Destaques

sábado, maio 19, 2007

Conselheiro Acácio

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Como é sábado, os jogos da rodada do Brasileiro ainda não começaram e a halopatia pra curar amidalite causa efeitos deletérios em qualquer ser vivente, posto aqui uma homenagem a esse personagem tão citado nesse blog: Conselheiro Acácio.

Não, Olavo, não é aquele goleiro do Vasco que incrivelmente chegou a vestir a camisa da seleção. Trata-se do personagem do romance O Primo Basílio, de Eça deQueiroz. Aproveitando o grande manacial do sempre útil Wikipedia, está lá a descrição do glorioso personagem.

Já o Houaiss assim define a palavra "acaciano": adjetivo e substantivo masculino que ou quem se mostra afetado, ridículo pelo uso de fórmulas convencionais ao falar ou pela maneira pomposa de ser; acacianista, acacista

Esta figura fictícia tornou-se célebre como representação da convencionalidade e mediocridades dos políticos e burocratas portugueses dos finais do século XIX, sendo até à actualidade utilizada para designar a pompa balofa e a postura de pseudo-intelectualidade utilizada por muitas das figuras públicas portuguesas. Deu origem ao termo acaciano, designação utilizada para tais figuras ou para os seus ditos.

Acácio se expressava sempre com chavões e frases vazias que ou remetiam a um lugar comum ou simplesmente não diziam nada. Falso moralista, também adorava citações. Como esse blog se dispõe a falar de política e também de futebol, mundo recheado de tantos personagens pomposos e óbvios, pode-se entender a insistente recorrência ao glorioso Acácio.

sexta-feira, maio 18, 2007

Seriam ambos folgados?

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Deu no Globo Esporte e agora o Olavo vai ter mais direito de chamar os caras de mercenários. A desculpa de Kaká e Ronaldinho Gaúcho para não irem à Copa América - alegação de que não tinham férias desde 2004 - caiu por terra. Levantamento feito pelo site mostrou que os jogadores do Milan e do Barcelona ganharam 29 e 30 dias, respectivamente, de folga após a Copa do Mundo da Alemanha.

Aos fatos: Ronaldinho apresentou-se ao Barcelona em 1º de agosto de 2006 e treinou um dia depois após a eliminação da seleção brasileira no Mundial em 2 de julho De 2 a 31 de julho, nada de trabalho, 30 dias na flauta. Kaká chegou ao Milan em 30 de julho, dois dias antes de Gaúcho e teve 29 dias de férias. Posso ter dois meses de férias por ano também?

Isso sim é previsão

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Quem poderia imaginar que o jogador mais odiado pela torcida poderia fazer o gol mais importante da história do time?

Um certo torcedor do Inter poderia, sim. E ele deixou isso registrado ao público pouco menos de um mês antes da final do Campeonato Mundial de Clubes no ano passado, entre Internacional e Barcelona.

Confiram clicando aqui.

(Atualizando e adaptando o post em nome da inclusão digital)

No fórum em questão, um torcedor colorado criou, na maior comunidade do Internacional no Orkut, um tópico chamado "E se Gabiru fizer o gol do título mundial?".

As respostas variaram entre "você tá louco, isso nunca vai acontecer", "aí é só desligar o videogame e começar um jogo novo" e comentários precisos como "não ia fazer nada mais que a obrigação dele".

Sem contar os que prometeram coisas loucas como correr pelado em volta do Beira-Rio.

quinta-feira, maio 17, 2007

Jô, quem diria, está na seleção

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Vai a convocação do maestro Dunga para os amistosos da seleção canarinho em junho, contra Inglaterra (dia 1º) e Turquia (dia 5). O homem não seguiu a orientação do Olavo e convocou os mercenários e arrogantes Kaká e Ronaldinho Gaúcho.

Mas as surpresas são outras. Dunga desencavou um tal de Afonso, atacante do time holandês Heerenveen. Segundo o Uol, o rapaz é o artilheiro da temporada na Europa, de acordo com números oficiais da Uefa. Seilá do futebol do moço, mas a situação me lembra as convocaçõs do craque (sic) Élber.

Outra grande surpresa, principalmente para mim que vi o rapaz jogar no meu time, é a convocação de Jô, colega de Vagner Love (também convocado) no time russo CSKA. Dizem que ele é artilheiro do time, ta jogando um bolão, coisa e tal. Mas nunca imaginei que chegaríamos a vê-lo na Seleção. Quer dizer, o rapaz é novo e ainda pode virar um bom jogador. Fiquei curioso para saber como ele está se saindo.

