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Destaques
quarta-feira, janeiro 08, 2014
Previsões para 2014? Antes, relembre as de 2013 para o futebol...
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sexta-feira, fevereiro 22, 2013
A diferença que uma letra faz
terça-feira, março 22, 2011
E se o pessoal da redação também recebesse notas?
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Por Vitor Nuzzi
Arrisco dizer que a maioria dos boleiros não gosta de ver aquelas notas que saem nas páginas de esporte após as rodadas. Eles estão certos. Nota para atuação de jogador é a mesma coisa que avaliação de jurado para escola de samba no carnaval. O fulano dá 9.4 para a escola x, enquanto beltrano manda 8.8 para a mesma escola, no mesmo quesito. Quem pode explicar essa diferença de 0.6?Para nota de jogadores, então, é pior. Um dá 9 e fala que o sujeito arrebentou e outro garante que o mesmo jogador pouco produziu (como se tivesse índice de produtividade em jogo de futebol) e dá 6. Isso quando a crítica dá a impressão que você viu outro jogo.
Chegou, então, a hora da vingança dos boleiros. Como diria Vandré, o cipó de aroeira de volta no lombo de quem mandou dar. É a vez de os jornalistas serem avaliados. E não adiantar chiar na coletiva!
Revisor: ficou tão preocupado com vírgula que deixou passar uma "paralisação" com z. Sem contar aquela concordância, a maioria "foram"... Foi mal. Nota 3.
Redator 1: como diria o poeta, abusou da regra 3. Tanto acostumou no recorta-e-cola que copiou um trecho inteiro escrito de um outro jogo. Merecia expulsão. Zero.
Redator 2: falou que o centroavante estava sumidão no jogo, mas sem ninguém pra tabelar e com três zagueiros em cima, queria o quê? Olha melhor na próxima. Nota 4.
Repórter 1: não prestou atenção no que rolava na entrevista e fez a mesmíssima pergunta que o colega havia feito dois minutos atrás. Pede pra sair! Nota 2.
Repórter 2: derrubou a pauta, perdeu as anotações, chegou atrasado... Já levou cartão amarelo e não se emenda. Quer ganhar o Troféu Balada? Nota 1.
Repórter 3: não quis passar informação pro colega? Passa a bola, fominha! Nota 4.
Comentarista 1: treino é treino, jogo é jogo. Futebol é caixinha de surpresas. Não tem mais time bobo no futebol. Nem ouvinte, que não aguenta mais ouvir chavão. Hora de reciclar. Nota 5.
Comentarista 2: o time A dominava até os 15 minutos, quando sofreu o gol e se desestruturou. Ou: o time B insistia no jogo aéreo... Ou ainda: o time C precisa justificar o favoritismo em campo. Fala sério, quantas vezes você já ouviu isso? Troca o disco. Nota 5.
Editor: trocou uma palavra-chave na matéria especial e cortou a matéria pelo joelho. Para arrematar, pôs um título nada-a-ver. A galera vaiou na arquibancada. Nota 4.
Arte/foto: trocou as fotos, as legendas... Reclamou da fotografia, que reclamou da arte, que reclamou do técnico. O time se perdeu em campo. Nota 2.
* Vitor Nuzzi gosta de futebol em qualquer época. Pôs os pés num estádio pela primeira vez aos 10 anos (tem 45) e não pretende tirá-los tão cedo, façam o que fizerem com a pobre bola. A sua seleção do São Paulo que viu jogar é Rogério; Zé Teodoro, Oscar, Dario Pereyra e Serginho; Chicão, Cafu, Raí e Pedro Rocha; Careca e Serginho Chulapa.
terça-feira, abril 13, 2010
Perdendo a chance de ficar quieto
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Essa eu decidi postar só para o deleite e as considerações do Glauco:
- "Eu não sei se essa molecada do Santos consegue segurar a pressão. O São Paulo levou dois gols, e na volta para o segundo tempo eu vi o Hernanes cobrando um colega. Foi uma atitude de quem tem experiência e eu não sei se o Santos, caso leve um gol do São Paulo [na partida de volta], vai conseguir segurar a bronca", disse Vanderlei Luxemburgo, técnico do Atlético-MG.
- "Não sei se o Robinho aguenta, se o Edu Dracena, que é o capitão, aguenta", reforçou o treinador, confundindo o capitão santista [na verdade é Robinho].
quinta-feira, junho 04, 2009
Quais as fronteiras dos chavões?
