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sábado, janeiro 05, 2013

Habemus Pato

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Todo mundo já sabe, mas decidi mesmo assim pitacar sobre a contratação de Alexandre, o Pato, pelo Corinthians, sacramentada nesta quinta-feira. Trata-se, segundo notícias, da maior soma já paga pelo Timão por um jogador, R$ 40 milhões divididos em quatro anos. E vale? O grande conselheiro Acácio avisa que só o futuro dirá. Obviamente, vai depender do desempenho do jogador. Como aposta, na minha humilde opinião, vale sim.

Como bem resgatou e constatou Luiz Felipe dos Santos, do sempre excelente Impedimento, Pato não foi o que se imaginava que seria. Mas o que dele se esperava não era pouco: que fosse o sucessor de Ronaldo Fenômeno com a 9 da Seleção Brasileira, como este foi o de Romário. Estamos muito bem acostumados com centroavantes geniais, o que aumenta muito nossas exigências.

Mas Pato foi no Milan um centroavante muito do bom, enquanto teve condições físicas para tal. O Corinthians acredita que seu departamento médico poderá colocar o garoto para jogar o que sabe, coisa que o Milan Lab não conseguiu. É uma aposta semelhante à feita com Ronaldo, que deu resultados muito bons, ainda que não por muito tempo. E parecida também com a feita em Adriano, que não deu em nada. O novo desafio tem, claro, suas diferenças: Pato não é genial como Ronaldo, mas tem 23 anos e muito tempo de bola pela frente, mais do que tinha Adriano, cuja recuperação não se deu muito por conta de seus problemas e opções pessoais.

Aí entra o ponto central: assumindo que o departamento médico do Corinthians tenha mesmo condições de resolver os problemas físicos do atacantes, o resto dependerá da vontade de Alexandre para correr atrás. Isso vale tanto do ponto de vista físico quanto para entrar no ritmo e esquema que Tite armar para ele jogar. Esquema esse que provavelmente não sairá muito das principais características exibidas recentemente: muita marcação, alternando pressão no campo do adversário com o recuo das linhas, e entrega de todos. “Todos jogam, mas todos marcam”, resumiu Tite numa bela entrevista a AndréRocha, da ESPN.

Nessa mesma entrevista, Tite falou do caso de Douglas, que nunca marcou tanto na vida quanto fez no Corinthians do segundo semestre, sem perder sua qualidade de passe, retenção de bola e leitura do jogo. Segundo o treinador, o próprio grupo internalizou de tal forma essa maneira de jogar que um atleta que não se esforce para se encaixar é repelido. Essa questão me parece tão ou mais preocupante do que as lesões do jogador, pois possíveis privilégios para uma contratação tão cara podem quebrar esse espírito coletivo que se estabeleceu no Timão e que é o grande diferencial desse time histórico.

Um primeiro sinal positivo nesse sentido vem também do noticiário, que informa que Pato aceitou reduzir seu salário dos cerca de R$ 900 mil que recebia na Itália para R$ 400 mil, teto salarial do Corinthians, valor recebido por Paulinho e Sheik, por exemplo.

Se superar essas duas armadilhas (condição física e inserção no coletivo) acredito que Pato seja um reforço na medida para o que esse disciplinado Corinthians precisa. Hoje um time forte na coletividade, mas sem individualidades acima da média, o Timão encontrará nele e, de outra forma, em Guerrero, referências importantes para esta que é a atividade básica do futebol: botar a bola pra dentro. 

Pergunto: se não fosse Pato, em quem valeria a pena apostar? Nilmar? Pagar a multa por Leandro Damião? Robinho? Vi quem citasse Drogba, descontente na China, e Carlos Tevez, que nunca falta quando o Corinthians procura um atacante. Quem lança estes nomes esquece um fator fundamental para que esse negócio desse certo: Pato quer vir para o Corinthians. Se é verdade que a conjunção da crise europeia com os novos valores arrecadados por alguns clubes brasileiros melhora nossa posição relativa, isso ainda naõ é o bastante para bater de frente com os grandes do velho continente. Isso vale para Neymar, por exemplo. Mesmo com a belíssima engenharia financeira feita pelo Santos, se o garoto decidisse sair e alguém decidisse pagar a multa, um abraço.

O final feliz da negociação aponta que Pato quer estar na mídia nacional, quer jornalistas pedindo seu nome para Felipão. Logo, imagina-se, quer jogar bola. Se assim é, está no lugar certo.

E os outros contratados?

Sobre Renato Augusto, aceito informações. Vi o rapaz apenas na Seleção, convocado por Mano, e gostei. Não parecia bom o bastante para a proverbial amarelinha, mas driblava bem e tinha bom passe. Deve ajudar.

