Destaques

sábado, outubro 03, 2009

Um senso de humor 'especial'

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Pra quem se assustou com o Serra Belzebu, um trecho macabro do perfil que a revista Piauí traçou sobre o tucano:

"Para Regina Faria, viúva do ex-assessor da presidência Vilmar Faria, Serra tem um senso de humor especial. Quando ela e o marido dividiram com ele um apartamento no Chile, Serra gostava, por exemplo, de dar sustos. Tanto que, quando ela estava grávida de sete meses, ele colocou uma cobra de papel na porta do banheiro. 'Quando entrei, a cobra caiu em cima de mim e eu tomei um tombo', contou."

Em sua defesa, Serra disse que não se lembrava que Regina estivesse grávida na ocasião. Cruz credo, pé de pato, mangalô três vezes!!!

Alvoreceu ou anoiteceu? Tanto faz

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Paulo Donizetti

Aposto uma Germana que em seu maxixe "Memórias conjugais" Paulinho da Viola refere-se ao "casal" João Bosco e Aldir Blanc. Depois de formar uma das duplas mais eternas da MPB, passaram quase duas décadas rompidos. Uma frase "lapidar" da música explica o que teria feito o rubro-negro João largar do vascaíno Aldir:
"Tenho asas, meu amor, preciso abri-las
Ao seu lado não sou muito criativa..."
Pois vale a pena (re)ver o reencontro dos dois no CD "Vida Noturna" (2005), no qual Aldir resolveu ele mesmo gravar suas poesias acompanhado de vários convidados. O velho chapa João Bosco está na boêmia "Me dá a penúltima".

O samba é bem batucado na gravação original de 1975 (do LP "Tiro de Misericórdia"). Aqui, ganhou uma levada mais leve, conduzido pela voz mais serena do Aldir. Vale gastar os três minutos.



Me dá a penúltima

João Bosco a Aldir Blanc
Eu gosto quando alvorece
porque parece que está anoitecendo
e gosto quando anoitece, que só vendo
porque penso que alvorece
e então parece que eu pude
mais uma vez, outra noite,
reviver a juventude.
Todo boêmio é feliz
porque quanto mais triste
mais se ilude.
Esse é o segredo de quem, como eu, vive na boêmia:
colocar no mesmo barco realidade e poesia.
Rindo da própria agonia, vivendo em paz ou sem paz,
pra mim tanto faz
se é noite ou se é dia.

Paulo Donizetti de Souza é parmerista por influência da nonna, dona Marcelina (1918-2007), uma sábia. Jornalista, apreciador da plataforma temática do site, não é candidato a nada, seu negócio é madrugada e seu peito é do contra.

sexta-feira, outubro 02, 2009

E o Rio vai ser sede olímpica em 2016

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O Rio de Janeiro será sede dos Jogos Olímpicos de 2016. Chicago, considerada a principal adversária do Rio, saiu na primeira votação, sendo a menos votada. Tóquio foi eliminada na votação seguinte e o Rio de Janeiro superou Madri na grande final. Uma lavada: 66 a 32.

E aí, isso é bom ou ruim para nós?


Pude participar junto com o companheiro Maurício da elaboração do dossiê da pré-candidatura de São Paulo às Olimpíadas de 2012, que acabou derrotado pelo Rio (só uma candidatura oficial por país é permitida). Menos que a competição em si, a parte mais fascinante do projeto paulista – paulista mesmo, não paulistana, já que, como a postulação carioca, envolvia outros municípios da Grande São Paulo, além de Santos e São Sebastião - era a possibilidade de ver a cidade totalmente reformulada. Ali, se podia vislumbrar um Tietê navegável, o trem expresso do aeroporto de Guarulhos, um sistema de transportes remodelado e integrado com uma ampliação brutal do atendimento do transporte coletivo, em especial o metrô, e muitas outras mudanças positivas.

Isso tudo, além das instalações esportivas, fazia parte do chamado legado olímpico, aquilo que permanece depois que o evento acaba e se torna benefício permanente para a população local. E esse ganho para a cidade e para o país é determinante para a escolha do Comitê Olímpico Internacional: vale mais escolher um lugar em que seja possível realizar avanços em função dos Jogos, analisando-se a viabilidade dessas melhorias acontecerem de fato, do que optar por um local pronto e acabado. É bom para o marketing do Comitê e preserva a imagem do dito “espírito olímpico”.

Isto posto, vem duas questões interligadas que fundamentam boa parte das críticas aos Jogos no Rio. Primeiro, porque não se investem esses recursos para transformar as cidades mesmo sem os Jogos? Segundo, o país tem outras prioridades e deveria investir recursos em áreas como Educação, Saúde, programas sociais etc. e não aplicar recursos nas Olimpíadas.

