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terça-feira, setembro 29, 2009

Reinaldo Azevedo para chanceler de Honduras

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Desde a leitura de O Alienista, do Machado de Assis, tomo um cuidado danado antes de tachar qualquer um de louco. Quem leu a história sabe que Simão Bacamarte funda um hospício e começa a internar todos a quem considera loucos, praticamente toda a cidade. Ao final, acaba com um único paciente, ele mesmo.


Pois não é que contra a condenação do mundo inteiro, da Organização dos Estados Americanos, OEA, da ONU, da União Europeia, o tal do Reinaldo Azevedo decide provar por A + B que o golpista em Honduras é o presidente deposto, que o golpe foi constitucional etc. Tudo isso com base em seu "amplo" conhecimento da Constituição hondurenha.

Faltou dizer que Estado de sítio, fim das liberdades individuais, fechamento de rádios e TVs, exército na rua batendo na população são medidas para "preservar" a democracia.

Seus delírios e o séquito de seguidores que repete suas bobagens são conhecidos. Também a sua desonestidade intelectual e incapacidade de conviver com o contraditório, pois não aceita nenhum comentário contrário ao que escreve em seu blog.

Mas, hoje, estrapolou. O gênio fez um texto em que baseado nos seus conhecimentos da Convenção de Viena, da Constituição Brasileira, do raio que o parta, afirmou que nenhum jurista conseguirá provar que ele não tem razão ao pedir o impeachment do ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, e, por que não, do presidente Lula. Clique aqui se tiver estômago.

Fora a megalomania de achar que sabe tudo sobre tudo, desfiar preconceitos o tempo todo, nunca se ater à verdade factual, agora o sabichão da Veja diz que só ele conhece direito e Relações Internacionais, contra a opinião do mundo inteiro. Chega a pedir, inclusive, que a OAB encampe sua campanha, já que lá não tem ninguém que entenda de direito para ter uma ideia tão genial.

Simão Bacamarte era honesto, internou-se e morreu em seu hospício. De Reinaldo não dá para esperar nenhum ato de honestidade, nem intelectual. Então, camaradas, o que acham de o presentear com o cargo de chanceler do governo de Micheletti. Aquele que vai provar para o mundo que o golpe não é um golpe. Será que o "governo de facto" aceita?