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Mesmo quem não
acompanha o noticiário esportivo conhece ou já ouviu falar do
sul-africano Oscar
Pistorious. Velocista, ele utiliza duas próteses feitas de
carbono no lugar das pernas, e conquistou o direito, após muita
luta, de competir além da modalidade paralímpica (sim, é
paralímpica agora) e disputar os Jogos de Londres 2012 entre outros
grandes nomes do atletismo. Findas as Olimpíadas da capital inglesa,
ele entrou na disputa dos Jogos Paralímpicos como estrela máxima da
competição.
Mas havia Alan
Fonteles, um paraense de Marabá, de 20 anos de idade. Ele teve as
pernas amputadas por conta de uma infecção, quando ainda era bebê. Mesmo assim, quando criança tornou-se apaixonado pelo atletismo tanto que, aos 8
anos de idade, começou a correr mesmo contando apenas com próteses
de madeira, inadequadas para a prática do esporte. Por meio de um
triatleta,
Rivaldo Martins, que teve que amputar a perna esquerda devido a
um acidente, Fonteles conseguiu, em 2007, próteses especiais para
competições. De lá pra cá, várias conquistas, incluindo uma
medalha de prata em Pequim 2008, no revezamento 4 X 100.

Pistorious, derrotado pela primeira vez nos 200 metros, criticou
o brasileiro, que ficou mais alto por conta das próteses novas,
que estão, aliás, totalmente dentro da regra. Justo ele, que
combateu tanto quem argumentou que as próteses lhe davam vantagem
sobre atletas considerados “normais”, tentando barrar sua
participação em competições que não fossem paralímpicas. E foi
seu exemplo que serviu de inspiração para o próprio Fonteles,
segundo o brasileiro conta aqui.
Não fique chateado, Pistorious. Como você pode ver, esse ouro
também é seu, como muitos outros que virão também terão sua
marca. Mas hoje a festa também é de Alan Fonteles.