Destaques

sexta-feira, agosto 06, 2010

Fim imerecido e desgosto em projeção

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Por Moriti Neto


Não foi justo o final da participação do São Paulo na Copa Libertadores deste ano. Na verdade, o time estava “de bônus” nas semifinais da competição. Certo seria que o Cruzeiro tivesse passado das quartas e enfrentasse o Internacional. Ao menos, teríamos um confronto técnico mais interessante. Concluí-se, pois, que não houve mesmo “justiça” na participação do Tricolor no torneio continental. Aliás, caso houvesse “justiça” no futebol, o time deveria parar nas oitavas, naquelas atuações ridículas contra o peruano e fraquíssimo Universitário. Ontem, como acabou o bônus, deu no que deu diante do Colorado, mais time tecnicamente.

Covardia, enganação e indolência
Se há uma coisa de que não preciso é pudor em “falar mal” do São Paulo 2010. Desde os primeiros posts do ano, já imaginava o destino da equipe nesta temporada, ou seja, nada de títulos A explicação vem em três palavras: covardia, enganação e indolência.

Covardia, primeiro, da direção do clube, que não resolve carências que estão se tornando eternas no elenco, como a falta de um lateral direito em boas condições e de um homem de criação. Aquisições, só jogadores em fim de contrato, que estejam se recuperando no Reffis, refugos ou nomes de baixo custo apenas para compor elenco (nos “reforços”, entra a parte da enganação). E, nas raras ocasiões em que busca nomes de peso, a diretoria são-paulina o faz sempre na bacia das almas, em cima da hora, acreditando que o “efeito Amoroso”, de 2005, vai se repetir – vide Fernandão e Ricardo Oliveira, ótimos, mas que chegaram tarde demais. Nada de ousadia. Sim, Juvenal, no futebol, é preciso!

A comissão técnica, comandada por Ricardo Gomes, que hoje foi demitido, não conseguiu emplacar um time titular. Tentou implantar um “sistema diferente” em 2009, sem sucesso. No início, parecia que a equipe jogaria mais com a bola no chão, mas, em momentos fatídicos, sempre voltava ao esquema dos chuveirinhos, ao jeitão Muricy Ramalho. A diferença é que o atual técnico do Fluminense sabe fazer funcionar o estilo, pois treina exaustivamente esse tipo de jogada. RG também cantou aos quatro ventos que jogaria no 4-4 -2, mas nunca fixou essa alternativa, invariavelmente, retomando o 3-5-2. A covardia mostrada em Porto Alegre foi de lascar para um time com a tradição do São Paulo e, ontem, apesar da vitória, o time continuou “correndo errado”, torto e fez dois gols somente em falhas grotescas da defesa adversária. De resto, criou o quê? Talvez, tenha se instalado estado de espírito semelhante ao que afundou a seleção pré- olímpica, em 2004.

Sobre a indolência, vagabundice até, fica por conta de alguns jogadores. Dagoberto é um exemplo bem acabado disso. Pensa que é craque e não tem inteligência para dar um passe de 5 metros. Dificilmente sabe o que fazer no momento de definir as jogadas e, crendo ter um enorme talento, não procura aperfeiçoar-se. Como ele, há outros. Cicinho, que foi um fiasco, Cléber Santana, idem, e mais. Enfim, jogadores que se encheram de ganhar dinheiro e estão acomodados e preguiçosos.

Resultado? Além da eliminação em si, quinta seguida em Libertadores, viramos saco de pancadas de rivais compatriotas, pois todas as derrotas foram para times brasileiros, Inter, Grêmio, Fluminense, Cruzeiro e Inter de novo. De algozes, até 2005, passamos a fregueses. E, em concordância plena com a Thalita – sobre a atitude do Rogério também concordo – com a história de Copa do Mundo e Morumbi, podemos esperar muito desgosto em campo.

PS: onde está a tão propalada base do Tricolor, com a parafernália do CT de Cotia? Até agora, parece um elefante branco, pois mesmo que de lá tenha saído o time campeão da última Copa São Paulo – que não tem a relevância de outros tempos, é bom seja dito – não conseguiu produzir um nome de destaque desde a revelação de Breno.

Equilíbrio no primeiro debate

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POR LUISINHO BASSOLI*

O primeiro encontro entre os presidenciáveis mais bem colocados nas pesquisas eleitorais, transmitido ontem pela Band, foi marcado pelo equilíbrio. Dilma Rousseff demonstrou certo nervosismo, compreensível por ser seu primeiro debate e por estar no foco das atenções, ainda sob o impacto da pesquisa CNT/Sensus, divulgada horas antes, na qual aparece dez pontos à frente de Serra. Saiu-se bem, respondeu às perguntas, evitou usar o palavreado excessivamente técnico que a caracteriza – e que era a principal preocupação dos seus assessores –, sem deixar de apresentar dados e estatísticas. Buscou colar sua imagem à de Lula ao resumir que seu projeto é dar sequência ao atual governo.