Sobre Gil, era um bom zagueiro, alto, o que ajuda. Melhor que Wallace deve ser, ainda que o lance mais claro dele em minha memória seja o pênalti em Ronaldo no fim do Brasileirão de 2011, numa carga bem tosca. Mas periga que seja pior que Marquinhos, garoto revelado na base e enviado muito cedo para o Roma, lar do também ex-alvinegro Leandro Castán que eu xinguei muito antes de perceber a falta que fez. No caso de Marquinhos, equívoco de uma diretoria pouco acostumada a valorizar a base – ou um “acerto” que rendeu dinheiro a alguns picaretas e lesou o clube.

quinta-feira, janeiro 03, 2013

Montillo e os argentinos que fizeram (ou não) história no Santos

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A chegada do meia argentino Walter Montillo ao Santos engrossa a lista de estrangeiros que já jogaram no clube da Vila Belmiro. Desde que o atacante irlandês Harold Cross e o arqueiro francês Julien Fauvel, respectivamente em 1912 e 1913, abriram a fila, 76 estrangeiros atuaram no Peixe, o ex-cruzeirense será o 77º. E foram justamente os conterrâneos de Montillo os gringos que mais vestiram o manto santista. Com o atual contratado, são 26 os argentinos que jogaram no Santos.

Em relação a outros clubes, é um número elevado de atletas vindos de outros países. O Corinthians teve 34 estrangeiros em sua história (sim, a conta já inclui o Zizao); o Botafogo, 58, o mesmo número do Flamengo. E o torcedor santista tem na memória boas lembranças com alguns estrangeiros, talvez a mais evidente para aquele que tem mais de 30 anos seja a passagem do monumental uruguaio Rodolfo Rodríguez, mas, se formos falar apenas de argentinos, há grandes nomes, outros com boa passagem e frustrações daquelas.

Continue lendo aqui.

quarta-feira, janeiro 02, 2013

Obama e Chávez são os líderes mundiais mais seguidos no Twitter. Dilma é a 6ª

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Desde 2009 o Digital Policy Council's divulga um relatório anual que analisa como líderes mundiais e instituições governamentais utilizam o Twitter e de que forma seus governos se comunicam por esse meio com seus cidadãos. E o relatório referente ao ano de 2012 mostra que 123 mandatários de 164 países possuem contas no microblogue, um avanço considerável de 78% em relação a 2011, quando somente 69 deles tinham um perfil.

Obama e Chávez: os líderes mais seguidos no Twitter
No Top 10 dos líderes mundiais mais seguidos, há dois novos integrantes. O quinto mais popular, o presidente russo Dmitry Medvedev mantém duas contas, uma na qual fala em seu próprio idioma e outra, que conta com muito mais seguidores, na qual se expressa em inglês, tendência observada também por outros líderes como os primeiros-ministros do Japão, Tailândia e Cazaquistão.

O outro novato da lista é o presidente colombiano Juan Manuel Santos, oitavo colocado. Aliás, dos dez, metade dos líderes é da América Latina: Hugo Chávez, o segundo na lista; Dilma Roussef, sexta colocada, Cristina Kirchner, sétima, e o presidente do México, Enrique Peña Nieto. Obama, o mais seguido, conseguiu 15 dos 24 milhões de seguidores que tinha ao fim de 2012 justamente no ano passado, em que conseguiu sua reeleição. O tuíte no qual celebrou sua vitória, com os dizeres “Four more years” e uma foto sua com a primeira-dama Michelle Obama foi o mais retuitado na ainda curta história do microblogue.

Algo que diferencia os perfis é o uso que cada líder dá a ele. Enquanto Obama, na campanha de 2012, misturou mensagens pessoais com outras postadas por sua assessoria (ambas identificadas), potencializando o uso do Twitter como fator mobilizador, o último tuíte da presidenta Dilma Rousseff data de 13 de dezembro de 2010.

Rania Al Abdullah, rainha da Jordânia
Confira abaixo a lista dos dez líderes mais seguidos:


1 – Barack Obama – EUA (desde 5/3/2007) – 24.611.982

2 – Hugo Chávez – Venezuela (desde 28/4/2010) – 3.802.177

3 – Abdullah Gul – Turquia (desde 9/12/2009) – 2.576.101

4 – Rania Al Abdullah – Jordânia (desde 29/4/2009) – 2.459.935

5 – Dmitry Medvedev – Rússia (desde 9/6/2010) – 2.070.287

6 – Dilma Roussef – Brasil (desde 10/4/2010) – 1.752.669

7 – Cristina Kirchner – Argentina (desde 30/4/2010) – 1.461.245

8 – Juan Manuel Santos – Colômbia (desde 11/8/2009) – 1.455.179

9 – Enrique Peña Nieto – México (desde 29/3/2007) – 1.361.667

10 - Mohammed bin Rashid Al Maktoum – Emirados Árabes Unidos /Dubai (desde 3/6/2009) – 1.342.864