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Depois de passar alguns dias na gloriosa São Vicente (e pronto pra voltar para lá) vi que foi escrito aqui sobre o caso Luiz Alberto, zagueiro que saiu do Santos e foi para o Fluminense. Eleito um dos dois melhores defensores do Brasileirão deste ano, a diretoria da Vila Belmiro não fez muito esforço para manter o atleta.
O primeiro impasse era o salário. Quando as partes chegaram a um valor comum, veio o tempo de contrato. O Santos oferecia apenas seis meses e o jogador queria pelo menso um ano. Vários dias se passaram sem qualquer contraproposta do time da Vila Belmiro, até que o atleta cansou e negociou com o Fluminense. No mesmo dia, foi procurado por um diretor do Santos que ofereceu dois anos de contrato. Mas o zagueiro já tinha fechado um acordo e manteve a palavra.
Existe uma certa recorrência em renovações de contrato na era Marcelo Teixeira. Muitas vezes, utiliza-se a tática da "canseira". Ou seja, o jogador é tratado como um idiota, não é procurado pela diretoria que tenta pressioná-lo a aceitar qualquer coisa depois. Desta forma, o Santos perdeu Ricardinho - que recebeu somente uma proposta por parte do Peixe - e outros atletas como Deivid, que confessou a uma emissora da Baixada que o time não lhe fez qualquer proposta de renovação, sendo que ele desejava permanecer na Vila (tanto que agora até abriu uma rede de locadoras na cidade).
O episódio mais patético dos trapalhões do Santos foi a saída de Fábio Costa. Com salário de 80 mil reais, ele não recebeu qualquer contato dos santistas e, indignado, acabou indo para o Corinthians ganhar... a mesma remuneração. Dois anos depois, foi recontratado ganhando o dobro do que recebia no Parque São Jorge, mesmo tendo passado boa parte do Brasileirão na reserva da equipe.
Mas, no episódio Luiz Alberto, há um elemento a mais para justificar a patetice da diretoria. Vanderlei Luxemburgo, como se sabe, não gosta de jogadores que façam sombra a seu comando. Ao contrário, gosta daqueles típicos pelegos que são sua voz, alma e sombra nos gramados. Luiz Alberto era respeitado no elenco e os demais o chamavam de "presidente", por conta de seu comando. ao que parece, isso não agradou o treinador ególatra que preferiu trazer seu amigo Antônio Carlos - contrariando parte da diretoria - a ficar com Luiz Alberto. O zagueiro oriundo do Juventude pode até ser útil de acordo com o esquema tático, mas o médico do Santos já disse que ele não tem condições de jogar duas partidas por semana. Valeu a troca? Depois ainda põem a culpa na Lei Pelé...