Destaques

sábado, julho 11, 2009

Uma goleada para manter Jorginho por mais dois jogos

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Em casa, de goleada, a vitória sobre o Náutico garante a interinidade de Jorginho como técnico do Palmeiras por mais alguns jogos. Mesmo sem ser o preferido nem da diretoria, nem da maior parte da torcida. O time está na vice-liderança, pelo menos até o fim da rodada.

O frio, a chuva e o estado do gramado não se tornaram obstáculo. O primeiro gol foi aos 7 de jogo com Maurício, em cruzamento de Cleiton Xavier. Aos 28, veio o segundo, com Willians, que recebeu de Diego Souza. O Náutico diminuiu com Márcio Barros, em chute que desviou na zaga, aos 21 do segundo tempo. Aos 28 e aos 40, Armero e Pierre.



Assim como contra o Avaí, havia obrigação da vitória. E assim como no jogo anterior, a diferença de três gols indica que tudo está tranquilo, o que reduz a pressão sobre a diretoria depois do fim das negociações com Muricy Ramalho, após as expectativas da torcida terem sido tão estimuladas.

Na quarta-feira, 15, o alviverde vai ao Maracanã enfrentar o Flamengo com Jorginho no banco mas sem Obina. Apesar de não ter forçado o terceiro cartão amarelo, consta no contrato de empréstimo a impossibilidade de ele jogar contra o clube de origem sob pena de pagar multas.

Mesmo sem uma campanha estupenda, enfrentar o rubro-negro em casa não é fácil.

Bebendo ao redor da Terra e no fundo do oceano

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

A Guinness está completando 250 anos e, para comemorar, pretende fazer com que duas pessoas experimentem o sabor de sua cerveja em condições, no mínimo, inusitadas. Uma competição em 28 países (ainda não se sabe como será ou em quais lugares) apontará duas pessoas para 1) participar da primeira viagem espacial para passageiros e 2) descer nas águas mais profundas do oceano. Após um treinamento no Novo México, o primeiro ganhador fara um voo pela atmosfera da Terra a uma velocidade três vezes maior que a do som, acompanhado pelo milionário Sir Richard Branson's, que já pagou sua passagem. E o outro manguaca descerá nas águas profundas das ilhas Lofoten, na Noruega. Os felizardos serão conhecidos até o dia 24 de setembro, chamado de "Arthur's Day" para celebrar o nascimento do fundador da cervejaria irlandesa, Arthur Guinness. Alguém se habilita?

O Gordo como líder (não só de audiência)

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook


O Corinthians anda tão comentado, mas tão comentado, que parece que qualquer coisa que se diga a seu respeito já foi dito antes. Essa síndrome de tard venus (os que chegaram tarde demais), para usar uma expressão cara a Nietzsche, acaba nos condenando, a nós corintianos, às simples manifestações emotivas, seja na derrota (sai zica, já passou!), seja nas vitórias que agora se acumulam. Gritar "é campeão!" é sempre original, sempre único, sempre a primeira vez, não importa quantos milhões façam o mesmo, nunca é uma repetição de um gesto, é sim a refundação de um mito.

Mas, tirando esses momentos, parece difícil dizer algo que valha a pena em meio a tamanha saturação de informações. Resta-nos, talvez, a contra-informação, ou a contra-opinião, contra-análise. Quer dizer, dar um passo atrás, e gastar algum tempo observando a apressada circulação de um falatório sem fim, ressalvadas as dignas exceções. E a presença de Ronaldo agrava terrivelmente o quadro. Pois aí, além de tudo, tem a Globo rasgando elogios independente do que o Gordo faça.

Quando o Gordo de fato se mostra genial, aí haja paciência, como no último jogo contra o Fluminense. É tamanho bombardeio que nem dá vontade de comentar. O único que consegue dividir um pouco dos elogios é o Felipe. Afinal, são os dois que fazem milagre no Corinthians. Todo o restante, que é resultado de um excelente trabalho coletivo, com a liderança de Mano Menezes, um trabalho com foco, aparentemente sem (muita) ingerência da diretoria, passa como um detalhe ofuscado pelo principal: o Corinthians tem Ronaldo.

