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Por Moriti Neto
Quem disse que fazer discurso manguaça é prerrogativa de alguma classe específica? Para aqueles que acreditam que só os assíduos frequentadores dos bares mais humildes são responsáveis por digressões feitas no calor dos goles da distinta, pode-se afirmar um ledo engano.
Entre políticos, há casos exemplares de pronunciamentos manguaças. Alguns dos mais notáveis foram feitos pelo ex-presidente russo Boris Yeltsin, falecido em abril de 2007.
Contudo nem só os titulares de cargos eletivos ou os humildes pinguços cotidianos têm exclusividade sobre o ato de soltar o palavrório devidamente manguaçados em ambientes públicos.
A cantora estadunidense Mariah Carey assumiu, na última quinta-feira, dia 7, que estava sob efeito de álcool quando discursou ao receber um prêmio pela atuação no filme "Preciosa: Uma História de Esperança", no Festival de Cinema de Palm Springs, nos EUA.
Atrapalhada com as palavras, ela não conseguiu completar uma frase: "Perdoem-me, porque estou um pouco...". Foi quando alguém do público, talvez em igual estado etílico, o que pode ter facilitado a conclusão, fez questão de completar: "bêbada”!
A cantora tentou justificar a condição – o que geralmente não é boa idéia – com a seguinte pérola: "Peço desculpas, às vezes fico um pouco difícil".
Bem, é possível conferir o quanto Mariah Carey fica difícil (às vezes?) no vídeo abaixo e comprovar que nem só as espécies citadas acima utilizam a retórica manguaça.