Destaques

Mostrando postagens com marcador cervejas latinas. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador cervejas latinas. Mostrar todas as postagens

terça-feira, fevereiro 03, 2009

Antillanca: "sabor de verduras estragadas"

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Estou numa fase de provar cervejas latinas e, nessa pesquisa, trombei com uma tal de Antillanca, cerveja chilena dita "artesanal". Me pareceu atrativa, visto que a lata, vermelha, é parecida com a da boliviana Paceña - que pretendo comentar em breve, aqui no Futepoca, como a melhor Pilsen que já provei em toda a minha vida. Mas continuei fuçando mais um pouco sobre a Antillanca e encontrei posts em dois blogues chilenos que me fizeram rir muito. E depois, consequentemente, abandonar de vez a ideia de provar essa cerveja.

No blogue "Sin destino no hay futuro", Augusto Astudillo conta que sua desventura começou ao escolher a cerveja "mais barata" (sempre indício de mau negócio...). "(Era) uma chamada Antillanca e dizia em sua introdução: cerveja artesanal elaborada pelos grãos mais finos, blá-blá-blá. (...) Comprei com gosto e me perguntava por que tão barata - 850 pesos chilenos (hoje, pouco mais de R$ 3,00) o vasilhame de 1,5 litro...", relatou Astudillo.

"Enfim, abri sua tampa rosca, peguei um copão e o enchi. Me preparei para sentir esse manjar. E...diabos e raios!!! Muito vagabunda! O primeiro gole que bebi tive que tragar a duras penas. Foi uma brincadeira? Como é possível que exista uma cervejinha tão asquerosamente ruim?", reclamou o desafortunado degustador. Porém, resignou-se a acabar com a garrafa e, no dia seguinte, segundo ele, acordou com "uma dor de cabeça insuportável...de mil e um duendes fornicando meu cerébro".

Mas o chileno não desistiu tão fácil. Pensando que o problema fosse o invólucro de plástico, decidiu provar uma lata. Ele diz que, quando pediu novamente a marca, o dono da bodega pensou que ele tinha gostado e tentou empurrar uma caixa. "Eu lhe disse que não, que era um experimento etílico", safou-se. Daí, comprou a solitária latinha e bebeu: "As papilas gustativas me disseram: '-Puta imbecil, outra vez provando essa m., quando aprenderá alguma coisa esse inadaptado f.d.p?!??'. E tinham razão, o sabor era o mesmo!", lamentou Astudillo.

Eu já olhava com medo para a tal Antillanca, mas, como o chileno também esculhambava a Brahma, resolvi tirar a prova dos nove. E, dessa vez, com um blogue gabaritado no assunto, o Buena Cerveza, escrito por um tal "Catador". "Cerveja indecifrável, sobretudo porque se diz artesanal", começa, desanimadora, a avaliação do blogue. Mas o melhor estava por vir: "Tem um aroma estranho, como de verduras estragadas, rançosas. (...) É muito leve, pouco encorpada e quase não tem amargor. Muito doce, mas duvido que venha de malte, pois quase não se sente, e termina finalmente nesse sabor de verduras estragadas".

Sabor e aroma de "verduras estragadas"? Ana Maria Braga nos defenda! E "Catador" prossegue: "O único que poderia salvar desta cerveja é a espuma, que engana muito no princípio. De bom tamanho, mas um pouco aquosa. O problema é que o gás se vai muito rápido e é preciso ter cuidado, porque, se já é de baixa qualidade, vai baixar muito mais - como tive a pouca sorte de comprovar. (...) Antillanca: pouco recomendável. (...) Ácida, intomável". É preciso dizer mais alguma coisa? Vou ficar com a minha Paceña...