É necessário considerar que os Jogos Olímpicos servem como um grande catalizador de investimentos. A realização de um evento com divulgação planetária facilita bastante a atração de parceiros para execução de projetos, além de ser mais fácil a obtenção de recursos de instituições e bancos nacionais e internacionais. Afinal, todo mundo tem interesse em ter seu nome associado às Olimpíadas.

E não são investimentos sem retorno. Segundo estudo da Fundação Instituto de Administração (FIA), a escolha do Rio como cidade-sede da Olimpíada de 2016 deve gerar mais de 2 milhões de empregos no Brasil até 2027. Os quase R$ 30 bilhões de recursos aplicados assegurariam 120 mil empregos por ano até a realização dos Jogos e mais 130 mil empregos anuais até 2027. Há também outros ganhos econômicos como no valor médio da massa salarial, aproximadamente 8% acima em relação ao que era antes dos Jogos em função da qualificação da mão-de-obra necessária. No total, cada US$ 1 investido, outros US$ 3,26 adicionais devem ser gerados até 2027.

Possibilidade de transformação

Ainda assim, os críticos podem perguntar: de que legado se fala se depois do Pan tudo ficou a mesma coisa no Rio? Primeiro, a comparação de um evento com o outro é absolutamente descabida. Apesar de ter sido legal ver os Jogos Pan-americanos no Brasil, é inegável seu caráter de competição esportiva de segunda categoria, já que na maioria das modalidades os países sequer enviam seus principais atletas. Já os Jogos Olímpicos são a principal disputa para quase todos os atletas, exceção feita ao futebol masculino, com uma capacidade de atrair atenção e investimentos, e necessidade de infraestrutura infinitamente maior, por isso os legados são incomparáveis.

Barcelona é o exemplo mais completo de uma cidade – e um país – que conseguiu usufruir de todas as vantagens de sediar uma Olimpíada. A transformação foi total, não somente em termos de modelo urbano como também foi decisiva para que hoje seja um dos destinos turísticos mais importantes do mundo. Região estagnada nos anos 80, é consenso de que não seria a mesma sem o evento de 1992. Seul também pode ter avanços como a despoluição do rio que corta a capital sul-coreana, e mesmo Atenas, que teve prejuízos com os Jogos principalmente em função das ameaças de terrorismo, apresenta atualmente uma infraestrutura de transporte totalmente nova e muito maior do que a que havia antes.

As condições estão dadas e as possibilidades de se obterem avanços permanentes em função do evento é enorme e impossível de ser desprezada. Inclusive os chamados ganhos intangíveis, que dizem respeito à autoestima da população (o afastamento definitivo do “complexo de vira-latas”) e o esporte ainda mais incorporado ao cotidiano dos brasileiros.

Mas, acima de tudo, é preciso garantir o controle social da organização dos Jogos, para evitar os inúmero problemas que envolvem esse tipo de evento, desde desvio de dinheiro (como em qualquer outro grande negócio em qualquer parte do planeta) e de finalidade assim como a exclusão e expulsão de pobres de áreas urbanas.

Está na hora da sociedade brasileira mostrar que é madura para fiscalizar a ação de políticos e dirigentes esportivos, exigindo a contrapartida já que um montante considerável de recursos públicos estará em jogo.

Mas agora, na minha opinião, é hora de comemorar o reconhecimento do Brasil frente ao mundo. Sim, podemos. Porque crescemos.

*****

Inegável que o projeto é bem acabado, o Rio e a mais bela das candidatas etc. Mas a força política do país, visto hoje de uma forma bem distinta do que há alguns anos foi decisiva, já que é preciso passar segurança jurídica e econômica para se constituir em sede olímpica. E nisso, o governo e a figura de Lula foram fundamentais. Nem Obama segurou "o cara".

São Paulo x Náutico: diversão e expulsões

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Por Moriti Neto

Não que Náutico e São Paulo tenham feito uma partida de gala, na noite da última quarta-feira, no estádio dos Aflitos, em Recife. Mas que que foi um jogo agitado, isso foi. Há um bom tempo não me divertia tanto com o futebol. E foram vários os motivos, além do óbvio, que foi a vitória do Tricolor.

Bem, um pênalti defendido por Bosco no início, um gol do adversário abrindo o placar, cinco expulsões, contando com o técnico Geninho, do Timbu, boa parte da contenda com dois atletas a menos e uma virada improvável fora de casa já seriam motivos suficientes para bom entretenimento. No entanto o que realmente pautou a diversão foi o fato de as equipes atuarem com homens a menos, deixando o campo “maior”. Num campeonato em que a marcação e as bolas paradas têm sido dominantes é interessante ver confrontos abertos, ainda que sejam causados por expulsões.

O jogo
Beirando a zona do rebaixamento, o horrendo time do Náutico sufocou o São Paulo no primeiro tempo inteiro. Aos seis minutos, Júnior Cesar fez pênalti em Patrick, mas na cobrança Bosco pulou no canto certo e defendeu o chute de Bruno Mineiro, que aos 13 não desperdiçou a nova chance que teve e abriu o placar.

