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domingo, setembro 02, 2007

Vem aí o "bloco da esquerda"

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PDT, PC do B, PSB, PRB, PMN e alguns outros partidos cujos nomes me fogem à memória lançam, nessa segunda, o "bloco da esquerda". A idéia das siglas é manter unidade de votações no Congresso e assim adquirir um bom prestígio - o bloco só ficaria aquém de PT e PMDB em número de congressistas.

O "esquerda" no nome não ajuda a entender para que lado penderá o bloco. Sua composição é muito heterogênea. Estão ali o PC do B, fiel escudeiro do PT há décadas, o PSB, de apoio ao governo federal, mas com muitos integrantes anti-Lula (São Bernardo que o diga) e o PDT - que, apesar de ter fechado consenso com o PT no início do ano, não dá para ser chamado de "aliado" com todas as letras.

Três figuras desses partidos mencionados, que deverão estar na cerimônia de lançamento do bloco, expressam bem essa heterogeneidade. Ciro Gomes (PSB) foi ministro de Lula, defende o barbudo no Congresso e é tido como nome certo para a corrida presidencial, caso o PT abra mão de indicar um nome. Do lado do PC do B, a deputada - gatinha e injustamente esquecida na eleição das musas da política - Manuela D'Ávila acena concorrer à prefeitura de Porto Alegre no ano que vem e sugere um racha com o PT, que pensa em indicar Maria do Rosário para o posto. E o PDT terá como expoente o deputado Paulo Pereira da Silva, o famigerado Paulinho da Força, crítico ferrenho do governo federal e ex-aliado de Mário Covas.

Aliás, o local da cerimônia do lançamento do bloco sugere a influência de Paulinho: será o Palácio do Trabalhador, sede da Força Sindical.

A impressão que dá é que esse bloco quer angariar força para mostrar ao PT que uma coligação para 2010 seria mais do que uma estratégia - seria sim uma necessidade de sobrevivência. Mas eu, sinceramente, não consigo prever quais serão as consequências dessa aliança. Alguém arrisca?