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Na primeira partida após a saída do técnico Antônio Carlos Zago, o Palmeiras venceu por 4 a 2. E o resultado foi sobre o Grêmio, semifinalista da Copa do Brasil. A última partida recebida pelo estádio Palestra Itália antes da reforma que transformará o templo alvi-verde em arena multiuso, foi marcada por protestos contra a diretoria. Do lado de fora, muitas faixas com "Fora Cipullo" e coisas do gênero foram espalhadas por torcidas organizadas palestrinas.
O pós-Zago, o de mais breve permanência no cargo dos quatro últimos treinadores (em três anos e meio), teve Jorge Parraga com um time que recuava, marcava e saía rapidamente para o contra-ataque. Coisa de time fraco, limitado, diante de uma equipe com mais poder ofensivo. Nada de dar orgulho quando se joga em casa. Mas tudo bastante diferente da incapacidade criativa das últimas partidas.
Não fui ao estádio, apesar do convite de palmeirenses com o comovente apelo da despedida, por causa da participação no NaVaranda, podcast de brasilienses que comentavam a vitória da Inter na final da Champions League, a Copa, o Manguaça Cidadão etc.
Cleiton Xavier jogando bem significa o time melhor. Vinícius, de 16 anos, revelação do clube no lugar do demitido Robert, também mostrou serviço.
Três dos gols palmeirenses foram em jogadas de contra-ataques. Em dois, a bola foi roubada a dez metros da grande área defensiva, com ligação rápida para o campo ofensivo.
Em três gols, houve falhas ou lapsos – para ser mais generoso com os vitoriosos – da zaga gremista. Ewerthon fez o primeiro porque o defensor escorregou. No terceiro, Edinho subiu mais do que a zaga. No quarto, Vinícius fez o que quis na grande área tricolor.
No segundo gol, o camisa 88 do Palmeiras se aproveitou de uma falha da arbitragem, porque estava impedido. Mas registre-se o pênalti clamoroso ignorado no segundo tempo, sobre Armero.
Os gols sofridos, que levaram a partida a um empate parcial, saíram de uma roubada de bola e de uma falta na lateral. Mas o time estava fechado, com uma retaguarda bem armada. De novo, zero de orgulho. De novo, que diferença!
O Grêmio de fato é um time que não foge de tentar criar jogadas, como bem alertou – e me esculhambou – o Nicolau. Contra uma equipe com disposição retranqueira, não dá para saber se o fator saída do técnico teria sido suficiente. Se os gaúchos estivessem bem, errando menos passes, também poderia ser diferente.
O importante é que, se tudo correr bem, na última partida antes de dois anos de reformas, fica registrada uma vitória. Contra um adversário e com um placar respeitáveis. Tá bom.
Começa logo, Copa. Começa logo, reforma.
Outra hora escrevo mais sobre técnicos e o Palmeiras.