Destaques

sexta-feira, fevereiro 09, 2007

Mancada portenha

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Mascherano anda tomando umas a mais.
Não, na verdade eu acredito que ele é burro e sem noção mesmo.
Depois de uma negociação que incluiu um pedido de joelhos à FIFA para burlar a regra que impede o jogador de atuar por três times na mesma temporada (que já foi para o espaço) o volante deu uma mancadas antológica. Na sua apresentação ao Liverpool - os Reds - foi perguntado sobre como se sentia ao trocar o West Ham pelo time da terra dos Beatles. A resposta:
"Já me sinto como um Red Devil."
Só para situar, Red Devil é a alcunha do Manchester United.
Só quero ver como vai ser a reação dos torcedores depois disso. Tomara que seja bem-humorada, com cartazes com a cara de Mascherano no corpo de um burro, quem sabe?

Danrlei vai receber R$ 500 por mês no S.José

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Tristeza não tem fim: recusando-se a encerrar a carreira, o goleiro Danrlei (foto), 33 anos, está de volta a Porto Alegre para jogar no modesto São José. A estréia está marcada para domingo, contra o Brasil, em Pelotas. No novo time, Danrlei receberá o piso salarial de R$ 500, que será doado a instituições de caridade. Com ritmo de jogo, ele espera atrair propostas de clubes maiores (isso é que é confiança!). Curioso é que seu maior desafeto pessoal, o ex-são paulino e cruzeirense Palhinha, que "roubou" sua esposa Michele e se mudou com ela para o Peru, também terminou a carreira "exilado" em outro time pequeno do Rio Grande do Sul, o Atlético Farroupilha.
Coisas do destino.

Consciência tática

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Ao responder para o site Gazeta Esportiva sobre as chances de jogar o clássico contra o Corinthians, no domingo, o centroavante Aloísio, do São Paulo, foi sincero até demais sobre sua "função" no time: "Já melhorei. Se o professor precisar, estou aí para trombar".

quinta-feira, fevereiro 08, 2007

Maior avião comercial do mundo tem 2 bares

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Agora ouvi conversa: a versão dois andares do maior avião comercial do mundo, o A380 (foto), tem dois bares. Melhor ainda para os bebuns do sexo masculino: tem 15 banheiros! Um ambiente tão propício à manguacice só poderia ter sido "estreado", hoje, por 200 jornalistas. Segundo o New York Times, a viagem, que saiu de Toulouse, na França, parecia "uma excursão com 200 crianças a bordo". Os efeitos da esbórnia ficaram nítidos pela declaração estapafúrdia de John J. Leahy, um dos executivos da Airbus: "Você sabia que cabem 35 milhões de bolinhas de ping-pong em um A380?", perguntou, entre um gole e outro. O gigantesco avião é, na verdade, um butecão voador que impõe respeito: comporta 519 cachaceiros!

A direita vai sair do armário?

