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sexta-feira, novembro 08, 2013

Homofobia no futebol volta aos holofotes

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Romário e Ronaldo se provocam via imprensa e pontuam mais um episódio homofóbico
Depois que Ronaldo Nazário, membro do Comitê Organizador Local (COL) da Copa 2014, criticou o hoje deputado federal Romário pela campanha ferrenha contra os gastos no mundial do ano que vem, a resposta (indireta) que recebeu do parlamentar, via Twitter, foi a seguinte:

- Eu particularmente, adoro mulher! Mas aprendi a respeitar o gosto de cada um.

A provocação faz alusão a um nebuloso episódio de Ronaldo com travestis em abril de 2008, no Rio de Janeiro, e acrescenta mais um capítulo aos casos explícitos de homofobia no futebol brasileiro, como o das reações raivosas ao selinho de Emerson Sheik em um amigo, em agosto deste ano.

Dos males, o menor: tanto a reação violenta à Sheik quanto o comentário infeliz de Romário trazem à tona a necessidade de discutir (e combater) a homofobia. E "queimam" a imagem dos homofóbicos.

Ilações perturbadoras

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Livro encaixa 'quebra-cabeça'
Se o livro "O Príncipe da Privataria", de Palmério Dória (Geração Editorial, 2013), não traz fatos inéditos, bombásticos ou provas documentais explícitas como "A Privataria Tucana", de Amaury Ribeiro Jr, lançado com estrondoso sucesso pela mesma editora no fim de 2011, pelo menos tem o mérito de fundamentar ilações muito perturbadoras para nós, brasileiros, sobre a personagem Fernando Henrique Cardoso, ex-presidente do Brasil. Para além de qualquer picuinha partidária contra ou a favor do PSDB, da corrupção incomparável e inegável das privatizações nos anos 1990, da dilapidação evidente do patrimônio nacional, das tramoias pessoais e políticas de FHC e parceiros, da compra de votos na aprovação da reeleição, do caixa 2 nas campanhas eleitorais e da impunidade geral de todos os envolvidos, há um pano de fundo nisso tudo que costura de forma lógica as causas e consequências e que, para mim, gera muito mais perplexidade.

FHC levou Serra para o Cebrap
Como disse, as afirmações podem não ser inéditas, mas faltava uma obra que encaixasse todas as peças do quebra-cabeça sobre a mesa, para uma visão panorâmica. Palmério Dória mostra, com clareza e embasamento, que a ascensão e execução das práticas neoliberais no cenário político brasileiro, causadoras de prejuízos financeiros, patrimoniais e sociais incalculáveis, foi um longo processo - planejado, construído e financiado desde os anos 1960. No capítulo 2, que resume a trajetória de Fernando Henrique Cardoso da infância até o início na política, o livro nos dá a chave para entender a origem do projeto colocado em prática no governo federal entre 1995 e 2002, como ele chegou ao poder e por quê fez o que fez: "No mesmo ano de sua expulsão da USP, [FHC] funda com outros professores universitários perseguidos o Cebrap, Centro Brasileiro de Análise e Planejamento. (...) A FF, Fundação Ford, entidade com sede em Nova Iorque, [é a] financiadora do Cebrap em seu nascedouro." 

FF isola oposições aos EUA
Isto posto, começam as (incômodas) ilações: "James Petras, sociólogo que lecionou na Universidade de Binghamton, estado de Nova Iorque, bem como outros intelectuais americanos, acusam a Fundação Ford de agir como testa-de-ferro da CIA. Petras documentou doações da FF para organizações criadas pela CIA a fim de intervir na política interna de outros países. Mostra ainda que Richard Bissell, ex-presidente da FF, era ligado a Allen Dulles, diretor da CIA (...). Outra acadêmica, Joan Roelofs, em Foundations and Public Policy: The Mask of Pluralism (Fundações e Política Pública: A Máscara do Pluralismo), de 2003, diz que entidades como a FF ajudam a isolar movimentos de oposição aos interesses americanos. Lembra que o presidente do Conselho da FF de 1958 a 1965, John J. McCloy, descreveu a entidade como 'uma quase-extensão do governo americano'." Essa é a Fundação Ford, que financia a criação do Cebrap de Fernando Henrique Cardoso...

