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sábado, outubro 04, 2014

Mão na bola ou bola na mão? O que dizem os presidenciáveis

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Alijada do grande painel das discussões e dos debates entre presidenciáveis, a questão da mão na bola/bola na mão não foi tema de nenhuma pergunta de jornalista durante toda a eleição presidencial. Por conta disso, fazemos um esforço para tentar adivinhar o que cada candidato diria sobre o assunto. Qualquer semelhança com a vida real é coincidência de acordo com sua crença.


Dilma Rousseff
Olha aqui, meu filho, a bola na mão... É preciso entender que, no nosso governo, a bola na mão foi tratada como questão de Estado, não como piloto. Já a mão na bola é malfeito, que nunca foi tolerado no nosso governo. Nunca, em nenhum governo, se fez tanto para conter a mão na bola como no nosso. Porque a bola na mão... Mas a mão na bola no sentido de quando a bola bate na mão sem a intenção não é a bola no sentido de propina na mão, porque isso não tem no nosso governo.

Aécio Neves
Bola na mão e mão na bola é uma confusão criada nesse governo do PT. Antes, não havia nada disso, a regra era clara. Você, pai de família, você, mãe de família, não punha a mão na bola porque não se deve colocar a mão na bola. Mas nas altas esferas do governo do PT, isso é diferente. Aí, agem como se tudo pudesse e se nada fosse punido. Precisamos de um governo que saiba como fazer, que faça bem feito. Nem mão na bola nem bola na mão: o que vamos fazer é jogar com os pés. Não apenas com a bola no chão, mas com ela no alto, nos cantos e no meio.

 

Marina Silva
Fizemos estudos de impacto futebolístico e, por isso, podemos propor. Caso eu seja eleita, vamos criar o 12º jogador em campo, que também poderá pôr a mão na bola. Percebemos essa necessidade estudando a fundo os problemas do país e do futebol. Não adianta só querer enfrentar a situação com essa falsa dicotomia entre a mão e a bola. Sei disso desde quando vivia entre seringueiros, cuja produção de látex era vertida nas câmaras das antigas bolas de capotão. E as mãos que desenham sonhos, que constroem utopias, tem que ser usadas também não só pelos goleiros.


Luciana Genro
Essa é uma questão que só pode ser entendida do ponto de vista da exploração capitalista e das falhas existentes na nossa democracia. Dar ao juiz a prerrogativa de dizer quem teve ou não intenção de colocar a mão na bola nada mais é que facilitar o favorecimento aos grandes e o assalto aos pequenos. Vamos taxar os grandes clubes, as grandes fortunas, os grandes cartolas e os grandes empresários do futebol, revertendo esse dinheiro em um fundo que possa ajudar os clubes menores e equilibrar as chances de cada um, dentro de uma lógica socialista.

Eduardo Jorge
Isso é mais uma prova de desrespeito ao uso que queremos e podemos dar ao nosso próprio corpo. Quem é o juiz para dizer se posso ou não colocar a mão na bola? Essa arbitrariedade vai contra nossos princípios, é antidemocrática e contradiz nosso próprio instinto humano, que é de colocar a mão em tudo aquilo que desejamos. Defendo a legalização da bola na mão para acabar com a fúria punitiva de árbitros e de tribunais que só atendem a esse esforço desumano na penalização dos jogadores.

quinta-feira, outubro 02, 2014

Filho de Peixe, Peixinho é

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Há exatos 54 anos, mais um lance de efeito, no futebol, era batizado: o mergulho para cabecear uma bola, geralmente em direção ao gol, ganhava o apelido de "peixinho". No caso, o jogador conseguiu balançar as redes, e numa ocasião muito especial. Em 2 de outubro de 1960, o gol do ponta-direita Arnaldo Poffo Garcia, aos 12 minutos de jogo, foi o primeiro do estádio Cícero Pompeu de Toledo, o Morumbi - e decidiu por 1 x 0, a favor do São Paulo, o amistoso inaugural contra o time português do Sporting.

Peixinho mergulha e manda a bola para a rede do Sporting, na inauguração do Morumbi
 
Vista por outro ângulo, a cabeçada que batizou esse tipo de jogada com o apelido de 'peixinho'

Acontece que o jovem atleta, na época com 20 anos, era filho do ex-jogador Arnaldo Alves Garcia, conhecido como Peixe, artilheiro do Campeonato Paulista pelo Ypiranga no mesmo ano do nascimento do filho, em 1940. Por isso mesmo, ao seguir a carreira do pai, foi apelidado naturalmente como Peixinho. E, ao marcar o primeiro gol do Morumbi, de cabeça, acabou por batizar com seu apelido, involuntariamente, a jogada no jargão futebolístico brasileiro.Veja vídeo da inauguração e do lance histórico:


"Eu me lembro que o Fernando tocou para o Jonas, que cruzou. Estiquei-me inteiro para alcançar a bola, dando um verdadeiro mergulho", contou Peixinho, em 2010, para a revista oficial do São Paulo Futebol Clube. Cria das categorias de base do próprio São Paulo, o ponta-direita deixou o clube em 1961 e passou por Ferroviária, Santos, Comercial de Ribeirão Preto, Bangu, Deportivo Itália, da Venezuela, Coritiba e First Portuguese, do Canadá. Atualmente, mora em Piracicaba, interior de São Paulo.