A parte isso, o que queria apontar é que parece que Ronaldo está mesmo querendo assumir o papel de líder do time. Isso significa que, além de falar mais besteira para a imprensa (há um custo a se pagar...), ele começa a chamar para si a responsabilidade não só na hora do gol, mas na condução do time durante o campeonato. A situação é interessante. Que eu me lembre, Ronaldo, mesmo na época em que foi eleito melhor jogador do mundo, nunca chegou a ser o líder natural de qualquer equipe. Nunca se cogitou dar a ele uma faixa de capitão. Sempre houve um Dunga, um Zidane ou um Rivaldo como referência de respeito em campo. Ronaldo sempre teve a verve de "fenômeno" mesmo, o moleque que irrompe com o inesperado, mas nunca foi visto como um homem, com maturidade para ser referência de estabilidade no time. Ronaldo começou a se equilibrar melhor com sua pança, e voltou a fazer jogadas geniais. Mas também está mais tranquilo na condição de cervejeiro, mais bem resolvido com seu "jeito de ser" (por assim dizer). Agora é observar a evolução dele no novo posto de cabeça da equipe.



De cara, ele acertou ao pedir ao time, logo depois da consquista do Tri da Copa do Brasil, que mantivesse a seriedade mas que jogasse "com mais alegria". E o que me impressiona é sua sensibilidade para aquilo que realmente falta hoje ao Corinthians. Caracterizado como um time "frio", o Timão joga com uma estabilidade impressionante – irritante para os adversários, não tenho dúvida –, mas falta vibração. E o que é o Timão sem vibração? Há aí um ganho, sem dúvida, que pode ser importante para fazer uma boa campanha no Brasileiro. O Corinthians é o time acostumado com os altos e baixos, com as decisões dramáticas, mesmo quando pareciam fáceis, com o estigma de que para nós "sempre é mais difícil". Se agora o time parece pender para o outro extremo, seus jogadores têm cara de Corinthians, e então é preciso dialeticamente encontrar um novo molho, com "tranquilidade e alegria", como quer Ronaldo, ou com uma inusitada síntese de "frieza e vibração". Isso sim dá jogo, e do bom.

Corinthians contra o povão

Será que os braços dados entre diretoria (que não paga ingresso) e torcidas organizadas (que não pagam ingresso) vão bastar para manter os ingressos absurdamente caros, tirando o sangue do torcedor comum e mantendo estádios sempre meio vazios? Por que será que a Globo transmitiu para São Paulo um jogo do Corinthians em pleno Pacaembu, quando estava acontecendo simultaneamente uma final de Libertadores? Mais gente em casa e Ronaldo em campo não seria uma situação ideal para certos interesses?

Resumindo, minha questão: o Corinthians vai ser o primeiro time brasileiro a expulsar o povão dos estádios, tal como aconteceu em outros países? Como a Inglaterra, mas lá as organizadas (violentas) também dançaram...

sexta-feira, julho 10, 2009

Nada de Muricy no Palmeiras

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

O Palmeiras desistiu de trazer Muricy Ramalho para comandar o time. O anúncio foi via Twitter do presidente do clube Luiz Gonzaga Belluzzo: "Torcida palmeirense: Infelizmente não chegamos a um acordo financeiro com o técnico Muricy Ramalho. Vamos atrás de outras opções. Abraços"

Para quem prometeu à "#torcida do #palmeiras, o anúncio do #técnico - seja quem for - vai sair primeiro aqui no twitter", é bem frustrante.

Outra hora vamos parar para comentar sobre o uso das novas tecnologias e a terceirização das comunicações dos clubes de futebol para empresas especializadas, o que significa mais receita.

Muricy devolveu, de um modo mais convencional, com uma nota para agradecer pelo "alto nível das negociações, profissionalismo e ética pela conduta das conversas".

As especulações voltam a explodir. E o movimento "Fica, Jorginho, ué" vai ganhando força. O "ué", inserido marotamente, mostra o teor e a convicção relacionada à proposta. Quem sabe funciona?

