Destaques

sexta-feira, março 07, 2008

Guia de cachaça pra levar no bolso

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Pausa para leitura. Um volume bem interessante pra quem principia no mundo da cachaça. Chama-se (pasmem) Cachaça, escrito pelo publicitário Paulo Falzoni, e é da editora Livro de Bolso. O livrinho é de bolso mesmo, menor que um cartão postal, quase cabe na carteira. E nas páginas você encontra uma muito bem sintetizada história da patrícia, curiosidades sobre a fabricação e dicas de degustação, tudo ilustrado com belas fotos.

Ali aprendi que, em meados do século 17, a cachaça começou a disputar o mercado africano com a bagaceira portuguesa, e foi ganhando espaço de tal modo que a Coroa Lusa, preocupada com as perdas financeiras decorrentes, resolveu proibir a produção da branquinha em várias partes do Brasil. O Rio de Janeiro, por exemplo, “em 1659 recebeu ordem real que mandava destruir todos os alambiques da região”. Aí foi demais, mexer com a teimosa é pedir fogo de volta.

Segundo Falzoni, “esse foi o início do que, um ano mais tarde, seria chamado de A Revolta da Cachaça, quando uma centena de senhores de engenho recusaram-se a parar com a produção e comércio de cachaça. A força desse grupo era tanta que, ao final da revolta, o governador do Rio de Janeiro foi deposto e a proibição foi derrubada”.

Conta ainda que, no século 19, a força simbólica da bebida era tão grande que “muitos historiadores afirmam que D. Pedro I fez questão de brindar a Independência com um copo de cachaça nas mãos”. A prova de que o Manguaça Cidadão, programa social em elaboração nos fóruns do Futepoca, tem profundas raízes históricas.

Na segunda parte, uma série de fotos de 50 dentre as mais famosas marvadas. Não há nada de colecionador, são 50 caninhas que você encontra nas boas adegas ou lojas especializadas. Ou seja, é um bom guia para percorrer uma trilha básica no universo da canjibrina e montar o seu acervo pessoal. Apenas uma ressalva: podia dar mais informações, pelo menos a madeira em que é envelhecida cada uma das preciosas. No mais, vale muito levar um exemplar do libreto no bolso do paletó.

Blatter defende banimento para brucutus

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Numa entrevista publicada no jornal The Times, o presidente da FIFA, Joseph Blatter, defendeu punição severa para os jogadores que dão carrinhos perigosos ou violentos. Claro que a discussão tem a ver com o lance que vitimou Eduardo da Silva, do Arsenal, atingido pelo criminoso Taylor do Birmingham há duas semanas. “Jogadores que fazem este tipo de coisa intencionalmente deveriam ser banidos do futebol. Agredir alguém é criminoso se acontece num campo ou em outro lugar. É um crime e deveria ser tratado como tal”, disse mr. Blatter.

Na entrevista, ele toca em outra questão polêmica e defende que os clubes deveriam ter cotas de jogadores estrangeiros em seus elencos. Disse Blatter para justificar sua idéia: “Não é uma questão de identidade, mas de proteção ao espírito do jogo. Antigamente, o clube de futebol era um clube local, então era um clube regional, e um clube nacional. Agora, em alguns casos, ele não é sequer um clube continental”.

Quanto à primeira questão, o The Times colocou uma enquete no ar, com a seguinte pergunta: “os jogadores deveriam ser banidos por faltas violentas?” Até o momento em que eu votei, o “não” estava ganhando do “sim” por 54,4% a 45,6%. Os britânicos realmente gostam de sangue.

Para ler a entrevista, clique aqui

Para votar na enquete, clique aqui

(Des)governo Serra elogia desmatamento nas obras do Rodoanel pelo encontro de bromélia rara

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Mais pérolas do (des)governo Serra: hoje pela manhã, no Jardim Botânico de São Paulo, o tucanato convocou a imprensa para apresentar, em vídeo e foto, uma bromélia rara encontrada em meio ao desmatamento provocado pelas obras viárias do Rodoanel no ABC paulista. A Tillandsia linearis tinha sido vista pela última vez há 40 anos, e por isso acreditava-se que teria sido extinta. Na solenidade de hoje, foi exibido um vídeo em que a bromélia aparece "dizendo", toda feliz: "-Oi, eu sou a bromélia Tillandsia linearis! Se a equipe do Rodoanel não tivesse aberto a mata e me resgatado, eu ainda estaria sumida!" (ou algo do gênero - os repórteres receberam a bizarrice em DVD e tenho uma cópia). Em resumo: os tucanos desmataram quase 300 hectares de mata atlântica até então intocada e, agora, vêm dizer que isso foi a melhor coisa do mundo, pois encontraram a tal bromélia. Ah, o DVD tem o título de "O incrível resgate da biodiversidade". Incrível mesmo!

Monica Serra: "As bicicletas doadas têm marchas. Dá para subir até morro escarpado"

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O Futepoca adiantou e o Jornal da Tarde foi atrás da doação de bicicletas, pelo governo tucano do Estado de São Paulo, para crianças sem transporte escolar no município de Redenção da Serra. Chamamos a atenção, aqui, para o fato de que, com as doações (de empresários, na verdade), o governador José Serra (PSDB) se exime de garantir transporte escolar e, pior, compromete a segurança das crianças. O JT confirmou tudo. Na gestão da prefeita de Redenção da Serra, Edilene Dias Pereira (PSDB), os alunos da zona rural ficaram 20 dias sem transporte escolar no período da manhã, supostamente para obrigá-los a se matricularem no período da noite.

