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quarta-feira, novembro 28, 2007

O orgulho de ser judeu... mesmo não sendo

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Quando os rivais do Palmeiras xingavam seus jogadores e torcedores de porcos, ao invés dos verdes perderem tempo se "defendendo", acabaram adotando o simpático animal como mascote. Claro que não foi de uma hora pra outra, mas hoje há quem defenda que os são-paulinos acolham de vez o bambi, um jeito não só de dar um "cala-boca" nos adversários como também de combater a homofobia.

Não seria a primeira vez que um xingamento relacionado a preconceito seria absorvido por uma torcida. O Tottenhamm Spurs, clube da Inglaterra, tem uma história bastante interessante a respeito. O bairro de Stanford Hill, próximo à sede do clube, sempre foi um reduto judaico. Ali, vivem principalmente comunidades de judeus hassídicos, aqueles que usam preto e barbas longas, inevitavelmente chamando a atenção de qualquer transeunte.

Por conta disso, as torcidas rivais, em um misto de estupidez anti-semita e estupidez puramente clubística, entoavam gritos provocativos contra os torcedores do Tottenhamm. Os fãs do Chelsea se superavam, mas foi em uma partida contra o Manchester City que os adeptos do Spurs deram uma resposta, no mínimo, curiosa para o adversário.

No início dos anos 80, os torcedores do City começaram a cantar:

Vamos correr em torno de Tottenhamm de pau pra fora esta noite
Cantando: Eu tenho prepúcio, eu tenho prepúcio, eu tenho prepúcio, e você não

A resposta dos fãs do clube foi ímpar. Juntaram seus membros judeus e fizeram com que abaixassem as calças e balançassem seus membros circuncidados na direção da torcida rival. Uma reação sem revide.

Desde então, os adeptos do Tottenham se denominam Yidos (judeus). A identidade judaica passou a fazer parte da cultura da torcida e mesmo seus atletas são chamados de "judeus". O atacante alemão Jürgen Klinsmann, quando se transferiu para o clube, foi recebido pela torcida com gritos de "Jürgen era alemão, agora é judeu". Uma atitude importante em uma Europa que ainda respira ares anti-semitas...