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quarta-feira, janeiro 08, 2014

Previsões para 2014? Antes, relembre as de 2013 para o futebol...

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Chega o final de ano, começo do outro, pessoal na redação em esquema de plantão, muita gente de folga, e nada de pauta na área esportiva, tirando a São Silvestre e a Premier League. E aí começam a surgir na mídia os místicos fazendo previsões para os próximos 365 (ou 366) dias, dando também seus palpites para o ludopédio.

Mas o futebol é aquela área do conhecimento/entretenimento humano que se recusa muitas vezes a se curvar à lógica e, por vezes, também dá um chega pra lá nos astros e quetais. Assim, antes de você sair por aí vendo o que vai acontecer em 2014, é bom dar uma olhada no que não aconteceu em 2013...

A famosa Mãe Dinah fez suas previsões não no fim de 2012, mas em maio de 2013, e vaticinou que Neymar iria para o Barcelona. Decerto não seria um grande esforço de adivinhação àquela altura, mas, tirando isso, o resto das predições deu em água. A saber: Fluminense campeão da Libertadores; Brasil fracassando na Copa das Confederações, e, no Brasileiro, o Corinthians “chegaria forte”, mas não dava pra cravar. Não dava mesmo.

O também conhecido astrólogo João Bidu teve suas previsões publicadas no Dia de Reis de 2013. A manchete já dá conta dos acertos: “Astrólogo prevê ano complicado para Felipão, sucesso corintiano e novo herdeiro de Neymar”. “Em termos de taça Libertadores da América, de campeonato mundial, de competições internacionais, o Corinthians está esplendidamente situado neste ano de 2013”, disse. Ele também previa “momentos de sorte” para o coirmão paulistano: “O time pode até não brilhar tanto pode não jogar bem, mas a sorte vai estar ao lado do São Paulo, principalmente nas competições internacionais”.

Já a borra do café de uma sensitiva na reportagem da TV Gazeta de 2 de janeiro foi certeira no Paulista de 2013, apontando para uma disputa entre Santos e Corinthians, com vitória corintiana. Mas parou por aí. No Brasileiro, dizia que o Fluminense “tinha muita chance”, o Corinthians também, e o Santos “mais ou menos”. Já na Libertadores, apontava que, dentre Fluminense, São Paulo e Corinthians sairia o campeão.


Em 28 de dezembro, os búzios do terapeuta holístico José Roberval também previam o Corinthians campeão da Libertadores. 

Mas para não dizerem que esse blogue persegue os místicos, revimos também as previsões de jornalistas esportivos para o Brasileiro de 2013. André Rizek apostava em  Corinthians, Atlético-MG e Fluminense; já Rodrigo Bueno apontava: "Fácil, o Corinthians, aposta de segurança". Mauro Beting e Diogo Olivier apostavam no Timão e no Atlético-MG e Bob Faria se deu bem: não apostou em ninguém.

Em tempo: este Futepoca também às vezes se arrisca a fazer previsões. e os índices de acerto não são muito diferentes...

sexta-feira, fevereiro 22, 2013

A diferença que uma letra faz

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terça-feira, março 22, 2011

E se o pessoal da redação também recebesse notas?

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Por Vitor Nuzzi

Arrisco dizer que a maioria dos boleiros não gosta de ver aquelas notas que saem nas páginas de esporte após as rodadas. Eles estão certos. Nota para atuação de jogador é a mesma coisa que avaliação de jurado para escola de samba no carnaval. O fulano dá 9.4 para a escola x, enquanto beltrano manda 8.8 para a mesma escola, no mesmo quesito. Quem pode explicar essa diferença de 0.6?

Para nota de jogadores, então, é pior. Um dá 9 e fala que o sujeito arrebentou e outro garante que o mesmo jogador pouco produziu (como se tivesse índice de produtividade em jogo de futebol) e dá 6. Isso quando a crítica dá a impressão que você viu outro jogo.

Chegou, então, a hora da vingança dos boleiros. Como diria Vandré, o cipó de aroeira de volta no lombo de quem mandou dar. É a vez de os jornalistas serem avaliados. E não adiantar chiar na coletiva!

Revisor: ficou tão preocupado com vírgula que deixou passar uma "paralisação" com z. Sem contar aquela concordância, a maioria "foram"... Foi mal. Nota 3.