E agora, com a doação de bicicletas, as mães e estudantes receiam que a Prefeitura suspenda o transporte escolar público para os "presenteados". Além disso, o advogado Salomão Ximenez alerta que é ilegal vincular a doação de bicicletas à relação da distância casa-escola. Ele se baseia em normas que obrigam o Estado a fornecer transporte a alunos matriculados na rede pública (Lei de Diretrizes e Bases, Estatuto da Criança e do Adolescente e Constituição Federal). "Se o ônibus não chega às casas, o Estado está se omitindo, porque não faz obras de melhorias na região", sentencia Ximenes. Difícil ou fácil?

Sobre o problema da segurança, a prefeita prometeu (hilariamente) que vai construir uma ciclovia na longa e montanhosa estrada de 18 quilômetros. Não seria mais barato garantir o ônibus escolar? Mas o melhor, na edição desta sexta-feira do JT, é o pingue-pongue com a primeira-dama do estado, Monica Serra (foto), que foi pessoalmente a Redenção da Serra fazer as doações. Confiram o primor de seus argumentos:

JT - Gostaria que a senhora comentasse a questão topográfica irreguar da cidade. Vê algum problema?
Monica Serra - Tudo foi antecipado e pensado. É por isso que as bicicletas têm marchas. São 21 marchas, que dá para subir até morro escarpado.

JT - Essas bicicletas são só para os alunos que moram na área rural? Eles vão usá-las como meio de transporte até a escola?
Monica Serra - São crianças que moram na zona rural a mais de 3km. A criança a quem simbolicamente entreguei a primeira bicicleta mora a 18km da escola. Ele deve andar uns 4km só para pegar a condução que o município oferece, que tem uma rota determinada, mas não entra, não vai à casa de cada criança. Então quem mora em fazenda, tem que chegar até a porteira para poder tomar a condução.

JT - Mas os ônibus têm espaço para transportar as bicicletas?
Monica Serra - Eu não tenho esse detalhe, mas pode perguntar ao diretor. Os critérios para receber as bicicletas são famílias que ganhem até um salário mínimo.

JT - Na chuva, como ficaria essa situação? Talvez os alunos ainda dependam do ônibus para não se molhar no trajeto até a escola...
Monica Serra - Com tempo bom ou ruim, se comportar a bicicleta dentro do ônibus, a criança pode vir, não vejo problema nisso. Inclusive preserva também (a bicicleta). Assim a bicicleta vai durar muito mais tempo.


Ah, bom!

Um sem-teto nas eleições municipais de Paris

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Embora muitos candidatos a cargos públicos no Brasil e no resto do mundo gostem de dizer que passaram dificuldades e estão próximos do povo que mais precisa, provavelmente nenhum faz disso uma verdade tão crua quanto Jean-Marc Restoux. O sem-teto de 54 anos é candidato à presidência da Junta de Freguesia do Quartier Latin, uma das regiões mais luxuosas da capital francesa.

O Quartier Latin engloba dois bairros, o quinto e o sexto, e ali pode-se encontrar uma série de monumentos históricos, restaurantes e hotéis luxuosos, além de uma das universidades símbolo da França, a Sorbonne. E é nesse ambiente, mais especificamente no sexto bairro, que Restoux concentra sua campanha.

Há mais de 30 anos ele vive nas ruas e pede dinheiro aos transeuntes em uma esquina ao lado de um quiosque de jornais, acompanhado do seu "melhor amigo", o cão Júnior. Hoje, ao invés de dormir sob as arcadas do museu de Orsay, onde passou boa parte das noites de sua vida, mora no acampamento Dom Quixotte e passou a ter um endereço, requisito essencial para qualquer eleitor. Votará pela primeira vez nas eleições deste ano.

Rejeita o auxílio de assessores e sondagens de institutos de pesquisa e não mede palavras para atacar seus adversários políticos. Ideologicamente, Restaux afirma que não é "nem de direita nem de esquerda, mas aberto a todos os partidos" e tem como objetivo defender "o direito à habitação, a luta contra a pobreza e contra a criminalidade no bairro". "O atual presidente da junta transformou este bairro, em tempos um bastião da esquerda, num gueto para ricos com preços exorbitantes que foram afastando as pessoas com menos recursos", acusou em entrevista concedida ao Diário de Notícias de Portugal.

A grande dificuldade da campanha é que, no fim de fevereiro, ele contava com um orçamento de 60 euros, e precisaria de 1600 para mandar imprimir os folhetos de campanha. Mas ainda assim segue confiante: "Minha força é minha notoriedade", declarou à WMagazine, que apurou a popularidade do candidato: conhecia pelo nome metade dos freqüentadores da região.

O blogue de apoio ao candidato é Votez Jean Marc, que ostenta o slogan "Um outro som de sino".

Arena de Diadema é colocada "no gelo"

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Em 15 de fevereiro, o Edu repercutiu aqui uma matéria do Diário do Grande ABC sobre a construção do novo estádio do Santos em Diadema (SP), na Grande São Paulo. Segundo o periódico, o "sonho" seria realizado ainda naquele mês. Pois então, o jornal ABCD Maior foi atrás e descobriu que, na verdade, a história é bem diferente. Segundo apurou o repórter Sérgio Pires, o acordo entre a construtora alemã Hellmich, a Prefeitura e o Santos, para a construção da Arena de Diadema, tem de concreto apenas um papel: a carta do presidente santista Marcelo Teixeira, assinada em 2005, que autoriza a empresa a utilizar o nome do alvinegro praiano por dez anos.

