Destaques

quinta-feira, julho 11, 2013

O milagre cai duas vezes no mesmo lugar

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Quando o Tijuana foi bater o pênalti que desclassificaria o Galo nos acréscimos do segundo tempo, pensei comigo que a história de chegar muito perto de um título importante e ser derrotado aconteceria novamente. Pessimismo de quem se tornou atleticano para sempre na derrota para o São Paulo, no Brasileiro de 1977, na derrota nos pênalties.

Ontem à noite, o garoto de 12 anos voltou. À época, em março de 1978, a certeza da vitória. Hoje, décadas depois, mais calejado, com o pessimismo que a vida ensinou, novamente esperava o momento em que tudo daria errado. Não deu. Mesmo depois de Jô e Richarlyson errarem suas cobranças. Por incrível que pareça os argentinos também perderam. E de novo estava lá o goleiro Victor para fazer mais um milagre no momento decisivo, contra o craque do Newell´s Old Boys, na última cobrança.

Confesso que as visitas aos cardiologistas nos últimos anos e os remédios tomados cotidianamente para controlar a pressão funcionaram. O coração resistiu mais uma vez.

E resistiu num jogo tenso o tempo todo. O começo, com o gol de Bernard logo aos 3 minutos, foi enganoso.  O bom time argentino encaixou a marcação e sempre levou perigo com os atacantes Scocco e Maxi Rodriguez. O Galo teve boas chances com Bernard e Josué, mas o gol não saía. E nem adianta reclamar de dos pênalties não dados pelo juiz. Não vão marcar nada a favor de time brasileiro este ano mesmo.

Mas no segundo tempo o Atlético entrou visivelmente nervoso, errou demais, teve sorte de não tomar um gol e só reagiu a partir das mudanças de Cuca, com as entradas de Luan, Alecsandro e Guilherme. E a participação do ex-cruzeirense foi tão decisiva quanto a queda da luz. Finalizou bem uma primeira vez e a bola passou perto da trave. No segundo chute, fora da área, fez o gol mais decisivo de seus dois anos no Galo. O resto é história. Como foi histórico o apagão dos refletores. A luz voltou e o time se iluminou novamente nos minutos finais (não resisti ao trocadilho).

Por último, quem vive falando do azar do Cuca é bom mudar o lado do disco. Mesmo que perca a final (mangalô três vezes), não pode ser chamado de azarado depois de seu time se classificar duas vezes da forma como fez. Que venga el Olimpia. Por precaução, vou dobrar a dose dos remédios.

O fundo do poço pode ser BEM mais fundo do que parece

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Luís Fabiano foi chamado de 'pipoqueiro' pela torcida. E agradeceu! (Foto: Leonardo Soares/UOL) 

No dia 9 de maio, depois de o São Paulo ser eliminado da Libertadores com uma goleada de 4 a 1 para o Atlético-MG (que saiu barato, em vista do volume de jogo do adversário), eu alertei aqui no Futepoca:
"Não sejamos ingênuos, sãopaulinos. A derrota de ontem não será o último vexame de 2013."
Dito e feito: ontem, o time quebrou mais um recorde ao completar, pela primeira vez em sua história, quatro derrotas seguidas em pleno Morumbi. E perdeu - de virada - para o Bahia, clube que enfrenta crise administrativa e é comandado atualmente por um presidente interino indicado pela Justiça. A diminuta torcida do Bahia presente ao estádio encerrou a partida aos gritos de "Olé! Olé! Olé!". E o time comandado interinamente por Milton Cruz só não levou mais gols pela falta de pontaria dos baianos em alguns lances.
"O São Paulo é um time de vagabundo, né, vamos dizer. Porque tem jogador lá que não merece usar a camisa do São Paulo."
Esta frase, dita pelo ex-jogador sãopaulino Haroldo Cristofani, 79 anos, em entrevista ao jornal Lance! (e que reproduzi aqui no blog no dia 3 de julho), resume muito bem o que é o time sãopaulino, hoje em dia. Não vou mais gastar palavras sobre a qualidade técnica do elenco. Pra mim, tirando Jadson e Osvaldo, nenhum outro é imprescindível. Falo, agora, sobre a POSTURA dos jogadores. Ficou nítido, contra o Goiás, o Corinthians, o Santos e o Bahia que os profissionais do São Paulo NÃO QUEREM jogar bola.