Do Cebrap? Teria sido a CIA
"Uma das funções da FF era visitar o Conselho de Segurança em Washington para ver quais projetos deveria financiar no exterior. Patrocinou ainda programas para desestabilizar a resistência às ditaduras na Indonésia e outros países", prossegue o livro. Em seguida, cita outra obra, "Quem pagou a conta? - A CIA e a guerra fria da cultura", da pesquisadora inglesa Frances Stonor Saunders, que prova com documentos que a FF canalizava secretamente dinheiro da agência americana para áreas culturais. Palmério Dória nos convida a seguir um silogismo: "1. CIA dava dinheiro à Fundação Ford; 2. Fundação Ford dava dinheiro ao Cebrap; logo, 3. Cebrap recebeu dinheiro da CIA." E para quê? Dória recupera duas afirmações interessantíssimas feitas pelo cineasta Glauber Rocha nos anos 1970: "No Brasil, o gancho do Pentágono é o Cebrap, que funciona em São Paulo" e "Fernando Henrique Cardoso é um neocapitalista, um kennedyano, um entreguista."

A obra agradou financiadores
Para reforçar o encontro da "fome com a vontade de comer", ou seja, do eterno objetivo de interferência dos EUA nos rumos do governo brasileiro e do desejo de FHC de ascender politicamente (e ganhar muito dinheiro), Palmério Dória ressalta que, no livro "Fernando Henrique Cardoso, o Brasil do possível", de 1997, "a jornalista francesa Brigitte Hersant Leoni pontua que os americanos não estavam investindo dinheiro à toa. Fernando Henrique já havia prestado 'serviço de qualidade': com o economista chileno Enzo Faletto, acabava de lançar Dependência e Desenvolvimento na América Latina, defendendo a tese de que países em desenvolvimento ou atrasados poderiam desenvolver-se mantendo-se dependentes de países ricos - por exemplo os Estados Unidos." Bingo. A obra impulsionou FHC a criar uma entidade (Cebrap) credenciada a receber os gordos investimentos da Fundação Ford, "quase-extensão do governo americano".

O livro de Brigitte H. Leoni
Neste ponto, Dória usa o sarcasmo para nos fazer raciocinar: "Menos de dois meses depois do AI-5, o país vivendo o auge da fúria da ditadura, com centenas de novas cassações, cárceres lotados, tortura comendo solta, Fernando Henrique se prepara para tornar-se 'personagem internacional', a dar aulas e conferências em universidades americanas e europeias, com respaldo da Fundação Ford." Mas havia quem desconfiasse. O sociólogo Gilberto Vasconcellos observou que o Cebrap era visto "equivocadamente como resistência de esquerda". E esse objetivo de ganhar espaço na esquerda - e na política - brasileira acompanhava um projeto de enriquecimento (o grifo é meu): "[No] livro de Brigitte, lemos que FHC, administrador do Cebrap, certa vez disse: 'Não conseguíamos gastar tudo. Lembro-me de ter encontrado o tesoureiro. Santo Deus, disse eu, como podemos gastar isso? Não havia limites, ninguém tinha que prestar contas." (Pausa para meu pasmo).

Hora do 'acerto': FHC no poder
De acordo com Palmério Dória, a primeira parcela entregue pelo tesoureiro da Fundação Ford, Peter Bell, ao administrador do Cebrap, FHC, em fevereiro de 1969, foi de US$ 145 mil. "Nunca se divulgou o total, mas na USP dizia-se que pode ter chegado a US$ 1 milhão". Depois de ler tudo isso, penso que teríamos que usar uma dose cavalar de ingenuidade ou otimismo para considerar que o dinheiro da Fundação Ford (ou da CIA) foi apenas uma doação, e não um investimento. E que a ascensão política de Fernando Henrique Cardoso não teria sido nem um pouco construída por esse investimento. E que o topo dessa mesma carreira política, a tomada do poder como presidente da República do Brasil, não teria que dar uma contrapartida ao decisivo investimento. E que a contrapartida não seria, obviamente, o alinhamento do nosso governo federal de forma "ampla, geral e irrestrita" (e incondicional) aos interesses econômicos e políticos dos Estados Unidos. Delírio? Paranoia? Mistificação? Teoria da conspiração? Só isso? Quantos brasileiros/eleitores sabem dessa história?