"Modesto", Plínio de Arruda Sampaio afirmou se tratar de um dos grandes nomes da política brasileira. É, pessoalmente, uma reserva moral, detentor de sabedoria ímpar. Seu ponto fraco é seu partido, o pequeno PSol, cuja postura isolacionista inviabiliza qualquer prática de governo. Plínio prega o sonho, o ideal socialista, é impossível discordar de sua teoria. Porém, a responsabilidade nos obriga a lutar pelo possível, ainda mais quando vemos que as mudanças estão em curso. Cabe lembrar que Plínio tem a mesma origem de Dilma, foi candidato ao governo de São Paulo e deputado federal pelo PT até se juntar a outros dissidentes para fundar o PSol.

José Serra aparentou ser a pessoa certa na hora errada. O grupo político que lhe dá sustentação é por demais conservador, reacionário, e impõe uma agenda atrasada tanto em relação à economia quanto às políticas sociais. O tucano abordou temas de gestão pública, mas falta-lhe, contudo, uma marca definitiva, um projeto que o identifique. Serra não conseguiu sair da encruzilhada em que se meteu: poupou o presidente Lula sem assumir que seu governo é bom – se escolhesse por se opor ao presidente, iria desagradar à esmagadora maioria dos eleitores que o aprova; se optasse por elogiá-lo, acabaria credenciando sua rival Dilma. Na mesma esteira, tentou manter equidistância do ex-presidente FHC, nem defendeu nem criticou seu governo, e essa dubiedade não passou despercebida, refletiu a notória indecisão tucana.

Marina Silva foi previsível, não decepcionou, é certo, só que não conseguiu empolgar os espectadores. Confirmou que tem boa vontade, explorou bem o assunto meio ambiente, lema principal de sua campanha, e abordou com lucidez os espinhosos temas econômicos e administrativos. Seu bom desempenho, todavia, não foi suficiente para consolidá-la como a melhor candidata, na medida em que não tem uma base política forte o bastante para garantir que consiga governar. Assim como Plínio de Arruda Sampaio, Marina Silva construiu sua carreira no PT. Agora, sozinha em seu PV – partido que fará uma bancada ínfima de deputados e nenhum senador –, a ecologista não passou a sensação de segurança necessária para ocupar o mais alto cargo da nação. Teve o mérito de incluir a questão ambiental na pauta, como nunca havia sido feito.

Entre alguns momentos de tensão, prevaleceu a cordialidade. Um exercício de democracia, todos tiveram a oportunidade de expor suas candidaturas. Nada que pudesse alterar o quadro que vem se desenhando, nenhuma novidade sobre o que já está sendo discutido publicamente há tempos, em entrevistas, encontros, plenárias, comícios. A eleição segue com seu caráter plebiscitário, isto é, quem aprova o governo Lula e quer sua continuação, votará em Dilma.

*Luís José Bassoli é advogado, faz pós-graduação em Globalização e Cultura, dá aulas de Geopolítica no Colégio Objetivo e é presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB em Taquaritinga (SP); na política, foi presidente do Diretório do PT naquele simpático município; no futebol, é sãopaulino roxo e cateano (sofredor pelo Clube Atlético Taquaritinga). Bebe muito uísque, "of course".

Uma tal defesa da "cultura paulista"...

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(Preparem o estômago, que o prato é indigesto)

Cidades grandes e ricas atraem mão-de-obra de todos os níveis. Isso acontece em Londres, Tóquio, Nova Iorque, Dubai, Mumbai, Joanesburgo e, claro, São Paulo. A mão-de-obra precisa da cidade e a cidade precisa desses trabalhadores. Esse é um movimento tão óbvio e tão auto-explicativo que às vezes parece que não precisa mais explicar. Quem passou pela escola e aprendeu alguma coisa sabe que é assim. Quem vive uma vida de trabalho duro também sabe.

Mas parece que isso não é tão fácil de entender, pelo menos de acordo com um grupo de jovens paulistas - são cerca de 600 no Estado, 100 na capital. Para eles, migrante, aqui, não deveria ter vez. O manifesto "São Paulo para os paulistas" (eu já falei sobre preparar o estômago? É sério) aborda a migração de pessoas de outras partes do país para cá, defendendo a ideia de que a 'cultura' paulista estaria se perdendo num mar de, digamos assim, nordestinidade. Aqui, entrevista que o Terra Magazine fez com um dos integrantes do movimento.

O manifesto se esquece que, para que uma economia cresça, é preciso de gente para trabalhar e para consumir, e desce a lenha nos migrantes. Apesar da tentativa que o movimento faz em convencer (aos leitores? a eles próprios?) que eles se dirigem a todos os migrantes, o foco nos nordestinos é claro. Para esses jovens, os migrantes, se quiserem vir, devem entrar mudos e sair (sair, principalmente sair!) calados, como demonstra este trecho: "Fique esclarecido que os migrantes são os visitantes. E os paulistas são os “donos-da-casa”. E não o inverso, como pensam e agem. Assim ambos devem portar-se como tal".