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PSDB e PFL, quer dizer, PD estão falando, imaginem, em refundação. Sucessivas derrotas eleitorais levaram as siglas a parar para pensar.
Os dois partidos foram formados por personalidades, sem ligação importante com base social alguma. O modelo vem dando sucessivas mostras de esgotamento. Vide as derrotas sofridas por caciques dos dois partidos no Nordeste, ACM e Tasso Jereissati sendo casos exemplares.
Agora, procuram algum discurso e prática política que agregue apoios na sociedade. Uma bandeira para agitar.
O PSDB nasceu como o braço moderno e não-fisiológico do PMDB. Conforme analisa hoje Franklin Martins, tinha “claras raízes democráticas e forte preocupação social”. De fato, era tido como partido de centro-esquerda, não-revolucionário. Queria mudança social, mas pensada por seus sábios, não necessariamente dando algum papel para o povo. Franco Montoro e Mário Covas encarnavam isso de certa forma.
Com os governos de FHC, essa ilusão se desfaz. O que tinha de social vai para o espaço e em seu lugar surge uma devoção as ditames neoliberais. Foi uma distorção ou um “sair do armário”? Não sei, mas aconteceu.
O espaço de centro-esquerda foi ocupado pelo PT e o tucanato perdeu o discurso. Ninguém quer carregar o fardo do desastre de FHC. Mas talvez precisem, para manter algum espaço político, assumir a cara de liberais, incorporando algum discurso social.
O PFL, desculpe, PD, nasceu de direita, formado por grandes empresários e fazendeiros. Vindo da Arena, não tinha (tem) necessariamente muito apreço pela democracia. Entrou no barco de FHC e navegou com alegria enquanto a maré foi boa. Elegeu mais de cem deputados em 1998, a maior bancada daquela legislatura. Depois foi caindo, caindo, e tomou uma bela tunda nas últimas eleições. Partido de coronéis, foi atropelado pelo Bolsa-família, pelo Luz para Todos e, quero crer, pelo amadurecimento político da população.
Sente agora a necessidade de ter de fato um programa ou, no mínimo, um discurso para se aproximar de parte do eleitorado. Se PSDB assumir sua faceta de centro-direita, ou direita democrática, menos centralizadora que o PFL, ops, PD, vai empurrar os recém-batizados democratas para um parcela menor do eleitorado. Como tem menos vergonha que o PSDB de ser de direita, deve sair dos debates internos um tom moralista nos costumes, truculento na segurança, centralizador na política e liberal na economia.
A boa notícia que pode sair disso tudo é que existe a chance de o Brasil passar a ter partidos assumidamente de direita. Que batam no peito par defender privatizações, pouca proteção social, quem pode mais chora menos de mercado. Pode ser que esses partidos de ação conservadora passem a ter também um discurso conservador. É uma evolução em termos políticos, deixa o jogo mais claro para o eleitor.
Com um pouco de otimismo, podemos imaginar que essa situação empurre o PT um pouco para a esquerda, o que já se desenhou n segundo turno das eleições de 2006. E, quem sabe, faça os canhotos mais radicais que os petistas terem mais clareza sobre amigos e inimigos.
Se o voto em lista fechada for aprovado, como está em discussão no Congresso, podemos estar caminhando para ter partidos de verdade nesse país, representando idéias e setores da sociedade, e não confederações de lideranças regionais agrupadas por interesses pessoais. É sonhar muito longe?

O PFL não quer mais ser PFL

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Depois de fragorosas derrotas nas urnas em 2006, principalmente em currais históricos como a Bahia (onde o Carlismo foi humilhado pelo PT), o PFL encolheu e se tocou, finalmente, de que sua "marca" provoca hoje muito mais ojeriza do que simpatia. O nome PFL está associado, para muitos eleitores, com termos como "conservadorismo", "reacionarismo", "extrema-direita" e, indo um pouco além, "atraso", "autoritarismo", "golpismo". E isso numa época em que os ventos sopram favoráveis para a esquerda em grande parte da América do Sul. Diante desse dilema, os pefelistas inventaram uma solução, no mínimo, cômica: mudar o nome do partido. E qual o novo nome escolhido? Partido Democrata. Isso mesmo: Partido Democrata. No país da piada pronta, Jorge Bornhausen (foto) aponta uma varinha de condão para o feio sapo que preside e, plim!, o transforma em Democrata. Que bonito isso! E, como no slogan das Organizações Tabajara, "todos os seus problemas serão resolvidos". O PFL não quer mais ser PFL. Tem vergonha. Mas, "democrata" ou não, nunca vai deixar de ser o que é, em essência: o PFL de velhos carnavais (só que com outra fantasia). E assim estará pavimentada - e rebatizada - a rodovia para ACM Neto desfilar pelos próximos 50 anos.

"Maconha artificial" contra o Mal de Parkinson

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Matéria do site IG diz que cientistas americanos testaram, com sucesso, um composto à base de "maconha artificial" para tratamento do Mal de Parkinson. Um coquetel que aumenta os níveis de substâncias naturais no cérebro (e que geram efeitos semelhantes aos da maconha) foi testado em ratos de laboratório. Os bichos - que foram projetados geneticamente para apresentar os sintomas da doença degenerativa que causa tremores, movimentos espasmódicos e rigidez - conseguiram se movimentar normalmente 15 minutos depois de ingerir o coquetel. No dia em que inventarem a "cachaça artificial", os ratos voltarão a se movimentar sem coordenação...