Mais futebol e política misturados

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Ainda sobre a tentativa do governador de São Paulo José Serra de desvincular dois dos temas centrais do Futepoca – futebol e política – as imagens que estão nos jornais de ontem e de hoje ajudam. Claro que

Foto: Ricardo Stuckert/Pr

"Preferia a camisa 1", pensou Obama. Melhor do que: "Bonita camisa Fernandinho. By the way, quem era Fernando?" Na quinta-feira, 9, a amarelinha da seleção foi para Barack Obama, presidente dos Estados Unidos, que prometeu revanche na próxima partida entre os Estados Unidos e Brasil nos gramados (não houve menção a medidas de retaliação cruzada)

Foto: Ciro_Fusco/G8website/Ansa

O mesmo presente, oferecido na quarta-feira, 8, aos líderes do G-5 que participam do G-8 formando, com o Egito, o G-14 (ops, melhor lincando, G-14), que não chega a G-20 (o anticrise) nem a G-20+ (o da OMC, pró-Doha). Quem sabe, um dia, chegue no chavão do G-4 (o do brasileirão)

Será que a gente ainda convence o governador?

quinta-feira, julho 09, 2009

Um novo estádio para a Copa

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Por Carlos Rizzo

Companheiros, a declaração de Ronaldo, afirmando que o presidente Lula vai passar o chapéu entre empresários para que o Corinthians consiga construir seu glorioso centro de treinamento, fez-me recordar a primeira vez que meu querido time da marginal iniciou uma campanha, nos anos 80, para a construção do sonhado estádio. Seria na zona leste, bem ao lado de um dos extremos da recém-inaugurada linha laranja do metrô que, posteriormente, recebeu o carinhoso nome de Corinthians-Itaquera (depois de morrer de ciúmes por mais de duas décadas, palmeirenses pressionaram e o governo Serra acatou o lobby para ampliar a denominação do outro ponto final da mesma linha para Palmeiras-Barra Funda). O projeto, um sonho de toda uma torcida vibrante e que comparece em massa nos campos alheios, nunca passou da fase das maquetes, uma mais estrambólica que outra.

Diante do fato que despertou a ira do governador Serra, a ponto de dizer que futebol e cachaça, ops, política não se discute, incluo uma nova proposta, mais radical, que talvez nem o gordo nem o presidente pensaram: a construção de um novo estádio, moderno e público, naquele mesmo local onde o sonho corintiano não se concretizou. Senhor presidente, nunca dantes na história do esporte paulistano esta cidade precisou tanto de um novo estádio como agora. Eleita para ser a sede de jogos da Copa de 2014 e diante da iminente decadência do estádio do Morumbi, São Paulo tem que mostrar sua capacidade e arrojo para garantir que a final da Copa do Mundo seja aqui – pois não dá para o Maracanã, responsável pela nossa mais vergonhosa derrota numa Copa, repetir o mesmo vexame. Seria o fim daquele belo estádio, monumento aquitetônico e cartão postal da cidade do Rio de Janeiro.

Por outro lado, São Paulo, que sempre cresceu desordenadamente e amontoou casas de jogos no eixo centro-oeste (Pacaembu, Morumbi nos respectivos bairros e Palestra Itália na Barra Funda) esqueceu das outras regiões da cidade. A Zona Leste é hoje, o bairro mais populoso do município. Sobre seu território vivem 4,5 milhões de corintianos, palmeirenses, são paulinos, santistas e uma série de outros torcedores e admiradores do nosso esporte, meus amigos futepoquenses. Não desmerecendo a Zona Sul, outra grande região (com menos da medate do moradores da ZL, e dona do festejado autódromo de Interlagos), aquele território desprestigiado pelos nossos arquitetos e urbanistas, abandonada pelos nossos governantes, e aonde se empurrou por muitos anos as necessárias obras de infraestrutura – que ainda fazem falta por lá – a Zona Leste pede há tempos uma grande obra que mexa com a estrutura urbana e social, uma intervenção de lazer que a torne referência em entretenimento – algo que o futebol consegue fazer muito bem.


quarta-feira, julho 08, 2009

José Serra faz ataque frontal ao Futepoca

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

O governador de São Paulo José Serra, talvez irritado com as críticas recebidas pelo Futepoca aqui (e aqui, aqui, aqui...) resolveu responder nos atacando de forma brutal. "Não tem nada a ver futebol com política", bradou o tucano em entrevista concedida em Genebra. Como disse o Fredi, só faltou complementar a frase dizendo que "só mesmo quem toma cachaça pra achar que política e futebol combinam". Um absurdo ataque à liberdade de expressão e uma moção de censura aos manguaças desse blogue.

