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As probabilidades não são as maiores do mundo, mas fica a torcida.
As probabilidades não são as maiores do mundo, mas fica a torcida.
Polad Bülbüloglu foi um ídolo da música jovem soviética nos anos 1960, trasnformando-se depois num expoente da música romântica - uma espécie de Roberto Carlos dos comunistas, mais ou menos. Curioso é que, após a extinção da URSS, tornou-se político e embaixador do Arzebaijão na Rússia. Na foto acima, aparece cumprimentando o primeiro-ministro russo Vladimir Putin. Mas gostaria de registrar aqui um vídeo de 1967 com sua hilária interpretação da não menos hilária "Shake", musiquinha estilo "jovem guarda" (expressão que, ironicamente, foi criada por outro Vladimir russo, o Lenin). Polad se esmera na dancinha, nos gritos "ô-ô-ô-ô" e num intraduzível "arabá-papêrebê-pepepê", ou coisa que o valha. Porém, o mais bizarro é o velhinho manguaça que aparece lá pelo 01:22, com sua garrafa de vodka e batendo palma sem saber pra onde ou por quê. No finzinho do vídeo, ele nem espera a música acabar para abastecer o copo novamente:
Ps.: E pra quem ainda conjectura sobre a origem da expressão "trololó", comumente usada por José Serra, vai uma pista na voz do "feliz" barítono russo Eduard Khil, o "Senhor Trololó", em performance incrível, indescritível, inenarrável e inacreditável de 1976. Absolutamente imperdível:
Passados 24 dias da onda antinordestina nas redes sociais de internet brasileiras – e também fora delas – a capital paulista será palco de uma festa baiana. Ou melhor, do Bahia.
Em frente ao metrô Anhangabaú, recebi um panfleto da campanha Invasão Esquadrão de Aço, que convoca os torcedores desgarrados pela pauliceia desvairada a comparecer ao Morumbi neste sábado, 27, às 17h, para assistir o time de Márcio Araújo carimbar, diante do Bragantino, a passagem para a primeira divisão do Brasileirão.
Quando o derrotado José Serra apareceu no Congresso Nacional em Brasília, anteontem, a irritação dos tucanos que são aliados do senador eleito Aécio Neves foi visível. Sem compromissos programados, Serra deu as caras "aparentemente em busca de espaço na mídia", conforme o jornal Valor Econômico. Depois das eleições presidenciais, como era de se esperar, o racha no PSDB se aprofundou ainda mais. Os aliados de Serra e de Aécio trocam farpas publicamente. Quando Aécio criticou a hegemonia paulista e propôs uma "refundação" do PSDB, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso saiu em defesa de Serra, ao negar que o PSDB seja "muito avenida Paulista" ou precise ser refundado. Agora, a proposta de recriação da CPMF cava um novo abismo entre as duas facções tucanas.
Há três anos, quando a CPMF foi derrubada no Congresso, o partido já havia se dividido. Serra liderava a ala dos governadores tucanos favoráveis à continuidade da CPMF, enquanto senadores do PSDB e do DEM a combatiam. No cenário atual, o governador de Minas Gerais, Antonio Anastasia, defende a volta da CPMF. Já Serra, agora sem cargos e de olho apenas na oposição, apelou para que o PSDB marche em bloco contra a volta do imposto, sob o risco de "quebrar" o partido. Para um dos principais deputados aliados a Aécio, Serra tenta, de forma "autoritária" e "à base de cotoveladas", liderar a fragilizada oposição. Até a serrista Folha de S.Paulo considerou a "visita-supresa" ao Congresso como o "primeiro passo do ex-governador de São Paulo para tentar ocupar a presidência do PSDB a partir de 2011".
O Valor Econômico publicou que "a postura de Serra, subindo o tom das críticas a Lula, foi interpretada pelos companheiros de partido como manifestação da intenção de comandar a oposição. Os tucanos que o acompanharam no Congresso dão como certo que Serra tentará disputar a Presidência da República novamente — projeto que não encontra entusiasmo no partido". Nisso, o deputado aecista Nárcio Rodrigues, presidente do PSDB mineiro, mandou um recado aos tucanos paulistas: "Vão ter que nos engolir. Fomos extremamente respeitosos à fila, concordando que em 2006 era a vez de Geraldo Alckmin e, em 2010, de Serra. Agora é a nossa vez". Das duas, uma: ou Aécio atropela Serra no PSDB ou sai e funda outro partido. Façam suas apostas.
