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Alijada do grande painel das discussões e dos debates entre presidenciáveis, a questão da mão na bola/bola na mão não foi tema de nenhuma pergunta de jornalista durante toda a eleição presidencial. Por conta disso, fazemos um esforço para tentar adivinhar o que cada candidato diria sobre o assunto. Qualquer semelhança com a vida real é coincidência de acordo com sua crença.
Dilma Rousseff
Olha aqui, meu filho, a bola na mão... É
preciso entender que, no nosso governo, a bola na mão foi tratada como
questão de Estado, não como piloto. Já a mão na bola é malfeito, que
nunca foi tolerado no nosso governo. Nunca, em nenhum governo, se fez tanto
para conter a mão na bola como no nosso. Porque a bola na mão... Mas a
mão na bola no sentido de quando a bola bate na mão sem a intenção não é
a bola no sentido de propina na mão, porque isso não tem no nosso
governo.
Aécio Neves
Bola na mão e mão na bola é uma
confusão criada nesse governo do PT. Antes, não havia nada disso, a
regra era clara. Você, pai de família, você, mãe de família, não punha a
mão na bola porque não se deve colocar a mão na bola. Mas nas altas esferas do governo do PT,
isso é diferente. Aí, agem como se tudo pudesse e se nada fosse punido.
Precisamos de um governo que saiba como fazer, que faça bem feito. Nem mão
na bola nem bola na mão: o que vamos fazer é jogar com os pés. Não
apenas com a bola no chão, mas com ela no alto, nos cantos e no meio.
Marina Silva
Fizemos estudos de impacto futebolístico e,
por isso, podemos propor. Caso eu seja eleita, vamos criar o 12º jogador
em campo, que também poderá pôr a mão na bola. Percebemos essa
necessidade estudando a fundo os problemas do país e do futebol. Não
adianta só querer enfrentar a situação com essa falsa dicotomia entre a
mão e a bola. Sei disso desde quando vivia entre seringueiros, cuja
produção de látex era vertida nas câmaras das antigas bolas de capotão. E
as mãos que desenham sonhos, que constroem utopias, tem que ser usadas também não só pelos goleiros.
Luciana Genro
Essa é uma questão que só pode ser entendida do ponto de vista da exploração
capitalista e das falhas existentes na nossa democracia. Dar ao juiz a prerrogativa de
dizer quem teve ou não intenção de colocar a mão na bola nada mais é que
facilitar o favorecimento aos grandes e o assalto aos pequenos. Vamos
taxar os grandes clubes, as grandes fortunas, os grandes cartolas e os grandes empresários do futebol, revertendo esse dinheiro em um fundo que possa ajudar os clubes menores e equilibrar as chances de cada um, dentro de uma lógica socialista.
Eduardo Jorge
Isso é mais uma prova de
desrespeito ao uso que queremos e podemos dar ao nosso próprio corpo.
Quem é o juiz para dizer se posso ou não colocar a mão na bola? Essa
arbitrariedade vai contra nossos princípios, é antidemocrátic