Outra novidade também passou pelo meu Corinthians: o goleiro Doni, que anda pegando muito na Roma, segundo relatos. Não me surpreende tanto, já que o nome dele já tinha sido levantado aqui mesmo neste fórum.

Um que não estaria na minha lista é o Alex Silva, do São Paulo, simplesmente porque não gosto.

De resto, sem grandes sobressaltos. Mas a convocação de Alex Silva e Josué devem ter deixado o Marcão feliz da vida.

GOLEIROS - Doni (Roma-ITA) e Helton (Porto-POR)

LATERAIS - Daniel Alves (Sevilla-ESP), Maicon (Internazionale-ITA), Gilberto (Hertha Berlim-ALE) e Marcelo (Real Madrid-ESP)

ZAGUEIROS - Juan (Bayer Leverkusen-ALE), Alex (PSV Eindhoven-HOL), Alex Silva (São Paulo) e Naldo (Werder Bremen-ALE)

MEIO-CAMPISTAS - Edmílson (Barcelona-ESP), Gilberto Silva (Arsenal-ING), Mineiro (Hertha Berlim-ALE), Josué (São Paulo), Elano (Shakhtar Donetsk-UCR), Kaká (Milan-ITA), Ronaldinho (Barcelona-ESP) e Diego (Werder Bremen-ALE)

ATACANTES - Robinho (Real Madrid-ESP), Vágner Love (CSKA-RUS), Jô (CSKA-RUS) e Afonso (Heerenveen-HOL)

Adriano Magrão: 'Não sou o melhor atacante do mundo'

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Esse é o título de uma matéria do Jornal dos Sports on-line sobre esse gênio da bola que é Adriano Magrão. Trata-se de mais uma homenagem do mundo da bola ao conselheiro Acácio.

O público do Brasileirão

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Já foi comentado aqui que o Brasileirão ainda não começou. Agora, com a divulgação da média de público pela CBF (por que tem clube que demora tanto pra liberar esses dados?), realmente há dados interessantes.

Os dois clubes mandantes que tiveram maior arrecadação foram justamente dois que tiveram acesso no ano passado à Série A. O América (RN), em sua partida de estréia contra o Vasco (derrota, aliás), levou 26.469 pagantes ao Machadão. Já o Sport contou com 23.273 pessoas que pagaram ingresso e assistiram a goleada contra o Santos B.

Por outro lado, entre os estádios mais vazios, o Paraná conseguiu apenas
3.568 pagantes para assistir à vitória da equipe local contra os reservas do Grêmio. O surpreendente foram os dois menores públicos depois do clube curitibano. O segundo menor foi o do Atlético (MG), somente 5.116 foram presenciar a volta da equipe à elite do futebol tupiniquim. Já o Corinthians arregimentou 5.806 fiéis ao Morumbi contra o Juventude.

A média dos 9 jogos (São Paulo e sua filial Goiás jogaram com portões fechados) foi de 11.362. Pra efeito de comparação, a média do ano passado foi de 12.300 pagantes. O campeonato promete.

Com a benção de Bento XVI, Marcos busca recuperação

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Foto: GloboEsporte

Depois de Frei Galvão, São Marcos, com sósia do papa Bento XVI

Numa sina pior do que a do Pedrinho, atualmente no Santos, o goleiro Marcos segue em recuperação qualificada como milagrosa pelo médico do Palmeiras Vinicius Martins. O Globo Esporte soltou um infográfico impressionante com a série histórica de contusões do arqueiro palmeirense.

Marcos, que cansou de ser bonzinho, sobreviveu a 13 contusões, que lhe custaram os movimentos do punho esquerdo – por uma necrose na região – e a implantação de uma placa de titânio no braço, que é o motivo do atual afastamento dos gramados.

A placa implantada ainda teve de ser substituída por outra maior, por conta de uma deformação, na terça-feira, 16. Resultado de um choque com o zagueiro Reginaldo na partida de 11 de março contra o Juventus, Marcos deve ficar longe dos gramados por mais dois meses. A cirurgia foi bem sucedida.

Bem servidos com o reserva Diego Cavalieri, muitos palmeirenses chegam a desdenhar o pentacampeão. Os fatos de ser fumante inveterado, segundo as más línguas, e de ser um goleiro monstruosos sem os movimentos de um dos punhos complementam a figura do mito São Marcos, abençoado por Bento XVI e tudo.

Cavalieri que não se ofenda, mas Marcos continua a ser meu titular.

Perseguição à manguaça

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Galo Carijó, famoso freqüentador de bares da região de Pinheiros, já fez sua análise a respeito das atitudes contra o consumo de bebidas alcoólicas de alguns governos do lado de baixo do Equador. Vaticina ele que está se formando um novo "eixo do mal", envolvendo, primeiramente, Brasil e Venezuela.