A Prefeitura e o clube confirmaram que não há qualquer novidade. Valdemir Montes, diretor de Esportes em Diadema, adiantou apenas que "está sendo realizado um estudo da questão fundiária". Já José Carlos Peres, superintendente do Santos, foi mais direto, admitindo que a questão "deu uma esfriada". "Parece que está tudo parado", lamentou. O "resfriamento" das negociações foi confirmado recentemente pela revista on line alemã Stadionwet (www.stadionwet.de), especializada em estádios, que divulgou nota sobre a Arena Diadema informando que "esses planos estão no gelo".

Mas a pá de cal na matéria do Diário do Grande ABC veio do conselheiro santista - e vereador de São Bernardo - Gervásio Paz Folha (PSB). Segundo ele, Marcelo Teixeira enviou um emeio a todos os conselheiros não autorizando que passem informações sobre a construção do estádio. "Ele disse isso porque não existe nada de concreto", garantiu Paz Folha. Se um dia sair do papel, o novo estádio do Santos será construído na altura do quilômetro 20 da Rodovia dos Imigrantes, no Jardim Inamar, em Diadema. O terreno, visto na foto acima (crédito de Luciano Vicioni/ABCD Maior), tem 800 mil metros quadrados.

Rei da Cocada Preta: colunista sugere mudar o apelido do Imperador Adriano

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Foto: Rubens Chiri/Divulgação
Xico Sá, em sua coluna na Folha de S.Paulo desta sexta-feira, 7, defendeu que o atacante Adriano, atualmente no São Paulo, troque o apelido de Imperador por Rei da Cocada Preta. Depois de ser multado em 40% do salário, o jogador pediu que a imprensa o tratasse pelo codinome adquirido na Itália, onde jogou pela Internazionale de Milão.

"Amigo Adriano, aceite sugestão mestiça e de classe: que tal substituir o italianíssimo Imperador por Rei da Cocada Preta?", sugere. "Já que estamos viciados nessa efeméride picareta e monarquista de dom Pedro 2º, o que é que custa adotar título mais honesto com a história da República?", completa.

Para Sá, Adriano, Adriano "mesmo aquele homenzarrão todo, molecularmente falando, ainda joga com a mamadeira invisível e, em algumas ocasiões, fraldas". O escritor defende que o atleta não tem preparo emocional para enfrentar os holofotes da mídia. Jogadores como ele, ao sair de casa "de ônibus, no escuro", "direto para Milão, Madri, Berlim, Roma confundem-se com os impérios quando tomam o primeiro fogo moral de artifício".

Durante a semana, depois de viajar com a delegação sem uniforme, o jogador foi multado e se irritou com o que considera perseguição da imprensa, de deus e do mundo. Na quarta-feira, 5, foi o autor de dois gols pela Taça Libertadores, contra o Audax Italiano.

É mais simpático. Será que cola?

quinta-feira, março 06, 2008

Não é para qualquer um

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É obrigatório aqui o registro da goleada acachapante que o Fluminense aplicou no Arsenal, da Argentina, com show de Dodô. O placar de 6 a 0 é difícil até contra times pequenos, em campeonato estadual. Na Libertadores, é um feito. Não assisti ao jogo, claro, nem os melhores momentos, mas taí um placar que não tem como não refletir o que foi o jogo: domínio do começo ao fim. E o Arsenal não é qualquer time, foi campeão da Copa Sul americana do ano passado.

Não sei nada sobre esse time (deixo a análise para o pessoal do Blá Blá Gol). Mas pode ser que saia coisa boa das Laranjeiras.

O melhor confronto da Copa do Brasil

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A primeira rodada da Copa do Brasil, em geral, não reserva muitas emoções para os torcedores. Times grandes enfrentam verdadeiras babas que, pressionados pelo regulamento que elimina o time da casa se perder por dois gols de diferença, faz com que os pequenos se lancem ao ataque quando estão em desvantagem. O resultado fica claro: goleadas acachapantes que não animam os fãs de quem ganha.



Mas, nessa primeira rodada, houve um duelo que valeu pela emoção. O Juventus, da Rua Javari de São Paulo, conseguiu a vaga para o torneio por ter vencido a Copa FPF em 2007, e foi a Alagoas enfrentar o Coruripe, campeão estadual, na semana passada. Tomou uma piaba de 4 a 1 e já tinha botado as barbas de molho, sabendo que teria sérias dificuldades para reverter o resultado em casa.

Ontem, a partida de volta. O time do treinador Edson Pezinho tomou o gol aos 22 minutos, marcado pelo experiente Dedimar. Mas o clube de Alagoas empatou seis minutos depois, com tento de Jaelson. E assim acabou o primeiro tempo no rodolfo Crespi. Na segunda etapa, o Moleque Travesso precisava marcar quatro gols, e não tomar nenhum, para assegurar a classificação à segunda fase do torneio.

E o time da Móoca voltou arrasador. Aos 3 minutos, Lima marcou o segundo; aos 12, Anderson anotou terceiro; e aos 22, Kanu fez o quarto. Como o resultado, a partida iria para as penalidades. Mas, depois do gol, o jogo ficou tenso. O treinador alagoano foi expulso e João Paulo, do Juventus, também.