Pouco tempo depois o São Paulo teve Junior Cesar, que levou cartão amarelo no lance do pênalti, expulso por reclamação. Com um a mais, os donos da casa dominaram as ações, arriscando em chutes de longe, mas sem direção.

Na segunda etapa, veio o empate são-paulino: Hernanes, em cobrança de falta que desviou na zaga adversária, aos 14. E Ricardo Gomes resolveu arriscar. Tirou o zagueiro Renato Silva e colocou Hugo. Depois, substituiu Marlos pelo garoto Oscar. E as trocas surtiram efeito. Mesmo com dez em campo, o São Paulo era melhor. Só que Richarlysson foi expulso após fazer uma falta e receber o segundo amarelo (o primeiro ele tomou por reclamação). Rodrigo entrou no lugar de Borges para recompor o setor defensivo e parecia que o caldo iria entornar.

Só que o Náutico também teve sua cota de expulsões. O zagueiro Cláudio Luiz foi o primeiro a ir para o chuveiro mais cedo. E, aos 43, não viu Hugo, numa cacetada, marcar o gol da virada. E com passe de quem? Oscar. Ou seja, Ricardo Gomes, mais uma vez, deu sorte nas substituições (precisa mexer mais rápido no time nos clássicos, meu filho!). Os anfitriões ainda tiveram o meia Michel expulso e, aí, o time pernambucano, que parece louquinho para cair de divisão, não teve mais o que fazer.

Enfim, a vitória foi suada, com muita emoção e, curiosamente, o São Paulo passou a jogar melhor quando precisou de mais aplicação em campo por causa das expulsões.

Ah, não podia esquecer. Digna de nota, a atuação de Bosco, que após a polêmica no gol sofrido contra o Corinthians, fora a sempre pesada missão de substituir Rogério Ceni, defendeu demais e salvou o Tricolor Paulista. No final de semana, vale torcer pelo Santos.

Moriti Neto é o sampaulino postiço deste blogue, em substituição aos viajantes Thalita e Marcão

Mães de maio, Salve geral e os crimes

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Nesta sexta-feira, 2, a Associação de Amparo a Mães e Familiares Vítimas de Violência promete um protesto contra o filme Salva Geral, cuja estreia está marcada para o mesmo dia. Por tratar dos crimes de maio de 2006, o longa-metragem de Sérgio Rezende realizado pela Globo Filmes nasce polêmico e ambicionando o Oscar.

Reprodução do site


Como ainda não assisti, não sei se o filme exagera ou erra ou pisa na bola ao tentar narrar a história das "mulheres por trás" do mundo do crime. É claro que a polêmica e o protesto só fazem atrair mais atenção à produção, a exemplo do que Cidade de Deus – que também teve participação da Globo Filmes – provocou.

O primeiro dado é que o filme remete aos ataques do PCC. As ações da facção criminosa que se autointitula Primeiro Comando da Capital ou Partido do Crime realmente ocorreram em maio, mas foram sucedidas de cinco dias de execuções de moradores da periferia de São Paulo. A maior parte de jovens negros. Foram 493 mortes, muitas registradas como auto de resistência, prática usada com frequência, segundo organizações e pesquisadores de direitos humanos, para justificar execuções sumárias cometidas por policiais.

As mães de maio, que também é uma alusão às da Praça de Maio, garantem que não foram procuradas para contar suas histórias no longa lançado hoje. Muito diferente de um outro, um documentário, que pelo menos até pouco tempo, nem dinheiro para se finalizado tinha. Nem nome, nem data para estreiar. Dirigido pela jornalista Ali Rocha, foram colhidas entrevistas com mães de jovens assassinados para contarem o que aconteceu.

À época dos crimes de maio, Cláudio Lembo era governador, porque Geraldo Alckmin havia se afastado do cargo para disputar a Presidência da República (este link é obrigatório).

No manifesto que convoca a manifestação, elas lembram que dia 2 de outubro, há 17 anos, foi a data do massacre do Carandiru, quando 111 presos foram executados em operação policial. A Casa de Detenção passava por uma rebelião e, sob ordens do coronel Ubiratan Guimarães, a força policial entrou no Pavilhão 9. O caso também foi incluído em um filme (nem vou dizer a qual produtora estava vinculado).

Ao apontar ainda outros casos, o manifesto conclui pedindo o fim do "genocídio contra a classe pobre, a população indígena descendente e negra do Brasil".

Por outro lado, pode ser interessante o filme trazer o debate e refrescar a memória. Mas, mesmo sem assistir, é bem compreensível que pessoas que viveram o lado mais trágico de uma carnificina sintam-se mal ao saberem que outra história virou espetáculo e produto cultural – enquadrado na Lei Rouanet.


