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Já que temos discutido recentemente o jornalismo, e futebol é uma das três essências básicas deste espaço, gostaria de compartilhar uma indagação que tive esses dias. E é algo sobre o qual gostaria de ouvir a opinião de todos, jornalistas ou não.
Tenho uma amiga, também jornalista, que trabalha em um grande portal. Pelas decorrências da vida profissional, ela acaba tendo que escrever sobre tudo - inclusive futebol, assunto pelo qual ela nunca teve interesse e, por consequência, não tem nenhum domínio.
Invariavelmente ela me pede "dicas" para seus textos. O compreensível medo dela é cometer alguma gafe imperdoável aos olhos dos consumidores do jornalismo esportivo. Como tratar de pequeno um time grande (ou vice-versa) ou não dar o devido valor a um título conquistado por determinado clube, e por aí vai.
Invariavelmente ela me pede "dicas" para seus textos. O compreensível medo dela é cometer alguma gafe imperdoável aos olhos dos consumidores do jornalismo esportivo. Como tratar de pequeno um time grande (ou vice-versa) ou não dar o devido valor a um título conquistado por determinado clube, e por aí vai.

Esse é o primeiro gol dele com a camisa do... vejam bem, não é horrível falar dessa forma? Além de impreciso! Quem garante que o sujeito nunca vestiu a camisa do time quando era criança, num jogo comemorativo, ou sei lá o quê? Mas é uma frase que acaba caindo perfeitamente nos textos.
Com a vitória, o time foi para o G4. Esse é um chavão mais recente, típico do futebol da década atual. Mas que estamos usando a torto e a direito "G4" se tornou um resumo perfeito e prático para o grupo formado pelos quatro primeiros times da tabela. E também pode ser usado virando a classificação de cabeça para baixo, com os quatro da zona do rebixamento.
Fulano foi demitido, e Siclano será o técnico-tampão até a chegada de um novo treinador. Outro que volta e meia usamos por aí, e sem prejudicar a qualidade do texto.
E tem outros tantos... "torneio caça-níquel", "jogador coringa", "jogo pra cumprir tabela", a lista não acaba. Se pensarmos bem, ela também se verifica em outras áreas da sociedade. O noticiário sobre greves, por exemplo, sempre menciona que os trabalhadores "cruzaram os braços". É ou não uma piadinha boba que acaba se tornando uma boa construção para um texto?
E aí fica a pergunta aos leitores, e quero ouvir principalmente a opinião dos não-jornalistas: que chavão que você topa ouvir/ler em um texto, e qual que seria considerado "babaca"?
A imagem que ilustra esse post é o livro "Futebol é uma caixinha de surpresas", do saudoso Luiz Fernando Bindi, que ironiza justamente o mais famoso chavão do futebol nacional.
Com a vitória, o time foi para o G4. Esse é um chavão mais recente, típico do futebol da década atual. Mas que estamos usando a torto e a direito "G4" se tornou um resumo perfeito e prático para o grupo formado pelos quatro primeiros times da tabela. E também pode ser usado virando a classificação de cabeça para baixo, com os quatro da zona do rebixamento.
Fulano foi demitido, e Siclano será o técnico-tampão até a chegada de um novo treinador. Outro que volta e meia usamos por aí, e sem prejudicar a qualidade do texto.
E tem outros tantos... "torneio caça-níquel", "jogador coringa", "jogo pra cumprir tabela", a lista não acaba. Se pensarmos bem, ela também se verifica em outras áreas da sociedade. O noticiário sobre greves, por exemplo, sempre menciona que os trabalhadores "cruzaram os braços". É ou não uma piadinha boba que acaba se tornando uma boa construção para um texto?
E aí fica a pergunta aos leitores, e quero ouvir principalmente a opinião dos não-jornalistas: que chavão que você topa ouvir/ler em um texto, e qual que seria considerado "babaca"?
A imagem que ilustra esse post é o livro "Futebol é uma caixinha de surpresas", do saudoso Luiz Fernando Bindi, que ironiza justamente o mais famoso chavão do futebol nacional.