O "Hulk" de Alagoas, mesmo com um a mais, não conseguiu segurar o resultado. Perto do fim, aos 42, Kanu fez mais um gol e matou a partida e o verde alagoano. O esquadrão de Vovô, Léo Macaé e Nílson Sergipano ficou no meio do caminho. É bom registrar que a equipe nordestina entrou desfalcada de quatro atletas e não pôde contar com Renatinho, Fabrício e os volantes Geninho e Babau.

*****
O Juventus parece dar sorte com equipes de Alagoas. A sua maior glória, o título da Taça de Prata de 1983, foi conquistado em cima do Centro Sportivo Alagoano.

*****
Na segunda fase da Copa do Brasil, nenhuma partida vai reunir dois times da Série A do Brasileirão.

Reflexões argentinas

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Eu não sou daqueles que têm ódio da Argentina. Aliás, com exceção do Boca Juniors, quase sempre torço pras equipes de lá nas competições continentais - por exemplo, comemorei o título do Arsenal de Sarandí na Copa Sul-Americana, que superou o América do México.

Por outro lado, tenho ódio amplo, geral e irrestrito de brasileiros que, no português claro, "pagam pau" pro futebol argentino. Por "pagar pau", não defino a simples admiração ou o reconhecimento dos inegáveis bons serviços prestados pelos vizinhos ao esporte bretão; e sim um fanatismo babaca que trata os argentinos como deuses supremos da raça e do amor à camisa e os brasileiros como um bando de maricas que não têm fibra pra jogar futebol.

Por isso, recomendo a todos - principalmente a esses citados "paga pau" - que vejam o vídeo abaixo. É uma compilação, aparentemente feita por argentinos, de opiniões de jornalistas locais antes e depois da final da Copa América de 2007 - aquela que, pra quem não se lembra, o Brasil massacrou a seleção platina, que era justamente tratada como favorita. Imperdível.

Pilantragem

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Não vi o jogo e, até o momento, nem os gols (no bar que eu estava não tinha TV, cheguei em casa de madrugada e desmaiei, nem lembrei do futebol). Só fiquei sabendo do resultado agora pela manhã: São Paulo 2 x 1 Audax, de virada. Quando soube que Adriano (foto) fez os dois gols, desconfiei. Depois das patifarias e bravatas, é muito propício fazer uns golzinhos justamente nesse campeonato e salvar o time de uma derrota desastrosa. Antigamente diziam que o Romário só fazia gol quando queria. E quando não tava a fim, passava jogos e jogos olhando pras nuvens. Pois é, será que o tal "imperador" não segue a mesma escola da pilantragem?

quarta-feira, março 05, 2008

Gigantes eliminados da Liga dos Campeões

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Com a classificação nos pênaltis (4 a 1), o Schalke 04 eliminou o Porto no estádio do Dragão, encerrando os jogos desta semana pela Liga dos Campeões da Europa. Só falta uma partida para serem definidos os oito classificados para as quartas-de-finais, Intenazionale x Liverpool, no próximo dia 11. Os ingleses fizeram 2 a 0 no jogo de ida e têm grandes possibilidades de seguir adiante na competição.

O destaque fica para a eliminação dos gigantes Milan (atual campeão) e Real Madrid (sinceramente, bem feito para este último). Os italianos foram surpreendidos em plena Milão e levaram 2 a 0 na cabeça, do Arsenal, enquanto o time de Robinho levou um gol fatal aos 46 minutos do segundo tempo, de Vucinic, que entrara no lugar de Mancine. Os 2 a 1 que a Roma impôs aos merengues foi o mesmo placar do jogo de ida.

Os classificados até aqui são Arsenal, Barcelona, Manchester United, Fenerbahçe, Roma, Chelsea e Schalke 04.

Os jogos (de volta) das oitavas:

Milan 0 x 2 *Arsenal
Barcelona *1 x 0 Celtic
Manchester United *1 x 0 Lyon
Sevilla (2) 3 x 2 (3)*Fenerbahce

Real Madrid 1 x 2 *Roma
Chelsea *3 x 0 Olympiacos
Porto (1) 1 x 0 (4) *Schalke 04
* classificados

Dia 11, terça (16h45) - Internazionale x Liverpool - San Siro, Milão

Projeto social tucano: Pedala, molecada!

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Em vez de garantir transporte escolar seguro e eficiente onde ele ainda não existe, o (des)governador José Serra (PSDB) resolveu transferir a responsabilidade: está distribuindo bicicletas para que a molecada, literalmente, pedale! E pior, não está gastando nada, pois as bicicletas foram doadas por empresários que partilham da mesma mentalidade. Se não acreditam, podem ler abaixo trecho do email distribuído hoje para a imprensa. Pelo o que entendi, somando ida e volta, algumas crianças terão que pedalar mais de dez quilômetros por dia (fora o perigo da fragilidade de bicicletas contra veículos no caminho).

Amanhã, dia 6, a presidente do Fundo de Solidariedade e Desenvolvimento Social e Cultural do Estado de São Paulo, Monica Serra, participa da cerimônia de doação de 150 bicicletas em Redenção da Serra, no Vale do Paraíba. Os alunos do ensino fundamental que moram a uma distância superior a cinco quilômetros da Escola Estadual Coronel Queiroz vão ganhar bicicletas novas para facilitar o acesso à escola, diminuindo, assim, a evasão escolar. As doações fazem parte do projeto Pedalando e Aprendendo que, inicialmente, prevê a doação de bicicletas e capacetes aos 20 municípios mais pobres e de até cinco mil habitantes. Outro critério é a distribuição de bicicletas para alunos de 11 a 14 anos, cuja família tenha renda de um salário mínimo. As doações são feitas por empresários e parceiros do FUSSESP.

