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Um dos mais extensos títulos da história é só pra lembrar do pé do post, que fala sobre bola rolando. Mas antes, a crise.
O Observatório Verde fez a compilação do caso do atraso dos salários dos jogadores palmeirenses. Reclamam do excesso de ênfase que o tema ganhou na imprensa e dizem que não é chato, mas não tão grave.
É grave, claro. É errada e fórmula do fracasso essa história de não pagar salário.
(Parênteses: em 2007, o Palmeiras atrasou salários, o que gerou um clima péssimo com os jogadores e a saída de Paulo Baier. Há males que vem para bem, mas atualmente não vejo ninguém pra mandar embora do elenco desse jeito.)
Toninho cecílio, ex-zagueiro e gerente de futebol do clube prometeu pagar até terça-feira. Ou sexta.
Élder Granja, lateral direito, deu uma declaração curiosa: "(...) no futebol atrasar dez dias não é atraso. É normal." Não se sabe se é pra fazer média com o patrão ou se é um arroubo de sinceridade. Não duvido de um saudável misto das duas coisas.
Mas junto da saída do diretor de Marketing, Carlos Augusto Mira, começa a dar a impressão de que tem mais oposição nessa história de crise.
As acusações de Mira são graves. Ele diz que alguns diretores receberiam comissão em negociações de patrocínio e que cláusulas de confidencialidade em contratos do clube não ajudam. Como o clube não é público (longe disso), não há nada tão errado no sigilo, embora ele não seja desejável.
Acusações contra o ex-presidente do clube nunca faltaram.
Serafim Del Grande, presidente do Conselho, disse que não aceita a demissão e que já abriu sindicância para apurar as denúncias.
Há quem defenda a tese de que, quando não se quer descobrir nada, é só criar uma comissão para se encarregar do enterro. Sei lá se é o caso.
Desde que não haja risco de Mustafá Contoursi voltar, que se apure tudo. Se houver o risco, que se apure também outras gestões. E até o contrato com a Antártica.
Tudo bem, eu exagerei.
Jogo
Construída de fora para dentro ou da oposição para a imprensa, é no meio dessa onda que o time vai a São Januário. Entra com Diego Souza como titular, mostrando que Luxemburgo, leitor do Futepoca, sentiu o peso das críticas à formação com três volantes. É verdade que ajuda, na decisão, o fato de Léo Lima não ter recuperado o bom futebol depois da contusão do final do paulista e de Diego ter jogado bola na vitória imponente sobre o Cruzeiro.
É bem complicado tentar a primeira vitória como visitante no campeonato contra o Vasco.