Os autores deixam de fora tanto conceito básico que dá até preguiça. Um deles é o fato de que São Paulo não existe enquanto povo único. Somos uma mistura de várias regiões do país e de várias nacionalidades. Eu, que se quisesse passaria com louvor em algum tipo de "matrícula" no movimento, branca que sou, tenho família que está aqui há 3 gerações, pelo lado da minha mãe, e apenas uma geração, pelo lado do meu pai. Essas famílias trouxeram sua cultura, seu modo de ser, sua comida e tudo o mais para cá no século XX mesmo, nem faz tanto tempo. Durante todo esse século, o estado de São Paulo foi sendo moldado por pessoas que vieram de fora. Em 1872, a cidade de São Paulo contava com apenas 30 mil habitantes. Tudo isso para dizer: não existe uma "cultura paulista" eugênica como querem os "manifestantes".

Mas suponhamos que São Paulo fosse mesmo uma entidade una, que tivéssemos todos uma cultura muito específica e homogênea. E daí? Fazemos parte de um país que tem entre seus princípios fundamentais a liberdade de ir e vir. E esse princípio não está aí de graça, ele tem fundamentos que o justificam. Não é essa, porém, a visão do movimento. Eles reivindicam que "torne-se crime no Estado de São Paulo, a invasão e loteamento de terrenos ou prédios - públicos ou privados". A justificativa? "São Paulo não foi buscá-los em sua origem. Portanto, não tem obrigação de sofrer suas práticas".

E, apesar de os autores afirmarem que estão apenas (!) preocupados com a dita "cultura paulista", não falta reclamação sobre o fato de que São Paulo contribui com mais impostos para o Brasil, sem que haja retorno desse dinheiro, como neste trecho: "Com os valores tomados de S Paulo pelo Brasil, daria para construir 9 rodoaneis por ano. S Paulo paga menos a seus policiais e professores do que os estados que tomam os recursos de SP". Mais uma vez, do começo. Imposto é (deveria ser) uma forma de distribuição de renda. Quem ganha mais paga mais, para que quem ganha menos tenha acesso a serviços básicos. Simples assim. Que existam distorções, não duvido. No Brasil, pobres pagam proporcionalmente mais que ricos, como explica o mestre em Finanças Públicas Amir Khair, em matéria da Revista Fórum: "Quem ganha menos de 2 salários mínimos paga 49% de seus rendimentos em tributos, enquanto o percentual não passa de 26% para quem ganha mais de 20 salários mínimos". Isso sim é distorção. O estado com mais atividade econômica do Brasil contribuir mais é apenas o óbvio.

O documento contém mais e mais barbaridades, mas que seria inútil considerar aqui. Discutir contra o preconceito é algo sério...

São Paulo vence com justiça, mas classificação não vem

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Não foi traumático como em 2008, mas também não foi fácil. O São Paulo venceu o Internacional por 2 a 1 ontem, no Morumbi, mas não levou a vaga na final - e, por tabela, no Mundial - por conta do gol sofrido em casa. Isso, claro, quem diz é a matemática. Quem assistiu aos jogos sabe que o São Paulo perdeu a classificação no jogo covarde que fez no Beira-Rio. A postura extremamente defensiva não deu apenas a vitória ao Inter, afinal, o time poderia ter perdido se tivesse se lançado ao ataque também; deu a moral que os qualquer adversário precisa pra se achar favorito.

Mas o que dá mais raiva não é a desclassificação em si. Eu não tinha muitas esperanças nesse time. Depois do jogo no Sul, então, as chances pareciam nulas. O futebol que o São Paulo mostrou depois da Copa foi tão desalentador que eu achava mesmo que merecia perder, afinal, o time parecia ruim!

Só que o time não é ruim. O problema do São Paulo é de outra ordem, que só me resta especular. Mas a equipe tem qualidade para jogar muito melhor do que vem fazendo. O jogo de ontem foi só uma amostra. A começar pela escalação, ofensiva e corajosa. Dois zagueiros apenas, dois volantes - sendo que um deles é o Hernanes - e três homens de frente, com o Fernandão voltando pra buscar jogo. Dessa forma, o time reteu a posse de bola sem muito sofrimento, de uma maneira completamente diferente da que eu vi na semana passada. Dessa vez, não sofremos ataque de pequenice. O problema é que o Internacional - óbvio - não fez o mesmo papelão que o São Paulo protagonizou por lá, e a coragem da noite passada não foi o suficiente para reverter a covardia do jogo de ida.

A nota irritante do jogo foi o papelão que o Rogério Ceni fez nos dois últimos minutos de jogo. Numa cobrança de escanteio - que poderia sera última - o goleiro foi para área tentar alguma coisa. Até aí normal. O vergonhoso foi a acintosa tentativa de impedir o goleiro Renan de se mover. O juiz o advertiu antes da bola sair, e o capitão continuou atrapalhando o adversário. Essa brincadeira tomou os últimos minutos de ataque do São Paulo. O escanteio foi cobrado, o árbitro marcou falta do RC no Renan e o jogo acabou. Não quero dizer que ia sair gol no lance, mas o time podia ter saído sem o papelão.