Redator 1: como diria o poeta, abusou da regra 3. Tanto acostumou no recorta-e-cola que copiou um trecho inteiro escrito de um outro jogo. Merecia expulsão. Zero.

Redator 2: falou que o centroavante estava sumidão no jogo, mas sem ninguém pra tabelar e com três zagueiros em cima, queria o quê? Olha melhor na próxima. Nota 4.

Repórter 1: não prestou atenção no que rolava na entrevista e fez a mesmíssima pergunta que o colega havia feito dois minutos atrás. Pede pra sair! Nota 2.

Repórter 2: derrubou a pauta, perdeu as anotações, chegou atrasado... Já levou cartão amarelo e não se emenda. Quer ganhar o Troféu Balada? Nota 1.

Repórter 3: não quis passar informação pro colega? Passa a bola, fominha! Nota 4.

Comentarista 1: treino é treino, jogo é jogo. Futebol é caixinha de surpresas. Não tem mais time bobo no futebol. Nem ouvinte, que não aguenta mais ouvir chavão. Hora de reciclar. Nota 5.

Comentarista 2: o time A dominava até os 15 minutos, quando sofreu o gol e se desestruturou. Ou: o time B insistia no jogo aéreo... Ou ainda: o time C precisa justificar o favoritismo em campo. Fala sério, quantas vezes você já ouviu isso? Troca o disco. Nota 5.

Editor: trocou uma palavra-chave na matéria especial e cortou a matéria pelo joelho. Para arrematar, pôs um título nada-a-ver. A galera vaiou na arquibancada. Nota 4.

Arte/foto: trocou as fotos, as legendas... Reclamou da fotografia, que reclamou da arte, que reclamou do técnico. O time se perdeu em campo. Nota 2.


* Vitor Nuzzi gosta de futebol em qualquer época. Pôs os pés num estádio pela primeira vez aos 10 anos (tem 45) e não pretende tirá-los tão cedo, façam o que fizerem com a pobre bola. A sua seleção do São Paulo que viu jogar é Rogério; Zé Teodoro, Oscar, Dario Pereyra e Serginho; Chicão, Cafu, Raí e Pedro Rocha; Careca e Serginho Chulapa.

terça-feira, abril 13, 2010

Perdendo a chance de ficar quieto

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Essa eu decidi postar só para o deleite e as considerações do Glauco:

- "Eu não sei se essa molecada do Santos consegue segurar a pressão. O São Paulo levou dois gols, e na volta para o segundo tempo eu vi o Hernanes cobrando um colega. Foi uma atitude de quem tem experiência e eu não sei se o Santos, caso leve um gol do São Paulo [na partida de volta], vai conseguir segurar a bronca", disse Vanderlei Luxemburgo, técnico do Atlético-MG.

- "Não sei se o Robinho aguenta, se o Edu Dracena, que é o capitão, aguenta", reforçou o treinador, confundindo o capitão santista [na verdade é Robinho].

quinta-feira, junho 04, 2009

Quais as fronteiras dos chavões?

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Já que temos discutido recentemente o jornalismo, e futebol é uma das três essências básicas deste espaço, gostaria de compartilhar uma indagação que tive esses dias. E é algo sobre o qual gostaria de ouvir a opinião de todos, jornalistas ou não.

Tenho uma amiga, também jornalista, que trabalha em um grande portal. Pelas decorrências da vida profissional, ela acaba tendo que escrever sobre tudo - inclusive futebol, assunto pelo qual ela nunca teve interesse e, por consequência, não tem nenhum domínio.

Invariavelmente ela me pede "dicas" para seus textos. O compreensível medo dela é cometer alguma gafe imperdoável aos olhos dos consumidores do jornalismo esportivo. Como tratar de pequeno um time grande (ou vice-versa) ou não dar o devido valor a um título conquistado por determinado clube, e por aí vai.
Esses dias ela me pediu ajuda novamente. E confessou qual é, na avaliação dela, a principal dificuldade que sente na hora de escrever um texto jornalístico sobre futebol: saber que chavão "pode" e qual "não pode" estar em um texto. Pondo na prática, ela disse que gostaria de usar a frase "todo brasileiro é um técnico" no texto. Eu disse que era horrível. Mas depois fiquei pensando em outros chavões que a imprensa esportiva - e tô falando também da imprensa de boa qualidade, antes que a crítica acabe caindo só nos maus profissionais, e que eu também uso - usa "livremente" para falar do futebol.