Na terra do craque Rondón, que deixou saudades para os sãopaulinos, Chávez vem cometendo verdadeiros desatinos que podem comprometer sua base de apoio popular. Nos dias que antecederam a Páscoa, o bolivariano proibiu a venda de bebidas alcóolicas a fim de diminuir a violência no trânsito. Claro que o patético decreto teve a mesma eficácia que a ridícula Lei Seca que vigora no Brasil em alguns estados nos dias de eleição. As garrafas não ficavam expostas nas mesas, mas os manguaças davam um jeito de servir a bebida em xícaras ou misturar com algum refrigerante (isso sim um verdadeiro crime).

Lá, já existe uma lei que proíbe as pessoas de beberem na rua, o que comprometeria, por exemplo, a existência do Bar do Vavá no país das misses. Em abril, Chávez, no lançamento do seu mega-partido, já havia dado declarações preocupantes, defendendo a "disciplina revolucionária" e a "luta pela moral pública", por meio de, entre outras medidas, confisco de caminhões de bebidas. Na ocasião, bradou supostamente sóbrio: "Comecem amanhã mesmo. Vamos nos livrar de tantos vícios. Uma das tarefas desse partido é curar a sociedade doente de consumismo, tabagismo, alcoolismo, corrupção e roubalheira."

Já pelas bandas de cá, o ministro da Saúde, que concorre para ser mais midiático que José Terminator Serra, também destila (opa) sua cantilena contra o álcool em nome da "saúde pública". Diz o mesmo que
considera o preço cobrado no país por bebidas alcoólicas "extremamente baixo" e declarou ser a favor de que artistas sejam proibidos de participarem de comerciais de bebidas (talvez ele prefira a exploração da mulher nas campanhas publicitárias).

De quebra, Temporão, que defende a discussão sobre a legalização do aborto e a descriminalização das drogas, arranjou briga com um manguaça emérito,
Zeca Pagodinho, ao dizer que era admirador dele mas que o mesmo tinha que "parar de fazer essa propaganda. Chega a ser patético. A questão do álcool é dramática”. O sambista não deixou barato e na festa de aniversário da colega Beth Carvalho, afirmou que “isso é incompetência. Ele fica procurando coisa”.

Embora o assunto aqui seja tratado em tom de pilhéria (porque às vezes o debate parece ser nesse nível mesmo), fica a pergunta que povoa tantas outras questões do gênero: até que ponto o Estado deve interferir em hábitos da vida privada das pessoas?

Som na caixa, manguaça! (Volume 14)

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Boteco do Arlindo

João Nogueira
(Composição: Maria do Zeca - Nei Lopes)

Gripe cura com limão, jurubeba é pra azia
Do jeito que a coisa vai
O boteco do Arlindo vira drogaria

O médico tava com medo que o meu figueiredo não andasse bem
Então receitou jurubeba, alcachofra e de quebra carqueja também
Embora fosse homeopatia a grana que eu tinha era só dois barão
Mas o Arlindo é pai d'égua, foi passando a régua, eu fiquei logo bão

Tem vinho pra conjuntivite, licor pra bronquite, cerveja pros rins
Assados e rabos-de-galo pra todos os males e todos os fins
O Juca chegou lá no Arlindo se desmilingüindo, querendo apagar
Tomou batida de jambo, recebeu o rango e botou pra quebrar

Batida de erva-cidreira se der tremedeira ou palpitação
Pra quem tá doente do peito faz um grande efeito licor de agrião
E toda velhice se acaba se der catuaba prum velho tomar
Meu tio bebeu lá no Arlindo e saiu tinindo pra ir furunfá

(Do LP “João Nogueira”, RCA Victor, 1986)

quarta-feira, maio 16, 2007

Kahn e Ballack viram vibradores na Copa

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Deu hoje na Reuters: O goleiro do Bayern de Munique Oliver Kahn e o meia do Chelsea e capitão da seleção alemã Michael Ballack receberão 50 mil euros cada da empresa Beate Uhse AG, maior operadora de sex shops da Europa. O caso é que a empresa vendeu, durante a Copa 2006, vibradores batizados com os nomes dos atletas sem autorização. Segundo o jornal alemão Sueddeutsche Zeitung, o valor das indenizações foi decidido quando os jogadores e a empresa chegaram a um acordo, em uma corte em Hamburgo. Os apetrechos se chamavam "Michael B." e "Oli K" .

Mídia são-paulina e assessoria de imprensa

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Do parceiro Observatório Verde, que se diz atento à cobertura a respeito do Palmeiras, mas termina, por motivos óbvios, reclamando da mídia sãopaulina sempre.