O argumento do cabotino provável candidato à presidência em 2010 foi utilizado por conta de uma declaração de Ronaldo, o Gordo, aquele que faz as flores murcharem quando abre a boca. Desta feita, o atacante disse que "o presidente Lula é quem mais está ajudando o Corinthians nessa fase. Ele está dando alguns contatos de empreiteiras que podem nos ajudar. O presidente está muito interessado no projeto do Corinthians. Ele é fanático, um corintiano roxo". Evidencia-se-se pois a perfídia da estratégia serrista: utilizar a figura de Lula, que sintetiza os temas desse blogue em sua pessoa, para nos atingir.

Não nos calaremos, governador!  E continuaremos provando que futebol tem a ver com política, a despeito de suas vis ofensas.

Deem uma chance ao fermento

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Notícia assustadora no Metro, tablóidezinho gratuito semelhante ao que é distribuído (ou pelo menos era) nas ruas de São Paulo: a greve dos eletricistas na Irlanda pode matar todo o fermento da cervejaria Guinness aqui em Dublin - e demoraria de três a quatro semanas para a produção ser retomada (!). A manchete do jornal ainda faz um trocadalho com o título de uma famosa música do John Lennon: "Give yeast a chance" (tradução no título do post). Na segunda-feira, 10,5 mil membros da União dos Técnicos e Engenheiros Elétricos decidiram cruzar os braços, reivindicando 11,3% de aumento nos salários. A companhia de bebidas Diageo, dona da Guinness, entrou no mesmo dia com uma ação na Alta Corte. Sem os trabalhadores para fazer o manejamento necessário, o fermento usado na Guinness poderia morrer em quatro dias. Ou seja: nesta quinta-feira. Enquanto nada se resolve, os bêbados aguardam com os copos nas - mais do que nunca - trêmulas mãos...

Carta da Cachaça

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Texto do camarada Jorge Nagao, que reproduzo no Futepoca por ter tudo a ver com o espírito (ic) do Futepoca.


Maria da Cruz,

Cê Tabúa, Boazinha?

Por décadas, nós, cachaças, fomos estigmatizadas porque os incautos se empapuçavam de vodka ou whisky e não eram chamados de vodkeiros ou whiskeiros, mas, sim, de cachaceiros.

Felizmente, tudo mudou. O degustador da Gota Serena hoje é uma gente Seleta e conhecida como cachacier. Agora não se pede um engasga-gato, mas toma-se uma Providência, uma Atitude, uma Decisão ou um Alívio das Dores. Em dose homeopática, claro; horseopática, jamais!

E não é por nacionalismo barato, mas sim por uma cara Brasilidade. Uma dose de cachaça artesanal chega a ser mais cara que um scotch por sua superioridade no Paladar. Uma dose da colega GRM sai por R$ 32 na Toca do Coelho, na Teodoro, em Sampa, e a Anísio Santiago por R$ 39. É dose, mas o goleiro, que nos engole, paga com gosto.

A cachaça Cabana, de Jaguariúna-SP, famosa por seu rodeio, conquistou, nos EUA, a Double Gold Medal em San Francisco World Spirits Competion 2009, onde 847 destilados de 63 países foram degustados às cegas. Nossos parabéns à bacana colega Cabana. Para agradar os gringos, podemos ser Germana, Canna Schnaps, Saint Hilaire, Wruck e até Weber Haus. Hic!

Somos muito diferentes dessas cachaças industriais, vulgares e baratas, que denigrem nossa imagem no Exterior porque in the day after give dor de cabeça e ressaca. Por isso a mexicana fí-la porque Tequila, como diria o ex-alcaide Jânio Quadros, ganha de 100 a 1 da cachaça. México, aproveite porque vamos virar esse jogo.

Nós, artesanais, somos envelhecidas porém muito gostosas. Românticos, os fãs chamam a gente de Preciosa, Insinuante, Fabulosa, Domna Suave ou Minha Deusa. Não é uma boa ideia sermos ardentes e chiques como nos rotulou a Heloisa Marra, n’O Globo? Nossos rótulos são fashion e os nomes sedutores: Vamos Nessa, Pinga Meu Bem, Chora Rita, Peladinha, Amorycana, Se Sobrá, Damió, Pimba. Rs rs rs.