Esse é o primeiro gol dele com a camisa do... vejam bem, não é horrível falar dessa forma? Além de impreciso! Quem garante que o sujeito nunca vestiu a camisa do time quando era criança, num jogo comemorativo, ou sei lá o quê? Mas é uma frase que acaba caindo perfeitamente nos textos.

Com a vitória, o time foi para o G4. Esse é um chavão mais recente, típico do futebol da década atual. Mas que estamos usando a torto e a direito "G4" se tornou um resumo perfeito e prático para o grupo formado pelos quatro primeiros times da tabela. E também pode ser usado virando a classificação de cabeça para baixo, com os quatro da zona do rebixamento.

Fulano foi demitido, e Siclano será o técnico-tampão até a chegada de um novo treinador. Outro que volta e meia usamos por aí, e sem prejudicar a qualidade do texto.

E tem outros tantos... "torneio caça-níquel", "jogador coringa", "jogo pra cumprir tabela", a lista não acaba. Se pensarmos bem, ela também se verifica em outras áreas da sociedade. O noticiário sobre greves, por exemplo, sempre menciona que os trabalhadores "cruzaram os braços". É ou não uma piadinha boba que acaba se tornando uma boa construção para um texto?

E aí fica a pergunta aos leitores, e quero ouvir principalmente a opinião dos não-jornalistas: que chavão que você topa ouvir/ler em um texto, e qual que seria considerado "babaca"?

A imagem que ilustra esse post é o livro "Futebol é uma caixinha de surpresas", do saudoso Luiz Fernando Bindi, que ironiza justamente o mais famoso chavão do futebol nacional.

segunda-feira, abril 13, 2009

Sobre "planejamento e profissionalismo"

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Andei um pouco sumido nas últimas semanas por conta de merecidas férias. Acompanhei à distância o que aconteceu no mundo do futebol, e por isso deixo a reta final do Paulistão por conta dos outros futepoquenses - o que posso falar, por ora, é que festejo a vitória do meu time sobre o Palmeiras e também o fato das semis do Estadual reunirem os quatro grandes. Claro que é legal ver uma ou outra zebra pintando, mas já era hora do Paulistão ter uma final entre dois de seus maiores clubes, o que não ocorre desde 2003.

Gostaria de chamar a atenção para outro assunto, falado en passant aqui no Futepoca e em outros lugares da mídia esportiva. Refiro-me à queda do Guaratinguetá. Juntamente com Marília, Guarani e Noroeste, o clube do Vale do Paraíba ficou entre os piores do Campeonato Paulista e jogará a A2 no ano que vem.



A queda de um time pequeno seria algo a ser considerado banal não fosse o 2008 do Guaratinguetá. No Paulistão do ano passado, o jovem clube terminou a primeira fase na liderança (à frente de todos os grandes) e sucumbiu perante à Ponte Preta nas semifinais. Talvez, se superasse a Macaca, engrossaria a rapadura alviverde de maneira mais concreta do que fez o time do coração de Luciano do Valle.

E a excelente campanha do ano passado levou os olhos da imprensa esportiva ao Guaratinguetá. Todos queriam saber o segredo do pequeno e novo clube. Como aquele humilde time conseguia superar os interioranos mais tradicionais e até mesmo os gigantes do futebol estadual e terminar o Paulistão nas cabeças?

Tal indagação fez dos dirigentes do Guaratinguetá figurinhas carimbadas nos programas esportivos. Respondendo a perguntas que mais soavam como um repertório de puxa-saquismos, os cartolas valeparaibanos falavam obviedades como "fazemos um trabalho bem feito", "pagamos salários em dia", "aqui o compromisso é respeitado" e por aí vai. Os jornalistas adulavam os dirigentes e repetiam de maneira incontrolada que o Guará era um exemplo a ser seguido, que a receita estava disponível a todos, bastava seguir, e etc...