Nome sugestivo

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Notinha da coluna "De prima", do Lance!, revela que o presidente do Conselho Deliberativo do Flamengo, Walter D'Agostino, criou um canal para que os conselheiros tomem conhecimento dos projetos mais importantes do clube. E o batizou de Pinga-Fla.

quarta-feira, fevereiro 07, 2007

Cartas bombas britânicas

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Na segunda e terça-feira, duas cartas-bomba explodiram na Grã-Bretanha, chamando a atenção da imprensa internacional. Nesta quarta-feira, porém, diante de um terceiro caso, a polícia britânica informou a existência de sete registros semelhantes nas últimas três semanas, e lançou um alerta público para que as pessoas tenham cuidados redobrados a lidar com o correio. Assim, a avaliação deste manguaça de que não parecia ser ação articulada de algum grupo terrorista vai todo pelos ares.

A primeira carta vitimou dois funcionários de uma empresa (Capita) de processamento da arrecadação do pedágio urbano. Na terça, mais dois feridos, desta vez em Berkshire. Hoje, o alvo foram três funcionários da Agência de Licença do Condutor e do Veículo (equivalente aos Detrans) em Swansea, País de Gales.

A informação de outros quatro casos nas últimas semanas ocorreu na tarde de quarta-feira, pela Associação dos Chefes Oficiais da Polícia, informou a BBC. Das sete, seis chegaram a explodir, índice considerado muito eficiente por especialistas em segurança do país, o que aumenta a preocupação. Não se sabe exatamente o número de vítimas. Como as localidades variaram, o alerta é nacional.

As cartas bomba foram uma das armas do grupo separatista IRA, da Irlanda do Norte, mas o grupo não é apontado como suspeito. Como os três últimos casos têm vínculos com estabelecimentos que trabalham com o trânsito, a suspeita é de que a autoria seria de algum grupo relacionado à questão.

Os "Motoristas contra os radares" (Motorists against detection, MAD, anagrama que quer dizer "louco") é conhecido por táticas radicais que incluem a destruição de 600 radares de velocidade colocados nas estradas (como o da foto). À BBC, o líder do grupo, "Capitão Gatso" , negou no entanto qualquer envolvimento na campanha, dizendo que os alvos do grupo são as máquinas e não as pessoas.

No entanto, a terceira carta, Oxfordshire, teria sido enviada por extremistas em defesa dos direitos dos animais, segundo a imprensa britãnica, o que pode significar que nem todos os casos estejam relacionados entre si. A polícia não manifestou qualquer posição oficial.

Bonita camisa, Dunga

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A camisa de dunga chamou mais atenção internacional do que o futebol de sua equipe. Segundo reportagem do Terra, diversos veículos estrangeiros comentaram a, digamos, ousada indumentária do técnico. O jornalista Napoleon Fernandez, do jornal espanhol El Pais, considerou Dunga "ridículo". "Parecia que ele queria chamar a atenção. Porque, na verdade, os jogadores são os protagonistas. Mas ele queria ser o centro", disse o repórter. O inglês Duncan Castles, do Sunday Time e do A Bola, ironizou: "Eu acho que ele pensa que vai para uma balada dos anos 80. Eu não sei se é hoje (ontem) à noite, mas ele deve achar que é".
Mas os campeões, sem dúvida, foram nossos irmãos e vizinhos do diário argentino Olé. Em sua capa, foto do treinador e a chamada: "Sem Camisinha". Segundo o jornal, o Brasil passou vergonha, pelo 2 a 0 diante Portugal e pela camisa de Dunga.

Veteranos

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Como veteranos em atividade tem sido assunto recorrente, mais alguma munição. Hoje à noite, Vasco e América se enfrentam pela Taça Guanabara. De um lado, o á comentado Romário, em busca de seu milésim gol. Do outro, o América, que já tem Júnior Baiano, estréia Valber, 39 anos, aquele do São Paulo. Vocês lembram quando o Valber deu uma porrada na cara do Júnior Baiano no meio de um jogo? Antológico.

O São Paulo não caiu para a A-2 do Paulista

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Ganhei do companheiro Glauco, como presente de aniversário, um livro que conta a história do São Paulo FC através de 41 partidas, de autoria de Conrado Giacomini. Tem muitas histórias legais e coisas que eu nunca tinha ouvido falar. Entre elas, a verdade sobre o suposto “rebaixamento” do clube no Paulistão de 90. Eu mesmo acreditava que o time tinha caído para a A-2 e que tinha havido uma vergonhosa virada de mesa para que permanecesse na elite no ano seguinte – ainda mais porque o São Paulo foi o campeão paulista de 91. Mas, para minha surpresa, não foi o que aconteceu.