Porque, por mais grossos e limitados que sejam, nada justifica ANDAR em campo os 90 minutos, como quem aguarda o tempo passar, com certo enfado e impaciência. Nada justifica tantos passes errados, tantos passes de lado, para trás, tantos chutes a esmo, ridículos. Ninguém que chega a um time do porte do São Paulo é tão ruim nesse nível (tudo bem, É ruim; mas não tanto!). E esse é o maior perigo: o elenco jogou a toalha. Todos, ali, só estão esperando uma transferência. O São Paulo NÃO é o projeto deles.

Exemplo maior: Luís Fabiano, que quase não pegou na bola, tomou dois cartões amarelos e, pra NÃO variar, foi expulso. Certa vez, o camarada Glauco observou muito bem que o São Paulo tem "muita cobra criada". É verdade. Além de Luís Fabiano, Lúcio e Rogério Ceni têm o perfil de quem não vai acatar ordem nenhuma, nem de treinadores e nem da direção do clube. Para eles, o currículo e o salário servem como licença para fazerem o que quiserem - quando e SE quiserem. O resto do time é apenas fraco. Limitado.

Gol do Bahia. Rogério Ceni é uma das 'cobras criadas' do time. (Foto: Leonardo Soares/UOL)

O panorama, este ano, é muito mais preocupante do que nas quatro temporadas anteriores. Porque já deu para perceber que a situação do São Paulo não é "má fase", "crise temporária". É crônica! Estamos em julho, a apenas cinco meses do fim do ano, e não existe "time". Num campeonato como o Brasileirão, perder pontos dentro de casa para Goiás e Bahia pode custar muito caro no final. Leia-se: rebaixamento.

Exagero? Pois lembremos que, em 2013, o São Paulo venceu apenas UM jogo importante, os 2 a 0 contra o Atlético-MG no Morumbi, pela fase de grupos da Libertadores. Mas, convenhamos, o adversário já estava classificado e encarou como jogo-treino, tirou o pé totalmente. Na Libertadores, o São Paulo foi derrotado TODAS AS VEZES que jogou fora de casa. No Paulistão, na primeira fase, o time perdeu para Corinthians e Santos e empatou com o Palmeiras. Ou seja, só venceu os times pequenos, do interior.

E caiu na semifinal - sem que o adversário fizesse força. Assim como na primeira partida da decisão da Recopa, quando o Corinthians também não fez esforço algum para vencer dentro do Morumbi. Agora, assim como na Libertadores, quando foi enfrentar o Atlético-MG no estádio Independência, o São Paulo corre o risco de ser goleado mais uma vez nessa partida de volta, dentro do Pacaembu, dia 17. Será uma derrota que a torcida não vai perdoar, como cartão de "boas vindas" para o técnico Paulo Autuori. Que, com certeza, vai ouvir gritos de "É Muricy!" até o dia de sua demissão, mais do que previsível. 

Torcida do São Paulo, chegou a hora de ter mais fé do que nunca. Porque, com esse time aí, a perspectiva de mudança é quase nula. E o fundo do poço pode ser bem mais fundo. Palmeirenses sabem disso.


quarta-feira, julho 10, 2013

15 motivos para os rivais gritarem 'Juvenal eterno!'

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Paulistão de 1990 ainda causa polêmica: 'herança' de Juvêncio
No dia 23 de abril de 1990, Juvenal Juvêncio encerrou seu primeiro mandato como presidente do São Paulo Futebol Clube, iniciado dois anos antes. No período, conquistou um mísero Campeonato Paulista e um vice-campeonato brasileiro, ambos em 1989. Mas sua "herança" foi bem pior. Duas semanas antes de deixar a presidência do clube, Juvêncio derrubou o técnico Carlos Alberto Silva, após uma derrota por 2 a 0 para o Palmeiras, no Paulistão. Começava ali uma sequência de 17 jogos (8 vitórias, 6 empates e 3 derrotas) - 10 partidas comandadas pelo interino Pupo Gimenes e 7 pelo novo treinador Pablo Forlán - que marcaria uma das piores campanhas do São Paulo no campeonato estadual em todos os tempos e que causa polêmica até hoje - se deveria ou não ter sido rebaixado.

