Eu vinha vindo com a minha namorada Na avenida, conversando sossegado A lua cheia brilhava no infinito Ninguém na rua, só nos dois bem abraçados
À meia noite eu voltei da casa dela Mas de repente parecia que era o fim Um bicho feio no meu ombro pôs a mão Olhou bem na minha cara e depois falou-me assim:
- Uuuuuuuuu aaaaaaahhhh! Eu sou o lobisomem e vou levar você para o outro mundo!
Com muito custo me livrei daquele monstro E fui pra casa do Chicão, meu grande amigo Entrei na sala tremendo, muito assustado Contei pra ele o que aconteceu comigo
No outro dia fui levar minha garota E o Chicão ficou no canto, escondido Na minha volta o lobisomem apareceu Nas minhas costa ele bateu, o negócio foi divertido
Mas o Chicão, meu grande amigo, apareceu Trazendo junto uma garrafa de cachaça Bebeu um trago e avançou no lobisomem Os dois caíram, foi tão grande a arruaça
O bicho feio dava pulo de enfezado E o meu amigo lhe tocava o pé no peito Os dois rolavam que a poeira suspendia E o barulho que faziam era mesmo desse jeito:
- Uuuuuuuuu aaaaaaaaaaaii! Eu sou o lobisomem e vou fazer você virar uma fumaça!
- E eu sou o Chicão, famoso bebedor de cachaça! E nunca mais você vai assustar ninguém! Toma!!! Toma!!! - Uuuuuu aaaaaiiii!
O lobisomem se arrancou naquele instante Entrou no pasto, escondeu-se no piquete Mas o Chicão correu atrás e o agarrou E sem demora foi lhe descendo o porrete Toda mentira desse mundo é descoberta Preste atenção e veja o que aconteceu O lobisomem apanhou que até desistiu A sua máscara caiu e a verdade apareceu
Eu cheguei perto para ver o acontecido Até fiquei com pena desse camarada O lobisomem que viva me assustando Era o pai da minha linda namorada
No outro dia me casei com a menina Eu gosto dela, por isso lhe dei meu nome E o meu sogro hoje mora em minha casa Cuida bem dos meus filhinhos, deixou de ser lobisomem...
(Do LP "Rock Bravo chegou para matar", RCA Camden, 1970)
Vovó Manguaça: 111 anos enchendo a lata e 105 fumando um maço de cigarros por dia!
Mais um exemplo de "boa saúde": assim como o inglês Buster Martin e a brasileira Olívia Franco da Silva já relataram em outros posts do Futepoca (aqui e aqui), a britânica Dorothy Peel também afirma que o segredo de sua longevidade é a bebida e o cigarro (leia aqui). Ela conta que bebia regularmente durante o dia, mandando cerca de 200 ml de licor pra goela logo pela manhã, um gim e tônica no almoço e mais ginger ale com uísque à noite. Atualmente, a velhinha manguaça diz que só bebe xerez "de vez em sempre”, mas no Natal ou Ano Novo enche a fuça com champagne rosé, seu drink preferido. Além disso, Dorothy diz que fumava um maço por dia, mas, depois de uma bronquite e diversas recomendações médicas, teve que abandonar o vício. Isso ocorreu há apenas seis anos... Portanto, para quem começa a envelhecer e tem medo de morrer, sugiro o conselho dos compositores Gracia do Salgueiro e Gaguinho na música "Pagode na casa do gago":
"Toma mais um limão Qui qui qui qui qui qui Que você fica bão! Toma mais um limão Qui qui qui qui qui qui Que você fica bão!"
Citando o Conselheiro Acácio, toda partida tem momentos que podem ser
cruciais, mudando seu rumo e fazendo o torcedor pensar “se não fosse
aquele lance”... No clássico entre Santos e São Paulo, na Vila Belmiro,
depois do tento marcado por Edu Dracena* na primeira etapa aos 22,
Alison foi expulso aos 42. Até então, o Peixe finalizava mais que o
rival e chegava a exercer um relativo domínio, mas os visitantes se
animaram e foram atrás do empate na etapa inicial. Em chute de Rodrigo
Caio, Aranha rebateu e Douglas quase marcou o que seria o empate aos 47,
mas perdeu.
