Destaques

Mostrando postagens com marcador pablo neruda. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador pablo neruda. Mostrar todas as postagens

quinta-feira, junho 12, 2008

Uísque feito com leite fermentado de camelo

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Depois de seis posts queimados com defunto ruim, vamos ao que realmente interessa: cachaça. Estou lendo "Confesso que vivi", autobiografia do poeta chileno Pablo Neruda (foto), e em determinado trecho ele narra uma visita à Mongólia no início dos anos 1950:

É certo que provei em taças de prata, incrivelmente lavradas, o uísque dos mongóis. Cada povo faz seu álcool do que pode. Este era de leite fermentado de camelo. No entanto sinto calafrios quando recordo seu sabor.


Depois, o poeta foi conhecer a China:

Cada um de nós tinha à sua disposição uma pequena garrafa de cristal cheia de vodca. Os 'gambé' estouravam com profusão. Este brinde chinês obriga a emborcar a taça de um golpe, sem deixar uma gota. O velho marechal Chu Teh, defronte a mim, enchia seu copinho com freqüência e com seu grande sorriso camponês me incitava a cada momento a um novo brinde. No final do almoço aproveitei um momento de distração do antigo estrategista para provar um trago de sua garrafa de vodca. Minhas suspeitas se confirmaram ao comprovar que o marechal tinha tomado água pura durante o almoço enquanto eu lançava às entranhas grandes quantidades de fogo líquido.


Ao que não se sujeita um diplomata...