Juvenal pegou carona nas glórias de Gouvêa
Pois bem. O tempo passou e, em 2003, Juvenal Juvêncio voltou à cúpula do clube, como diretor de futebol. O sucesso da gestão de Marcelo Portugal Gouvêa, com as conquistas do Paulistão, da Libertadores e do Mundial de 2005 credenciaram Juvêncio a voltar à presidência, em abril de 2006. Antes de sair, Gouvêa deixou Muricy Ramalho como técnico, que seria o principal responsável pelo tricampeonato brasileiro conquistado entre aquele ano e 2008. O São Paulo tinha um bom elenco, havia recuperado seu prestígio com duas conquistas internacionais, conseguia fazer bons negócios aos vender e comprar jogadores, estava com dinheiro em caixa e, praticamente, já dava como certo o Morumbi sediar jogos da Copa de 2014. Mas "havia um Juvenal Juvêncio no meio do caminho...". E, a partir de sua reeleição, em abril de 2008, as coisas começaram a mudar (para muito pior) no clube.

Abaixo, 15 besteiras cruciais de Juvêncio nos últimos anos, que afundaram o São Paulo e fizeram os rivais gargalharem com a campanha "Juvenal eterno!":

1 - Briga no "Clube dos 13" (2007) - Pensando ter mais poder do que de fato possuía, Juvenal Juvêncio comandou uma insurreição para tentar mudar o estatuto do "Clube dos 13", grupo de grandes clubes brasileiros criado em 1987. Juvenal fez com que São Paulo, Atlético-MG, Botafogo, Cruzeiro e Flamengo comunicassem que, a partir de outubro de 2007, atuariam em bloco dentro do grupo. Excluído, o Corinthians aproveitaria discordâncias no pagamento de cotas de TV, em 2011, para sepultar o "Clube dos 13". Antes disso, Juvenal arruinaria as chances de o Morumbi sediar jogos da Copa de 2014 ao apoiar Koff numa eleição do "Clube dos 13" contra Kléber Leite, o candidato de Ricardo Teixeira, da CBF. Ou seja, o São Paulo não ganhou nada com isso. Só inimigos. E derrotas.

2 - Briga com a Federação Paulista (2008) - Reeleito presidente do São Paulo, Juvenal Juvêncio decidiu brigar com o presidente da FPF, Marco Polo Del Nero. A primeira confusão ocorreu na semifinal do Paulistão de 2008. Juvenal não queria jogar no Parque Antartica (o jogo do controverso episódio do gás). Depois, em dezembro, Del Nero enviou à CBF denúncia de um suposto esquema de favorecimento ao São Paulo contra o Goiás, pela última rodada do Brasileirão (o chamado “caso Madonna”). Brigado com a FPF, Juvêncio iniciou o isolamento político que culminou na exclusão do Morumbi da Copa de 2014.

3 - Politicagem para o lado errado (2008) - Após as eleições municipais, em 2008, Juvenal chamou o vencedor Gilberto Kassab para entregar uma camisa do clube com a porcentagem de votos obtida por ele. Foi um "tapa na cara" da candidata derrotada Marta Suplicy e do PT - e um afago no então governador José Serra (PSDB), de quem Kassab era pupilo. Resultado: nem Serra nem Kassab fizeram as obras de mobilidade que poderiam garantir o Morumbi na Copa. E o PT se aproximou do Corinthians.

4 - Perda de bilheteria no Morumbi (2009) - Chateado com a iniciativa do São Paulo de disponibilizar apenas 10% da carga total de ingressos para o Corinthians em um Majestoso disputado no Morumbi, em fevereiro, o presidente do clube alvinegro, Andrés Sanchez, decidiu não mandar mais jogos no estádio. Logo depois, o Palmeiras tomaria a mesma atitude. Com isso, além de perder somas consideráveis com o aluguel do estádio aos dois rivais, Juvenal Juvêncio isolou ainda mais, politicamente, o São Paulo.