Thiago Ribeiro fez contra seu ex-time (Foto SantosFC)
Esse
poderia ser um lance crucial, já que a igualdade daria mais confiança
ao São Paulo. Mas não foi ali, ao menos para o Alvinegro, que se deu o
lance decisivo. Com um a menos, a aposta de qualquer torcedor era que
Claudinei Oliveira reforçaria sua fama defensivista, colocando outro
volante no lugar de um dos dois atacantes, repondo a ausência de Alison.
Afinal, o time tinha entrado com três volantes e um lateral no meio
contra o Atlético-MG, só alterando a forma de jogar quando já perdia a
partida. Mas, dessa vez, o treinador não recuou mais do que deveria.
Formou
sim duas linhas de quatro para se resguardar, mas não abriu mão do
contra-ataque como em outras ocasiões no Brasileiro. Manteve Thiago
Ribeiro, atacante que penou de forma solitária contra o Galo, mas que
soube ser ágil e preciso quando recebeu bola de Cicinho, aos 15, para
marcar o segundo do Santos no clássico.
Mesmo com um a menos, a
partir desse momento o jogo de nervos favoreceu o time santista. O
Tricolor, sem confiança e nem técnica, não conseguiu furar o bloqueio
peixeiro e ainda tomou o terceiro gol em nova jogada de Cicinho pela
direita, com finalização de Léo, aos 45. Outro ponto que chama a atenção
é o fato do veterano ex-lateral e hoje meia ter entrado bem mais uma
vez, assim como na peleja contra o Internacional. Deveria ser mais aproveitado na equipe.
Claudinei
reagiu, e bem, à pressão, em uma semana na qual, de forma pouca sutil,
foi chamado de técnico sem “t” maiúsculo. Após a vitória, pode conseguir
mais tranquilidade para dar um padrão à equipe que não oscile entre ter
três volantes e um atacante em um jogo, terminando com três atacantes e
um volante. Ou conseguir piorar o ritmo de uma partida ao colocar
quatro atacantes em campo quando está atrás no placar, como aconteceu contra o Botafogo.
Variações durante uma partida são normais, mas quando são bipolares
mostram que se errou em algum momento, ou no início, ou no meio. O sonho
da Libertadores ainda está de pé, mas o Santos vai precisar do seu
treinador confiando mais em si mesmo, já que a confiança dos jogadores
parece que já tem.
*Com 17 gols, Edu Dracena está a três de igualar Alex como maior zagueiro-artilheiro do Santos.
Não vou, aqui, me ater aos detalhes da nova derrota do São Paulo, dessa vez para o Santos, por 3 x 0 - o Glauco já fez isso com propriedade hoje (clique aqui e leia). Aliás, em poucas palavras, ele resumiu bem o que foi (ou melhor, o que NÃO foi) o time de Muricy Ramalho: "O Tricolor, sem confiança e nem técnica." E eu ainda acrescentaria: sem vontade, sem raça, sem responsabilidade. Sem vergonha na cara.
O que o São Paulo fez (ou melhor, NÃO fez) na Vila Belmiro, em 90 minutos, e quase 1 hora jogando com um a mais, é outro dos intermináveis vexames que o torcedor sãopaulino está tendo que amargar nessa tenebrosa temporada. Resultado da gestão não menos tenebrosa do presidente Juvenal Juvêncio (como já escrevi aqui neste blog). Se confirmar o rebaixamento, devo admitir, sofrendo, que será merecido.
"Não sejamos ingênuos, sãopaulinos. A derrota de ontem não será o último vexame de 2013", escrevi, em 9 de maio, no post que fiz logo após a sova inapelável de 4 x 1 que o Atlético-MG aplicou ao nos eliminar da Libertadores. "Muricy vem aí. Duvido que mude alguma coisa", palpitei, em post escrito no dia 4 de julho. "O problema do São Paulo não é treinador, o time é que é FRACO", reforcei, em outro post.