A relação de alguns jornalistas com certos clubes e seus grupos de poder beira o escândalo. Os espaços da mídia são usados para mandar recados, incitar a torcida contra treinadores, pressionar dirigentes, criar intrigas. Em troca, o jornalista ganha acesso privilegiado a informações. E isso se tornou tão corriqueiro que ninguém estranha mais. (...)
Vitor Birner parece estar passando dos limites. Vejamos um recente post em seu blog.
"Li e ouvi quase tudo sobre a participação de Juvenal Juvêncio na escalação do São Paulo na vitória contra o Goiás. Tentarei ser claro, pois os problemas de comunicação são mais do que normais. (...) Em suma, houve interferência de Juvenal Juvêncio, o que acho normal. Ele é responsável pelos sucessos e fracassos da instituição em todas as áreas e não apenas no futebol. Não poderia se omitir. (...)"
O que é isso? Assessoria de imprensa do Jardim Leonor? Birner é daqueles que têm inflado as qualidades da equipe comandada por Juvêncio. Inflado tanto que até os jogadores reconhecem que isso os deixa de salto alto. Declaração de Jorge Wagner à Folha:
“Acho que acabamos acreditando demais nos comentários que davam nosso elenco como um dos melhores do país, isso interferiu”, disse o meia. (...)

Até os são-paulinos reclamam da mídia excessivamente são-paulina.

Vinte centavos

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

O ano era 1994. O Plano Real acabara de ser lançado e a candidatura Fernando Henrique Cardoso iria despontar na liderança das pesquisas nas semanas seguintes.

Reunidos numa fazenda no interior, o então concorrente da oposição, Luiz Inácio Lula da Silva, e outros colegas de partido, retirados, trabalhavam planos para a disputa. Decididos que a nova moeda era um golpe passageiro, pensavam no que fazer.

Num encontro com um morador da região, eles ouviram elogios ao plano econômico.

— Mas rapaz, isso os caras tão fazendo é só pra ganhar a eleição. — apostava um dos integrantes da comitiva petista — Depois volta tudo, a inflação...

— Meu irmão, sabe quanto custa a pinga no boteco? — devolveu o morador — Vinte centavos!

Ali, o jornalista Ricardo Kotscho disse ter percebido que a disputa seria brava.

Copa América e as dispensas

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Kaká e Ronaldinho Gaúcho anunciaram esses dias que pediram dispensa da Copa América. Alegando necessidade de férias, as duas estrelas pediram para ficar de fora do torneio, para que repousem e mantenham sua forma física num melhor patamar.

Faz até algum sentido o pedido dos dois. Por mais que forcem a barra, a Copa América não é lá essas coisas. É um torneio divertido, simpático, mas ninguém vá chorar caso o Brasil dê algum vexame. E nem como "preparatório" serve muito - vale lembrar que um ano antes do pentacampeonato o Brasil fez uma campanha das mais ridículas no certame, sendo eliminado pela portentosa seleção de Honduras. A maior importância da Copa América está para jogadores mais jovens, que ainda precisam de espaço na seleção. Foi por essa via que Adriano e Júlio César garantiram vaga na Copa do Mundo.

Mas apesar disso cabe críticas ao comportamento de Kaká e Ronaldinho. Pra mim, o pior está no seguinte: pedindo dispensa da seleção antes da convocação, os dois demonstram uma certa arrogância um tanto quanto complicada. A impressão que dá é que eles estão acima do bem e do mal - e de outros bons jogadores que também poderiam vestir a amarelinha.

Dunga demonstrou desde o começo do seu trabalho que tá meio a fim de experimentar, de inovar e de dar uma cara nova à seleção. Que tal aproveitar esse "pedido" e colocar as duas estrelas na geladeira? Tenho certeza que eles não iriam se incomodar. Eu não iria.

terça-feira, maio 15, 2007

O eterno retorno

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Notícias dão conta de que o Corinthians está contratando o Vampeta. Bom, é mais uma que só o Dualib pode arranjar para você. Ou não? Levantamento feito pelos companheiros Glauco e Fredi mostra que não é bem assim, apesar de meu luminar presidente ser reincidente.

O Corinthians já contratou ex-ídolos pelo menos duas vezes, com Neto e Marcelinho Carioca, ambas com resultados ridículos. O São Paulo trouxe Raí de volta e ganhou o campeonato paulista de 1998, em cima do Corinthians. Depois, mais nada.