5 - Demissão de Muricy Ramalho (2009) - Tudo bem que é difícil segurar um técnico depois de seu quarto fracasso consecutivo na Copa Libertadores. Mas Muricy era tricampeão brasileiro (com responsabilidade fundamental nestes sucessos) e cumpria outras importantes funções: valorizava/revelava jogadores e indicava/barrava contratações, impedindo/consertando besteiras de Juvenal. Muricy seria campeão brasileiro pelo Fluminense e paulista e da Libertadores pelo Santos. O São Paulo, nada disso.

6 - Baciada de "reforços"/refugos (2010) - A confirmação de que Muricy freava a insanidade de Juvenal veio no início da temporada seguinte, quando, sem consultar a comissão técnica, o clube trouxe 11 "reforços" (um time inteiro!). A maioria nunca justificou o investimento: André Luis, Xandão, Alex Silva, Rodrigo Souto, Carlinhos Paraíba, Léo Lima, Marcelinho Paraíba, Fernandinho, Cléber Santana, Cicinho e Fernandão. O "balaio" sepultou a intenção do técnico Ricardo Gomes de definir um time titular.

7 - Arouca no Santos (2010) - Nessa leva de transações feitas "na baciada", Juvenal Juvêncio cometeu um dos maiores desatinos do futebol brasileiro em todos os tempos: entregou o volante Arouca, que tinha feito um ótimo Brasileirão em 2009, para o Santos - em troca do também volante Rodrigo Souto (!). Resultado: Arouca foi uma peça fundamental do time santista tricampeão paulista, campeão da Copa do Brasil e da Libertadores. E tem sido convocado para a seleção. Outra burrice foi ter liberado Jean para o Fluminense. Foi campeão e considerado um dos melhores volantes do Brasileirão de 2012. E também está na seleção. 

8 - Perda do craque Oscar (2010) - Enquanto investia dinheiro alto em uma dúzia de "craques" como Cléber Santana, Léo Lima e Marcelinho Paraíba, o São Paulo deixava de valorizar suas jóias. No fim de 2009, início de 2010, sem perspectivas de chegarem ao time de cima, quatro jogadores das categorias de base entraram na Justiça para pedir rescisão de contrato. Entre eles, o meia Oscar, que foi para o Internacional e acabou vendido ao inglês Chelsea por R$ 80 milhões. Ah, e é titular da seleção brasileira.

9 - Morumbi fora da Copa (2010) - Essa foi a derrota mais sonora de Juvenal Juvêncio nos bastidores (porque, dentro do campo, foram tantas de 2009 para cá que ficaria extenso compilar). Oficialmente, a Fifa descartou o estádio por falta de "garantias financeiras". Mas, como exposto antes, ficou claro que a briga de Juvenal com a Federação Paulista, com o "Clube dos 13" e com a CBF foram preponderantes para o clube perder o que parecia certo. Pior: o rival Corinthians ganhou um estádio novo e sediará jogos da Copa, inclusive a abertura.

10 - Reforma do estádio emperrada (2010-2015) - Juvenal tinha tanta certeza de sediar jogos da Copa no Morumbi que engatou um plano de reforma total do estádio. Na cabeça dele, com certeza entraria dinheiro do governo federal - e alguma coisa da Prefeitura e do governo estadual. Deu com os burros n'água e, hoje, enquanto assiste os rivais Corinthians e Palmeiras construírem casas novas e modernas, não tem de onde tirar R$ 300 milhões para prosseguir com uma reforma da qual não tem mais como voltar atrás.

11 - Golpe no estatuto do clube (2011) - Com a desculpa de que precisaria ser mantido no poder caso o Morumbi sediasse jogos da Copa de 2014, Juvenal articulou um golpe para permitir seu terceiro mandato como presidente do São Paulo. Em fevereiro de 2011, a oposição conseguiu uma liminar para impedir a votação no âmbito do Conselho, pois qualquer mudança estatutária só poderia ocorrer por meio de uma Assembléia Geral. Juvenal aprovou o golpe e venceu na Justiça, consolidando sua "ditadura" no clube.