A culpada de toda a confusão é a Federação Paulista. Antes de o campeonato de 90 começar (ANTES, que fique bem claro), a FPF definiu um regulamento esdrúxulo que NÃO PREVIA REBAIXAMENTO PARA A SÉRIE A-2 NAQUELE ANO. Para complicar ainda mais, os 24 clubes começaram disputando 12 vagas para a fase final. Já os 12 que não conseguiram formaram dois grupos de 6 que, no período da Copa do Mundo, definiram mais dois times (o campeão de cada grupo) para a fase final.

Ou seja: a fase final foi jogada com 14 times: os 12 que se classificaram no início e mais dois que saíram da repescagem. Acontece que o São Paulo, do técnico Pablo Forlan (foto), não se classificou entre os 12, inicialmente, e, na repescagem, disputou a liderança, no seu grupo, com o Botafogo de Ribeirão Preto. Mas ficou dois pontos atrás da equipe do interior e não conseguiu vaga na fase final do campeonato. Só isso.

Mesmo que o regulamento previsse rebaixamento, Inter de Limeira, Noroeste, Ponte Preta e Santo André ficaram ABAIXO do São Paulo em seu grupo de repescagem (sem contar os cinco do outro grupo que também não conseguiram vaga para a fase final). Se caíssem quatro clubes naquele ano, como hoje, seriam os dois últimos de cada grupo da repescagem. E o São Paulo, como vice no seu bloco (entre seis clubes), não estaria incluído, de forma alguma. Na pior das hipóteses, entre 24 clubes, terminou em 16º.
A pecha de “Segunda Divisão” surgiu na imprensa, a partir do que o estapafúrdio regulamento previa para o Paulistão do ano seguinte. Já estava definido que, em 91, o campeonato seria dividido em dois grupos: um com os classificados da fase final de 90; e outro com os que ficaram na repescagem, mais quatro que subiriam da A-2. Daí, a imprensa batizou esses dois grupos (com toda razão, aliás) de “Paulistão” e “Paulistinha” – apesar de ser tudo Primeira Divisão.

O São Paulo integrou o “Paulistinha”, não porque havia sido rebaixado, mas apenas por não ter conseguido passar para a fase final em 90. De toda forma, foi uma humilhação sem precedentes e, além dos rivais, a própria torcida considerava o time “moralmente” rebaixado. Para piorar, o São Paulo atropelou os mais fracos no “Paulistinha” em 91 e, por isso, pôde eliminar o Palmeiras na semifinal com a vantagem do empate, pela “melhor campanha” (depois bateu o Corinthians na decisão).

Isso também é uma vergonha incontestável. Mas é bom que fique claro que, pra variar, tudo aconteceu a partir dos absurdos da FPF. Uma coisa é fato: o São Paulo não caiu em 90 e não existiu virada de mesa. Houve, sim, mais uma série de injustiças pré-definidas a partir de regulamentos sem pé nem cabeça - algo (muito mais) corriqueiro naqueles tempos.

terça-feira, fevereiro 06, 2007

Dirceu e a torcida do Flamengo

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Valéria Gonçalves/AE

No domingo e na segunda-feira, O Globo e Estado de S. Paulo (ambos para assinantes), respectivamente saíram com matérias assegurando que o Palácio do Planalto estava doidinho para anistiar Zé Dirceu. Depois da vitória do petista (martista) Arlindo Chinaglia na presidência Câmara dos Deputados, a mídia foi correndo tentar evitar que o bastião da crise de 2005, o chefe de quadrilha, segundo o parece do Ministério Público Federal, não retomasse seus direitos políticos.

José Dirceu não conta com a simpatia deste autor. A disputa de 2002, quando monopolizou os esforços (e verbas) da campanha petista a deputado federal, foi apenas uma demonstração do tipo de centralização e poder absoluto exercido pelo futuro ex-ministro super-poderoso.

No domingo, num encontro do Campo Majoritário, tendência que controla a executiva nacional do PT, embora não supera mais a soma das outras correntes, figuras como Marco Aurélio Garcia, ex-presidente interino da sigla e assessor para assuntos internacionais do presidente Lula, disse que defendia a anistia a Dirceu. “É minha (opinião) e da torcida do Flamengo", definiu, em tom bem-humorado.