Pois é: pedalando e aprendendo...

Beber todo dia é mais comum que fumar

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É isso aí, bando de manguaças: levantamento da Secretaria de Estado da Saúde aponta que 28% dos que já experimentaram álcool fazem uso diário da substância. O Cratod (Centro de Referência em Álcool, Tabaco e Outras Drogas), órgão da pasta, entrevistou 339 pessoas na capital paulista em 2007 (acho que fui entrevistado, mas tava bêbado e não lembro). Do total, 250 (73,7%) afirmaram já terem feito uso de álcool na vida, e 28% dessas pessoas disseram que tomaram bebidas alcoólicas diariamente ou quase todos os dias nos três meses anteriores. Já dos 66,3% que já experimentaram cigarros ou derivados de tabaco, 12,4% afirmaram que fumam diariamente. Ainda bem que sou uma pessoa sem vícios: só fumo quando bebo. Todo dia...

EUA x "Terroristas": Escolham bem seus medos

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A manchete da Folha de S. Paulo de hoje (aqui, para assinantes) traz George W. Bush declarando seu esperado apoio à Colômbia na crise que ela mesma criou e criticando o que chama de "provocações" de Hugo Chávez. Apoio esperado por dois motivos. Primeiro, porque os Estados Unidos são os grandes financiadores de Uribe na luta contra a guerrilha. De acordo com o próprio jornal, já foram US$ 4 bilhões nos últimos quatro anos para combater "o narcotráfico e a guerrilha" (até a Folha separa as duas coisas).

O outro motivo é mais amplo. Os EUA nunca viram problema nenhum em invadir e bombardear o territóro alheio, desde que isso sirva a seus propósitos. Foi assim recentemente no Iraque, onde a ocupação atroplelou proposições de todos os organismos multilaterais. Foi assim na Nicarágua, no Panamá, no Afeganistão e quase foi em Cuba, no mal sucedido episódio da Baía dos Porcos.

Lutam contra a ditadura no Iraque, mas vendem (e compram) tudo o que podem para a China. Criticam o "atraso" no Afeganistão, nos apavorando com burcas, e abraçam com ardor o petróleo da Arábia Saudita, ditadura sangrenta onde as mulheres (mesmo estrangeiras em visita) não podem dirigir, ocupar cargos importantes ou andar na rua com a cabeça descoberta (mais detalhes em reportagem da revista Fórum). Ameaçam o Irã (que é muito mais liberal em termos de costumes) por pretender possuir bombas nucleares, mas guardam muito bem as suas além de entopir Israel com tudo que podem. Atacam as prisões polítcas de Cuba e torturam prisioneiros em Guantánamo, rasgando códigos e convenções internacionais de guerra.

Tem uma galera aí contra o "terrorismo" das Farc, ou seja lá o que for. Não foi nenhum grupo guerrilheiro que apoiou o golpe militar no Brasil, nem na Argentina, nem no Chile, onde o presidente foi assassinado na sede do governo (por aqui, alguns devem se lembrar – meu pai certamente se lembra –, terroristas e subversivos eram os termos utilizados pela ditadura militar para desiginar quem lutava contra ela, pela democracia). Também não foi nenhum grupo guerrilheiro que colocou Saddam Hussein no poder para tirá-lo anos depois, nem que financiou o Taleban e Osama Bin Laden contra os soviéticos para transformá-los mais tarde na encaração das hordas do inferno.

Hoje, da mesma foram que bancam a guerra interna de Uribe (e bancarão um conflito regional também), bancam o massacre (não há outra palavra) que Israel promove contra o povo palestino, classificado coletivamente como "terrorista".

Os Estados Unidos foram e são o maior fomentador de guerras e massacres nesse mundo, não se enganem. Consideram um direito (e de seus aliados) fazer o que quiserem, do jeito que quiserem, onde quiserem. Atropelam soberanias nacionais, direitos humanos, convenções internacionais, democracia e o que quer que esteja em seu caminho. Cuidado com seus medos.

Santistadas

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Quando jogava futebol de botão, eu adorava ganhar de 1 a 0, o placar de Santos e Chivas Guadalajara.

As observações, sem análises táticas complexas:

1) o Santos deve dar gracia dio, porque o Chivas é um bom time, e o que assegurou a vitória foi a mística da Vila Belmiro. E ter ganhado na Vila foi decisivo com vistas à classificação às oitavas. O Santos pode agora se dar ao luxo de perder no México;

2) o Molina fez um gol espírita. Fora isso, é um jogador que pode dar alegrias à torcida do Santos;

3) a torcida do Santos presente na Vila apoiou o time. Mas a torcida do Santos de Santos deu vexame. A Vila era pra estar lotada. Se fosse no Pacaembu, lotava. Vaias para a torcida do Santos, que conseguiu deixar semi-vazio um estádio com capacidade para 20 mil pessoas;

4) Fábio Costa mais uma vez mostrou ser um líder (antes e durante o jogo) e um jogador imprescindível ao time (como ouço de cerca de 95% dos santistas que conheço). Diga-se, o único remanescente daquele time campeão de 2002, que era: Fábio Costa; Maurinho, Alex, André Luiz e Leo; Paulo Almeida, Renato, Elano, Diego; Robinho e Alberto.

