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Primeiro, fizeram-se empates. Também houve derrotas. Então deram-se substituições. E no sétimo jogo, o Palmeiras descansou. Ou melhor, desencantou...
Pela primeira vez em sete partidas, o Palmeiras venceu. Mas ainda não foi desta vez que Luiz Felipe Scolari assistiu ao apito final de uma vitória do banco de reservas palestrino. É que o treinador foi expulso na etapa final.
Foi contra o Atlético (PR), jogando no Pacaembu, que aconteceu o que todo palmeirense achava que viria com mais facilidade depois da chegada do treinador. Desde a vitória sobre o Santos sob o comando de Flávio Murtosa que isso não acontecia. E, depois do revés diante do Vitória, no Barradão pela Sul-Americana, parecia que o mundo era muito pior.
O adversário não é dos mais fortes, briga entre os últimos da tabela contra o rebaixamento. Mais importante do que reencontrar o caminho do gol e da vitória foi a atuação de Tinga, autor do passe para os dois gols. Um alento para uma equipe quase sem atletas criativos.
O time foi a campo com três zagueiros e muitas mudanças. Pierre, Ewerthon e Vitor ficaram no banco. Muito correto. Nada de Armero, suspenso. Fabrício compôs a zaga, Márcio Araújo foi improvisado na lateral-direita e Luan ficou no ataque com Tadeu. Ainda sem Lincoln, Rivaldo estava no meio ao lado de Tinga, Marcos Assunção e Edinho. Apenas um jogador desse meio é exclusivamente marcador, os outros sabem jogar e tocar a bola, coisa rara no desempenho do meio de semana. Só que são quatro volantes.
Então, recapitulando: três zagueiros, cinco volantes, dois atacantes. Só pra lembrar, o time joga sem meia ofensivo porque não tem. Na página do elenco profissional, só Lincoln, contundido, e Valdívia, sem visto de trabalho, são meias. Não era muito animador.
Com três minutos de jogo saiu o primeiro gol. Uma falta na meia lua batida por Marcos Assunção na barreira sobrou para Tinga na ponta direita. O ex-ponte-pretano driblou e cruzou, numa jogada de habilidade, que enche torcedor de esperança. Danilo apareceu sozinho para cabecear para o fundo das redes e comemorar.
Depois do gol, o Palmeiras cedeu o comando das ações no jogo, mas o Atlético só gerou perigo em cobranças de falta de Paulo Baier. Isso indica que a retaguarda segue sem solução definitiva, mesmo com três zagueiros e cinco volantes. Afe!
No segundo tempo, uma expulsão. À exemplo do que cansou de acontecer com Kleber – antes de ele voltar, é bom que se diga, porque desde então nenhum cotovelaço sobrou da parte do camisa 30 – Tadeu acertou uma braçada em Deivid e tomou o segundo amarelo. Marcos, o Goleiro, evitou que as coisas fossem piores.
Antes do segundo gol, Marcos Assunção mandou uma falta no travessão. Depois, aos 31, Tinga viu Ewerthon se movimentando corretamente em campo – mostrando que o chá-de-banco fez bem – e fez um toque estilo balão. Encontrou livre o atacante (que substituiu Luan) para ampliar.
Felipão foi expulso por reclamação. Ainda não resolveu todos os problemas do mundo. Aliás, superou só a ziguezira que parecia se abater. Quando Valdívia puder jogar, é praticamente inevitável que o time melhore sua capacidade ofensiva. Simplesmente porque um meia é mais do que nenhum.
Tinga, que foi bem, ainda tem tempo para roubar a vaga de Lincoln e, quem sabe, jogar mais para frente do que quando chamou a atenção de muita gente jogando no time campineiro.