E, depois de testemunhar pela televisão, pasmo, a postura (ou melhor, a FALTA DE postura) dos comandados de Muricy contra o Santos, começo a crer que, pior do que um time fraco é um time morto. Em 12 de agosto, em outro vexame, derrota por 3 x 2 para o Kashima Antlers, eu já tinha resumido: "(O São Paulo é um) catado de jogadores que, invariavelmente, já entra em campo derrotado".
"Hoje, qualquer adversário, mas qualquer mesmo, já entra em campo sabendo que vai derrotar o São Paulo", acrescentei, naquele post. Não estou, aqui, desmerecendo o Santos. Até porque, no primeiro turno, o alvinegro praiano venceu por 2 x 0 no Morumbi sem fazer esforço. Por isso, nova derrota, dessa vez na Vila Belmiro, era até previsível. Mas perder SEM ESBOÇAR REAÇÃO é muito feio.
Perder jogando com um a mais, sem levar praticamente nenhum perigo de gol ao adversário (fora o chute tosco do idem Douglas), é vergonhoso. Perder tomando o primeiro gol no terceiro escanteio seguido, cobrados todos da mesma forma, é humilhante. Perder assistindo o adversário trocar passes no ataque sem ser perturbado, até vazar a meta por duas vezes, é constrangedor. Perder com três ex-jogadores de seleção brasileira, Ganso, Jadson e Luís Fabiano, ANDANDO EM CAMPO, é, sim, vexaminoso. A "caneta" de Cícero em Douglas foi tão merecida quanto a cosquinha que Ronaldinho Gaúcho fez na orelha de Wellington, na goleada da Libertadores. Acho que ambos tomaram essas atitudes pra ver se os sãopaulinos estavam vivos, se reagiam. Como se viu nos dois casos, sem sucesso...
Há alguns anos, numa outra goleada do Santos sobre o São Paulo, o camarada Edu publicou aqui no Futepoca: "4 a 0 na prepotência". O título referia-se à sua bronca contra sãopaulinos que, após a Era Telê, passaram a tratar os adversários com arrogância, a ponto de, na campanha do Brasileirão de 2002, desdenhar o alvinegro praiano ao proclamar o São Paulo como "Real Madrid do Morumbi".
Pois é, aquele "Real Madrid" perdeu de Robinho, Diego e Cia. Mas perdeu jogando bola, lutando, indo pra cima. Perdeu jogando bem, mas o Santos era indiscutivelmente melhor. Hoje, o Santos também é superior, mesmo sem brilhar. Como em 2002, ganhou na capital e no litoral. Aliás, venceu o São Paulo três vezes este ano. Um São Paulo que desiste, que se omite, que se esconde, que abaixa a cabeça. Que só assiste o adversário fazer gols.
Mesmo que o time volte a mostrar VONTADE DE REAGIR, como na vitória contra a Ponte Preta e mesmo na derrota contra o Grêmio, o futuro imediato é desesperador: neste sábado, o Vitória, que goleou o Atlético-PR em Curitiba e ontem venceu o bom Goiás, poderá concretizar um "cala boca" do técnico Ney Franco no clube que o enxotou. Depois, Cruzeiro! Em Minas! Depois, Corinthians...
Se perder os três jogos, como tudo leva a crer que vai, "adeus, tia Chica". Confesso que, com dor no coração, já contemplo a Série B como inevitável. Mas uma coisa é certa: caia ou não caia, em 2014 o São Paulo precisa se livrar de, no mínimo, 90% do elenco. E os que sobrarem devem ser apenas opções. Para o banco.
Matéria publicada pela revista "Aventuras na História" em setembro de 2005 (leia clicando aqui) classificou as bandeiras paulistas - grupos que penetraram os sertões brasileiros a partir do século 16 - como "o maior genocídio de nossa história". Segundo Reinaldo José Lopes, autor do texto, essas jornadas eram "feitas por motivos deploráveis, como escravidão e genocídio" e, ao contrário da visão romântica de "heróis" e "desbravadores" que ampliaram as fronteiras nacionais, "os bandeirantes do mundo real, que saíram de São Paulo para varrer o interior do Brasil nos séculos 17 e 18, eram selvagens". Por "selvagens" leia-se: assassinos.