Pode-se argüir um certo exagero na amplitude do apoio à anistia. Mas outros caciques petistas manifestaram posições semelhantes. Tarso Genro, mártir da mídia na luta anti-Dirceu, é agora o alvo de uma operação de enfraquecimento.

A "reação" parece ter surtido efeito, embora a fonte para a constatação seja a própria mídia (maldade com ressentimentos comunistas). O presidente teria pedido que os governistas não se envolvessem na “operação”.

Fosse a mídia aliada do partido, a preocupação com os rumos da instituição teria motivos construtivos. Dado o retrospecto do tratamento recebido pelo PT, de clara criminalização (o mérito das acusações fica para os comentaristas), sabe-se que não é o caso.

Então, por que a mídia tem tanto medo da volta de Dirceu? É medo da torcida do Flamengo?

Fora Dunga!

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Foto: CBFNews
É precipitado, sem dúvida. Mas quero registrar o pioneirismo no movimento Fora Dunga. Depois da derrota da Seleção Brasileira para a de Portugal, até o Falcão, comentarista da Rede Globo, percebeu que o escrete canarinho só tinha enfrentado times fracos até agora. Contra uma equipe organizada, não deu outra: derrota.

Foi 2 a 0 para os lusitanos. Fosse torneio início, as oito finalizações de Portugal no segundo tempo contra nenhuma do time de Dunga teriam contado mais. Num jogo amistoso, mostra que o time não entrou em campo. Dunga achou que o problema foi dar espaço para os contra-ataques. Isso porque sua seleção nem chutou na segunda etapa.

Fora Dunga!

"Você é safado! Você é moleque!"

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Pra quem não viu a briga entre Luxemburgo e Marcelinho, está aí o vídeo do Por Dentro da Bola de domingo, comandado por José Luiz Datena. Belo bate-boca.

Pai de Diego é preso por tentativa de homicídio

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O pai do jogador Diego, do Werder Bremen e da seleção brasileira (foto), Djair Cunha, foi preso na manhã de hoje em Ribeirtão Preto (SP), por tentativa de homicídio. Cunha estava dirigindo seu carro no bairro Jardim Paulista quando jogou, propositadamente, seu carro contra um motoqueiro. A vítima caiu em cima de um táxi que estava no local. O taxista chamou a polícia e o pai do ex-jogador do Santos foi preso em flagrante. Cunha foi conduzido ao 4º DP de Ribeirão Preto, onde está detido e prestando depoimento. O motoqueiro está no Pronto Socorro Central de Ribeirão Preto e, caso formalize a queixa, Cunha poderá ser transferido para o Centro de Detenção Provisória, acusado de tentativa de homicídio. Diego, que está com a seleção brasileira que enfrenta Portugal hoje, em Londres, ficou abatido ao saber do acontecimento e pouco falou. Em entrevista ao site do Lance!, Diego se mostrou surpreso com o ocorrido: "Vou me concentrar. Depois a gente conversa". (do site IG)

Repercutindo a baixaria

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Como todos aqui deste blog são fãs declarados de Marcelinho Carioca (brincadeira!), fiquei esperando alguém postar alguma coisa sobre o bate-boca ao vivo entre ele e Vanderlei Luxemburgo no programa "Por dentro da bola", na TV Bandeirantes, domingo à noite. Ninguém se habilitou, mas vou cutucar a ferida.

Depois de Marcelinho ter insinuado em transmissões de jogos que Luxemburgo se dá bem em negociações de atletas, o técnico, furioso, aproveitou a ocasião para, cara-a-cara, chamar o Pé-de-Anjo de "moleque" e "safado" e dizer que ele "não vale nada".

Como Marcelinho respondeu que quem não vale nada é, na verdade, o antigo desafeto que o estava agredindo verbalmente, Luxa ficou ainda mais possesso e disse que já tirou mulher do quarto do atleta, e que o agora comentarista "usa a religião" para esconder essas patifarias.

A briga entre os dois é antiga. Segundo Marcelinho, vem desde 1991. "Ele já brigou com o Romário, com o Edmundo, com o Antônio Carlos, com o Edílson, com o Vampeta e até com o Leonardo, na Seleção. Será que todos estão errados?", questiona.