Mesmo assim, eu queria saber a opinião de quem já assistiu. E de quem não assistiu também.

quinta-feira, outubro 01, 2009

Cancelamento do Enem, êta história mal contada

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Foi cancelado hoje o exame do Enem por conta de um suposto vazamento que teria ocorrido. Alguém teria ligado para a redação de O Estado de S.Paulo e oferecido as duas versões da prova em troca do pagamento de R$ 500 mil.


Estranho, por que alguém que quer vazar uma coisa dessas ligaria para um jornal? Seria para que esperasse o resultado e depois divulgasse a fraude?

Se é assim, louve-se a postura do jornal, que avisou ao ministro da Educação antecipadamente para que pudesse cancelar o exame. Mas mais uma vez a pergunta, por que alguém que tem isso em mãos vai oferecer a um jornal? Não sabe que jornal não paga por matérias, ainda mais esses valores? Ou paga e eu estou sendo muito ingênuo.

Uma segunda questão, a gráfica que imprimiu, a Plural, pertence ao Grupo Folha. Não dá para ser leviano e acusar a ninguém sem provas de nada, mas que essa história está muito estranha está...

Não acredito numa conspiração do chamado PIG a esse ponto, mas repito a pergunta, será que estou sendo ingênuo demais????

Rio olímpico, será que consigo ser contra os do contra?

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Nesta sexta-feira, 2 de outubro, o Comitê Olímpico Internacional se reúne em Copenhagen para definir a sede dos jogos de 2016. Nas incursões anteriores, para o evento de 2004 e 2012, o Rio de Janeiro não havia chegado tão perto de ser escolhido como agora.

De um lado, tem a turma que promove a história. Além do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, seu ministro dos Esportes, Orlando Silva, há o governador do Rio, Sérgio Cabral, e o prefeito carioca, Eduardo Paes. Tem também o humilde Pelé e seus tropeços, mais o carisma de Paulo Coelho junto às esposas dos integrantes do COI.

Tudo para contrapôr à presença de Barack e Michelle Obama, no corpo a corpo por Chicago. A opção de apostar no boca-de-urna vem da estratégia londrina que arrebatou a Olimpíada de 2012 com Tony Blair, então primeiro-ministro, como cabo eleitoral.

Estratégias à parte, a mídia esportiva cai em peso contra a empreitada (1, 2, 3, e só não amplio a lista por preguiça) assim como alguns ex-atletas também, como Magic Paula. ONGs de direitos humanos do Rio de Janeiro, escoladas com o "legado" do Pan-Americano no Complexo do Alemão, estão apreensivas. Outra crítica é que o Brasil teria outras prioridades e, se pode fazer investimento para melhorar as coisas, não precisa esperar os jogos olímpicos para isso.

Fiquei pensando em como ser contra os do contra, sem ser necessariamente a favor dos primeiros. Sediar os jogos por ufanismo, não comove. "Porque é legal", pode ser mais interessante, mas acho que se pode melhorar na argumentação. Pensar no turismo pode funcionar também, mas depende de ter investimento... Os investimentos em infraestrutura podem ser bons, mas sem controle e preocupação com os impactos sociais, rende um monte de problemas para além de acusações de desvio de verbas e desperdício de dinheiro público.

Considerar a possibilidade de recuperação de áreas degradadas no Rio pode ser interessante, em vista de turismo e do que isso representa para a atividade econômica de uma região. Mas "revitalização" costuma vir acompanhada de políticas de seleção de moradores, seja por vias diretas de repressão, seja por indiretas, de expulsão por valorização decorrente de especulação imobiliária.

Em resumo, não consegui achar a fórmula. Alguém tem uma pista?

terça-feira, setembro 29, 2009

Reinaldo Azevedo para chanceler de Honduras

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Desde a leitura de O Alienista, do Machado de Assis, tomo um cuidado danado antes de tachar qualquer um de louco. Quem leu a história sabe que Simão Bacamarte funda um hospício e começa a internar todos a quem considera loucos, praticamente toda a cidade. Ao final, acaba com um único paciente, ele mesmo.


Pois não é que contra a condenação do mundo inteiro, da Organização dos Estados Americanos, OEA, da ONU, da União Europeia, o tal do Reinaldo Azevedo decide provar por A + B que o golpista em Honduras é o presidente deposto, que o golpe foi constitucional etc. Tudo isso com base em seu "amplo" conhecimento da Constituição hondurenha.

Faltou dizer que Estado de sítio, fim das liberdades individuais, fechamento de rádios e TVs, exército na rua batendo na população são medidas para "preservar" a democracia.

Seus delírios e o séquito de seguidores que repete suas bobagens são conhecidos. Também a sua desonestidade intelectual e incapacidade de conviver com o contraditório, pois não aceita nenhum comentário contrário ao que escreve em seu blog.