Eu não sei se engrosso o coro Fora RG. Não sei se o problema do time é realmente o técnico. Acho que o buraco é mais embaixo e trocar o Ricardo Gomes por qualquer outro não mudaria muita coisa. A diretoria do São Paulo está muito mais preocupada com o Morumbi na Copa do que com o time. Nós, são-paulinos, já vimos esse filme antes, e ele trouxe 10 anos de amargura. Por esse ângulo, chegar na semifinal da Libertadores não está tão mal.

quinta-feira, agosto 05, 2010

A manchete é a que convém

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Saiu a última pesquisa CNT/Sensus. Pelos manuais de jornalismo, a notícia é que Dilma abriu dez pontos de vantagem sobre Serra: 41,6% e contra 31,6% do tucano e 8,5% de Marina Silva (PV). Poderia ser destaque ainda o fato de que a eleição estaria perto de ser decidida no primeiro turno com esses números. Mas a Folha achou por bem tascar a manchete abaixo em sua seção Eleições 2010.



Santos, um campeão para a História

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E o Santos ontem conseguiu um feito até então inédito na sua mais que vitoriosa trajetória, ganhando o primeiro título da Copa do Brasil. Na soma das duas partidas finais da competição, o melhor time do país do primeiro semestre mostrou superioridade diante do rival baiano e só houve alguma emoção na segunda partida pela enorme quantidade de gols perdidos no duelo da Vila Belmiro. Mesmo na derrota de ontem, a equipe perdeu oportunidades, assim como o Vitória, e o goleiro Viáfara fez uma das mais impressionantes defesas do ano em finalização de Paulo Henrique Ganso.

Amados e odiados, os meninos da Vila serão lembrados. Não é daqueles times que são campeões e, depois de algum tempo, o torcedor tem dificuldades para lembrar dois ou três titulares. Uns vão dizer no futuro que já viam, naquela época, que "fulano era craque"; outros dirão que desde então sabiam que "beltrano era mascarado".

Não importa. Este o time que mais gols fez em uma edição da Copa do Brasil. São 39 tentos em 11 jogos, que emplacou goleadas humilhantes com o 10 a 0 no Naviraiense e um 8 a 1 no Guarani, que em duas partidas fez cinco gols no Galo do pouco saudoso "profexô" e seis no "copeiro" Grêmio.

É ainda a equipe campeã com menor média de idade, 22,8 anos, o que explica um pouco as oscilações, as dancinhas e as brincadeiras amplificadas pela mídia esportiva sem notícia, mas que também pode justificar a olúpia ofensiva que encantou muitos ao longo do ano. Quando foi preciso, havia um Robinho muito mais maduro do que a imprensa pintava e do que os adversários desejavam, além de um Ganso forjado nas batalhas do campo, consciente como um veterano.

Por tudo isso, esse Santos é um campeão histórico. E ao longo de seus mais de 98 anos o Peixe tem sido assim. Hoje, junto com o Palmeiras, é o clube que ganhou todos os títulos (de primeira divisão) de competições nacionais já disputadas pelas bandas de cá: Taça Brasil, Roberto Gomes Pedrosa, Campeonato Brasileiro e Copa do Brasil.

O único time de bairro do mundo que é campeão mundial, como brinca José Roberto Torero. Não nasceu em uma capital, mas em uma cidade que hoje nem tem 500 mil habitantes, o que já demonstrava a uma quase impossibilidade de se tornar grande. Mas o que são impossibilidades para quem contou com jogadores verdadeiramente mágicos ao longo do tempo? Que encantavam e amealhavam fãs mesmo quando não ganhavam títulos, como o primeiro ataque dos cem gols do futebol brasileiro nos anos 20 que embasbacavam os rivais nos anos 60 ou que faziam sonhar como algumas formações do século 21?

É hora de comemorar, santistas! Mais um capítulo da nossa história foi escrito, com gols, grandes lances e encantamento. Sempre foi assim.






Atualização (12:30) - Vejam no vídeo abaixo o assistente (Altemir Hausmann ou Érico Bandeira, alguém pode ajudar?) indo falar qualquer coisa pouco abonadora para jogadores do Santos que estão comemorando. Por sinal, é o mesmo que marcou um impedimento inexistente de Robinho em um lance de perigo do Santos. Fica a pergunta: um jogador, por desequilíbrio semelhante, pode tomar vermelho mesmo depois de a partida ter terminado, e esse cidadão? Aliás, pode-se confiar na imparcialidade de alguém que age assim? Com a palavra, os "donos" da arbitragem tupiniquim...

quarta-feira, agosto 04, 2010

Bar manguaça busca igualdade na Inglaterra

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Por Moriti Neto


É sabido que a resistência peculiar de cada manguaça permite aos vários organismos reações diferentes no ato de experimentos etílicos. Contudo, na Inglaterra, um bar busca o equilíbrio de forças, tentando proporcionar sensações semelhantes para bebuns com mais ou menos capacidade de absorção e retenção alcoólica (entenda-se por ou mais ou menos esponjas).

No Crooked House (Casa Torta) clientes que entornem quantidades consideravelmente diferentes podem sentir, pelo menos quanto a ficar “pensos”, por efeitos parecidos. Como sugere o nome, o bar possui arquitetura que desnorteia a todos, independentemente do “grau” dos ébrios.
  