O Santos resgatou Serginho Chulapa e, em 2005, foi buscar na Grécia o craque Giovani. Não deu em nada, apesar de algumas boas atuações (uma contra o Corinthians, que pelo jeito gosta de perder de ídolos redivivos dos adversários).

Dunga voltou para o Inter em 1999 e a equipe quase foi rebaixada no Brasileirão. Mas quem a salvou foi o próprio capitão do tetra, marcando o único gol de uma vitória contra o Palmeiras de Felipão, em 1999. Palmeiras esse que deu mais sorte ao ressuscitar Edmundo, que está jogando muito bem.

Completando os times dos futepoquenses, o Atlético trouxe de volta Reinaldo, já em fim de carreira. E o Flamengo trouxe de volta o Vovô Júnior, que fez belo papel jogando de meia e volante. Já no ano passado, Sávio retornou e não jogou nada.

Agora, sobre o “reforço” Vampeta, o que dizer? Minha tendência é crer que será um grande fracasso. Não acredito que ele tenha fôlego para jogar de verdade. Vai ficar distribuindo bola (no que era bom) e fingindo que corre atrás de alguém. Nesse caso, esquece. Mas, mantendo a já comentada esperança, diz a matéria do IG que o Carpegiani aprovou o negócio. Espero que ele saiba o que está fazendo.

O campeonato nem começou e já vale R$ 1 bilhão

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Segundo a Máquina do Esporte (http://maquinadoesporte.uol.com.br/new/noticias.asp?id=5493), a TV do bispo, a Record, vai oferecer R$ 1 bilhão por ano para os clubes brasileiros pelos direitos de transmissão do Brasileirão. O valor seria mais de três vezes superior ao que os clubes recebem atualmente.

Se vai realmente pagar ou não (haja fiéis e fé para financiar), a proposta leva o futebol a outro patamar. Para a maioria dos clubes, a transmissão dos jogos já é a principal fonte de receita. Os maiores recebem entre R$ 15 e 20 milhões ano. Se vingar, poderão receber de R$ 50 a 60 milhões só com a TV.

Sem entrar no mérito se isso ajudaria a recuperar os clubes ou o dinheiro "sumiria" ou seria roubado no caminho (como costuma acontecer no Vasco), é interessante notar que a disputa entre as duas TVs pode ajudar os clubes a se reestruturarem. A disputa entre as TVS foi um dos principais fatores para que o futebol inglês passasse a ter os clubes mais ricos do mundo.

Provavelmente, a Globo vai dar um jeito de continuar com os direitos, até porque muitos clubes têm dívidas com a emissora. Mas pelo menos terá de abrir os cofres. E como seria bom ficar sem ouvir o Galvão pelo menos por um ano. Se bem que não sei quais seriam os locutores da Record nem os comentaristas. Tudo pode sempre piorar.

Campeonatos estaduais – No caso do campeonato mineiro, a Globo pagava até este ano R$ 2,5 milhões para todos os clubes. Atlético e aquele outro time azul ficavam com cerca de R$ 600 mil cada. Agora, a Globo teve de cobrir a oferta da Record, de R$ 15 milhões, e acabou renovando por quatro anos, com os maiores elevando suas receitas para cerca de R$ 4 milhões pelo campeonato.

Em São Paulo, houve verdadeiro leilão, já relatado no Futepoca, em que a Globo ofereceu à FPF R$ 40 milhões, incluindo os direitos para TV paga, por ano. A Record rebateu com uma proposta de R$ 70 milhões, forçando sua rival a contra-atacar com R$ 60 milhões em dinheiro mais R$ 10 milhões em espaço publicitário na última semana. Ainda assim, a Record manteve a oferta de R$ 70 milhões e acrescentou R$ 10 milhões em espaço publicitário, cobrindo a oferta da concorrente. Mesmo assim a Globo levou. Por quê?

Exterminador do futuro

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Vivi Zanatta/Agência Estado

Embora muito se insinue a respeito do gosto etílico do presidente Lula, a pose patética e a boca aberta no melhor estilo "Adrian, eu consegui" do glorioso Rocky Balboa, mostram que o governador de São Paulo José Serra também pode ser adepto da famosa canjibrina no almoço. Só alcoolizado pra pagar um mico desses...

Zico virou turco

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Do parceiro Blá-blá Gol.

Zico acaba de conquistar mais um título como técnico. Depois de quatro títulos brasileiros, uma Libertadores, um mundial de clubes, sei lá quantos estaduais e mais de 800 gols, o terceiro maior artilheiro da seleção brasileira ganhou mais uma taça neste domingo com a conquista do Fener(bahce). Também acho que ser campeão turco não é grande coisa, mas este foi o quarto título dele como treinador.
Na conta dos quatro títulos dos parceiros, vale, além da Copa da Ásia conquistada com o Japão em 2004, os torneios Copa Kirin (Japão/2004) e Copa Antalya (Fenerbahçe/2007). Não vou discutir a representatividade das conquistas para não ser lembrado a respeito da legitimidade da Copa Rio 1951.

