Marquinhos e Diego Souza no meio e Keirrison e Willians no ataque. Bem ofensivo no papel, mas não funcionou.

O único reforço para as oitavas-de-final da Libertadores, foi Mozart, e nenhum reforço mais. Ele estreou no segundo tempo, no lugar de Marquinhos, praticamente perseguido pela torcida, ao mesmo tempo em que o autor do gol entrava no posto de Willians. A mexida, no papel, foi tirar dois meias-atacantes para colocar um atacante nato e um segundo volante. Nada de ofensiva no papel, mas funcionou melhor porque o paraguaio entrou bem.

No primeiro tempo, Keirrison havia mandado mais uma bola na trave. Diego Souza fez o mesmo, de cabeça. Talvez com mais tranquilidade, o placar pudesse ser mais favorável. De qualquer forma, a decisão iria para o Recife e é pedreira. E antes disso, ainda tem a estreia do time no Brasileirão, contra o Coritiba, o mesmo adversário de 2008.

DataFutepoca
Pelos cálculos do DataFutepoca (DataBar teria mais apelo), são 35 partidas em que os treinadores se enfrentaram do banco de reservas. Foram 11 vitórias de Nelsinho Baptista, 10 de Luxemburgo e 14 empates. Ainda valeria a pena uma recontagem.

terça-feira, maio 05, 2009

Por que não bebo refrigerante

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O camarada Olavo vai achar que é perseguição, mas desde já esclareço que suas Coca-colas não estão entre os refrigerantes que foram testados e apresentaram a presença de Benzeno, uma substância cancerígena em testes.


Nada de alarmar, as doses são pequenas e na maioria dos casos dentro dos limites permitidos pela legislação, mas quem puder trocar drogas à base de açúcar (ou adoçantes) e corantes por, por exemplo, sucos naturais (não necessariamente de cevada), esta é a hora...

A Folha de S.Paulo de hoje afirma que sete refrigerantes têm substância a cancerígena benzeno, segundo o Pro Teste --Associação Brasileira de Defesa do Consumidor-- , que surge da reação de um conservante, o benzoato de sódio, com a vitamina C. Como não há regra para a quantidade do composto em refrigerantes, usou-se o limite para água potável: 5 microgramas por litro.

São eles a Sukita Zero, que tinha 20 microgramas, e o da Fanta Light, com 7,5 microgramas. Os outros cinco produtos estavam abaixo desse limite. São eles: Dolly Guaraná, Dolly Guaraná Diet, Fanta Laranja, Sprite Zero e Sukita.

A Coca-Cola, responsável pela Fanta, afirmou, em nota, que cumpre a lei e que os corantes de bebidas são descritos no rótulo. Afirma, ainda, que o benzeno está presente em alimentos e bebidas em níveis muito baixos.

A AmBev, que fabrica a Sukita, informou à Folha que trabalha "sob os mais rígidos padrões de qualidade e em total atendimento à legislação brasileira".

O ébrio e o respeito ao princípio da propriedade

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Em 2008, senti-me sinceramente envergonhado pelo pouco caso do Brasil em relação ao centenário de um de seus filhos mais célebres, o escritor carioca Machado de Assis (foto) - seguramente, um dos maiores da língua portuguesa e da literatura mundial. Fora uma ou outra palestra, exposição ou exibição de obras suas adaptadas para o cinema ou teatro, a data, que merecia justa comoção nacional, passou em lamentáveis e brancas nuvens. Chateado com isso e aproveitando que no próximo 21 de junho completam-se 170 anos de seu nascimento, decidi render minhas próprias homenagens da forma como acredito que Machado mais apreciaria: relendo três de seus livros mais fascinantes, "Memórias póstumas de Brás Cubas", "Quincas Borba" e "Dom Casmurro". O mais interessante em rever esses trabalhos, além do sarcástico bom humor e da absoluta avacalhação do ser humano e dos costumes sociais, é notar que, nas entrelinhas ou em capítulos aparentemente desconexos, o escritor encobriu pepitas que dificilmente encontramos nas primeiras leituras. Uma delas segue abaixo:

"Era uma vez uma choupana que ardia na estrada; a dona - um triste molambo de mulher - chorava o seu desastre, a poucos passos, sentada no chão. Senão quando, indo a passar um homem ébrio, viu o incêndio, viu a mulher, perguntou-lhe se a casa era dela.
- É minha, sim, meu senhor; é tudo o que eu possuía neste mundo.
- Dá-me então licença que acenda ali o meu charuto?
O padre que me contou isto certamente emendou o texto original, não é preciso estar embriagado para acender um charuto nas misérias alheias. Bom Padre Chagas! - Chamava-se Chagas. - Padre mais que bom, que assim me incutiste por muitos anos essa ideia consoladora, de que ninguém, em seu juízo, faz render o mal dos outros; não contando o respeito que aquele bêbado tinha ao princípio da propriedade, a ponto de não acender o charuto sem pedir licença a dona das ruínas. Tudo ideias consoladoras."


(in "Quincas Borba", Capítulo CXVII - Livraria Garnier, 1891)

segunda-feira, maio 04, 2009

Quer saber? Eu gostei

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A imagem abaixo circula pela rede. Segundo consta, foi feita pela Nike, fornecedora de material esportivo do Corinthians, em comemoração ao título paulista de ontem.