Construído em 1785, o boteco fica na cidade de Staffordshire, na região central da Inglaterra. Alguns anos depois, a exploração de minério fez com que o terreno afundasse, pendendo a construção para o lado, mais ou menos como na Torre de Pisa. Uma ponta do casarão é mais alta que a outra em 1,2 metro. Já tentaram consertar, mas os manguaças locais não gostaram e, carinhosamente, apelidaram de o “pub mais bêbado do Reino Unido”. Por lá, os copos vivem caindo pelas mesas e os bebuns no chão. Quando não há “deslizes”, os pinguços chamam os garçons para avisar sobre “fenômenos estranhos que ocorrem no interior do lugar”.

De acordo com o proprietário, Sonny Mann, o bar é seguro e não corre risco de cair. Segundo ele, há algumas rachaduras nas paredes, mas técnicos analisaram e concluíram que não existe perigo. Ainda assim, os fregueses mais experientes aconselham a não tentar fazer manobras ousadas para testar a sobriedade por lá. E, mesmo que o façam do lado de fora, é prudente não olhar para a fachada, pois os reflexos orgânicos podem não ser dos melhores.

Enfim, seria uma tentativa para buscar a igualdade de sensações entre os pinguços? Caberia a iniciativa como proposta do Manguaça Cidadão?    

Animais empalhados e teor alcoólico polemizam cerveja escocesa

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Por Moriti Neto



Esta vem da Europa e deve mexer com os manguaças, principalmente os mais engajados em causas ambientais ou os chegados em experiências etílicas exóticas e, literalmente, de alto grau. Na Escócia, uma cerveja servida em garrafas feitas com animais empalhados gerou tremenda celeuma nos últimos dias. Isso mesmo: os receptáculos que engarrafam a gelada são corpos de bichos, entre eles, são usados sete mustelídeos, quatro esquilos e uma lebre.

Outra curiosidade é que a "The End of History" (o Francis Fukuyama tá nessa?) nome da dita cuja, produzida na cidade de Fraserburgh pela cervejaria BrewDog, possui teor alcoólico de 55% - uma cerveja comum tem de 4% a 7% . A bebida chega ser mais forte do que um uísque e custa cerca de 500 libras (R$1.350) por unidade.

Para enfrentar as críticas sobre o uso dos animais como "embalagens", os proprietários da cervejaria alegam que todos morreram de "causas naturais" e “não foram caçados”. No entanto, duas entidades escocesas já se manifestaram contra a BrewDog: uma de proteção de animais e outra contra o alcoolismo.

Em entrevistas recentes, um dos fundadores da BrewDog, James Watt, diz que o objetivo é criar uma bebida alternativa às cervejas tradicionais de grandes corporações, o que elevaria o status da cerveja na cultura do país.

Independentemente da causa mortis dos animaizinhos: alguém encara?       

Chivas na final

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Ziquei a Universidad do Chile. Foi só eu falar que a La U saía na frente, que não seria dessa vez que um time brasileiro seria beneficiado com a classificação prévia para o Mundial de Clubes que o Chivas Guadalajara resolveu jogar muita bola, desbancou os chilenos em plena Santiago e assim deixou Inter ou São Paulo matematicamente classificados para o torneio intercontinental.

O Chivas fez 2x0 na Universidad, em um jogo interessante e bem movimentado. O primeiro tempo registrou de tudo - um frangaço do goleiro Miguel Pinto (que, a despeito do lance bizarro, teve uma boa atuação ontem), duas bolas na trave por parte da equipe chilena, uma atuação monumental de Montillo (que acabou com o Flamengo nas quartas, e em breve desfilará seu talento aqui, jogando pelo Cruzeiro), e uma pressão da Universidad que acabou não resultando em gols. Os times desceram para o vestiário com o 1x0 favorecendo os mexicanos.


Veio a segunda etapa. Quando o clima estava tenso, os nervos à flor da pele, toda aquela tensão no ar, eis que nada menos do que um simpático cachorro invade o campo. O "simpático" não é só figura de linguagem: o vira-lata preto e branco era bonzinho mesmo, a ponto de ser facilmente capturado e ainda receber alguns carinhos dos atletas que dele estavam próximos. O cachorro de ontem fez lembrar uma façanha que um animal de sua espécie fez 48 anos atrás, quando invadiu o campo no Brasil x Inglaterra da Copa de 1962 - disputada também no Chile. Coincidência?

Passada a euforia canina, o Chivas mostrou mais qualidade e neutralizou a pressão que a Universidad impôs na primeira etapa. E aos nove minutos ampliou o marcador, com Magallón. A partir daí, soube cadenciar bem o jogo, freou os ímpetos chilenos e garantiu sua vaga na decisão da Libertadores - de quebra, colocando um brasileiro no Mundial de Clubes.

É a segunda vez que um time do México chega na final da maior competição sul-americana. A primeira foi em 2001, quando o Cruz Azul decidiu (e perdeu) o título com o Boca Juniors.