No site oficial, de gosto estético duvidoso, o Galinho dedica o título a Didi e Parreira. Nada para o Zagallo, de quem foi auxiliar/coordenador em 1998, na França. É que o apelo é local. O criador da folha seca foi bicampeão em 1974 e 1975, enquanto o comandante do Tetra brasileiro atualmente no comando da Bafana-Bafana levou o "Fener" à glória em 1996.

Mas nada se compara a um título no ano do centenário que ainda o faz o maior campeão turco, com um à frente do Galatasaray. Melhor para o Zico.

segunda-feira, maio 14, 2007

Registro

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Duas frases do Juca Kfouri ditas agora no Linha de Passe da ESPN-Brasil:

- "Já passou da hora de o Simon parar" (de apitar)
- "O (Carlos Eugênio) Simon sempre erra pro mais forte." (Esse "mais forte" eu interpreto como o mais forte politicamente, e não necessariamente em termos de futebol, ludopédio, jogo em si.)

Só postei isso aqui porque acho que o futebol não pode continuar a ser decidido o tempo todo por uma autoridade autocrática, e corruptível, sempre corruptível, esse homem de preto maldito.

Como amante do futebol, eu tô de saco cheio de ter que aceitar essa autocracia.

Só empresário e baba-ovo

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Segunda-feira, 19h, uma fila se forma diante de uma mesa de vidro, sob as escadas da Livraria Cultura do Conjunto Nacional, na avenida Paulista. Engravatados grisálios se postam risonhos. Não tem copos com cerveja nem vinho nas mãos, nada de choppinho na noite fria e de garoa de São Paulo. Estão todos com exemplares de um mesmo livro nas mãos.

Uma sequência de aglomerados se forma e se desfaz em torno de uma dupla que cruza o Conjunto. O mais votado deputado do estado, Paulo Maluf, chega acompanhado de um assessor. Vai direto ao caixa, e paga em dinheiro dois exemplares de Sobre formigas e cigarras, do também deputado federal e ex-ministro da Fazenda Antônio Palocci. O "colega de casa" prestigiava o lançamento paulistano da obra, publicada pela editora Objetiva, nas lojas há dois meses.

Problemas de agenda parlamentar atrasaram o evento. Atrasaram também a chegada do autor, em meia hora. E antecipariam sua saída para outro compromisso, às 22h.

Logo que conseguiu sua dedicatória, Maluf saiu a dar explicações para uma repórter da coluna da Mônica Bergamo sobre a adequação de um vinho ao tempo e à companhia. "Para uma reunião rápida, um vinho de 8 ou 9 dólares, você pode tomar até no McDonalds. Agora, se você vai pra uma reunião com políticos que também gostam de um bom vinho, e vai ter umas quatro horas de conversa, aí o vinho é outro... Sim, é caríssimo", admitia (os nomes ficam para quem quiser descobrir na quarta-feira).

Além de Maluf, que não teve privilégios na fila a não ser por gentileza de algum dos postados empresário, o ex-ministro da Fazenda, consultor econômico e desafeto do MST, Maílson da Nóbrega, deputados estaduais, o senador Eduardo Suplicy, o colunista social Amaury Jr. entre outras figuras prestigiavam o evento.

Também estava lá o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, indicação de Palocci em março de 2005 para ocupar, com defasagem de quatro meses, a pasta deixada em novembro de 2004 por Guido Mantega, que ia para o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Aliás, esse episódio não está no livro, assim como nenhum outro em que indicações ou disputas políticas tenham se dado.

Na narrativa bem construída de Palocci, nem mesmo com José Dirceu, chegou a haver briga dentro do governo. E Lula, bem, o presidente concordava geral e aceitava as sugestões da Fazenda. Quando podia, ainda as reforçava. Como jornalismo e história são versão, quem quiser que conte outra...

Diferente dos integrantes de equipes econômicas de governos anteriores, Palocci, figura eminentemente política, não foi atrás de um emprego no mercado ou na iniciativa privada. Segundo alguns, foi atrás da imunidade parlamentar. Segundo outros, foi ser absolvido pelas urnas. É deputado, e garantiu o seu lado das histórias.