Modéstia às favas, nós, mineiras, somos imbatíveis. Minas é sinônimo de cachaça, Kátia Sá. Somos bom de serviço, uai! A cachaça é um Trem de Minas, o Espírito de Minas, o Sabor de Minas. Lá em Minas tem Salinas, a capital nacional da branquinha. No ranking da Playboy de 2007, de 20, 07 eram de Salinas. Experimente a Salinas, Saliboa, Salicana, Salivare, Salineira, Saliníssima e, finalmente, a Saideira.

O presidente Lula que nos adora, assinou o decreto 2581, art.92, em 02.l0.2003: “Cachaça é a denominação típica e exclusiva da aguardente de cana produzida no Brasil”. Etanóis!

O Toucano FHC não gostava da gente porque a gente, o passarinho não bebe. Mas nossos amigos bebem pássaros como a Arara, Beija-Flor, Canarinha e Carcará.

Vamos brindar esta Maré Alta, esta Magnífica fase em que estamos. A cachaça, finalmente, é Benvinda em restaurantes finos e hotéis estrelados. Estamos na Academia Brasileira de Cachaça, no Leblon, Rio. Na Universidade da Cachaça, em Moema, São Paulo. E vem aí o imperdível Museu da Cachaça, em Salinas, óbvio, sô!. E a cachaça pinga até nesta Coluninha.

Maria, você viu o que aconteceu em Jaboticabal, interior de SP? Um caminhão abarrotado de 51 tombou na rodovia e o povo saqueou aquilo tudim. Com isso, a nossa música de carnaval, Cachaça, voltou com tudo. Na feliz cidade de Jaboticabal, o povo eufórico canta: - “Cachaça não é água, não/ Cachaça vem do alambique/ E água vem do ribeirão”. Lá em Anápolis-GO, onde o caminhão não chegou, o povo sem-cachaça, sem graça, ouve nas rádios e concorda: “Pode me faltar amor/ Isso eu até acho graça/ Só não quero que me falte a danada da cachaça”.

Chega de blá-blá-blá. Agora, vou cuidar do meu Véio de Minas. A gente se vê no bar onde encontramos os amigos que nos bebem e vivem menos. Menos estressado, menos magoado, menos deprimido, não é “mes”? “Prôcupa” não, que nada está “agarrando”. Tá tudo certim. Tchauprocê!

Rosa Mineira

Flamenguistas prometem até comitiva de travestis para receber Ronaldo

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Um arsenal anti-Ronaldo, o mais gordo, está sendo preparado pela torcida do Flamengo para 9 de agosto, dia dos pais. A data coincide com o jogo entre as duas maiores torcidas do Brasil, em pleno Maracanã, e os rubro-negros estão ainda mais mordidos pelas declarações do jogador sobre o tamanho da torcida.

Por isso, devem receber os paulistas com protestos desde o aeroporto Santos Dumont até o fim da partida. Segundo o Terra, na pauta soprada pela Brunna, uma comitiva de "Ronaldetes" recebe o cidadão. Trata-se de um grupo de 50 a 100 travestis que pretendem lembrar o barrigudo corintiano do papelão que protagonizou no fim de 2008. Ele se envolveu em uma confusão com a travesti Andréia Albertini que terminou em troca de acusações de roubo e show de preconceitos da mídia.

Elas pretendem vestir camisas com o número 9 e o nome "Ronaldetes" nas costas. O time é: "Ronaldo, o Rei dos Travestis". A torcida organizada Urubu Guerreiro é quem estaria organizando a brincadeira.

Tudo porque Ronaldo considera que a torcida do Flamengo só é a maior do Brasil porque, pelo país afora, é o segundo time de muita gente. Mas na hora de responder a pesquisas sobre o time do coração, preferem a paixão pelo clube carioca em detrimento das cores regionais. O argumento não é novo e é usado por torcedores corintianos de diferentes idades. A polêmica declaração foi proferida no programa Bem, Amigos da SporTV.

O vice-presidente de futebol do Flamengo Kléber Leite diz que Ronaldo "virou comediante". O vice de marketing, Ricardo Hinrichsen, prometeu uma camisa do Flamengo ao atacante com o nome dele gravado nas costas "para ver se ele fica mais calmo".