Peixe (à esquerda) e Peixinho: pai artilheiro e filho autor de gol histórico

Na inauguração do estádio Cícero Pompeu de Toledo, o São Paulo jogou com Poy; Ademar, Gildésio e Riberto; Fernando Sátyro e Vítor; Peixinho, Jonas (Paulo), Gino Orlando, Gonçalo (Cláudio) e Canhoteiro. O técnico era Flávio Costa. Já o Sporting Lisboa disputou o amistoso com Aníbal; Lino e Hidário; Mendes, Morato e Július; Hugo, Faustino, Figueiredo (Fernando), Diego (Geo) e Seminário. O técnico era Alfredo Gonzalez.

Peixinho, o primeiro agachado, à esquerda, com o time do São Paulo no dia da inauguração

Naquela época, o São Paulo começava o período de jejum de títulos que duraria até 1970, com elencos sofríveis e poucos jogadores de destaque, numa década dominada com sobras pelo Santos de Pelé e, também, pelo Palmeiras de Ademir da Guia. Do time campeão em 1957, só restavam Poy, Riberto, Vítor, Gino e Canhoteiro (estes dois últimos já decadentes). O Sporting de Lisboa tinha sido campeão português na temporada 1957/1958 e voltaria a conquistar esse título na temporada de 1961/1962.

Cartaz da inauguração do estádio e Rogério Ceni homenageando Peixinho com uma placa


Ainda inacabado, o Morumbi foi inaugurado com a presença de 56.448 torcedores. Seria terminado somente em 1970. O recorde de público ocorreria em 9 de outubro de 1977, no segundo jogo da decisão do Campeonato Paulista, quando 146.082 pessoas viram a Ponte Preta derrotar o Corinthians por 2 a 1. Depois de reformas estruturais nos anos 1990, a capacidade caiu gradualmente, chegando aos atuais 68.000 lugares. A última partida da seleção brasileira no estádio, em 2014, contra a Sérvia, teve 63.280 pagantes.

Edição do jornal Última Hora que noticiou a vitória sãopaulina contra a equipe portuguesa

Depois do jogo contra o Sporting, o São Paulo ainda disputou outro amistoso no Morumbi, logo em seguida, em 9 de outubro de 1960. Num gesto de amizade, os "clubes co-irmãos", Corinthians, Palmeiras e Santos, decidiram ceder jogadores para reforçar o Tricolor. Mas, na vitória por 3 x 0 sobre o uruguaio Nacional, só jogaram o corintiano Almir Pernambuquinho e os palmeirenses Djalma Santos e Julinho Botelho. Escalado por Flávio Costa, a maior estrela, Pelé, contundiu-se em cima da hora e não jogou.

Almir, Djalma Santos e Julinho com a camisa do São Paulo, no amistoso contra o Nacional
O São Paulo que derrotou os uruguaios, com Julinho Botelho na ponta, no lugar de Peixinho

quarta-feira, outubro 01, 2014

Tipos de cerveja 74 - As Fruit Beer

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Designação dada tanto às cervejas ales quanto às lagers que sejam produzidas a partir de alguma fruta. Por isso, a cor, aroma, sabor e outras características variam muito, pois dependem da fruta utilizada. "Que me recorde, já bebi Fruit Beers de ameixa, maracujá, cereja, framboesa, entre muitas outras. Em comum, têm o fato de serem cervejas com baixo volume alcoólico e que devem ser servidas muito frias (e preferencialmente no verão), já que têm tendência de se tornarem algo doces", testemunha a cobaia, digo, o colega Bruno Aquino, do site português - e parceiro - Cervejas do Mundo. Mas, ao contrário do que possa parecer, estas cervejas não são necessariamente (muito) doces, destacando mais a acidez das frutas (como observa esse texto aqui do site da Gazeta do Povo, de Londrina). Para quem quiser arriscar, o Bruno Aquino dá a dica da New Glarus Belgian Red (foto), a Chapeau Mirabelle ou a Floris Ninkeberry. O Boteco & Cerveja recomenda (aqui), também, a Delirium Red (mais acessível nos mercados brasileiros), Bacchus Franbozen, St. Louis Premium Kriek, Rodembach Caractère Rouge e a Liefmans Fruitesse. Tem algumas dessas e outras tantas pra vender neste site aqui e neste outro aqui.