Tipo de cerveja de trigo (wheat beer ou weissbier) surgido no sul da Alemanha, com forte presença de frutos no aroma e sabor, como banana e maçã. O volume alcóolico de 5% a 7%, sendo que as Hefeweizen são bastante refrescantes apesar de não muito ácidas. O prefixo "Hefe" significa algo similar a "com fermento", pois estas cervejas, em geral, são opacas e não filtradas. Se servidas num tradicional copo de Weizen, as Hefe produzem abundante espuma e ficam com excelente aparência. "Relativamente a este tipo de cerveja há que ter um aspecto em atenção: é habitual servirem-nas com uma rodela de limão, seja isso para cortar o sabor do trigo ou do fermento. Recuse uma cerveja servida desse modo, pois o limão apenas altera o sabor desta, para além de dificultar a formação de espuma", recomenda Bruno Aquino, do site português Cervejas do Mundo. Quando fui pra Irlanda, durante a escala no aeroporto de Frankfurt, pude provar uma cerveja desse tipo no Goethe-Bar (foto acima), a Paulaner, tirada em torneira. Uma delícia! Não senti gosto de fruta nenhuma, só o azedo (na medida) do trigo. Além da Paulaner Hefeweissbier, vale experimentar a Franziskaner Hefe-Weissbier e a Weihenstephaner Hefe Weissbier.
Foi na edição do Jornal Hoje que a âncora Sandra Annenberg resumiu o que se viu durante o dia nas redes de TV noticiosas.
– Parece um filme, só que ao vivo, né? 10 milhões de brasileiros assistiram Tropa de Elite 2, a gente vive falando dessas invasões de favelas, e estamos acompanhando ao vivo.
Tá logo no comecinho. Vale assistir (apesar do comercial).
O noticiário virou um reality show, com notas de Tropa de Elite. Rodrigo Pimentel, ex-capitão do Batalhão de Operações Especiais (Bope), roteirista do filme, foi fonte obrigatória tanto para a Globo (promovido a assessor de segurança da emissora), como para outros veículos. Ele foi assertivo em todas as suas falas, apesar de dizer que a operação "superou a ficção", porque José Padilha não poderia ter imaginado algo assim.
A história deve ter garantindo ibope gordo à atração da emissora, porque a edição se estendeu e foi monopolizada pelo tema.
As cenas foram mesmo impressionantes. O deslocamento de pessoas, a maioria de homens, entre a Vila Cruzeiro e o Complexo do Alemão, mostrava uma ação de formiguinha dos supostos traficantes, que estariam levando armas e sabe-se lá mais o quê.
Em toda a cobertura televisiva de todos os canais, mais do que nunca, a terminologia "bandidos" predominou. "Criminosos" e "suspeitos" por pouco não desapareceram. Estes últimos só eram mencionados ao referir-se aos mortos. Todos foram julgados, condenados e taxados da forma mais pejorativa que poderia ser publicável.
Reality show e o retrato jornalístico
O mais curioso foi a sequência da ter se dado no mesmo dia em que JB Oliveira, o Boninho, diretor do Big Brother Brasil, o reality show de ofício mais visto da TV brasileira, ter se pronunciado sobre o programa. Primeiro, disse, pelo Twitter, que valeria tudo "até porrada" e bebida alcóolica ("chega de bebida de criança") etc.
Depois, mais a noite, ponderou: "BBB11 não será um ringue".
Ufa.
Mas não consigo parar de pensar que ele passou o dia assistindo à GloboNews e percebeu que se o Capitão Nascimento virasse reality show, o BBB ficaria sem graça.
Na Holanda, o time do Ajax tinha que devolver a bola para o time de amarelo, num lance de fair play. Mas o manguaça, na tentativa de jogar para o goleiro adversário, fez um golaço. Daí, eles tiveram que deixar o time de amarelo marcar um gol, para empatar e consertar a mancada. Mesmo sem marcadores, a dificuldade que encontraram pra anotar esse tento é digna de registro:
O Palmeiras conseguiu o que parecia o mais difícil. Perdeu, na Copa Sul-Americana, para o penúltimo colocado no campeonato nacional. O Goiás venceu o alviverde paulistano por 2 a 1, de virada, em pleno Pacaembu.
