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O Santos teve três
desfalques na partida contra uma das equipes que vem surpreendendo no
Paulista, o Linense. O trio Neymar, Arouca e Montillo atuou pelas
seleções brasileira e argentina e o Peixe sofreu com as ausências,
mas poderia ter uma vida menos difícil se não fosse a escalação
de Muricy Ramalho.
Cícero e uma rotina de goleador |
Não tenho nada contra
formações ofensivas, pelo contrário, mas quando elas não são
treinadas e revelam um certo menosprezo (ou desconhecimento) do
adversário não tendem a terminar em boa coisa. Em um esquema assim,
os atacantes têm que marcar a saída de bola e o meia ofensivo tem
que marcar. André não fez isso e Felipe Anderson acabou cumprindo
tal função bem menos do que deveria no primeiro tempo, não
melhorando tanto no segundo.
Com os donos da casa
explorando bem os lados do campo e colocando em apuros a zaga
alvinegra durante boa parte do tempo, a finalização de longa
distância de Cícero, que resultou no primeiro gol do jogo, foi um
verdadeiro achado. O quarto gol do meia no Paulista o colocou na
vice-liderança da artilharia da competição.
Mas a má atuação dos
visitantes se traduziu na virada ainda no primeiro tempo, em uma bola
desviada na zaga e, mais tarde, em uma bela tabela do Linense entre
Gilsinho e Leandro Brasília, com tento marcado pelo último.
Perdendo por 2 a 1,
Muricy fez o que deveria ter feito antes do jogo, tirou André e
colocou o volante Pinga. O Santos voltou mais aceso e conseguiu o
empate aos nove minutos, com cobrança de pênalti sofrido por Neto e
cobrado por Miralles. Penalidade, aliás, pra lá de duvidosa... Na
sequência, o argentino, agora artilheiro do Paulista junto com
Neymar, quase marcou de novo e Durval colocou uma bola na trave em
cobrança de escanteio, aos 14.
O jogo ficou mais
equilibrado, mas o Linense, do técnico Bruno Quadros, seguiu
surpreendentemente bem depois da pressão, marcando boa parte do
tempo no campo do adversário. Muricy ainda trocou o mais que
discreto Felipe Anderson pelo inexistente Victor Andrade. E ficamos
no 2 a 2.