5) O tal Quiñonez jamais deveria vestir novamente a camisa do Santos; o Carleto tem futuro, mas atualmente eu prefereria o Carlinhos (sic). O Carleto está comprometendo demais. Tem que ser muito lapidado ainda. Que falta que faz o Kléber.

6) o Betão é muito, mas muito ruim.

7) ao contrário do que eu disse em comentários de blogues parceiros (motivado mais pela paixão do que pela razão), acho que o Leão tem que continuar. Mas (aí é que está!), não apenas nesta temporada. Tinha que ficar uns 3, 4 ou 5 anos. Pra dar tempo de a história se consolidar.

terça-feira, março 04, 2008

Divagações sobre a crise entre Colômbia, Equador e Venezuela ou Lembranças dos anos 60

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O governo colombiano de Álvaro Uribe parece estar metendo os pés pelas mãos de forma grotesca nos últimos dias. Primeiro, bombardeou parte do território do vizinho Equador em busca de acampamentos das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, grupo que uns dizem ser de guerrilha marxista outros de narcotraficantes), em clara violação da soberania do país. É como se, digamos, “inimigos internos” (para usar um termo da época da ditadura) da Argentina se escondessem no Mato Grosso e os platinos mandassem bombas no Pantanal. Acho que nós brasileiros não iríamos gostar nem um pouco.

Depois do malfeito, Uribe pediu desculpas meio acanhadas pela invasão. Com a reação de Rafael Correa, presidente do Equador, e do mandatário venezuelano Hugo Chávez, aliado próximo do governo equatoriano, que envolveu inclusive movimentação de tropas para as fronteiras e retirada de embaixadores, Uribe divulgou informações de que tanto Correa quanto Chavéz teriam acordos com as Farc, o que provaria que a Colômbia estava sendo atacada por “terroristas”. Do jeito que eu entendo, isso quer dizer que os dois são inimigos do governo colombiano, o que nos coloca num cenário de guerra.

Hoje, o vice-presidente da Colômbia, Francisco Santos, disse que as Farc estavam tentando adquirir material radioativo para fabricar uma “bomba suja”. Quer dizer, o que nenhum grupo terrorista do mundo, nem a poderosa Al Qaeda, teve coragem ou recursos para fazer, lançar uma bomba atômica. E em seu próprio país! Não parece fazer muito sentido.

A Colômbia faz tempo que é ponta de lança dos interesses americanos na América do Sul. O plano de combate às drogas de Uribe é financiado com dinheiro estadunidense, segue suas orientações e prevê presença militar dos States no território. Com a chegada ao poder de vários governantes mais independentes de Washington, a proximidade deve ter aumentado. Por isso, talvez, Uribe esteja sentido-se mais a vontade para botar suas mangas de fora.

As décadas de 60 e 70, quando ocorreram intervenções das mais variadas por parte dos EUA nos países da América Latina, vêm à memória numa situação dessas. Uma operação como essa contra o Equador, aliado do segundo maior adversário dos EUA na América (Cuba ainda é o primeiro, simbolicamente, apesar da Venezuela ter muito mais bala na agulha) não tem cara de ser sem motivo, tem? As análises que eu li acham improvável que os três países cheguem à vias de fato, ou seja, uma guerra. Tomara que tenham razão.

Homem pelado invade jogo de críquete e leva ombrada de jogador

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No meio de uma emocionante (suponho) partida de críquete, na Áustrália, um torcedor tirou a roupa e invadiu o gramado. O jogador Andrew Symonds, sem pestanejar, correu para cima do cara e desceu-lhe uma ombrada, segundo o IG, ao melhor estilo do futebol americano. Depois disso, seguranças conseguiram prender o maluco, que deverá ser processado pela estapafúrdia invasão. Symonds também deve responder a processo, caso o Conselho Internacional de Críquete decida acusá-lo por agressão contra espectador.

Ah, sim! Para quem se interessa, a partida era entre as seleções australiana, onde joga Symonds, e indiana, válida por um tornei internacional da modalidade que mexe com os corações do mundo. O time da terra dos cangurus venceu a peleja.

segunda-feira, março 03, 2008

Buenos Aires, versão futebol

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Aproveitando minhas curtas férias, passei duas semanas flanando em Buenos Aires. E, como não poderia deixar de ser, banquei a correspondente internacional: fui ao jogo River Plate vs. San Lorenzo, pela 3ª rodada do Clausura, para apurar in loco as diferenças entre o futebol - e tudo o que ele envolve - do Brasil e dos hermanos. Ok, para ser sincera, a minha comparação ficará entre o que acontece no Morumbi e no Monumental.

O que mais me surpreendeu foi que, a despeito do que dizem certos comentaristas por aí, não é verdade que a torcida argentina não pare de cantar. Como em qualquer jogo meia boca, ficam calados na maior parte do tempo, só levantando a voz para comemorar um gol ou para xingar um adversário mais violento ou firulento. Pena que não teve um jogo do Boca para eu tirar a prova.

