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quinta-feira, março 18, 2010

Elis, 65 anos e um dia

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Ontem, quando faria 65 (nasceu em 17 de março de 1945), não lembrei do aniversário da maior cantora que este país teve em música popular.


A data não importa muito, fica apenas como desculpa para falar um pouco dela, de música e de algumas curiosidades.

Além da cantora, há a personalidade polêmica. Segundo as biografias, era exigente, briguenta, depressiva, bebia, usava cocaína, mas cantava como ninguém.

Na excelente biografia de Tom Jobim, Sergio Cabral conta das dificuldades da gravação de Águas de Março, nos Estados Unidos, para o disco Elis e Tom. Os dois gênios viviam às turras. E revela uma mágoa de Tom, ele teria mostrado a Elis a música Na Batucada da Vida, de Ary Barroso, que pretendia lançar num disco só com músicas do compositor. Elis ouviu e assim que chegou ao Brasil gravou, deixando Jobim magoado. O disco de Jobimc dedicado a Ary nunca saiu.

Mas a personalidade de Elis era complexa. Por outro lado pegou um Adoniran Barbosa quase no ostracismo e relançou Saudosa Maloca, resgatando o compositor na década de 1980. E lançou Tiro ao Álvaro, um dos últimos sucessos dele, além de dar "canja" no último disco que o compositor do Bixiga lançaria.

Agora, é melhor ouvir Elis do que falar dela. Vou citar apenas algumas músicas e compositores que lançou, Canção do Sal, Milton Nascimento, Romaria, Renato Teixeira, Ensaio Geral, de Gilberto Gil, e muitas outras. Vale lembrar que Elis cantou Gil quando ele ainda era executivo da Gessy Lever, com o sucesso da música defendida por ela no Festival da Record, foi convidado a gravar se primeiro disco, Louvação, e o país perderia um promisso executivo (rs).

Não vou me alongar mais, cada um que ouça sua predileta da Elis. E, por curiosidade, o vídeo postado abaixo não é com ela cantando nenhuma música, mas sim concedendo uma entrevista a Marília Gabriela, em 1980, com a filhinha estrábica, uma tal de Maria Rita.