Mas, hoje, estrapolou. O gênio fez um texto em que baseado nos seus conhecimentos da Convenção de Viena, da Constituição Brasileira, do raio que o parta, afirmou que nenhum jurista conseguirá provar que ele não tem razão ao pedir o impeachment do ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, e, por que não, do presidente Lula. Clique aqui se tiver estômago.

Fora a megalomania de achar que sabe tudo sobre tudo, desfiar preconceitos o tempo todo, nunca se ater à verdade factual, agora o sabichão da Veja diz que só ele conhece direito e Relações Internacionais, contra a opinião do mundo inteiro. Chega a pedir, inclusive, que a OAB encampe sua campanha, já que lá não tem ninguém que entenda de direito para ter uma ideia tão genial.

Simão Bacamarte era honesto, internou-se e morreu em seu hospício. De Reinaldo não dá para esperar nenhum ato de honestidade, nem intelectual. Então, camaradas, o que acham de o presentear com o cargo de chanceler do governo de Micheletti. Aquele que vai provar para o mundo que o golpe não é um golpe. Será que o "governo de facto" aceita?

Motivo para beber não faltou...

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Que o Milton Nascimento gostava de uma birita desde os primeiros tempos como músico, todo mundo sabe. Mas, no início dos anos 1970, o saudável hábito de molhar a palavra evoluiu para um quadro perigoso de alcoolismo, que quase comprometeu sua carreira profissional. O livro "Os sonhos não envelhecem: Histórias do Clube da Esquina", escrito pelo compositor Márcio Borges (Geração Editorial, 2002), narra um triste episódio em que Milton desabou de costas no palco, destruindo a bateria da banda, antes mesmo de terminar a primeira música. O show, no Rio de Janeiro, teve que ser cancelado. Na época, Milton costumava se isolar em Vitória, no Espírito Santo, para pegar uma praia e encharcar todas. Mas, pelo o que parece, conseguiu (felizmente) vencer o alcoolismo doentio e destrutivo.

Pois hoje, assistindo o documentário "Brasil, Brasil - Tropicalia Revolution", da BBC de Londres, no Youtube, vi um interessante depoimento do genial músico, cantor e compositor mineiro. Ele relembra sua participação na famosa Passeata dos 100 mil, o maior protesto popular contra a ditadura, quando foi fotografado pelos repressores na linha de frente (na foto acima, aparece à direita, de braços cruzados), e passou a sofrer ameaças. "O telefone tocou e era uma pessoa da ditadura dizendo que eu estava proibido de ir a São Paulo, principalmente na rua tal, que era onde morava minha esposa, na época, e meu filho. Porque, se eu fosse, eles iam raptar meu filho. Sem volta. Eles iam matar meu filho", revelou Milton.

Naquele tempo, ele era casado com a paulistana Káritas, com quem teve o filho Pablo. "Mas eu não liguei praquilo, fui (a São Paulo) mais umas três vezes. Então, quando eu cheguei em casa no Rio, outra vez, o cara (telefonou de novo e) falou assim, 'olha, essa foi a última vez, é o último aviso - se a gente te ver de novo aqui, ele vai sumir pra nunca mais'. Aí foi o mais horrível que aconteceu na minha vida, as pessoas não entendiam por que que eu bebia tanto, por que que eu não ia a São Paulo, e eu não podia falar nada. Nem pra minha mãe, eu não podia falar nada", desabafou Milton, no documentário da BBC. O artista, lógico, não quis pagar pra ver e passou muito tempo sem ver o próprio filho. Alguém imagina uma situação dessas? Pois é, tempos brabos. E tem gente que tem a cara de pau de tratar o período de "ditabranda"...

Serra, tire o cercadinho da Sé e mande o povo pro bar!

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O governo do José Serra trouxe mais uma inovação para melhorar o transporte público e a qualidade de vida em São Paulo. A medida restringe a entrada de passageiros para o embarque na estação Sé no horário de pico. A medida foi chamada de “cercadinho para pobres” por Paulo Henrique Amorim, já que muda o local de espera da plataforma para uma área mais distante.

Ainda assim, para o jornal Folha de S.Paulo, trata-se de uma tentativa de "melhorar embarque do metrô". Na linha-fina, antes de qualquer ressalva, vem: "Passageiros dizem que embarque foi mais tranquilo". Imagino que a assessoria de imprensa do governo mudaria pouca coisa na matéria.

A própria Folha explica melhor a ação no segundo parágrafo da matéria. Trata-se de uma restrição de uma hora e meia ao acesso da população aos trens, com intenção e organizar o embarque e evitar o empurra-empurra (opa!).

No primeiro dia, a genial ação, prevista para durar das 17h30 às 19h, teve de ser interrompida às 18h15, segundo o jornal dos Frias “porque uma multidão já se aglomerava perante a barreira montada no acesso à plataforma sem conseguir embarcar”. O secretário de Transportes Metropolitanos José Luiz Portella culpou a chuva pela interrupção prematura. (Veja imagens da estaçaõ Sé ontem aqui e aqui, não reproduzidas para não violar leis de copyright).