Em 1998, quando ambos estavam no Corinthians, um quiprocó durante a disputa do torneio Maria Quitéria terminou em pancadaria em hotéis de São Paulo e Salvador. O técnico insinuou que Marcelinho tinha levado para seu quarto duas primas de Rodrigo, então lateral-direito do Timão. "Enchi o Vanderlei de porrada", vangloriou-se, posteriormente, o Pé-de-Anjo.

Juntos novamente, em 2001, Luxemburgo afastou o jogador do clube depois que ele insinuou que o meia Ricardinho era o "traíra" do elenco. Na época, o técnico relembrou a baixaria de 1998 e Marcelinho devolveu: "Quero ver ele contar o que ocorreu na madrugada anterior à final da Copa do Brasil 2001, vencida pelo Grêmio. Se eu contar isso, nunca mais jogo em time nenhum. Quero ver se o Vanderlei é macho para responder".
Luxemburgo ficou mesmo quieto e, quase seis anos depois, vemos mais uma cena deprimente entre os dois, ao vivo, para milhões de espectadores. Como se vê, esse pugilato está longe de ter fim...

Até quando enganar?

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Futebol é mesmo uma coisa engraçada: no país que viu craques encerrarem a carreira precocemente, como, por exemplo, os eternos ídolos mineiros Tostão, aos 26 anos, e Reinaldo, aos 30, vemos agora uma geração que teima em não pendurar as chuteiras. Entre eles, Romário (41 anos) é o caso mais emblemático. Mas, pelo menos, voltou ao Vasco da Gama, um clube de expressão - assim como Edmundo (35 anos), que prossegue no Palmeiras, Antônio Carlos (37), que voltou ao Santos, e Sorato (37), que, bem ou mal, disputa a 1ª Divisão do Paulista pelo Ituano. Por outro lado, vemos casos melancólicos como os dos outrora badalados Túlio Maravilha (37), que disputa o Campeonato Goiano pelo Canedense, e Elivélton (35), que está no União de Rondonópolis, do Mato Grosso. Agora, mais uma "bomba": o folclórico atacante Viola (foto), de 37 anos, foi anunciado ontem como novo reforço do Uberlândia, que disputa o Módulo 2 do Campeonato Mineiro (foi rebaixado para a 2ª Divisão no ano passado). Cá entre nós: será que o ex-ídolo de Palmeiras, Corinthians e Santos, tetracampeão mundial com o Brasil na Copa de 94, não juntou dinheiro suficiente para "fechar o lojinha" e arrumar outra coisa pra fazer na vida? Tudo bem que, enquanto tiver gente querendo pagar, o cara tem o direito de lucrar mais um pouco. Mas vale a pena enganar até quase a terceira idade?

Carta-bomba em Londres não adia amistoso da Seleção Brasileira

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Enquanto a imprensa se preocupa com o duelo dos gaúchos Dunga e Luís Felipe Scolari, o país que recebe o amistoso internacional tem outro assunto em pauta: as duas cartas-bombas que explodiram na Inglaterra na segunda e terça-feira.

Elas não serão impecilho à realização da partida amistosa entre as seleções de Brasil e Portugal, em Londres, no estádio do Arsenal, o Emirates Stadium, às 18h de Brasília. A informação está no Terra.

Na carta de segunda, foram duas vítimas na capital, funcionários de uma empresa (Capita) de processamento da arrecadação do pedágio urbano. Na terça, mais dois feridos, desta vez em Berkshire. A polícia londrina afirma não haver dados conclusivos sobre relações entre os casos.

Nenhum grupo assumiu a autoria dos atentados. Dado o alcance pequeno, é pouco provável que sejam resultado de ação do IRA ou da rede Al Qaeda.

Quatro campeões em destaque

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Se o Paulistão terminasse hoje, os quatro classificados para a fase final seriam, curiosamente, os últimos campeões da competição: Santos (2006), São Caetano (2004), Corinthians (2003) e São Paulo (2005). O Ituano, campeão em 2002 (ocasião em que os "grandes" não competiram), está em 9º lugar. E tentando uma vaga entre os quatro melhores está outro ex-campeão paulista, o Bragantino, que conquistou o título em 1990 e hoje está na 5ª posição. Logo abaixo, em 7º, está o Palmeiras, campeão pela última vez em 1996. A Inter de Limeira, campeã paulista de 1986, ocupa hoje a 8ª posição na tabela da série A-2.

segunda-feira, fevereiro 05, 2007

O clássico visto de um boteco

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Pra quem não é de São Paulo, a cidade de São Vicente, primeira vila fundada no Brasil, é vizinha a Santos. Por conta disso, pouco mais da metade da população, segundo pesquisas, torce para o Alvinegro da Baixada. Lá estava eu ontem, em visita à família, quando resolvi procurar um lugar para assistir Palmeiras e Santos.