Atualizando
Só agora me dei conta de uma coisa: o Chivas, que está próximo do título da Libertadores e que indiretamente já colocou um brasileiro no Mundial de Clubes, só está jogando a edição atual do torneio por causa da confusão da gripe H1N1 no ano passado. Lembram da história?

Relembrando, o que aconteceu foi o seguinte: quando o mundo estava assustado com a questão da gripe suína, e o México se mostrava como o principal local da doença, ficou uma dúvida no ar sobre como se daria a continuidade da Libertadores, já que Chivas e San Luis, ambos da terra de Ramón Valdez, disputariam as oitavas-de-final.

Algumas equipes de outros países se recusavam a jogar no México, por temerem o contágio. Então o que foi decidido foi o seguinte: Chivas e San Luis deixariam a Libertadores 2009 e se classificariam, automaticamente, para as oitavas-de-final da edição 2010.

Decisão estranha, muito contestada, e que agora mostra seus efeitos práticos.

terça-feira, agosto 03, 2010

Som na caixa, manguaça! - Volume 57

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VIVA O CHOPP ESCURO
(Ronnie Von)

Ronnie Von

Eu não quero saber quem sou
Enquanto o mundo gira eu vou
Não me importa saber da dor
Por onde ando vejo amor

Eu grito hey, hey, hey
Eu grito hey, hey, hey
Eu grito hey, hey, hey

Viva o sol e o mar, eu digo
Viva o azul e o verde, eu penso
Viva o chopp escuro no calor!

Vamos todos viver a vida
Pois ela acaba na avenida
A verdade está no céu aberto
E a felicidade tão perto

Eu grito hey, hey, hey
Eu grito hey, hey, hey
Eu grito hey, hey, hey

Viva o sol e o mar, eu digo
Viva o azul e o verde, eu penso
Viva o chopp escuro no calor!

Eu não quero saber quem sou
Enquanto o mundo gira eu vou
Não me importa saber da dor
Por onde ando vejo amor

(Do LP "A máquina voadora", Polydor, 1970)

'Gravo bebendo cerveja, pra voz ficar rouca'

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Zeca Pagodinho acaba de finalizar "Vida da Minha Vida", seu próximo disco. E revela: "Eu gravo bebendo cerveja, pra voz ficar rouca. Se a voz sair muito certinha, ninguém vai acreditar que é o Zeca Pagodinho cantando". Uma das faixas do novo CD é "Orgulho do Vovô", única assinada por Pagodinho (em parceria com Arlindo Cruz), e dedicada ao seu neto, recém-nascido. "Meu compadre Arlindo foi ver o meu neto. Nós nos embriagamos mais uma vez, fizemos essa música e nem o menino ele viu. Esqueceu. Depois disso, me ligou: 'Zeca, precisamos marcar outra cerveja pra eu conhecer a criança'."

segunda-feira, agosto 02, 2010

No São Paulo, é hora de espantar a preguiça

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Por Moriti Neto


O Tricolor paulista deu um sopro de esperança à torcida após a vitória sobre o Ceará, por 2 x 1, sábado, no Morumbi. Não tanto pelo resultado, primeira vitória desde a Copa do Mundo, mas por jogar mais ofensivamente, ao contrário da contida e “humilde” atuação diante do Internacional, pela Copa Libertadores, na quarta-feira passada, mas porque o time jogou mais solto, com melhor saída de bola. Isso, a partir da formação de meio campo com Cléber Santana e Hernanes, o que contribuiu na melhoria do passe e, consequentemente, na transição da defesa ao ataque.



A etapa inicial não foi um primor – o que não é novidade, já que a equipe só fez dois grandes jogos no ano, contra o Cruzeiro, nas quartas de finais da Libertadores – mas mostrou o time trabalhando a bola, tomando as rédeas da partida. Gols, no entanto, só saíram na segunda etapa, apenas depois que Ricardo Gomes colocou os poupados Fernandão e Dagoberto em campo e desfez o esquema com três zagueiros (forçado por uma contusão de Xandão, é fato).  Coincidência ou não, vieram duas bolas na rede em dois minutos.
Fernandão, aos 21, de cabeça, e Ricardo Oliveira, em boa arrancada concluída com toque de classe para encobrir o goleiro, após lançamento de Dagoberto, abriram 2 x 0. E o São Paulo poderia ter ampliado, não fossem as chances perdidas e o recuo, no fim, logo que o Ceará, aos 39, com Eric Flores, diminuiu.

Esquema ideal?

Não haverá nenhuma revolução tática no Tricolor Paulista até o jogo decisivo desta quinta, de novo contra o Inter, que decidirá, além do destino do clube na Libertadores, também o futuro da comissão técnica e de muitos jogadores pelos lados do Morumbi. O que fica evidente é o já antes tão óbvio: o São Paulo só vence se mudar de atitude, de postura.

A estas alturas, depois de uma temporada ruim, com atuações de medianas para baixo, sofríveis no Paulista e até as oitavas de final da Copa Libertadores, com dois jogos de exceção nas quartas, não é possível falar de um sistema de jogo sólido no São Paulo. Não chegamos, em agosto, sequer a um time titular. O “esquema”, agora, é escalar os jogadores com mais recursos técnicos e que tenham personalidade para encarar responsabilidades. Desde que eles apresentem, claro, alguma liga. E, nesse sentido, parece que os acontecimentos deram uma mãozinha.