De acordo com a matéria, no fim do século 16, São Paulo tinha sido esvaziada de “mão-de-obra”e presenciava a consolidação da casta de caçadores de índios. E os métodos desses "fora-da-lei" (pois ultrapassavam os limites do território português definidos pelo Tratado de Tordesilhas e desrespeitavam a proibição de escravizar índios) eram cruéis: "Para evitar fugas, os invasores carregavam grande quantidade de correntes. Quem ousava resistir tinha a aldeia incendiada, mas os jesuítas relatam que velhos, crianças e doentes podiam sofrer destino ainda pior: na viagem de volta, os homens de Raposo Tavares jogavam-nos para os cães, para não atrapalharem a caminhada", diz o texto da revista "Aventuras na História".
"A fama de assassinos dos bandeirantes correu a colônia. E, quando os senhores da região Nordeste, com rebanhos de gado em expansão, entraram em conflito com os índios tapuias, veio a idéia: por que não chamar os colonos de São Paulo para resolver o problema?", relata outro trecho. “Foi nesse momento que os sertanistas tornaram-se ‘paulistas’, termo que não aparece na primeira metade do século 17", diz o historiador John Manuel Monteiro, da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas). Pois bem: essa fama (ou melhor, má fama) inebriou os paulistas pelos séculos seguintes, a ponto de cultuarem com verdadeira obsessão, na cidade de São Paulo, as bandeiras e os bandeirantes mais famosos - ou violentos.
O já citado Raposo Tavares dá nome a uma rodovia, assim como Fernão Dias e Anhanguera (apelido de Bartolomeu Bueno da Silva). "Bandeirantes", aliás, é nome de mais uma rodovia e também de um dos maiores grupos de comunicação do estado. Borba Gato mereceu uma estátua hedionda na região sul da capital paulista, considerada esteticamente um dos maiores monumentos ao mau gosto. Um dos bairros nobres, Pinheiros, tem uma profusão de ruas com nomes de bandeirantes: Simão Álvares, Mateus Grou, Fradique Coutinho, Mourato Coelho e Pedroso de Moraes (sobre este último, descreve a Wikipedia: "conhecido como 'terror dos índios' "). Em plena Avenida Paulista, Anhanguera ganhou uma imponente estátua na porta do Parque Trianon, em frente ao Museu de Arte de São Paulo (Masp).
Outro ponto turístico, o Parque do Ibirapuera, tem em suas imediações um gigantesco monumento de pedra intitulado "Monumento às Bandeiras" (que o sarcasmo popular batizou de "Empurra-empurra"). E hoje, 2 de outubro, ele amanheceu com a pichação "BANDEIRANTES ASSASSINOS" - segundo notícia do jornal O Estado de S.Paulo, como protesto à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 215, que muda regras para a demarcação de terras indígenas. Como sempre, o fato foi classificado como "vandalismo". Mas, para muito além disso, a pichação carrega um forte simbolismo - ou "tapa na cara" - para uma cidade que glorifica tantos assassinos. Já passou da hora de rever as homenagens às bandeiras e seus chacais.
Pichação expôs a hipocrisia de homenagear criminosos (Foto: Felipe Rau/Estadão)
DADO CONCRETO Nº 1: Estudo divulgado ontem pela Fundação Perseu Abramo, com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontou que o Brasil segue reduzindo a desigualdade na repartição do rendimento do trabalho. Em 2012, houve queda de 0,4% no índice Gini, em relação a 2011. Com isso, pela primeira vez, o país apresentou índice abaixo de 0,5, o menor de toda a série registrada pelo IBGE, desde 1960.
DADO CONCRETO Nº 2: O mesmo estudo apontou, por outro lado, que três dos estados mais ricos país - São Paulo, Minas Gerais e Paraná - estão na contramão e, em 2012, elevaram a desigualdade de renda. Em porcentagem, nesses estados, a variação no índice da desigualdade na distribuição da renda mensal de todos os trabalhos das pessoas com rendimento na ocupação com 15 anos e mais, entre 2011 e 2012, foi de: + 2,82% no Paraná, + 0,08 em São Paulo e + 0,08 em Minas Gerais.