12 - Debandada de profissionais (2010-2011) - A "dinastia" Juvêncio também afastou vários profissionais do São Paulo. Em julho de 2010, o fisiologista Turíbio Leite de Barros, que estava no clube há 25 anos, foi demitido. Em dezembro do mesmo ano, foi a vez do preparador físico Carlinhos Neves ser dispensado (hoje é um dos responsáveis pelo time do Atlético-MG estar "voando baixo"). Logo em seguida, em janeiro de 2011, Marco Aurélio Cunha pediu demissão do cargo de superintendente de futebol. Já em abril de 2013, o clube demitiu o fisioterapeuta Luiz Rosan, um dos criadores do Reffis, núcleo de reabilitação de ponta. O último foi o vice-presidente administrativo, Ricardo Haddad, que pediu demissão para apoiar Marco Aurélio Cunha. 

13 - Má escolha e fritura de técnicos (2009-2013) - Quando Muricy saiu, a escolha de Ricardo Gomes mostrou que, a partir dali, Juvenal só apostaria em técnicos "dóceis". Gomes não teve voz para impedir a "baciada" de contratações que inviabilizou seu trabalho. Para o seu lugar, veio o "funcionário" Sérgio Baresi, que recebia ordens até do Rogério Ceni. Depois, Carpegiani, que teve que engolir Rivaldo, outra contratação unilateral de Juvenal. Adilson Batista chegou - e saiu - sem respaldo. Aí ressuscitaram Leão, desautorizado publicamente no "caso Paulo Miranda". E Ney Franco, que aceitou calado os sete expurgos de Juvenal.

14 - Expurgo e desvalorização de jogadores (2013) - Depois de eliminações seguidas em duas competições (Paulista e Libertadores), em maio de 2013, Juvenal baniu sete jogadores do São Paulo. Entre eles, o até então titular Cortez, que custou R$ 7 milhões e, depois do expurgo, deverá ser vendido por R$ 5 milhões ao português Benfica (sendo que, no fim de 2012, teve oferta de R$ 19,5 milhões do ucraniano Metalist, recusada por Juvenal). Cañete, que custou R$ 4,7 milhões, foi emprestado à Portuguesa.

15 - Desperdício de dinheiro (2010-2013) - Somente nas últimas quatro temporadas, Juvenal trouxe 28  jogadores (sem contar o recém-chegado Clemente Rodríguez), por um custo estimado em R$ 91,9 milhões. A despesa com contratações subiu de R$ 18 milhões, em 2010, para R$ 68,6 milhões em 2012, de acordo com o balanço do clube. Em 2011, o custo foi de R$ 57,7 milhões. Paulo Henrique Ganso, contatado por R$ 24 milhões, não é nem sombra do que era em 2010. E nem merece ser titular. Luís Fabiano, que custou R$ 20 milhões, não teve proposta nem de R$ 15 milhões para sair. Só por causa disso, ficou.

Fora esses erros, ainda há o "estilo Juvenal Juvêncio" de ser. Falastrão, arrogante, preconceituoso, ridículo. O que também ajuda a entender a quantidade de bobagens feitas em sua administração e a velocidade com que conseguiu transformar o São Paulo de melhor do país em motivo de piada. Em abril de 2010, Juvenal afirmou que o time do Santos era "de médio para pequeno" (sim, o Santos que estava dando show naquela época, com Neymar, Ganso e Robinho, e que eliminaria o São Paulo por três anos seguidos na semifinal do Paulistão). Em outra ocasião, "matou" Ricardo Teixeira, dizendo que tinha posições contrárias a ele "quando ele estava vivo" (detalhe do mau gosto: Teixeira está doente). Seu preconceito também se direcionou ao estádio do Corinthians: "Para você chegar lá (Itaquera) precisa chamar o corpo de bombeiros. Se você pega a Angela Merkel, da Alemanha, ela não chega lá. Se tiver de sair, também não sai". Em 2011, tentou ofender Andrés Sanches dizendo que seu problema era "o mobral inconcluso". E voltaria à carga em 2012, chamando-o textualmente de "analfabeto".  Mas foi aí que o ex-presidente do Corinthians colocou Juvenal em seu lugar, ao recordar que "ele era presidente da Cecap em um escândalo de anos atrás". Juvenal foi dirigente da companhia habitacional Cecap (atual CDHU) quando Laudo Natel era governador - e essa foi sua ponte para alçar vôo no São Paulo. Naquela época, dizem que Natel usou recursos públicos para terminar o Morumbi.