Comprar ingressos para aquele jogo foi uma tarefa fácil. Embora eu tenha encarado um esquema turistóide, com direito a pizza e cerveja antes do jogo - afinal, lá como cá a bebida alcoólica é proibida dentro do estádio - encontrei mais brasileiros na arquibancada que chegaram uma hora antes e compraram as entradas numa boa. Não avistei cambistas. Ponto para a Argentina. Além disso, o estádio estava quase lotado, mesmo sendo um jogo sem grandes atrativos. Impressionante.

Dentro do Monumental, que tem capacidade para 66 mil pessoas, tudo transcorreu de forma tranqüila. Há uma quantidade enorme de banheiros, que ficam quase sempre bem vazios - ponto para a Argentina. O espaço para as pernas nas cadeiras, no entanto, era exíguo, até para uma pessoa baixa como eu. Péssimo.

Comprar algo para comer ou beber, no entanto, era mais difícil do que por aqui. Até existem vendedores andando pelas arquibancadas, mas são poucos. E quem resolveu levantar para tentar comprar algo perdeu boa parte do jogo. Ponto para o Brasil. Registre-se que tem um vendedor de café na arquibancada. Em vez de manguaça, café.

O jogo em si foi bem sonolento.O River ganhou por 2 a 0. O primeiro gol foi de cabeça, numa cobrança de escanteio, e o segundo surgiu de uma jogada melhorzinha, bem tramada pelo ataque.

Destaque para a carniceria generalizada: nada é falta. Vi esse jogo e mais alguns pela TV e me pareceu ser um comportamento generalizado dos árbitros. Até faltas mais violentas ficavam sem punição. Um carrinho com o pé no alto, que acertou o adversário em cheio, ficou só no amarelo.

Outra coisa que eles adoram é cair e rolar no gramado reclamando de dores horripilantes. Fazem com que o jogo pare, a bola seja mandada para fora, para depois voltarem, lépidos e faceiros. Não que isso não aconteça por aqui, mas lá é o tempo inteiro. Ponto para o Brasil.

A saída também é diferente. A torcida menor é liberada logo ao fim do jogo. A maior, no caso a do River, espera cerca de 30 minutos para sair, para evitar confrontos. Aliás, havia guardas impedindo que os torcedores chegassem até a beirada do anel do meio, porque os do anel de cima costumam jogar objetos e substâncias 'perigosas' para atingir quem está embaixo. Bom, pelo menos não eram privadas.

Em breve, Buenos Aires, versão cachaça (no caso, cerveja).

Após vitória, palmeirenses divulgam "Eu nunca vou deixar de rir"

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A vitória do Palmeiras sobre o Corinthians não bastou para que os palestrinos ficassem satisfeitos. Agora, eles tratam de divulgar pela internet, por meio de sites de relacionamentos e blogues, uma paródia da campanha "Eu nunca vou te abandonar", promovida pelo time do Parque São Jorge.

Trata-se da contra-campanha "Eu nunca vou deixar de rir". Na frente, a camiseta estampa a frase e, nas costas, vem a mensagem personalizada "Porque foi hilário e sou (nome do time para o qual torce)". Há versões para torcedores do Palmeiras, São Paulo e Santos.

As camisas já estão à venda na internet e cada uma custa 30 reais. O site de venda ainda traz a mensagem "Não deixe de fazer esta homenagem aos amigos corintianos. Afinal de contas eles merecem."

A página ainda traz outra "vantagem" para o torcedor que comprar a camiseta. Ele poderá enviar uma foto ao site que ficará no mural "Eu zuei um corintiano". A página estimula os rivais a tirarem fotos nos estádios, "no futebol com os amigos, nas baladas e etc".







Normalidade: Palmeiras 1 a 0, em clássico morno

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A vitória do Palmeiras sobre o Corinthians por 1 a 0 com gol do chileno Valdívia esteve dentro da normalidade. Vitória verde sobre o alvinegro em jogo de poucas emoções (e gols).

Inusitado foi o que vi às 9h30, na rua Turiassu, uma das saídas do Parque Antártica. As camisas verdes dividiam harmoniosamente o espaço com as pretas. Era dia de clássico, Palmeiras e Corinthians. Mas os de preto estavam lá para assistir o show do Iron Maiden na noite de ontem. Os de verde para se reunir e tentar um ingresso para o Morumbi.

No espetáculo que me interessava – nada contra os metaleiros – faltou um pouco mais de futebol.

Reprodução Palmeiras
O manual da piada fácil me manda escrever: os titulares perdidos pelo Corinthians não fizeram falta, porque não são grande coisa. Mas não tenho como negar que o time alvinegro foi mal. Por não ter assistido a tantos jogos do Corinthians na temporada, não sei dizer se esteve pior. Os comentaristas que opinem.

Valdívia fez o gol, correu até o último minuto e comemorou até desarme na intermediária defensiva nos últimos minutos. A cena foi inusitada, mas mostra um dos motivos pelo qual "el mago" cativa a torcida. Não se trata necessariamente de amor à camisa, mas dedicação que o torcedor no estádio gosta de ver.

Quando o Palmeiras não se classificou para a Libertadores em 2007, o chileno chorou. Ontem, ao resolver o jogo, diz que voltou a derramar lágrimas cheias de sarcasmo e alegria. "Quem faz gol sempre fica na retina do torcedor, e para fazer história aqui no Palmeiras sei que preciso fazer mais gols”, declarou.

Luxemburgo andou falando que o meia tem mais é que jogar do que reclamar, para ser um grande atleta. Num certo sentido, deu razão a William, que chamou o meia alviverde de chorão durante a semana, o que motivou a paródia da comemoração de Souza do Flamengo contra o Cienciano, na quarta-feira.