Vergonha.
No encontro de times frágeis, quebrou-se a equipe que acreditou que um gol na partida de ida e outro na de volta garantiam a vaga na final. Não foi o que aconteceu.
Luan abriu o placar aos 33 minutos do primeiro tempo. O empate veio aos 47 da etapa inicial, com Carlos Alberto, em uma sobra de falta. Ernando selou o placar , aos 36 do segundo tempo.
Escrever de cabeça quente é mais difícil.
O ano de 2010, que começou com Muricy Ramalho, teve Antonio Carlos e terminou com Luiz Felipe Scolari, termina na lata do lixo. Uma temporada que não serviu nem para revelar atletas, nem para formar time para o próximo período, nem para trazer alento ao torcedor.
As falhas cantadas nos posts anteriores vinham sendo contornadas na competição continental, mas não é todo dia que a sorte de Felipão, os chutes de Marcos Assunção ou o bom trabalho de Deóla salvam a pátria.
Muito trabalho para a formação do elenco em 2011.
Mais:
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Encontro de blogueiros progressistas: a cachaça, bordeaux e o óleo de rícino
Toda cachaça é de esquerda.
Na lista de vexames da diretoria do São Paulo nos últimos anos, que incluiu o Roberto Justus entrando em campo com o time e o Gilberto Kassab recebendo uma camiseta personalizada, podemos agora listar mais um: segundo o diário Lance!, "durante o show de Paul McCartney no Morumbi, Juvenal Juvêncio recebeu em seu camarote o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o ex-governador José Serra e o atual governador, Alberto Goldman". Aproveitando a nostalgia beatlemaníaca, os três patetas, digo, políticos, que fizeram um esforço "hercúleo" para manter o Morumbi na Copa de 2014, devem ter dito a Juvêncio: "o sonho acabou". E, com o estádio recebendo tais figuras em um camarote, virou pesadelo. Mas, como diria Sir McCartney, "deixa estar". Sua hora chegará, Juvenal. Pode apostar nisso.
Só repassando: o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) de São Paulo iniciou ontem seu primeiro curso de Sommelier de Cervejas, na unidade da Barra Funda. O curso, uma parceria com o centro de estudos alemão Doemens, abrange a história da cultura cervejeira, os pratos que podem ser combinados com a bebida e seus derivados e - melhor de tudo - degustações de diversos tipos de cerveja.
"As pessoas que se formam no curso, além de otimizar o tempo de uma cerveja na mesa, aprender a degustá-la e conhecer as possibilidades gastronômicas, passam a ser embaixadores do assunto e divulgam que é melhor beber menos, mas beber melhor", diz a professora Cilene Saorin (que aparece na foto com o engenheiro alemão Michael Zepf, doutor em Tecnologia de Cervejas e Bebidas e diretor técnico do centro Doemens).
Segundo Cilene, o mercado das cervejas "especiais", que necessita muito desse tipo de profissional, cresce 11% ao ano, enquanto o de cerveja comum cresce 5%. O curso custa R$ 2.100 e tem carga horária de 100 horas. O candidato deve ter ensino médio completo e ser maior de 18 anos. A próxima turma tem inscrições previstas a partir de março de 2011. A primeira edição do curso de Sommelier de Cervejas do Senac atraiu 40 alunos com perfis diversificados, entre profissionais da área, proprietários de cervejarias e bares, jornalistas de gastronomia e curiosos.
Encostado no balcão do buteco, traçando uma costelinha de porco com limão e pimenta, observo o manguaça que chega e pede um pingado (leite com café). Pouco depois, o atendente destampa uma garrafa da temível cachaça Riopedrense e passa a completar um vidrão com umas cascas velhas indefiníveis e a inscrição "carqueja" - um daqueles recipientes que já trazem acoplada uma torneirinha, estilo filtro de água (à direita). Os olhos do manguaça brilham. O rapaz vai enchendo o vidrão até a tampa, depois pega a garrafa com um restinho de pinga e faz que vai guardá-la num caixote.
- Ô, amizade! Num desperdiça, não. Bota aqui esse restinho.