Fora a chegada de Ricardo Oliveira, que se titular ao lado de Dagoberto obrigará a escalação de Fernandão na meia, onde já jogou muito, o canhoto Richarlysson está fora por contusão. Isso acaba com a história de mudar o posicionamento de Alex Silva e Miranda. Mesmo com a fórmula de três zagueiros, Xandão joga na sobra e permite que os dois atuem pelos lados em que rendem melhor, direito e esquerdo, respectivamente. De resto, os problemas crônicos continuarão, como a falta de um especialista na lateral direita.

Faltam três dias. E o que não foi feito em oito meses, pela comissão técnica, sim, mas, principalmente por um monte de jogadores preguiçosos, poderá somente ser resolvido na individualidade e com a abolição da indolência.

Visão Corintiana: Timão empata em jogo amarrado

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O Corinthians empatou com o Palmeiras num jogo com alguns bons momentos, mas em que as duas equipes pecaram pela falta de ousadia. Como o lado palmeirense foi debatido com mais detalhes pelo companheiro Anselmo, foco no Timão.

Adilson Batista, em sua estreia, mudou um pouco e esquema de jogo do time. Utilizou o meio de campo em losango que usou no Cruzeiro. Lá, eram Fabrício mais recuado, Marquinhos Paraná mais pela direita, Ramires mais pela esquerda. Aqui, foram Ralph na proteção da zaga, Elias pela direita, Jucilei do outro lado. Bruno César ficou mais livre e centralizado para armar os ataques.

Funcionou no começo, e o time dominou as ações e acuou o Palmeiras. Isso culminou com a bela jogada do gol de Jorge Henrique. Começou com toque de calcanhar de Bruno César e terminou com gol de letra. Sim, estava impedido, isso não questiono. Mas que foi bonito, foi.

Aqui creio que terminam minhas concordâncias com o Anselmo em termos de arbitragem. Paulo César foi mal na partida, com vários erros dos dois lados. Mas acho que o pênalti de Jucilei pedido pelo nobre parmerista (como dizia meu avô) foi mais um desses agarra-agarra de área. Ou pelo menos acho que o juiz poderia interpretar assim, como de fato interpretou.

E se á pra falar de pênaltis não marcados, os alvinegros podem reclamar de dois, ambos do lateral Armero. O moço entrou em campo com vontade de jogar vôlei e botou a mão da bola em duas oportunidades. Uma num cruzamento, em que subiu tal qual o Ken de Street Fighter num legítimo “roiuguen” (era assim que a gente chamava). Na outra, cortou um passe de Elias.

Voltando para o que realmente interessa, depois do gol, o Corinthians cometeu mais uma vez seu pecado mais comum: recuou demais. Meu tio Benedito, o Ditão, com quem vi a partida, disse que é assim mesmo, que o adversário pressiona e que não tem jeito de não recuar. Como ele fala com a autoridade de jogador e técnico de times de bairro lá em Mauá, diminuo o tom de minhas críticas.

Mas nessa, Ralph vacilou numa linha de impedimento e saiu o gol do Palmeiras. Júlio César, diga-se, fez bela defesa na cabeçada.

Diga-se também que a jogada foi pela direita do ataque de verde, onde o treinador mosqueteiro escalou o zagueiro Leandro Castan, por conta da suspensão de Roberto Carlos. Ficamos sem saída de bola por ali e com marcação falha, já que Castan é muito lento para a função. Seria melhor ter colocado o garoto Dodô, especialista na função.

Outro erro de Adilson ocorrei nas trocas no segundo tempo. O Palmeiras havia encontrado um jeito de marcar Bruno César e o camisa 10 não conseguia se desvencilhar. Adilson, então, colocou Defederico no aquecimento. Achei que ia mexer em dois problemas, sacando Leandro Castan, deslocando Ralph ou Jucilei para a lateral e colocando o argentino para ajudar a criação. Mas o professor (chamado “Pardal” em sua passagem pr Minas) tirou Bruno César. O baixinho Matias ficou ainda mais espremido pelos volantes e pouco fez.

Ainda bem que Felipão decidiu colaborar com o empate e sacou Lincon, cabeça pensante do time palmeirense. O Corinthians ainda melhorou e pressionou no fim, muito por conta da boa atuação de Jucilei, que passou a jogar meio que como um ala pela esquerda. O problema aí é que a maioria das jogadas terminava em cruzamentos para a área – com Jorge Henrique, Defederico e Iarley no ataque. Souza só entrou aos 40 minutos, mas aí já tínhamos um empate meia boca.

Ficou claro que Roberto Carlos faz muita falta ao time. Dentinho também teria ajudado bastante. O ataque sente muita falta de um centroavante, alguém para incomodar permanentemente a zaga. Imaginem o time do Palmeiras sem Kleber para ver do que estou falando. Com Ronaldo eternamente quebrado, temos Souza – e isso é um problema. Mas acho que não tem jeito, tem que ser ele.