Pois bem, quando chegar 2010 o Guaratinguetá estará jogando a segundona estadual. Deve ter havido algum motivo plausível para a queda - nenhum time vai de líder a rebaixado de um ano para o outro sem uma explicação coerente. Agradeço se alguém souber.

Mas, para mim, a principal lição que fica da queda do Guará vai para a imprensa esportiva: na hora de elogiar "planejamento e profissionalismo" de um time, aguardem uns dois ou três anos pra saber se a coisa realmente é boa ou foi fogo de palha. Só assim pra se ter certeza da "continuidade de um trabalho", pra reforçar outro chavão da área que tanto se gosta de dizer.

sexta-feira, março 14, 2008

Ainda o caso Nike/post pago

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Hoje o jornal Lance! publica matéria sobre o post "O 'marketing viral' e a Nike" publicado aqui no dia 29 de fevereiro. O título é "Nike é acusada de manipular blogs" e na matéria finalmente se vê uma manifestação da agência responsável pela campanha. Eles esclarecem: "houve uma falha específica de um dos nossos funcionários na redação do email de divulgação e assume total responsabilidade por esta ação".


Reprodução Lance!


A justificativa da agência serve também como defesa da própria Nike no caso. Segundo o gerente de Criação da Divisão Interativa da F/Nazca, agência de publicidade que contratou a empresa responsável pelo "marketing viral", nem a agência nem multinacional tinham conhecimento da ação. "Agiram por conta deles. Não nos comunicaram. Óbvio que não esperávamos isso. E se soubesse que tinham esse costume, nem os teríamos contratado".

O importante é que a questão tem sido debatida na internet. O caso foi citado em sites/blogues como o Cocadaboa, Malvados Blogger e Blog de Guerrilha e os comentadores com certeza ajudaram a elucidar melhor o assunto. Quanto aos comentários postados aqui, algumas breves considerações.

Boa parte do crescimento dos blogues deve-se justamente a sua credibilidade. Quando confrontados pelo leitor/colaborador com os veículos da imprensa tradicional – uma das instituições menos confiáveis do país, de acordo com pesquisas de opinião –, muitos deles mostraram que são de fato independentes.

Houve quem tenha dito em comentário do post anterior que faz post pago mesmo para se "sustentar". Nada contra. Contanto que isso fique claro para quem lê o blogue, embora nós aqui não façamos tal negócio. Mas, quando não fica clara essa relação entre conteúdo do site e publicidade, o blogueiro "aluga" sua credibilidade para algum produto ou empresa e engana quem lê.

Mas, assim como já acontece na imprensa tradicional, a conduta de determinados veículos afeta a credibilidade de todos, e esse tipo de ação pode ter o mesmo efeito na blogosfera. Ainda que muitos tenham aderido à campanha da Nike com boa fé, por serem fãs de Ronaldo, como separar o joio do trigo?

As tais "campanhas" são especialmente maléficas em uma seara já castigada e praticamente dominada por todo tipo de merchandising: a mídia esportiva. Tanto é assim que hoje as pessoas vêem essa área menos como algo relativo ao jornalismo e mais como mero entretenimento, com os jabás se confundindo com a informação. E os blogues esportivos fazem um papel de oxigenação fundamental, melhorando o nível do tratamento e da análise das notícias que circulam, justamente por não estarem atrelados a interesses obscuros.

Se a blogosfera quiser ser tratada como uma mídia responsável, deve se preocupar e discutir sua relação com a publicidade.

domingo, agosto 26, 2007

Depois imprensa marrom são os blogs...

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Contumazes pegadores de pé da imprensa esportiva, esse blog volta à sua tarefa republicana de encher o saco e também agregando a tarefa de combate à homofobia. Alguém sabe quem é o homem mais rápido do mundo? Provavelmente pouqíssimos leitores daqui ou de alhures. Mas, o portal Globo.com (diga-se, o melhor na internet em jornalismo esportivo) resolveu fazer uma manchetezinha dúbia para chamar leitura e confundir o leitor. Anunciou assim o portal a vitória de um atleta norte-americano no Mundial de atletismo nos 100 metros rasos.



"Gay é homem mais rápido do mundo"



O truque, piada ou seja o que for, vem do fato do nome do vitorioso ser Tyson Gay. Bela sacada, né? Extremamente jornalística...