Ato contínuo, o atendente do buteco despeja o finzinho da temível pinga (à esquerda) no pingado do manguaça. Que, não contente, ainda resolve pedir também uma costelinha igual a que eu degustava. E come a engordurada iguaria acompanhada do café com leite e cachaça, lambendo os beiços. Mais um daqueles momentos em que, como diz o Glauco, se diferenciam os homens dos meninos...
Depois de sete temporadas seguidas, o São Paulo não disputará a Libertadores da América em 2011. Talvez seja até bom - para a necessária reformulação do elenco, fique claro, pois economicamente é óbvio que será um desastre. De minha parte, acho natural essa queda. É impossível manter-se no topo durante tanto tempo. Se lembrarmos da última passagem de Telê Santana como técnico (à esquerda), o período mais vencedor do clube, veremos que foram quatro temporadas disputando em alto nível, de 1991 a 1994. Na temporada de 1995, ainda com Telê no comando, o São Paulo não disputou as finais de nenhum dos torneios que enfrentou, Paulistão, Copa do Brasil e Brasileirão. O time foi do excelente ao sofrível de uma temporada para outra. E demorou para se reerguer.
Lentamente, ao custo de várias reformulações de elenco e trocas de técnicos, o clube foi beliscando alguns vice-campeonatos (Paulistão de 1996 e 1997, Supercopa de 1997, Rio-São Paulo de 1998 e 1999) até que conquistou um Paulista, em 1998, ano em que quase foi rebaixado no Brasileirão, e outro em 2000, mais um Rio-São Paulo em 2001. Mas sempre sem montar nenhum esquadrão ou emplacar um técnico por mais de uma temporada. Quando finalmente conseguiu apresentar um bom time e fazer ótima campanha no nacional, em 2002, foi atropelado pelo Santos de Robinho & Cia, entrando em novo período de crise.
Surpreendentemente, a última grande fase do São Paulo começou com uma solução caseira, o preparador de goleiros e técnico interino Roberto Rojas (à direita), que classificou o time para a Libertadores da América depois de dez anos. Mas ficou chupando o dedo, pois a disputa da competição já trazia Cuca como técnico, esse mesmo que hoje está no Cruzeiro. Ele adotou o esquema 3-5-2 e deixou a base pronta para o sucessor, Emerson Leão, que levantou a taça do Paulistão de 2005 e entregou o time para Paulo Autuori conquistar a Libertadores e o Mundial. Depois disso, Muricy Ramalho assumiu e venceu três Brasileiros seguidos, sempre com o mesmo esquema e quase os mesmos atletas.
Mas o fantasma de quatro desclassificações na Libertadores o apeou do cargo e, ao fim dessas quatro temporadas vencedoras, de 2005 a 2008, exatamente como na Era Telê, o time começou a despencar em queda livre. É natural, faz parte de um novo ciclo. Agora é juntar os cacos dessa fase ruim e rezar para que o próximo bom período não demore mais uma longa década de intervalo. Porém, para os próximos dois anos, eu não espero títulos. Se conseguir priorizar a base, manter um treinador, um esquema tático e voltar à Libertadores, já será uma vitória e tanto. O clube é o da fé e, por isso, sabemos que um dia ressurgirá como uma das maiores forças do continente. Sem dúvida. Vai, São Paulo!
É comum, entre jornalistas proletários, bêbados e de esquerda (qualquer coincidência com a gente é mera realidade), usar o termo "pau alado" para situações extremamente difíceis - em português claro, que vai ferrar tudo e não tem jeito de evitar. Pois ouvi hoje de uma fonte insuspeita, muito próxima ao nosso estimado presidente Lula, que ele sempre costumava dizer (com o perdão do palavrão):
- Em chuva de caralho, a melhor arma é um pote de vaselina!
Mais uma rodada completada da reta final do Brasileirão, vulgo o torneio do mimimi e do chororô, tão presentes nas três últimas rodadas e que ainda vão ser a tônica nas próximas vinte partidas. Agora, o Fluminense volta a estar na frente depois da goleada sobre o São Paulo, o Corinthians está um ponto atrás após o empate com o Vitória em 1 a 1 e o Cruzeiro voltou à briga ao vencer o Vasco por 3 a 1.