Não gostei muito da estreia de Adilson. Errou na escalação de Leandro Castan, mas muito por carência do elenco. Mas gostaria muito de uma explicação sobre a substituição de Bruno César. Claro que com o tempo ele vai colocar sua cara no time, coisa e tal, e ainda tenho esperança de que é possível sair um bom trabalho. Espero não perder muitos pontos até lá.

Sorte? Azar? Não, futebol.

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O Galo foi melhor na maior parte do tempo do jogo ontem contra o Cruzeiro. Com menos de 5 minutos Diego Souza já tinha tropeçado nas pernas sozinho na frente do gol.


Tardelli perde pelo menos três chances que não costuma errar.

Fábio fez a diferença com inúmeras defesas.

Wellington Paulista acerta um chute maravilhoso da intermediária, a bola vai no ângulo, bate na trave e entra.

Zagueiro do Cruzeiro é expulso faltando 1o

Reclamar de azar do Galo, não adianta nada. Faltou competência para fazer o gol e o Atlético ficará mais alguns meses com essa derrota para o maior rival nas estatísticas.

Pior ainda porque havia apenas uma torcida no estádio, a do próprio Galo sofrendo.

E para "ajudar", jogadores do Galo discutindo entre si no meio da partida. Tardelli, como capitão e depois de ter perdido três gols. Foi culpar a defesa depois do gol e tomou um cala-boca dos zagueiros. Prova de que os nervos estão à flor da pele.

domingo, agosto 01, 2010

Com gol impedido, Corinthians empata com Palmeiras

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Foi 1 a 1 o jogo entre Palmeiras e Corinthians neste domingo, 1º, no Pacaembu. A maioria de palmeirenses que ocupava as arquibancadas viu chances razoáveis de gol e contra-ataques aos montes. O tento corintiano foi marcado em posição de impedimento e um pênalti para o Palmeiras, cometido pelo recém-convocado Jucilei não foi assinalado. O empate alviverde aconteceu em um lance difícil, em que Kléber e Edinho estavam na mesma linha da zaga adversária e da bola em dois lances seguidos, o que deu trabalho para o auxiliar.

Os comentários corintianos sobre o jogo estão aqui.

Na lista de lances polêmicos, ainda teve uma cortada de Armero dentro da área defensiva, em cobrança de escanteio, quando o placar ainda estava inalterado. Apesar das broncas, os times poderiam ter feito mais pela vitória. Para ser direto: faltou pontaria (ou outro atacante que não o Ewerthon) e um pouco mais de poder criativo para vencer. Mas levar os três pontos foi uma possibilidade que não esteve tão distante assim.

O Palmeiras foi melhor por boa parte do jogo. Na maior parte, aparentemente. Mas no começo do jogo, quem dominava era o alvinegro. E estava bem melhor. Na estreia de Adilson Batista como técnico, a troca de passes ensaiada nos tempos de Mano Menezes funcionou bem.



Aos 21, Jorge Henrique recebeu de Bruno, em contra-ataque rápido puxado por Iarley, e fez o gol. Quando o atacante corintiano recebeu a bola, ele estava à frente da zaga, em posição ilegal. Um lance rápido e difícil em que o auxiliar estava dois passos atrás da jogada. Erro que acontece, mas prejudicou o time.

A equipe de Luiz Felipe Scolari melhorou pouco, porque precisava reagir. Conseguiu criar chances de algum perigo em cruzamentos e escanteios. Em um lance assim, aos 26 minutos, Jucilei segurou Ewerthon de forma acintosa. A arbitragem não viu, passou batido. Outro lance difícil e até raro de ser marcado.

Foi só aos 33 que veio o empate. Em dois lances difíceis mas em posição legal, Kléber cabeceou em cruzamento do zagueiro Danilo, em jogada de lateral-direito. O goleiro Julio Cesar defendeu e Edinho, que estava na mesma linha que o 30 alviverde, igualou o marcador.

A partir daí, o time de verde passou a dominar o jogo. O cenário manteve-se na volta do intervalo. Lincoln ia bem, mas se cansou. Aparentemente esse foi o motivo por que Felipão trocou o 99 por Tinga. O time piorou, deu mais espaços para o Corinthians. E passou a depender de arrancadas de Kléber, Vitor, Márcio Araújo...

As melhores chances pararam em Ewerthon, duas vezes mal posicionado (em impedimento) e uma em que nem tocou, nem chutou até ser desarmado.

Com o resultado, o Corinthians volta a ser segundo, deixando para o Fluminense a ponta. O Palmeiras subiu um postinho, ficando em 11º, lá embaixo.

A chegada de Valdívia deve demorar um pouco e ser mais útil no ataque do que no meio de campo. Talvez Felipão tenha de tirar um dos laterais para escalar Tinga, deslocando Márcio Araújo para a posição. Porque falta capacidade de criação e um meia só acaba sobrecarregado, mas Pierre e Edinho tem funções de marcação que dificilmente a zaga vai poder viver sem tanta proteção.

O time melhora. Mas podia e não venceu o Corinthians, o que poderia ser melhor.