Bem, é claro que todos os cartolas, de todos os times, erram. E que Juvenal Juvêncio teve seus méritos no São Paulo. Mas os 15 tópicos acima ajudam a entender como o clube despencou tão vertiginosamente dentro de campo, nos últimos anos. Juvenal representa o que existe de mais atrasado, centralizador, prepotente, preconceituoso, arrogante e reacionário no futebol brasileiro. É por isso que o São Paulo, hoje, é isso que está aí. E não vai adiantar mudar técnico nem jogadores. FORA, JUVENAL!

terça-feira, julho 09, 2013

Jornalistas, uni-vos contra o autoritarismo do governo Dilma Rousseff

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(Luiz Filipe Barcelos/ UnB Agência)

Atenção, jornalistas!
A gente precisa fazer alguma coisa urgente!
Já pensaram se a ditadora da presidenta Dilma resolve obrigar todo jornalista recém formado a trabalhar por dois anos na EBC, ganhando R$ 10 mil por mês?
Onde vamos parar, categoria?
Precisamos nos unir aos médicos antes que essas medidas totalitárias também atinjam a nós!!!!!!!!


(Via Vinicius Souza)

domingo, julho 07, 2013

Deu Claudinei Oliveira no duelo de interinos OU Problema do São Paulo não é o técnico

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Durval levou a melhor sobre Luís Fabiano (Ivan Storti/LANCEPress)
O Santos conseguiu uma boa vitória por 2 a 0 contra o São Paulo, fora de casa, e mostrou que pode ser uma boa insistir no técnico interino Claudinei Oliveira (ou transformá-lo em auxiliar de um eventual novo treinador). Na segunda etapa, o treinador decidiu o jogo ao colocar em campo os garotos Giva - que abriu o placar - e Pedro Castro, somando-os a Leandrinho, Neilton e Gustavo Henrique. Este último anulou completamente o centroavante Luís Fabiano e comprovou que a nova safra de moleques da Vila pode, com alguma lapidação, mostrar resultados bem consistentes. Pontos positivos, também, para o goleiro Aranha, que impediu com duas defesas de cinema que o São Paulo abrisse o placar no primeiro tempo, quando teve o domínio da partida; e para Montillo, meia que teve lampejos dos bons tempos de Cruzeiro.

O São Paulo, derrotado novamente em pleno Morumbi (onde já havia perdido para o Goiás), mostrou que, definitivamente, seu problema não é treinador. Milton Cruz, que comandou interinamente o clube após a demissão de Ney Franco, na sexta-feira, até tentou imprimir um toque pessoal: colocou Ganso como ponta-esquerda e desviou Osvaldo para o lado oposto do ataque, com Jadson centralizado na armação e Luís Fabiano na frente. Foi triste ver Osvaldo perder todas as bolas para o veterano Léo e Ganso praticamente não pegar na bola, consolidando-se, cada vez mais, como um peso morto no time e candidato ao banco de reservas com todos os "méritos". Luís Fabiano e Osvaldo perderam gols feitos no primeiro tempo, Jadson perdeu outro no início da segunda etapa e o ditado "quem não faz, toma" prevaleceu...

Mas é gritante a RUINDADE do time do São Paulo. A zaga pesada, lenta e mal posicionada formada por Lúcio e Rhodolfo conseguiu tomar dois gols de cabeça de jogadores que não deveriam superá-los em estatura (pelo menos isso). Rodrigo Caio levou um baile na lateral-direita tricolor, de onde vieram os cruzamentos para os gols. Juan é NULO na lateral-esquerda. O volante Wellington está virando motivo de piada no meio. Denílson, Ganso e Luís Fabiano praticamente não entraram em campo. Aloísio, Maycon e Ademilson não servem sequer como opções no banco de reservas. O locutor radiofônico Nilson César definiu muito bem: Ney Franco fez milagres com esse time enquanto o comandou. Arrisco dizer que 80% dos atletas que ali estão não deveriam nunca ter vestido a camisa do São Paulo - nem em teste.

