Compartilhe no Facebook
Como eu cansei do Cansei e a gente anda negligenciando um pouco o futebol e a cachaça, segue um pouco de inteligência para falar do esporte.
Carlos, Drummond, poeta, mineiro de Itabira, tinha um defeito: torcia para o Vasco, como Paulinho da Viola e outros de quem tanto gosto e que não merecem o tal de Eurico, o eterno.
Voltando a Drummond, esta postagem é só para lembrar do poeta falando de futebol. A compilação saiu no jornal O Povo, http://www.opovo.com.br/opovo/esportes/721092.html e vale a pena.
Futebol se joga no estádio?
Futebol se joga na praia, futebol se joga na rua, futebol se joga na alma"
(Futebol, de Carlos Drummond de Andrade)
DRUMMOND E A BOLA
"O difícil, o extraordinário não é fazer mil gols, como Pelé. É fazer um gol como Pelé".
Pelé: 1.000 (1969)
"Confesso que o futebol me aturde, porque não sei chegar até o seu mistério. Entretanto, a criança menos informada o possui". Mistério da Bola (1954)
"Não há nada mais triste do que papel picado, no asfalto, depois de um jogo perdido. São esperanças picadas". Jogo à Distância (1966)
"Perder é uma forma de aprender. E ganhar, uma forma de se esquecer o que se aprendeu". (1974)
"Se há um deus que regula o futebol, esse deus é sobretudo irônico e farsante, e Garrincha foi um de seus delegados incumbidos de zombar de tudo e de todos, nos estádios. Mas, como é também um deus cruel, tirou do estonteante Garrincha a faculdade de perceber sua condição de agente divino. Foi um pobre e pequeno mortal que ajudou um país inteiro a sublimar suas tristezas. O pior é que as tristezas voltam, e não há outro Garrincha disponível. Precisa-se de um novo, que nos alimente o sonho". Mané e o Sonho (1983)