Mais não falo sobre a medida serrista, pois não faria melhor do que fez o PHA no post (aqui). Mas ouso, humildemente contribuir para o debate. Se a idéia para melhorar o conforto dos passageiros não é botar mais trens na linha, diminuir os intervalos entre eles ou construir mais estações, se a idéia é fazer o povo esperar mais um pouco, a solução já foi dada neste blog desde priscas eras: Manguaça Cidadão!

O governo deveria firmar convênios com os bares dos arredores das estações de metro mais movimentadas, permitindo aos trabalhadores passar o período de espera não no tal cercadinho, mas confortavelmente desfrutando de uma boa breja, subsidiada pelo Estado, dentro do programa Boteco Popular. Se não é pra resolver, pelo menos paga uma cerveja, pô!

Astronautas levam fermento para fazer cerveja no espaço

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Do espaço vem mais uma manifestação de apoio e sustentação ao Manguaça Cidadão. A Agência Espacial Europeia (ESA, de European Space Agency) manda fermento de pão e de cerveja para a Estação Espacial Internacional (ISS).

O objetivo é saber se é possível a fermentação produzir proteína em ambientes de gravidade zero. O material será encaminhado pelo foguete russo Soyuz TMA-16. Antes que alguém queira atribuir a primazia dos conterrâneos de Boris Yeltsin à decisão, registre-se que a nave vai com um astronauta estadunidense e o canadense fundador do Cirque du Soleil Guy Laliberté.

Montagem: Futepoca

É só uma experiência, então, ainda não é isso. Mas chegam lá

Segundo consta, se tudo correr bem, os astronautas vão poder cozinhar e produzir sua própria cerveja em missões espaciais. Não há informações a respeito da possibilidade de assar o pão em forno a lenha nem se os copos usados para degustar a cerveja serão adequados.

A ESA garante que o álcool não seria danoso para os astronautas, mas ajudaria em sua saúde. Tomara que nenhuma blitz de polícia intergalática pare o pessoal da Soyuz para checar documentos. Ou, se parar, que não carreguem consigo bafômetros.

De alguma forma que é difícil de imaginar, os resultados podem ajudar a pensar novas formas de se produzir cerveja e pão para conservação mais longa.

segunda-feira, setembro 28, 2009

Os Santos ajudaram

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Tardelli e Fabão, dois personagens determinantes do jogo. Um pelos dois gols. Outro pela má atuação e o pênalti cometido

Foto: Estado de Minas\Uai



Chegar às últimas doze rodadas do Brasileirão com chances de lutar pelo campeonato ou por uma vaga na Libertadores é algo que nem os atleticanos acreditavam no começo do campeonato. Mas o jogo de ontem contra o Santos mostrou que o time voltou a uma boa fase e que está bem arrumado. Foi a melhor partida desde a vitória por 2 a 0 contra o São Paulo no Mineirão, ainda no primeiro turno.

Mais que o resultado, o importante foi o domínio quase o tempo todo, com poucas chances para o time da Baixada. A rigor, o Santos jogou bem os últimos 10 minutos do primeiro tempo e o começo do segundo. Passou por 10 minutos de pânico no início da partida e voltou a cair de rendimento depois do pênalti do Fabão e o gol de Tardelli.

Mas a destacar a falta de opções de Luxemburgo. Ele entrou com três volantes-volantes, até por falta de meias de ligação. No meio do jogo, trocou Emérson e Rodrigo Mancha por Pará e Germano, mas a história da partida não mudou. Depois do terceiro gol colocou o menino Neymar, mas o jogo já estava decidido. Com esse time e essas opções, em que se destaca o fraco sistema defensivo, será difícil o Peixe almejar algo mais neste campeonato.

No lado do Galo a confirmação do certo das contratações do goleiro Carini e do volante Corrêa. Um deu traquilidade à defesa. Outro a cada jogo melhora, com marcação e assistências. Junto com o retorno de Márcio Araújo e Éder Luís, o time adquiriu uma cara muito boa. Pode não ganhar nada, mas é o melhor time dos últimos anos do Galo. Até porque na reserva tinha Coelho, Ricardinho e Rentería, por exemplo. Falta ainda a volta do volante Serginho, a estreia do zagueiro paraguaio Benitez e a escalação de Ricardinho em toda uma partida quando entrar em forma.

Para meu modesto objetivo desde o começo do campeonato, fugir do rebaixamento, só falta um ponto. Depois dá para sonhar um pouquinho mais...

Som na caixa, manguaça - Volume 44

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O PATRÃO MANDOU
(Composição: Paulinho Soares)

Paulinho Soares

O patrão mandou cantar com a língua enrolada
Everybody, macacada! Everybody, macacada!
E também mandou servir uísque na feijoada
Do you like this, macacada? Do you like this, macacada?
E ainda mandou tirar nosso samba da parada
Very good, macacada! Very good, macacada!