A Alca fazia parte do 'projeto'
Na campanha eleitoral de 2002, me lembro nitidamente de José Serra, escolhido pelo PSDB para suceder FHC na presidência (foi seu parceiro de exílio "dourado" no Chile, no Cebrap, no PMDB e na criação do PSDB), prometendo aliar o Brasil de imediato à Área de Livre Comércio das Américas, a finada Alca. Palmério Dória afirma que, "com a Alca (...), felizmente enterrada, estaríamos transformados em quintal verdadeiro dos Estados Unidos, não apenas metafórico. Não teríamos uma política externa independente, nem o equilíbrio comercial que constitui a China, 'nosso maior importador'. Antes nos limitávamos a Estados Unidos e Europa, 'e os dois foram para o buraco'. Agora, além da China, nos voltamos para toda a América Latina, ao passo que (...) Serra ataca Hugo Chávez, Cristina Kirchner, Evo Morales". Sim, escapamos disso. Mas milhões de brasileiros/eleitores defendem o PSDB, o governo de FHC e seu entreguismo (ou seria "Dependência e Desenvolvimento"?). E os Estados Unidos espionam um governo federal finalmente - e felizmente - não alinhado aos seus interesses (sabe-se lá com que interesses!). Enquanto isso, a Fundação Ford e o Cebrap vão muito bem, obrigado.

quinta-feira, novembro 07, 2013

Se a Ponte passar pelo Vélez, pega S.Paulo na semifinal

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A Copa Sul-Americana vai afunilando e dois times já estão garantidos nas semifinais: o argentino Lanús, que eliminou o compatriota River Plate, e o brasileiro São Paulo, atual campeão, que garantiu a classificação ao segurar um empate sem gols na Colômbia, ontem, contra o Atlético Nacional. Por enquanto, o time de Muricy Ramalho aguarda o classificado do confronto entre o paraguaio Libertad e o também colombiano Itagui (os paraguaios venceram por 2 x 0 o primeiro jogo, em casa, e o segundo acontece hoje). Porém, como o regulamento veda a presença de dois times do mesmo país na decisão, o São Paulo poderá enfrentar na semifinal a Ponte Preta, caso ela consiga eliminar o argentino Vélez Sarsfield (houve empate sem gols em Campinas e a volta ocorrerá hoje, em Buenos Aires). Disputada desde 2002, a Copa Sul-Americana já teve, em suas 11 edições, cinco títulos argentinos (dois do Boca Juniors e outros do San Lorenzo, Arsenal de Sarandí e Independiente), dois brasileiros (Internacional e São Paulo), um peruano (Cienciano), um mexicano (Pachuca), um equatoriano (LDU) e um chileno (Universidad de Chile).

Para garantir o lugar nas semifinais deste ano, o São Paulo passou aperto em Medellín. Em 90 minutos, foram 7 finalizações certas e 15 erradas do Atlético Nacional, contra apenas 6 finalizações (erradas) dos brasileiros. Sim, a proposta era a de se defender, pois, se os colombianos somassem mais um gol aos que marcaram na derrota por 3 x 2 no Brasil, o time de Muricy Ramalho poderia se complicar. Porém, como o adversário precisava da vitória e se lançou ao ataque desde o início, o jogo deu várias brechas para contra-ataques dos sãopaulinos, infelizmente não aproveitadas. Culpa de Jadson, que mais uma vez não aproveitou a chance como titular para mostrar serviço como "garçom", ou seja, fazer a ligação do meio com o ataque, e de Luís Fabiano, que não fez NADA lá na frente e decepcionou totalmente (mais uma vez...). Assim, Ademilson deve mesmo ser efetivado como segundo atacante, junto com Aloísio, e Ganso ganha o respaldo e o incentivo tanto da comissão técnica quanto da torcida para comandar o time nesta reta final da Copa Sul-Americana. O título vale vaga na pré-Libertadores, não é pouca coisa. Vamo, São Paulo!