COINCIDÊNCIA Nº 1: A variação da desigualdade no país refere-se ao período de 2011 a 2012. Desde janeiro de 2011, os governadores desses três estados da região Sudeste são: Beto Richa (Paraná), Geraldo Alckmin (São Paulo) e Antonio Anastasia (Minas Gerais). Todos os três governantes são do PSDB. Em São Paulo, Alckmin cumpre o quinto mandato seguido de seu partido à frente do governo estadual. Em Minas Gerais, Anastasia sucedeu dois mandatos seguidos de Aécio Neves.
COINCIDÊNCIA Nº 2: No final de 2012, quando o Ministério de Minas e Energia anunciou uma medida de grande impacto econômico para a população, a redução no preço da energia elétrica em até 18% para o consumo residencial e até 32% para indústrias, agricultura, comércio e serviços, os governadores de São Paulo, Minas Gerais, Paraná e Santa Catarina impediram que as empresas de produção de energia de seus estados - Cesp, Cemig, Copel e Celesc - aderissem ao plano do governo federal e baixassem as tarifas. O governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo (PSD), é ex-DEM - partido que historicamente sempre esteve ligado ao PSDB.
Ontem no churrasco eu tomei cerveja, cachaça, uísque, estava tudo ótimo, mas no final comi quatro azeitoninhas portuguesas que caíram bem mal... Malditas...
E ele, o que será que ele comeu que anda fazendo tanto mal?
Na sexta-feira, 27 de setembro, a principal notícia foi a divulgação da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2012, que apontou, principalmente, que a taxa de desemprego atingiu o menor patamar da história, 6,1% (enquanto o resto do mundo ainda registra índices alarmantes); que houve avanço de 5,8% no rendimento médio dos trabalhadores; e que houve também uma nova queda no índice que mede a desigualdade entre os brasileiros, desta vez para abaixo de 0,5 (clique aqui para ler a notícia da Rede Brasil Atual). Mas, pra NÃO variar, os portais da chamada "grande" imprensa fizeram as mais variadas formas de ginástica para esconder as boas novas e dizer que tudo vai mal na economia brasileira. Abaixo, reprodução da "urubologia" apocalíptica nas páginas principais dos sites do Estadão, Folha, Globo e IG na tarde do mesmo dia 27:
Jornal dos Mesquita destaca 'bife pelo boi': o recorte que 'interessa'
Jornal dos Frias faz o mesmo e bate no 'fim' da desigualdade e aumento na renda dos mais ricos
Família Marinho nem deu manchete e insistiu que os ricos é que são os mais beneficiados
Portal IG também não deu manchete e preferiu destacar o 'aumento' do analfabetismo
Pois é, tá mais do que na cara. Mas, como diria Rita Lee: "Quando a gente fala mal/ A turma toda cai de pau/ Dizendo que esse papo é besteira..."
Depois de três vitórias seguidas, o São Paulo completou a terceira partida sem vencer - duas derrotas pelo Brasileirão e um empate em casa pela Sul-Americana. Assim, os torcedores mais afoitos, que já comemoravam o fim da ameaça da Série B (e muitos chegaram até a acreditar que o time ia brigar por vaga na Libertadores!), puseram as barbas de molho e voltaram a ter pesadelos com o rebaixamento. Cansei de dizer e terei que repetir: o problema do São Paulo não é treinador, o time é que é FRACO. Isso mesmo. Tirando Rogério Ceni, em fim de carreira, Ganso e Jadson, que não rendem tudo o que podem render, e Luís Fabiano, em péssima fase, o resto do elenco é do nível da Série B. Exagero? Alguém acha que algum dos outros 19 clubes da Série A gostaria de contar com Rafael Tolói, Edson Silva ou Antonio Carlos? Paulo Miranda, Douglas, Caramelo ou Lucas Farias? Wellington, Denílson, Fabrício ou Maicon? Lucas Evangelista, João Schmidt? Osvaldo? Aloísio? Silvinho? Negueba? Ademilson? Talvez o Náutico se interessasse por algum deles...