Qualquer um que venha, Paulo Autuori (o mais provável) ou Muricy Ramalho, terá um imenso "abacaxi" nas mãos. Porque terá que trocar toda a zaga: Lúcio, Rhodolfo, Tolói e Edson Silva são tenebrosos, absolutamente inaproveitáveis. Porque terá, além da (ainda) incógnita Clemente Rodríguez, Reinaldo (que era vaiado recentemente no Sport) e o grosso Juan na lateral-esquerda. Terá que ser virar com o hediondo Douglas e os esforçados Rodrigo Caio e Mateus Caramelo na lateral-direita. Porque suas "opções" como volantes são Denílson (mediano), Wellington (ruim), João Schmidt (fraco) e Maycon (lento e improdutivo). Porque será obrigado, como todos os antecessores, a escalar o NULO Paulo Henrique Ganso. Porque terá Aloísio, Ademilson, Lucas Evangelista, Roni e Negueba no banco, quando pensar em mexer no ataque.

Ou seja: pesadelo. E, enquanto Juvenal Juvêncio for o presidente, NADA mudará. Mais vexames virão. Mais "reforços" inúteis chegarão. E mais técnicos serão trocados, ao sabor dos inevitáveis fracassos.




Corinthians 2 x 0 Bahia: Pato aqui, Pato acolá

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No bar, a comemoração que ninguém entendeu fez
lembrar Scorpion e Bane (Rodrigo Coca/Fotoarena)
Alexandre Pato passou dez jogos sem marcar pelo Corinthians. Aí, voltou contra o Bahia e meteu logo dois golaços, mostrando qualidades diversas em cada um, e ratificando sua condição de vice-artilheiro da temporada até aqui. Terminou 2 a 0 o jogo, sem muitas chaces para os donos da casa e nem muito desgaste para os visitantes, como tem sido a tônica desse econômico (preguiçoso?) Corinthians.

Todas as menções elogiosas vão para Pato, que jogando na ponta esquerda mostrou mais vontade e a qualidade de sempre, aparecendo em todas as posições do ataque. Todas as jogadas perigosas do Timão passaram por seus pés, como o lançamento em que deixou Guerrero na cara do gol para limpar o zagueiro Titi (o mais difícil) e tocar sem muito jeito nas mãos de Marcelo Lomba.

A essa altura, Titi já havia feito um gol bem anulado pela arbitragem por impedimento, numa falta cobrada na área. Uma das poucas, bem poucas chances do Bahia.

Antes disso, Pato havia recebido lançamento de Guilherme, matado no peito tirando dois zagueiros e tocado na saída de lomba. Bateu na trave, mas voltou no pé de Pato, sem trocadilhos, que dessa vez não perdeu.

Também já tinha pego o rebote dado pela zaga do Bahia após uma interessante tabela do Timão pela direita, que Romarinho interrompeu com um lançamento meio tosco para a área. A zaga tentou cortar e ela veio direto para Pato, que enfiou uma de três dedos de primeira, no ângulo. Golaço.

Feita a conta, o Corinthians recuou e esperou. Teve mais três ou quatro chances claras de ampliar contra zero do adversário. Jogo tranquilo.

De negativo, e bota negativo nisso, Renato Augusto saiu de campo com suspeita de fratura no osso esquerdo da face, que já machucou antes. Fruto de divi
dida com o ex-alvinegro Souza, que escolheu a pior forma possível para manter a sina de ex-jogadores que ferram seu time antigo.

Junte com as contusões de Danilo e Douglas - esta fruto da cavalice do sãopaulino Welington - e resta ao Timão o recém-chegado Ibson para jogar no meio-campo. Um problema, sem dúvida. Mas não maior do que a maldade dessa fase zicada de Renato, um bom meia que, com uma sequencia de alguns meses, fatalmente disputaria um lugar nas listas de Felipão, pelo menos como reserva de Oscar. Triste.