Muitos santistas se iraram. Há os que propõem boicote à empresa e os que anunciaram que jamais comprarão nada da Nike até que apareça um pedido de desculpas oficial (imagino o quanto as ações da Nike devam ter caído depois dessas declarações).

Santista que sou, também triste com a perda do título, sigo em mão diametralmente oposta. Achei legal a imagem, e por dois motivos: futebol tem mais é que ter brincadeira; tô fora de fazer parte de uma cultura futebolística que não inclua a tiração de sarro como cláusula pétrea. 

O outro motivo é que ser alvo de uma zoação é algo que apenas traduz a sua grandeza. Sou de um tempo - que não faz tantos anos assim - que o Santos era motivo de piedade e compaixão por parte dos rivais. Lembro de quando torcedores dos outros times falavam, de coração aberto, que torceram pelo Peixe na final de 1995. E vocês não têm noção do quanto isso é danoso, do quanto dilacera a auto-estima de um torcedor. Por isso, fico muito feliz quando vejo provocações desse tipo, assim como me agradou ver na torcida corintiana faixas com os dizeres "7x1 eterno", numa alusão à tragédia de 2005.

Que o Santos faça, dentro de campo, algo que motive uma resposta à altura dessa provocação.

Cruzeiro campeão e a história se repete

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Não há novidade no título do Cruzeiro. Neste mesmo Futepoca o time azul já foi declarado campeão quando venceu a primeira partida das finais por 5 a 0, com mérito por ter um time melhor que o do Galo.


Na partida de ontem, que terminou 1 a 1, ocorreu o que sempre acontece. Se o jogo está um pouco mais difícil, marcam-se pênalties e jogadores do Galo são expulsos. Não estou reclamando da expulsão do Welton Felipe, que foi justa...

Podem dizer que é choradeira, e é mesmo. Mas não reclamei nada nos 5 a 0, achei a arbitragem correta. Ontem, foi controversa. Faz tempo que o Gaciba não atua bem. Os Perrela devem ser muito "carinhosos" com determinados árbitros.

Mas o que importa é que a derrota para os azuis criou nova crise no Galo, que acabou demitindo o Leão e vai começar o brasileirão do zero.

Gosto do Leão e nem um pouco de seu substituto, Celso Roth, mas o Leão vem cometendo erros sistemáticos, como manter time que é goleado e beneficiar determinados jogadores que não vêm atuando bem, como o goleiro, Juninho, e não dar chances ou ficar de birra com jogadores jovens de quem não gosta, como Tchô e Marcos Rocha. Sem contar que quer mandar mais que o presidente do clube.

Para ele, parece que aos amigos, tudo. De quem não gosta, ... A justificativa para manter seus preferidos é sempre o que produzem nos treinos, que só ele vê. Se quiser continuar como técnico terá de rever certas atitudes.

As cartas estão lançadas, torcerei como sempre, mas temo pelo meu Galo neste Brasileiro. 

Campeão! Invicto! É nóis! Corinthians!!!

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Senhoras e senhores, o Corinthians é pela 26ª vez campeão paulista, numa campanha digna de sua história: invicto, com brilho e garra nas semifinais e finais, superando os rivais em suas casas. Consolidou sua defesa ao longo da fase de classificação, a menos vazada do campeonato, e garantiu, com a incorporação do astro planetário Ronaldo ao elenco, lances de beleza ímpar, que marcaram a história do futebol nacional e viraram manchete em todo o planeta.

Todos os meus vivas ao Chicão – infelizmente fora da finalíssima, logo ele que levou a faixa de capitão por todo o campeonato e mais do que ninguém simboliza com sua raça e espírito esta vitória do Timão –, e ao Felipe – mesmo instável, brilhou e muito nos momentos decisivos. Minha alegria de ver Dentinho amadurecendo seu futebol e também belos gols do André Santos, que apesar de arrogante ainda pode render muita coisa boa ao futebol. Vivas ainda à presença marcante de Alessandro e Cristian, que apoiaram e deram corpo à equipe, assim como William, Douglas, Jorge Henrique, Boquita e tantos outros que lutaram conosco, por nós.

Mano Menezes consolida um retrospecto estatístico bastante positivo à frente do Corinthians, com mais de 60% de vitórias e apenas cerca de 10% de derrotas. A julgar que ele tem que trabalhar com o que tem – e o elenco, salvo exceções, está longe de ser genial –, a vitória estadual está aí para provar que, no cômputo geral, suas opções ao longo do campeonato estavam corretas. Soube aproveitar (e poupar) a presença de Ronaldo, soube se defender, soube virar jogo. No ano passado, liderou o Timão à final da Copa do Brasil, e pipocou. Agora mostra que aprendeu a lição e soube lutar com seu elenco por esse resultado de lavar a alma.

Para mim, como para muitos corintianos, essa taça vem pôr um ponto final à pior crise do Corinthians que eu tive o azar de presenciar. Não que o time – e mesmo o clube – esteja estruturado para jogar com consistência os próximos campeonatos – que dirá os próximos anos... Mas tínhamos um dever e o cumprimos. E com classe: in-vic-tos!

Agora é festejar, pra desopilar o fígado, depois respirar fundo e centrar o pensamento no próximo desafio. O Atlético Paranaense não vai facilitar nada pela Copa do Brasil. Mas o Timão é mais!!! É nóis!!!

PS:

E não é que o Fogão, que sumiu no Rio, foi querer participar da festa do Timão!