Para mim, Muricy perdeu os dois últimos jogos do Brasileirão (que poderiam ter rendido pelo menos um pontinho cada um) porque insistiu nos horríveis Rafael Tolói e Douglas. Com esses dois, a derrota é certa. Mas o melhor - ou pior - dessa história é ver o que o execrado Ney Franco está fazendo com o time do Vitória. Gostaria de saber a opinião do Rogério Ceni sobre isso. Porém, deixando de lado as lamúrias, o sãopaulino tem mais é que pegar a calculadora, analisar os adversários das últimas 14 rodadas e fazer contas. Porque a situação é mais crítica do que parece. Tempos atrás, eu cravei que, entre as seis vitórias que o time ainda precisa para afugentar de vez a Série B, estava a do confronto de ontem, contra o Grêmio. Errei. E isso porque foi, de longe, a melhor partida sob o comando de Muricy Ramalho. O que dá mais medo é essa constatação: mesmo quando rende 100% (ou 120%!) de tudo o que pode render, o São Paulo perde. Porque cria muito, mas não finaliza com precisão. E, a partir de agora, assim como Goiás e Grêmio, ninguém vai perdoar essa falha.
Portanto, vamos ao CALVÁRIO das últimas rodadas - e meus palpites:
02/10 - Santos, na Vila Belmiro (os santistas estão mal, mas o São Paulo não está melhor - previsão otimista de empate)
05/10 - Vitória, no Morumbi (o time de Ney Franco goleou o Atlético-PR lá em Curitiba e virá babando - derrota)
09/10 - Cruzeiro, no Mineirão (esse jogo é uma covardia; Cruzeiro fez 3 x 0 no primeiro turno e vai atropelar - derrota)
13/10 - Corinthians, no Morumbi (sim, os alvinegros estão em crise, mas vitória sobre o rival pode reabilitá-los - incógnita)
16/10 - Náutico, no Morumbi (se o São Paulo não vencer esse jogo, pode começar o planejamento para a Série B - vitória)
20/10 - Bahia, na Fonte Nova (jogo muito difícil, que poderá selar a salvação ou a perdição, mas eu serei otimista - vitória)
26/10 - Internacional, fora/ a definir (o time de Dunga é indiscutivelmente mais forte, mas serei otimista de novo - empate)
02/11 - Portuguesa, no Morumbi (até dez dias atrás, eu cravaria São Paulo na cabeça; agora, serei mais comedido - empate)
09/11 - Atlético-PR, fora/ a definir (gostaria muito que rendesse pelo menos um ponto, mas não vejo possibilidade - derrota)
12/11 - Flamengo, no Morumbi (o time carioca é tão instável quanto o paulista, por isso vou apostar ficha no meu time - vitória)
16/11 - Fluminense, fora/ a definir (com mais um esforço supremo de otimismo, acho que o São Paulo não perde - empate)
23/11 - Botafogo, no Morumbi (nesse jogo eu vejo o time de Muricy com possibilidade de selar a fuga da Série B - vitória)
30/11 - Criciúma, no Heriberto Hulse ("jogo da morte" no Z-4; Deus queira que o adversário já tenha caído! - empate)
07/12 - Coritiba, no Morumbi (se o São Paulo não tiver feito 45 pontos até aqui, será dramático; mas eu confio! - vitória)
Como se vê, desconsiderando o jogo contra o Corinthians, que, para mim, pode dar qualquer coisa, estou REZANDO para que o São Paulo consiga, nos últimos 14 jogos, 5 vitórias (Náutico, Bahia, Flamengo, Botafogo e Coritiba) e 5 empates (Santos, Internacional, Portuguesa, Fluminense e Criciúma) - o que daria 20 pontos, chegando a 47. DEUS QUEIRA! Mas tenho consciência de que, desses palpites, corro o sério risco de me enganar principalmente nos jogos contra Santos, Bahia, Internacional, Portuguesa, Fluminense, Botafogo e Coritiba. Por isso, rezo também para que Náutico e Ponte Preta estanquem suas reações e que Vasco e Criciúma mantenham o ritmo descendente. Porque agora, torcida sãopaulina, só nos resta muita, mas MUITA fé, mesmo... Vamo, São Paulo!