Não sei o que é que o patrão tem debaixo da cartola
Que a gente não se solta, ta grudado feito cola
No fim das contas, o patrão manda e desmanda
E ainda faz do Rei Pelé mais um garoto-propaganda

O patrão mandou cantar com a língua enrolada
Everybody, macacada! Everybody, macacada!
E também mandou servir uísque na feijoada
Do you like this, macacada? Do you like this, macacada?
E ainda mandou tirar nosso samba da parada
Very good, macacada! Very good, macacada!

O patrão é fogo! Ele é quem dá as cartas, banca o jogo
Tá metendo sempre o bico no fubá, qual tico-tico
No troca-troca, o patrão que é mais rico
Já levou o Rivellino e vem depois buscar o Zico

O patrão mandou cantar com a língua enrolada
Everybody, macacada! Everybody, macacada!
E também mandou servir uísque na feijoada
Do you like this, macacada? Do you like this, macacada?
E ainda mandou tirar nosso samba da parada
Very good, macacada! Very good, macacada!

(Do LP "Paulinho Soares", Continental, 1978)

Ps.: Vejam o artista - que faleceu em 2004, aos 60 anos - e os anárquicos Trapalhões zombando da nossa macaquice estadunidense:

domingo, setembro 27, 2009

Beneficiado, São Paulo cava um pontinho

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O Corinthians se armou para jogar na sobra e aproveitar os erros do São Paulo: três zagueiros, três volantes, um meia e três atacantes, mas com Dentinho e Jorge Henrique voltando bastante para compor a marcação. De fato, aproveitou esses erros. Já o São Paulo se postou para jogar com certa ofensividade (embora bastante comedida): três zagueiros, quatro volantes, um meia (estou considerando Hernanes meia), um ala e dois atacantes. E se salvou nos erros da arbitragem.

É curioso agora ver são-paulinos reclamando que no gol do Timão o árbitro Ricardo Marques Ribeiro autorizou a entrada do Dentinho (que estava fora) em posição vantajosa. O Dentinho entrou lá do lado esquerdo do ataque quando a bola estava com Richarlysson do lado oposto. Aconteceu que o volante tricolor resolveu inverter pro Jean justamente neste momento. Aí foi de fato surpreendido pelo Dentinho. Se não houve erro de critério ou de "bom senso" – por assim dizer – do árbitro, ao contrário, ele tomou até o cuidado de seguir a prática usual de que o jogador entra quando a bola está no lado oposto do campo, mesmo se tivesse feito o contrário não teria havido nada de ilegal. Nada na regra diz que o jogador tem que entrar quando a bola estiver nesta ou noutra parte do campo. Mas não foi isso que determinou o gol.

Realmente não deve ser fácil para o zagueiro André Dias jogar sentindo nas costas a ampla sombra de Ronaldo. Com o Fênomeno no cangote, ele deve ter sentido um arrepio, se desestabilizou, perdeu o rumo e pôs frouxamente o pé na bola, apenas o suficiente para tirá-la do goleiro, deixando todo o espaço aberto para a penetração do admirado adversário, que se adiantou e, sem perdão, pôs pra dentro. Um gol de presente, que foi aceito e convertido.

O primeiro tempo foi marcado pelo domínio de bola do São Paulo. Hernanes jogou um bolão em toda a primeira parte do jogo, meteu bolas, driblou e num lance de agilidade e entrosamento – um drible em Jucilei seguido de boa troca de passes –, chutou de fora da área uma bola na trave. Logo depois desse lance, dois impedimentos equivocados: o primeiro de Dagoberto, pouco depois um de Dentinho, em boa jogada de Defederico. O primeiro tempo termina com pressão corintiana.

O segundo tempo foi palco dos maiores descalabros, que poderiam efetivamente ter determinado o jogo em favor do Corinthians. Dois lances foram determinantes.

Primeiro, um pênalti não marcado em Defederico. Numa bela jogada do Ronaldo, fazendo as vezes de armador, colocou Defederico dentro da grande área, ele driblou um zagueiro e ao chutar tomou uma solada do zagueiro são-paulino que doeu até o meu tornozelo. Para o Arnaldo César Coelho, isso é lance normal de jogo, não houve nada, argentino deve ser mesmo fresco, ou qualquer outra coisa que justifique ele ter passado uns 5 minutos se revirando no canto do campo. Quando eu jogava no antigo Clube do Mé, ali na bola da ponte Cidade Jardim (hoje Clube do Povo, que é o clube do povo do Itaim Bibi, se me perdoam a digressão), solada era considerada não só falta como jogada desleal, com direito a fechar o tempo e nego ameaçar entrar na porrada. Perdoava-se um cara muito grosso dar uma solada, não sem as devidas "advertências verbais", mas alguém com uma mínima noção jamais daria uma solada sem intenção de causar dano ao seu adversário. Mas para o Arnaldo não foi nada. Admito até que o juiz não tenha visto, mas ver da TV, com replays e tudo e achar que não foi nada pra mim já é demais.