Mas um militante veterano que compareceu porque a esposa está viajando e não tinha "mais nada pra fazer", depois de 20 minutos, de saudar e ser saudado, saiu de fininho. Embora amigo do autor e conhecedor de parte dos causos inscritos no livro palocciano, por causa de sua passagem pelo Planalto, já não tinha motivos para ficar por ali. "Não é meu lugar... Só tem empresário e baba-ovo do Palocci."

Para não dizer que não falei do Corinthians

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Não vi a vitória do Corinthians sobre o Juventude, por 1 a 0. Mas, como faz um tempinho que meu time não ganha de ninguém, vou palpitar sobre o time assim mesmo.

Gostei de saber que o gol da vitória veio de jogada da nova dupla de ataque, Everton (ex-Bragantino) e Finazzi (ex-Ponte Preta). O Corinthians tem uma penca (ou duas) de problemas, mas tem alguns bons jogadores (William e Marcelo Mattos) e outros que, se não chegam a ser bons, não são tão piores que os da maioria da concorrência (Betão, Eduardo Ratinho, Rosinei).

Percebam que, entre os citados, não tem nenhum atacante. Ninguém pára no ataque do Timão desde a saída de Tevez e Nilmar (ele saiu faz tempo, convenhamos). Depois deles, vieram Rafael “He Man” Moura, Arce, Jô, Jailson, Bobô, Amoroso, Wilson e mais um monte de nomes que serão rapidamente esquecidos pela torcida. Ou seja, não precisa muito para que Everton Santos e Finazzi segurem uma onda por ali.

Se isso acontecer, só vai faltar o William continuar a jogar bem, Zelão e Betão virarem uma dupla de zaga, o Carpegiani arrumar um padrão de jogo pro time, dois laterais se firmarem como titulares... Em outras palavras, tá fácil esse Brasileiro!

Até a 10ª rodada, nem palpite pra artilheiro vale

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Os 4 a 2 do Palmeiras contra o Flamengo no Maracanã enchem o combalido torcedor alvi-verde de esperança. É a primeira vitória em estréias desde 1999, o mesmo ano do título da Libertadores, um 3 a 1 contra o Juventude, no Palestra.

A partida contra o rubro-negro não foi simples nem a vitória fácil. Os paulistas abriram dois de vantagem, mas cederam o empate. A vitória teve ainda a contusão do centroavante Osmar.

O goleiro Bruno falhou grotescamente no primeiro gol, de Edmundo, o nome do jogo, numa cobrança de falta que, proposital ou involuntária, configurou um belo gol. O guarda-metas rubro-negro tentou alcançar quando já estava fora de posição.

A imprensa incensa o Verdão, depois da semana de promessas do técnico Caio Jr. de um time que não seria coadjuvante na disputa, algo diferente dos últimos anos – embora o protagonismo para não cair seja alegado pelos sarristas torcedores de outros times. O cabra foi além: quer aproveitar a sequência de quatro jogos em São Paulo para "deslanchar" na competição.

Otimismo pouco, é bobagem: depois do Figueirense, no próximo domingo, vem São Paulo, Cruzeiro e Botafogo. Nenhum dos adversários é bicho-papão (nem estes, nem os outros). Muito menos o Palmeiras.

Além do que, um bom início de temporada só garante, em geral, uma coisa: não precisar fugir do rebaixamento. Que foi o que aconteceu no campeonato passado.

Pessoalmente, acho que antes das 10 primeiras rodadas, nem palpite pra artilheiro vale.

Sobrevivi

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Nada a ver com as catástrofes pessoais do Discovery Channel, mas o título do post ajuda a contar minha aventura no Dia de São Martinho (padroeiro dos bêbados), na última sexta-feira. Convidado pelo Walter Venturini, companheiro de ABCD Maior (http://www.abcdmaior.com.br/), embarcamos em seu combalido Kadett 89 rumo à Vila Santa Luzia, depois do Taboão, em São Bernardo do Campo. Mais ou menos perdidos e girando em círculos pela periferia, conseguimos localizar a serraria do português Manoel Almeida, próxima à divisa com São Paulo, por volta das 21 horas.