O blogueiro Gustavo Almeida diz que o jogador se revelou "mercenário, mau-caráter e vende ideias, opiniões e posturas".

O problema é que é que o desdém pelo Flamengo soma-se ao fenomenal histórico dele com o time da Gávea. Antes de ir ao Corinthians, Ronaldo treinou nas dependências do clube para se recuperar de contusão. Antes, o rubro-negro lançou balões de ensaio de que queria repatriar o então craque.

Cerveja com moderação é bom para atletas, aponta estudo

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

O Conselho Superior de Investigações Científicas (CSIC) da Espanha apresentou estudo em que aponta a cerveja como uma boa forma de hidratação diária para atletas de alto rendimento. Segundo a BBC, o levantamento se embasou em relatórios e pesquisas de medicina, fisiologia e nutrição da Universidade de Granada.

A cerveja possui componentes que ajudam a recuperação do metabolismo hormonal e imunológico depois de atividade física intensa. Sem falar que ajuda na prevenção de dores musculares.

As doses diárias recomendadas – o patamar moderado – são três tulipas de 200 ml de cerveja (de 20g a 24g de álcool) para homens e duas para mulheres (10g a 12g) por dia.

Participaram da pesquisa 16 atletas universitários de 20 a 30 anos que alcançavam uma velocidade aeróbica máxima (VAM) de 14 km/h. Era necessário ser consumidor habitual e moderado de cerveja, "manter uma dieta mediterrânea", não ter hábitos tóxicos nem antecedentes familiares de alcoolismo.

Por três semanas, em baterias diárias de corrida de uma hora, sob escaldante sol de 35ºC. a turma parava para se hidratar. Ora com água, ora com uma gelada. O resultado foi a cerveja com a mesma capacidade de reposição de perdas hídricas que a água.

Antes que você se anime
Os pesquisadores espanhóis insistem que a garantia do benefício do consumo de cerveja depende da moderação, já que o excesso de álcool não é metabolizado pelo organismo, prejudicando o sistema nervoso central. O mais recomendado seria ainda beber durante as refeições, com duas horas de espera antes ou depois da atividade.


Catsal/Wikipedia
O autor
Quem estufa o peito para reivindicar os benefícios da cerveja é o cardiologista do Real Madrid e ex-jogador de basquete, Juan Antonio Corbalán (foto), medalha de prata nas Olimpíadas de Los Angeles (1984). A primeira vez que o estudo foi apresentado foi em maio de 2007.

Atletas como nós
Uma vez, durante minha breve incursão no mundo da corrida, alguns meses antes da criação do Futepoca, passei 40 minutos fugindo de nada, mas correndo além do que meu preparo físico permitia.

Depois, tinha de cumprir a longa maratona etílica pré-agendada com alguns dos ébrios que escreveriam no Futepoca. Depois de passar em casa para trocar de roupa (e respeitar as duas horas de intervalo antes da re-hidradatação) encontrei o pessoal preparando a conexão do bar dos primos para outro. Quase morto, encostei num orelhão.

Diante da perplexidade, exclamei cheio de sinceridade:

– Preciso parar de correr.

Dito e feito. Se eu soubesse que meu rendimento melhoraria com o consumo moderado da gelada, será que eu teria continuado?

terça-feira, julho 07, 2009

Capas inacreditáveis de duplas sertanejas

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Embora nunca tenha achado legal postar coisas apócrifas, a intenção desse post é justamente saber o autor dessa digníssima coleção de capas de LPs. São duplas sertanejas com as mais variadas aslcunhas e umas mais bizarras do que as outras. Tanto que chega a ser inacreditável e passo até a desconfiar que seja montagem de algum manguaça (só alcoolizado pra fazer algo assim...).

De qualquer forma, a(s) piada(s) é(são) ótima(s) (clique na imagem abaixo para aumentar a visualização). Tem os geográficos como Oceano e Costa Rica, os esperançosos como Domyngo e Feryado, os sinonímicos como Preferido e Predileto etc. Mas o meu preferido, pelo conjunto da obra que alia criatividade de nome e estética, é o LP intitulado A Volta Triunfal, onde a dupla Faísca e Pinga Fogo aparecem descendo de um avião da Varig. Emocionante.