Jogo transmitido apenas pelo , achei dois botecos. Ambos lotados. Fique do lado de fora de um, assistindo à partida através das grades que separavam os felizardos que bebiam cerveja sentados dos desafortunados que viam o espetáculo em pé.

À minha frente, os dois únicos palmeirenses em meio a aproximadamente cinqüenta pessoas. Um rapaz de trinta e poucos anos e seu filho de oito. No primeiro gol do Verdão, comemoram feito loucos. O resto se cala. Um cidadão com claro consumo excessivo de álcool começa a fazer gracejos tentando aliviar o ambiente. "É o Palmeiras que é líder, né? É o Palmeiras que é líder?", questionava o dito cujo.

Logo sai o segundo gol. Daria pra ouvir o berro de pai e filho a umas quatro quadras dali. Abraçam-se, o pai beija o filho. O resto olha pro chão, xinga, já vê com certa raixa os dois intrusos. No intervalo, todos os presentes, técnicos em potencial, dão suas sugestões. "Tem que tirar o Podrinho", sugere exaltado um. "Esse Neto não joga nem no rachão da praia", acusa outro.

O pai palmeirense tenta esfriar o clima, menos temeroso da reação alheia, mais orgulhoso pelo resultado parcial. "Olha, meu filho nunca viu o time dele ser campeão", introduziu, já que todo torcedor de equipe grande tem por obrigação não computar título de segunda divisão como algo a se exibir em uma sala de troféus. "Demorei muito também pra ver, é aí que você descobre quem é torcedor mesmo", filosofou. "Só vi meu time ser campeão em 2002, é a mesma coisa", concordou um santista de vinte e poucos anos. Para o palmeirense, a conversa era um salvo conduto no meio de gente que poderia ficar furiosa no segundo tempo. Para o outro, era uma forma de chegar em casa e pensar: antes perder para o Palmeiras do que para o São Paulo ou Corinthians.

Começa o segundo tempo, o Santos é todo pressão. Não tarda para Pedrinho, o enjeitado do técnico-torcedor, marcar o primeiro gol. Uma explosão geral. Começam a ecoar gritos como se ali fosse um estádio, dentre eles os típicos de torcida organizada. "Até parece que eles podem ouvir, grita mais", desafiava o agora nervoso palmeirense. E os gritos continuavam. O Peixe parecia prestes a empatar.

Pênalti. Uma figura odiosa para a torcida alvinegra o sofrera e era ela quem iria fazer a cobrança. Edmundo não perde. "Só no Vasco esse fdp perdia", grita alguém lembrando a final do Mundial da Fifa contra o Corinthians. Desânimo. O resultado parecia irreversível.

Falta para o Santos. Kléber, talvez o melhor jogador em atividade no Brasil, cobra e conta com a ajuda da barreira. Nova explosão. Agora acompanhada de mais otimismo. "O Santos é o time da virada, o Santos é o time do amor!", entoavam. Já parecia um estádio. O outrora confiante palmeirense, que voltara a sorrir no terceiro gol, afundou na cadeira.

Menos de dois minutos depois, veio o terceiro tento. As grades que separavam o bar da rua já não eram grades. Eram alambrado. Pendurado junto com os outros, no típico transe que acomete os apaixonados, estava eu junto a um sem número de desconhecidos. Sim, aquilo era o estádio. "O Santos é o time da virada", berravam extasiados quase todos.

Quase todos. O palmeirense abandonou o pequeno logo após a expulsão de um atleta do seu time. Foi ao banheiro do bar. De lá só saiu doze minutos depois, quando faltava menos de um minuto. Cabeça baixa, mas com a expressão aliviada de quem não havia escutado qualquer manifestação que indicasse gol. No fim, saiu com seu filho. Ambos felizes porque, apesar de terem tido a vitória na mão, sabiam que enfrentavam um grande. E que grandes eram eles também. Se os campeonatos estaduais passassem a ser a mais pura representação da mediocridade, ainda assim valeriam a pena pelos clássicos. Quando os grandes mostram porque são chamados assim.