Sem campainha, o jeito foi gritar pelo anfitrião por cima do portão de madeira. A passagem foi aberta e o carro estacionado numa ladeira de terra, já ocupada por outros veículos. Pelos vitrôs do enorme e recém-construído barracão, era possível avistar as dezenas de tonéis de carvalho que armazenam o vinho caseiro produzido ali. Ambiente simples, mas muito animado: uma mesa repleta de comida (vários tipos de queijo, salame, toucinho e azeitona, lingüiça portuguesa e pão de torresmo), uns 30 convidados, muita cantoria e vinho tinto seco à vontade.
Daniel, filho do S.Manoel, fez as vezes de cicerone e nos explicou a produção local de vinho, passando pela compra da uva no Rio Grande do Sul, a "pisa" da fruta nas imensas piscinas (lagares), a fermentação nos tanques de aço, a "trafegação" para os quase centenários tonéis de madeira, o engarrafamento, estocagem e tímido comércio. Lá são produzidos três tipos de vinho, cada um a partir da uva que lhe dá nome: Bordeaux, Cabernet e Isabel (uma uva californiana). Além disso, fazem ainda a "bagaceira" (cachaça da uva) e uma versão bem convincente do vinho do Porto. Os preços variam de R$ 7 a R$ 30, mais ou menos.
Para a ruidosa e descontraída comemoração de São Martinho, S.Manoel convidou amigos íntimos e associados da União de Vinicultores Artesanais (UVA). Tem gente ali que produz vinho dentro de apartamento, com tambores de plástico, amassando uva com a mão. É um sacerdócio, uma espécie de "seita" pagã que contagia toda a família dos aficcionados. E o produto final é muito bom. Sem conservantes, tem outra textura, sabor - e efeito. A bebida sobe rápido, só que a sensação não é de pileque, mas de um irresistível torpor levemente "canabístico". Provei - e muito - do Isabel tinto seco. Saí inteiro e não tive ressaca.
Walter (centro) e Marcão na "Catedral do Vinho", em São Bernardo: bebida, comida e cantoria para comemorar o Dia de São Martinho, nosso padroeiro. No barracão, dentro de uma serraria, o português Manoel recebeu amigos e produtores artesanais
Porém, mais do que o excelente vinho, o melhor dali é o ambiente, a alegria, a irreverência do S.Manoel, a cantoria coletiva, o clima de aldeia européia. Fica-se com a impressão de que isso sim é que é felicidade. O anfitrião me garantiu que daqui a seis meses tem mais festa - o verdadeiro Dia de São Martinho é 11 de novembro, mas ele decidiu comemorar em 11 de maio para coincidir com a vindima (início da colheita da uva) no Brasil. "Na verdade, é desculpa pra comemorar duas vezes!", confessou, gargalhando, S.Manoel.
Para quem ficou curioso, vale a pena dar um pulo até lá. A "Catedral do Vinho" fica na rua Eugênia de Sá Vitale, 370, Vila Santa Luzia, São Bernardo, com fácil acesso a partir dos bairros paulistanos de São Judas e Jabaquara (é perto do Zoológico). O telefone é (11) 4361-1753 e o horário de atendimento, de segunda à sexta, das 8h às 17h30. No sábado, das 8h até meio-dia. Um programa refinado pra quem gosta de um bom vinho, boa conversa e diversão garantida. Saúde! E viva São Martinho!

domingo, maio 13, 2007

Paulistas dão vexame na Série B

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Na primeira rodada do Brasileirão da Série B, os times paulistas mostraram que vão ter dificuldades para subir à primeirona. Alguns provavelmente vão penar pra se manter na segunda em 2008.

No segundo caso, com certeza está o vexatório Santo André. Depois de uma campanha grotesca no Paulistão, o Ramalhão estreou sendo derrotado em casa pelo CRB (AL), por 3 a 1. Outro que apanhou em casa foi o Ituano, 3 a 2 pro Ceará.
Fabri marcou, mas Paulista não levou
O Paulista de Jundiaí saiu até na frente do Coritiba, gol do infatigável Rodrigo Fabri (foto), mas tomou a virada e perdeu por 3 a 1. Outro que foi derrotado fora de casa foi o super vice-campeão São Caetano, que contou com o treinador eterno Jair Picerni no comando. Sem Paulo Sérgio (que foi para o Palmeiras), sem Triguinho (Anderlecht) e sob constante ameaça de perder mais meia dúzia de atletas, a equipe foi derrotada pelo Criciúma por 3 a 2.

A Portuguesa tenta o segundo acesso do ano, mas começou mal. Foi atropelada pelo Fortaleza no Castelão no primeiro tempo, tomando três gols, e não conseguiu a reação no segundo, marcando somente o de honra. Já o Marília conseguia uma boa vitória contra o Brasiliense fora de casa, mas sofreu o empate e ficou no 2 a 2.

Pra salvar a pátria bandeirante, o portentoso Barueri, em seu primeiro jogo pela Série B, derrotou o Remo em casa por 2 a 1, enquanto a Ponte conquistou a vitória pelo placar mínimo contra o Gama em Campinas.

Quem pinta como favorito ao título é o campeão baiano Vitória, que trucidou o Avaí, do técnico Zé Teodoro, por 5 a 1 no Barradão com dois gols de Sorato (aquele).