Muricy ou Jorginho

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Dez em cada dez torcedores palmeirenses querem definições sobre o treinador do time. Muricy Ramalho, o preferido da diretoria, ainda não deu resposta e as negociações parecem estagnadas, apesar de as apostas por uma definição no início da semana terem sido fortes.

Serjão Carvalho/Flickr
Não sei qual seria o entrave para a vinda do ex-técnico do São Paulo para o Palestra Itália nem se eles seriam maiores do que a dificuldade de encontrar uma foto de Muricy sem alguma referência ao Tricolor paulista no enquadramento. Há quem garanta que ele não quer sair da capital paulista por motivos pessoais.

Em primeiro lugar, eu estaria preocupado com que jogadores vão permanecer e quais correm risco de partir. Diego Souza, Cleiton Xavier e Pierre são fundamentais para o time atualmente, embora oscilem mais do que o humor do torcedor alviverde. Como Keirrison já partiu, se algum desses outros não for até o fim da temporada, agravam-se carências de elenco.

Minha sensação é de que Jorginho é capaz de levar o atual elenco do Palmeiras – com Obina e tudo – para uma das quatro primeiras posições, o que daria direito a uma vaga na Libertadores da América de 2010.

Se isso estiver correto, a pergunta é: Muricy levaria o time ao título?

Como não comprei uma bola de cristal de isopor ali na 25 de março, a resposta é um palpite ainda mais frágil do que o anterior.

Claro que um treinador que montou times limitados tecnicamente a três títulos nacionais seguidos tem currículo para deixar o torcedor cheio de esperanças. Um treinador no meio da temporada não garante um resultado tão expressivo.

Muitos torcedores comparam o ex-são-paulino à vinda de Luiz Felipe Scolari, vista com reservas por muito palmeirense – este que escreve incluído. A oscilação entre amor e ódio vinda da arquibancada é uma realidade no Palmeiras, como também o é em outros clubes. Mas as condições eram diferentes.

Apesar da chegada no mesmo mês de julho, mas de 1997, Felipão voltava do Júbilo Iwata, do Japão. Foi campeão da Copa do Brasil no ano seguinte e da Libertadores em 1999.

O mandato de Luiz Gonzaga Belluzzo vai até 2010, depois ele afirma não querer se manter no cargo. Isso remete a outra questão: a realidade atual do clube permite vislumbrar um projeto de dois ou três anos para acumular conquistas? Muricy é mesmo comparável a Felipão nesses termos?

segunda-feira, julho 06, 2009

Vitória magra para tirar a zica

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

O horário (sábado às 18h30), o time e a torcida em si não contribuíram, então não foi surpresa ver a Vila Belmiro recebendo um público inferior a 7 mil pessoas no sábado para a partida entre Santos e Sport. Surpreendente, sim, foram duas coisas: a manifestação de opositores ao presidente santista Marcelo Teixeira, que corajosamente distribuíram a quem se dirigia às arquibancadas dos sócios uma cópia do infeliz comunicado do superintendente peixeiro José Carlos Peres parabenizando o título corintiano na Copa do Brasil, e um bandeirão da torcida que trazia a figura de Michael Jackson mesclado com o distintivo do Santos - que eu, infelizmente, não pude registrar, já que estava sem uma câmera nas mãos.

Falando especificamente do jogo: o Santos entrou em campo com sua formação já clássica, mas com a curiosa presença de Róbson na equipe titular. Ele marcou o gol peixeiro no empate contra o Palmeiras e isso o fez titular da equipe, superando o garoto Neymar e o meia Molina, que era quem habitualmente brigava pela posição com o menino. Há jogadores que só rendem quando entram no segundo tempo, e talvez Róbson seja um deles: não jogou praticamente nada. Claro que não foi só ele. A dupla Roberto Brum - Rodrigo Souto vai se consolidando como um dos maiores problemas do Santos atual (não marca, não cria, não dá opção), os laterais não têm se apresentado bem e o centroavante Kléber Pereira vive uma má fase de impressionar.



Veio o segundo tempo e Róbson nem voltou - Neymar ocupou o seu lugar. O que não chegou a representar uma grande transformação. O Santos continuou apático e, por pouco, não viu o Sport chegar às redes, num incrível lance desperdiçado por Fabiano, aquele mesmo, ex-São Paulo, Atlético-MG e que jogou no próprio Peixe.