quarta-feira, novembro 06, 2013

No topo do mundo

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Assim como Pelé e Coutinho nem precisavam se olhar para devastar defesas adversárias, uma foto daquelas que justificam que "uma imagem vale mais do que mil palavras" flagra o entendimento que surge entre Neymar e Messi, dois dos maiores gênios do futebol atual. (Foto: AFP)

'Sacou, parceiro?' - parece dizer a piscadela de um gênio para outro em jogo do Barça

terça-feira, novembro 05, 2013

Audiência da terceirona e direitos de transmissão do futebol na TV

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Só para lembrar que, a exemplo da Argentina, seria muito saudável para o Brasil que os direitos de transmissão de competições esportivas passassem por rediscussão, garantindo ao torcedor o direito de assistir a partidas de seu time.

Via NTV:
TV Brasil derrota Globo no Recife com Série C do Brasileirão

(...) TV Brasil experimentou a liderança da audiência no último domingo (3), no Recife, com a transmissão do jogo entre Santa Cruz e Betim, válido pelas semifinais da Série C do Campeonato Brasileiro.
Durante a transmissão da partida que garantiu o time pernambucano na segunda divisão do futebol nacional, a emissora pública registrou média de 11,5 pontos de audiência e picos de 19,4.
A Globo, que transmitia a Série A do Brasileirão, ficou em segundo lugar, com apenas 8,5 pontos. (...) Cada ponto equivale a 11 mil domicílios na Grande Recife.
Para fazer as contas: média de 126,5 mil domicílios, picos de 213,4 mil. Só em Recife. Vai, Santinha!

Pena que nenhuma emissora aberta pôde transmitir a conquista do Botafogo-PB sobre o Juventude na Série D, subindo para a terceirona...

segunda-feira, novembro 04, 2013

Vitória salvadora e algumas observações sobre o S.Paulo

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Muricy Ramalho merece uma estátua no Morumbi. O que ele conseguiu fazer em míseros dois meses pode ser considerado, sim, um milagre. A vitória por 2 a 1 sobre a Portuguesa levou o time aos 46 pontos e praticamente o salvou do rebaixamento no Campeonato Brsileiro (embora matemáticos mais pessimistas insistam na necessidade de mais um ou dois empates). Isto posto, gostaria de fazer algumas observações sobre três "verdades" - ou melhor, opiniões - hegemônicas na mídia que, de forma alguma, considero procedentes.

1 - 'Trabalho' de Paulo Autori
Dizem que Muricy só continuou o trabalho implantado por Paulo Autuori. Discordo. Muricy mudou o esquema de jogo, passou a atuar com três zagueiros ("inventando" Rodrigo Caio como líbero), encostou na reserva Osvaldo, Jadson e Fabrício (o "homem de confiança" de Autuori), oficializou Ganso como único homem criador no meio de campo (e mais adiantado), recuperou Maicon e Ademilson e fez o time ser eficiente na bola parada. O que fez Autuori? Dez derrotas em 17 jogos. Isso resume tudo.

Esta "louvação" à Paulo Autuori leva à minha segunda discordância. A mídia "comprou" - ou, pelo menos, não se dignou a contestar - a afirmação de Rogério Ceni de que o legado de Ney Franco foi "zero". Mentira. O trabalho de Ney no 2º turno do Brasileirão de 2012 foi semelhante ao de Muricy agora, com a diferença (crucial, claro) de que ele não pegou o time ameaçado de rebaixamento. Mas, pela primeira vez em quatro anos, montou um time muito bem definido e competitivo. Autuori fez algo parecido?

