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terça-feira, junho 16, 2009

Foi nos pênaltis, há dez anos. Palmeiras campeão da Libertadores de 1999

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Foi no dia 16 de junho de 1999, há dez anos.

No tempo regulamentar, foi 2 a 1. O Palmeiras havia saído na frente, com Evair aos 19, mas sofreu o empate cinco minutos depois, com Zapata, que bateria o pênalti decisivo para fora. Oséas marcou o segundo na etapa final, levando a decisão para os pênaltis. Na primeira partida, o Deportivo Cali havia vencido por 1 a 0. Nas cobranças alternadas, brilhou a trave e a sorte de Marcos, o Goleiro, e o Palmeiras conquistou a Taça Libertadores da América.

O treinador era Luís Felipe Scolari. Precisando vencer, o treinador mandou o veterano Evair a campo no lugar do lateral-direito Arce, uma das armas para cruzamentos desde os tempos de Grêmio do mesmo técnico. Evair fez o primeiro gol, mas foi expulso antes do final da partida. O meia Alex, um dos melhores do time e autor de dois dos três gols do jogo de volta nas semifinais contra o River Plate, foi substituído por Euller. Eram quatro atacantes em campo. Incrível lembrar que Zinho permaneceu em campo, tinha a confiança do técnico.

Tanta confiança que era de Zinho a responsabilidade de bater o primeiro pênalti, mas o consagrado atleta mandou no travessão. Depois, a tensão do torcedor só aumentaria a cada cobrança, até as duas últimas do Deportivo Cali: uma na trave e outra para fora. Marcos, que se consagraria definitivamente pela defesa do pênalti de Marcelinho Carioca no ano seguinte pela mesma competição, não teve tanto sucesso.

Mas tudo bem. O herói para a torcida estava no banco. Felipão montou um time menos virtuoso do que outros do período da co-gestão Palmeiras-Parmalat, mas era uma equipe aplicada, cheia de raça e com uma sorte genial.

O elenco era muitíssimo superior ao atual, um padrão fora da realidade brasileira. O risco que ele assumiu com as alterações é inacreditável. O que elas representaram em termos táticos – até o ponto da anulação do esquema tático, porque com quatro atacantes isso quase deixa de existir – explica porque tanto torcedor é saudoso do treinador.

O time
Cabe lembrar que Junior Baiano era o zagueiro central depois da fracassada empreitada brasileira na Copa do Mundo de 1998. César Sampaio e Rogério compunham a parte marcadora do meio de campo. O lateral-esquerdo Júnior despontava como valor e Roque Júnior completava o trio dos que têm o mesmo nome do pai naquele time. Arce pela direita também vivia um bom momento.

O meia Zinho, já veterano, havia deixado há muito o padrão "enceradeira" criticado na Copa de 1994, embora vital para o esquema de então. Sobre Alex, não é preciso escrever muito e, passada uma década, não houve um camisa 10 que lhe fizesse sombra nos domínios de Palestra Itália. Paulo Nunes e Oséas formavam uma dupla de ataque de respeito.

Entre os reservas, além de Evair e Euller, havia Rivarola em fim de carreira. E ilustres desconhecidos. Jackson, Rubens Júnior e Tiago Silva. Entre os consagrados antes e depois com a camisa alviverde, havia os goleiros Velloso e Sérgio, o zagueiro Cléber e o volante Galeano, titular absoluto na empreitada do ano seguinte.

História
Em 2007, o colombiano Fernando Rodríguez Mondragón concedeu uma entrevista em que declarava que o Cartel de Cali havia feito uma tentativa de suborno ao árbitro da partida, Ubaldo Aquino (Paraguai). A tentativa só teria fracassado por resistência de João Havelange. A principal falha na história era que tudo envolvia o América e não o Deportivo Cali. Pequenininha a brecha.

Na vida real, a trajetória do Palmeiras foi sensacional, incluiu vitórias sobre o Vasco, Corinthians (nos pênaltis), River Plate antes da partida final. No vídeo tem a trajetória contada em clima de videoclipe:


Outros vídeos
Palmeiras Campeão
Bastidores
A decisão por pênaltis
A final

Todo leitor palmeirense do Futepoca tem obrigação de brindar àquela conquista. E que ela inspire o Verdão na partida desta quarta-feira, 17, contra o Nacional do Uruguai.