O segundo lance foi a marcação da falta do Ronaldo em lance que o Dentinho acabou concluindo em gol. O Gordo recebe a bola, o zagueiro chega junto e ambos vão disputando terreno no braço, os dois vão se empurrando, procurando impedir o avanço do outro com o braço estendido no peito do adversário. Mas segurar o Gordo não é fácil, sempre foi difícil derrubá-lo, e o zagueiro acabou caindo, a bola sobrou pro Dentinho na cara do gol e ele concluiu. O juiz marcou falta de Ronaldo e o gol não valeu. Este sim um erro decisivo e difícil de aceitar como erro.

Pra completar, o gol de empate do Washington foi impedido, num lance que eu mesmo não tive tanta certeza assim. Um erro compreensível (o Arnaldo César Coelho tinha muita certeza), mas que não deixa de ser um erro. Aí tirou a camisa, tomou amarelo. No finalzinho do jogo, por reclamação, foi expulso, num exagero do juiz (a não ser que ele tenha dito alguma coisa braba que nós não sabemos aqui). Mas isso não definiu nada.



O começo do fim da turbulência


O Corinthians esteve melhor na segunda etapa. Criou chances, sobretudo pela boa atuação de Ronaldo e Dentinho. O retorno de William também tem um peso. Ele volta a criar uma referência de segurança na zaga, a linha de impedimento volta a funcionar (só do Borges foram pelo menos três), de novo sente-se que é difícil fazer gol no Corinthians. No gol de Washington, se o atacante estava pouco impedido, havia outros dois são-paulinos completamente debaixo da saia.

Defederico fez uma boa estreia, sem muito brilho, mas mostrando que sabe driblar e criar jogadas; criou pelo menos uma boa (o impedimento equivocado de Dentinho) e acertou os passes. Apesar de isso provavelmente exigir a saída do qualificado Jucilei, o jovem craque do elenco segundo eu mesmo, quero ver como é que vai ser a interação de Defederico e Elias.

O time começa a montar elenco. A situação não é de forma alguma a mesma de um mês atrás. Agora podemos de fato ver o início de uma preparação de elenco para a próxima temporada. 12 pontos atrás do líder Palmeiras, só uma arrancada prodigiosa poderia colocar o Corinthians em situação de disputar o título. Mas é possível vislumbrar o fim da turbulência e a construção do time forte que estamos esperando para a próxima temporada. Se algum dos tantos boatos em torno de Riquelme ou Ronaldinho Gaúcho se confirma, Defederico se torna um excelente reserva, e o Timão passa a ter, de fato, o melhor elenco do Brasil.

Arthur's Day e a Guinness Storehouse

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Quinta-feira, 24 de setembro, os bêbados saíram às ruas de Dublin para comemorar os 250 anos da cervejaria Guinness, o chamado Arthur's Day (em homenagem ao fundador). Verdadeiras hordas de manguaças invadiram o Temple Bar, região que concentra a maior parte dos pubs e night clubs (foto abaixo). Eu fui lá conferir e, pra não passar em branco, tomei uma Red Ale de fabricação própria no pub Porterhouse, seguida - óbvio - de uma Guinness no recomendável pub Sinè. Nunca vi tantos copos, garrafas e latas espalhados por toda a cidade. Neguinho andando torto, catando frango, aos montes.


No dia seguinte, sexta, ocorreu a chamada Cultural Night, evento anual em que, das 17h as 23h, vários pontos turísticos e atrações tem entrada gratuita, como a biblioteca da universidade Trinity, o castelo de Dublin, as catedrais de Saint Patrick e Christ Church, museus, galerias, enfim, muita coisa legal. Eu fui direto para a Guinness Storehouse, uma visita que planejava há tempos mas nao estava disposto a pagar os 11 euros do bilhete para estudantes. O lugar é fantástico, mostra toda a história, o processo de fabricação, os maquinários antigos e atuais, os ingredientes, os barris, tudo de forma interativa, com vídeos, telões, painéis (é possivel, inclusive, fabricar sua propria Guinness para beber, no local). Mas o grand finale foi reservado para a cobertura do prédio, que tem a visão panorâmica mais bonita de Dublin. Lá, copos de Guinness na faixa me esperavam - na verdade, recebi apenas um ticket (foto ao lado), mas minha amiga italiana Chiara declinou da cerveja e me presenteou o dela. Vejam abaixo algumas imagens do local.

Caldeira antiga no primeiro andar

Cascata no segundo andar do prédio

Barris que antes estocavam a cerveja

Visitantes e o telão no quarto andar

No quinto andar, painel interativo

Pub na cobertura, com visão panorâmica

Um manguaça na cadeira do Arthur Guinness