Isso é o que acontece em governos onde a tolerância com manifestantes pacíficos é zero...

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Depois de fazer piada com o buraco do metrô, o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (PFL), volta a provocar polêmica. Hoje pela manhã, durante a inauguração de um posto de Assistência Médica Ambulatorial (AMA), em Pirituba, na zona oeste da cidade, ele expulsou o manifestante Kaiser Paiva do recinto aos empurrões e gritos de "Respeite os doentes, vagabundo!". O homem protestava contra a Lei Cidade Limpa, que tem como objetivo eliminar a poluição visual em São Paulo, proibindo todo tipo de publicidade externa, como outdoors e painéis. Paiva dizia que a lei está prejudicando sua empresa, que fabrica placas e faixas. Qualquer semelhança com Fernando Henrique Cardoso chamando aposentados de vagabundos NÃO é mera coincidência.

Som na caixa, manguaça! (Volume 7)

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Mulher, patrão e cachaça


Adoniran Barbosa
(Composição: Osvaldo Moles – Adoniran Barbosa)

Num barracão da favela do Vergueiro
Onde se guarda instrumento
Ali, nóis morava em três
Meu violão da silveira e seu criado
Ela, cuíca de souza
E o cavaquinho de oliveira penteado

Quando o cavaco centrava
E a cuíca soluçava
Eu entrava de baixaria
E a ximantada sambava
Bebia, saculejava
Dia e noite, noite e dia

No barracão, quando a gente batucava
Essa cuíca marvada, chorava como ela só
Pois ela gostava demais do meu líti
Que bem baixinho gemia
Gemia assim, como quem tem algum dodói
Tudo aquilo era pra mim
Gemia e me olhava assim
Como quem diz "-Alô, my boy"

E eu, como bom violão
Carregava no bordão caprichado sol maior
Mas um dia, patrão, que horror
Foi o rádio que anúnciou com o fundo musical
Dona cuíca de souza
Com cavaco de oliveira penteado se casou

E deu uma coisa na claquete
Eu ia pegá o cavaco
E o pandeiro me falou:
"-Não seja bobo, não se escracha
Mulher, patrão e cachaça
Em qualquer canto se acha"

"-Não seja bobo, não se escracha
Mulher, patrão e cachaça
Em qualquer canto se acha"
(Do LP "Adoniran Barbosa", Odeon, 1975)

Decadência baiana

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Passeando pela net, vi que o mais novo reforço do Bahia é o meio-campista Preto Casagrande. Sim, aquele mesmo, que despontou pro cenário nacional no próprio Bahia e depois jogou por Santos e Fluminense, entre outros times.

Estranho. Ou melhor, curioso. Preto chegou ao Bahia vindo de ninguém menos do que o rival Vitória, onde conquistou o acesso à Série B do Campeonato Brasileiro. Não se acertou com a diretoria rubro-negra, ficou à espera de propostas do exterior mas no fim das contas optou por permanecer em Salvador, só trocando de centro de treinamentos.

O que eu estranho nessa história é que acho que Preto não é, ainda, um jogador para ficar no Bahia. Antes que alguém me ataque de preconceituoso, bairrista ou sei lá o quê, explico: o Bahia é, hoje, um clube aos frangalhos. Pra se ter uma idéia, nem a participação na Série C o tricolor tem garantida. Precisa ficar entre os melhores no Baiano para pleitear uma vaga na terceira divisão do Nacional.

Esse "fim de carreira" de Preto Casagrande contrasta-se com o bom papel que ele desempenhou no Santos campeão brasileiro de 2004. Se não foi um craque, ao menos se portou como uma peça importante do elenco, trajando a camisa 10 e sendo titular em grande parte dos jogos.

Abandonou o Santos prematuramente, ao meu ver - e aí que sua carreira entrou em declínio. Foi pro Fluminense e não deu certo; no Fortaleza, também não; no Vitória até que jogou bem, mas, convenhamos, era na terceira divisão; e agora tenta triunfar no Bahia.

Será que ele não teria lugar num time mediano da Série A, ou mesmo num da Série B?