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quinta-feira, novembro 08, 2007

Tropa de Elite e a criminalização da favela

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Na sua coluna semanal no Valor Econômico, Maria Inês Nassif escreve hoje sobre a violência policial, tendo como gancho o filme Tropa de Elite. Vale a pena ler (infelizmente, só pra assinantes).

Uns trechos:

– “O filme Tropa de Elite, de José Padilha, é assustador porque sua intenção de retratar uma realidade - o Batalhão de Operações Especiais (Bope) da PM do Rio é violento, porém não é corrupto - acabou trazendo à luz do dia uma radicalização que estava latente na chamada opinião pública. Se antes existia um certo recato de defender a violência policial como um ‘mal necessário’ numa sociedade violenta, parece que esse prurido caiu definitivamente por terra”.

– “A visão de que há uma guerra em curso, e que faz parte da guerra a morte de inocentes - foi esse, em última instância, o argumento usado pelo secretário de Segurança do Rio, José Mariano Beltrame, para justificar as ações de sua polícia no Complexo do Alemão e na Favela da Coréia - é empunhada com surpreendente naturalidade por aqueles que gastaram papel e saliva para defender o direito do apresentador Luciano Hulk de ter um Rolex sem ser importunado por ladrões."

– “A favela e a periferia passam a ser, nessa visão autoritária e elitista, a personificação do crime - é o que se chama de criminalização da pobreza. O efeito colateral de uma repressão violenta a esses espaços geográficos de exclusão - a morte de inocentes - é menos condenável do que o roubo de um Rolex de propriedade de uma celebridade.”