A (justa) expulsão de Weldon - também ex-Santos - facilitou as coisas para o Alvinegro, e a redenção veio aos 43 do segundo tempo, com um gol irregular de Paulo Henrique. Se o Santos não merecia ganhar, tampouco o Sport; o 0x0, talvez, seria o placar mais justo e o que "premiaria" as equipes pelas péssimas atuações.


Como torcedor, celebro a vitória e os três pontos que o Santos põe na conta. Subjetivamente, acredito também que esse triunfo pode quebrar um pouco da "zica" que paira na Vila Belmiro. Mas não me iludo com o time, que repete más atuações. E lamento o declínio de nomes como Léo e Madson.

Tem muita coisa para ser corrigida no Santos.

domingo, julho 05, 2009

Palmeiras vence a primeira fora de casa esperando pelo novo técnico

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

No banco de reservas ainda estava Jorginho. No ataque, Obina e Ortigoza. Resolveu bem contra o favorito ao rebaixamento Avaí em Florianópolis (SC). Foram 3 a 0, com dois gols de Obina e outros Cleiton Xavier.

Obina fez uma ótima atuação. Ótima por ter raça, por ter sido decisivo – ter sofrido e cobrado um pênalti e marcado outro tento – e ter se igualado com Keirrison na artilharia do time no campeonato, anotados cinco gols. Nos últimos três jogos pelo campeonato, ele balançou as redes por quatro vezes.



Mesmo jogando na Ressacada, o adversário não é o parâmetro mais sólido para avaliar se o time está definitivamente mais leve. Mas houve vontade e disposição e eficiência nos contra-ataques.

Brigar por título? Jorginho pode ter o apoio da diretoria, a confiança dos jogadores, mas não tem a da torcida. Se a semana começar com definição de quem será o treinador do time, fica mais fácil acreditar. E depende muito de quem sair e em que áreas haveria peças de reposição no elenco.

Mas voltar a ganhar e ocupar a quarta posição é muito bom para duas rodadas depois de uma saída de técnico que, em outros contextos, poderia ser mais traumática. A vitória serve para mostrar que não sobrou fantasma desse processo.

O Salomão do futebol

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

O amigo dos futepoquenses e escritor Mouzar Benedito (que já teve lançamento de livro comentado aqui), nos deu a dica de uma crônica que tem muito a ver com os temas desse blogue. A história faz parte da obra Santa Rita Velha Safada, da Editora Busca Vida e mostra um pouco da sapiência dos árbitros que andam por aí...

O Salomão do Futebol

O time de futebol de Santa Rita Velha estava jogando na vizinha cidade de Presépio, contra seu adversário, o Presépio Sport Club. A bola, velha e meio torta, meio oval, não atrapalhava em nada a qualidade de jogo. Combinava bem com a forma de jogar dos dois times.

Aos 40 minutos de jogo, a bola sobrou pingando para o centroavante Cavadeira, de Santa Rita, que encheu o pé, chutou com toda força mas o goleiro estava bem colocado e pulou, agarrando a redonda no peito.

Acontece que a bola não resistiu. Ao bater no peito do goleiro, estourou, e ele ficou segurando o capotão, enquanto a câmara do ar soltou pra dentro do gol. Aí começou a discussão.

Os jogadores de Santa Rita começaram a comemorar, gritando que valia, era a cãmara
de ar, enquanto os de Presépio afirmavam que o capotão era que valia e este o goleiro pegou. Os 22 jogadores e mais os reservas falavam sem ninguém ouvir:

- O que vale é a câmara...

- Não foi gol não, om capotão não entrou...

Quando já estavam partindo pra briga foi que o juiz resolveu fazer valer sua autoridade:

- Priii, priiii, priiii - apitava alucinado para chamar a atenção dos jogadores, até que resolveram ouvi-lo.

- Quem entende de regra aqui sou eu! Eu é que sei o que vale e o que não vale.

- Então como é que é? É gol ou não é?

- Tá na regra: quando a câmara de ar entra e o capotão não entra, vale meio gol!

Foi o único jogo até hoje que terminou meio a zero.