2 - Trabalho de Ney Franco
Ney "inventou" um ataque com dois pontas e um centroavante, classificou o clube para a Libertadores após dois anos e ganhou um título depois de quatro temporadas na "fila". Não é pouco (não mesmo!). Mas o que aconteceu em 2013? As velhas e desastrosas interferências de Juvenal Juvêncio: Lúcio já veio como titular absoluto e bagunçou a defesa; Ganso, sem condições, teve a escalação forçada e bagunçou o meio; ninguém repôs a ponta com a mesma característica de Lucas, o que bagunçou o ataque.

Pra piorar, Cortez, que havia feito um segundo semestre de 2012 tão brilhante que recebeu uma proposta internacional (recusada) de R$ 18 milhões em dezembro, SUMIU de uma hora pra outra, de forma inacreditável e inexplicável - o que bagunçou a lateral tanto na defesa quanto no apoio ao ataque. Outro azar de Ney: a grave contusão de Negueba, que poderia fazer a função de Lucas (com muito menos qualidade, claro, mas com mais propriedade). Por tudo isso, não culpo Ney Franco. Pelo contrário.

3 - 'Cobras criadas'
Tem uma outra coisa que o camarada Glauco observou logo no início de 2013 e que faz todo o sentido, a de que o São Paulo tinha muita "cobra criada" (leia-se: Rogério Ceni, Lúcio e Luís Fabiano), ou seja, jogadores que peitam técnico e formam panelinhas internas, e que Ney Franco não é um técnico acostumado a lidar com isso. Talvez seja por esse motivo que ele não se dê tão bem em times "grandes". Autuori chegou e barrou Lúcio. Agora, Muricy faz o mesmo com Luís Fabiano. É sintomático.

Por fim, a terceira "verdade" que vem sendo apregoada pela mídia, sobre a "motivação" que voltou ao elenco com Muricy Ramalho. Trata-se de meia-verdade. O que acontece é o seguinte: desde que Muricy saiu, em 2009, nenhum treinador teve pleno comando do time. Juvenal sempre se meteu e desautorizou publicamente quase todos eles. Alguns exemplos: a imposição de Rivaldo à Carpegiani, a "desescalação" de Paulo Miranda de um jogo comandado por Leão, a imposição de Lúcio à Ney Franco.

4 - Desautorizações de Juvenal
Todos esses episódios minaram o poder dos técnicos sobre o elenco, afinal, ficou claro que eles não mandavam nada perto de Juvenal. E a pior desautorização ocorreu justamente com Ney Franco, quando, logo após as eliminações do Paulista e da Libertadores, Juvenal expurgou seis jogadores para a "Sibéria" de Cotia e reabilitou o renegado Juan. Isso NINGUÉM da mídia se lembra de dizer, mas foi ali o início da inevitável crise sãopaulina. Ali, todo jogador passou a ter MEDO da diretoria.

Foi então que, quando o navio já tinha feito água a ponto de ficar só a ponta do mastro para fora, e visivelmente sem condições de reagir, Juvenal se tocou (ou foi pressionado pelo seu grupo político a se tocar) e telefonou para Muricy. Eu imagino que o treinador tenha feito uma única EXIGÊNCIA: "Juvenal, eu encaro. Mas você não interfere em nada!". E assim foi feito. Prova disso é que Juvenal desapareceu da mídia. Muricy não veio com "motivação", mas sim com AUTORIDADE. E resolveu.

5 - Muricy quer autoridade permanente
Agora, com o sucesso alcançado, Muricy dá a entender que sua continuidade no São Paulo não é tão certa quanto parece. A mídia especula que o problema é dinheiro. Na minha opinião, não é o caso. O que Muricy teme é que, passada a tormenta, Juvenal assuma novamente a postura de déspota e volte a interferir desmedidamente no trabalho da comissão técnica. A começar pelas contratações para 2014, que, se Muricy não tiver liberdade para vetar, serão novamente desastrosas. Esse é o "nó" da questão.

Mas Muricy "ganhou" o elenco e é ídolo da torcida. Espero que Juvenal Juvêncio tenha BOM SENSO e leve isso em consideração.