Mas a vitória foi verde. A rotina de ganhar do Corinthians, este ano, não poderá se repetir, a não ser que ambos cheguem à final da Copa do Brasil.

Suplicy vai ver Dylan, mas pede show aberto no Ibirapuera

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O senador Eduardo Suplicy anunciou que já comprou seus ingressos para a primeira noite de apresentações de Bob Dylan em São Paulo. Os ingressos variam de R$ 200 a R$ 900, os mais caros da turnê, comparados a outras cidades latino-americanas, incluídos Rio de Janeiro e Buenos Aires.

Segundo a coluna da Mônica Bergamo de sábado, 1º, o senador que assopra no vento teria escrito uma carta ao prefeito Gilberto Kassab sugerindo-lhe que insista com o músico estadunidense para que ele faça um show extra no Ibirapuera, para quem quiser ouvir.

No dia seguinte, na mesma Folha de S.Paulo, Suplicy escreveu o que Dylan representa para ele. Em outras palavras, que é "um dos maiores poetas da língua inglesa, que, com sua arte, suas palavras e sua música, defende os anseios da humanidade".

O senador se consagrou por sempre descrever o programa renda mínima, aprimorado para a renda da cidadania. Depois, em vários contextos, muitos dos quais imortalizados pela volatilidade do Youtube, cantou "Blowin' in the Wind", um clássico do músico, composto em 1962.

No artigo, o senador diz que quer ouvir Dylan cantar "Blowin'...", já que não teve sucesso no show que assistiu em Londres, em 2004. Ele não mencionou a hipótese de ser chamado ao palco para cantar junto.

Assita o melhor de Suplicy no YouTube:

Cantoria em evento do ProUni


Suplicy comanda o coro solitário de Blowin' em vídeo tremido.


Rap do Suplicy, na Comissão e Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, que discutia a redução da maioridade penal

Sobre os caras que decidem

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Lembro que, antes da Copa de 2002, eu estava amplamente decepcionado com a seleção brasileira, culpa da vitória xôxa na Copa de 94 e daquele time sem pé nem cabeça do Zagallo em 98. Não estava botando muita fé no Felipão e achava que o Ronaldo (à época ainda magro, mas já com o joelho detonado), já devia ter se aposentado.

Naquele momento, o Tostão, mesmo criticando o time e discordando de um monte de opções do Felipão, defendia que, se Ronaldo e Rivaldo estivessem jogando bem, o Brasil seria favorito. Eu, fã do comentarista, achava um absurdo ele esperar que dois jogadores resolvessem em nome do poderoso Brasil. Pois é, alguém estava certo nessa, e não era eu.

Todo esse preâmbulo para falar da importância dos “caras que decidem” no futebol. Aquele jogador que num lance pode decidir uma partida. Ou em vários decidir uma Copa.

É o que o Palmeiras teve a mais que o Corinthians ontem. Diego Souza e Valdívia têm mais condições de decidir do que qualquer jogador do time alvinegro. O jogo foi até equilibrado, os dois times tiveram suas (poucas) chances de gol. Quem tinha que decidir, decidiu.

Outro detalhe é a limitação do elenco corintiano. O time sentiu muito a ausência de Dentinho (que poderia ser decisivo) e de Fabinho, que dá muita segurança à defesa e alguma qualidade na saída de bola. Não são dois jogadores que possam ser tão essenciais assim...

Enfim, coroando minha fase de Poliana no futebol, acho que pode não ter sido tão ruim assim perder esse clássico. Ganhar poderia criar uma falsa impressão sobre o time do Corinthians. Tem uma boa defesa, é um time arrumadinho, e só. Faltam opções ofensivas. E falta, mas falta muito, gente lá na frente que decida.

domingo, março 02, 2008

A cachaça como metáfora

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A coisa está feia para o ex-deputado estadual Gilberto Gonçalves, do PTN de Alagoas. Matéria da Folha cita que gravações telefônicas - que estão sendo investigadas pela Polícia Federal - dizem que o político pediu, com todas as letras, "dinheiro de roubo, de corrupção", a um funcionário da Assembléia Legislativa do estado.

A explicação precisa sobre a origem do dinheiro apareceu como resposta a uma alegação de um interlocutor de Gonçalves, que dizia que teria que haver descontos de INSS e outros impostos no tutu que o ex-parlamentar aguardava. "Eu quero meu dinheiro. E não venha com desconto do INSS, não, porque isso é dinheiro roubado", diz a gravação, citada pela Folha.

Após a repercussão da denúncia, Gonçalves se diz desiludido com a política e a compara com a água que passarinho não bebe: "a política foi uma cachaça que tomei".

Tal declaração me fez lembrar de uma entrevista que realizei no ano passado com Sandro Zunino, dirigente do Avaí-SC que estava rumando para Rondônia para assumir a diretoria de futebol do Genus, clube local. Ao falar sobre as dificuldades do projeto, que somava o trabalho num clube pequeno e a mudança para um estado com hábitos culturais bem distintos do seu, Zunino dizia que encarava o desafio motivado pela paixão que nutria pelo futebol. E disse: "posso dizer que futebol é a minha cachaça!".

Em dois exemplos, a cachaça é utilizada como metáfora para o futebol e a política, fechando assim a trinca que norteia os trabalhos desse blog.