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Invariavelmente ela me pede "dicas" para seus textos. O compreensível medo dela é cometer alguma gafe imperdoável aos olhos dos consumidores do jornalismo esportivo. Como tratar de pequeno um time grande (ou vice-versa) ou não dar o devido valor a um título conquistado por determinado clube, e por aí vai.

Com a vitória, o time foi para o G4. Esse é um chavão mais recente, típico do futebol da década atual. Mas que estamos usando a torto e a direito "G4" se tornou um resumo perfeito e prático para o grupo formado pelos quatro primeiros times da tabela. E também pode ser usado virando a classificação de cabeça para baixo, com os quatro da zona do rebixamento.
Fulano foi demitido, e Siclano será o técnico-tampão até a chegada de um novo treinador. Outro que volta e meia usamos por aí, e sem prejudicar a qualidade do texto.
E tem outros tantos... "torneio caça-níquel", "jogador coringa", "jogo pra cumprir tabela", a lista não acaba. Se pensarmos bem, ela também se verifica em outras áreas da sociedade. O noticiário sobre greves, por exemplo, sempre menciona que os trabalhadores "cruzaram os braços". É ou não uma piadinha boba que acaba se tornando uma boa construção para um texto?
E aí fica a pergunta aos leitores, e quero ouvir principalmente a opinião dos não-jornalistas: que chavão que você topa ouvir/ler em um texto, e qual que seria considerado "babaca"?
A imagem que ilustra esse post é o livro "Futebol é uma caixinha de surpresas", do saudoso Luiz Fernando Bindi, que ironiza justamente o mais famoso chavão do futebol nacional.
segunda-feira, abril 13, 2009
Sobre "planejamento e profissionalismo"
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Andei um pouco sumido nas últimas semanas por conta de merecidas férias. Acompanhei à distância o que aconteceu no mundo do futebol, e por isso deixo a reta final do Paulistão por conta dos outros futepoquenses - o que posso falar, por ora, é que festejo a vitória do meu time sobre o Palmeiras e também o fato das semis do Estadual reunirem os quatro grandes. Claro que é legal ver uma ou outra zebra pintando, mas já era hora do Paulistão ter uma final entre dois de seus maiores clubes, o que não ocorre desde 2003.
Gostaria de chamar a atenção para outro assunto, falado en passant aqui no Futepoca e em outros lugares da mídia esportiva. Refiro-me à queda do Guaratinguetá. Juntamente com Marília, Guarani e Noroeste, o clube do Vale do Paraíba ficou entre os piores do Campeonato Paulista e jogará a A2 no ano que vem.
A queda de um time pequeno seria algo a ser considerado banal não fosse o 2008 do Guaratinguetá. No Paulistão do ano passado, o jovem clube terminou a primeira fase na liderança (à frente de todos os grandes) e sucumbiu perante à Ponte Preta nas semifinais. Talvez, se superasse a Macaca, engrossaria a rapadura alviverde de maneira mais concreta do que fez o time do coração de Luciano do Valle.
E a excelente campanha do ano passado levou os olhos da imprensa esportiva ao Guaratinguetá. Todos queriam saber o segredo do pequeno e novo clube. Como aquele humilde time conseguia superar os interioranos mais tradicionais e até mesmo os gigantes do futebol estadual e terminar o Paulistão nas cabeças?
Tal indagação fez dos dirigentes do Guaratinguetá figurinhas carimbadas nos programas esportivos. Respondendo a perguntas que mais soavam como um repertório de puxa-saquismos, os cartolas valeparaibanos falavam obviedades como "fazemos um trabalho bem feito", "pagamos salários em dia", "aqui o compromisso é respeitado" e por aí vai. Os jornalistas adulavam os dirigentes e repetiam de maneira incontrolada que o Guará era um exemplo a ser seguido, que a receita estava disponível a todos, bastava seguir, e etc...
Pois bem, quando chegar 2010 o Guaratinguetá estará jogando a segundona estadual. Deve ter havido algum motivo plausível para a queda - nenhum time vai de líder a rebaixado de um ano para o outro sem uma explicação coerente. Agradeço se alguém souber.
Mas, para mim, a principal lição que fica da queda do Guará vai para a imprensa esportiva: na hora de elogiar "planejamento e profissionalismo" de um time, aguardem uns dois ou três anos pra saber se a coisa realmente é boa ou foi fogo de palha. Só assim pra se ter certeza da "continuidade de um trabalho", pra reforçar outro chavão da área que tanto se gosta de dizer.
sexta-feira, março 14, 2008
Ainda o caso Nike/post pago
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Hoje o jornal Lance! publica matéria sobre o post "O 'marketing viral' e a Nike" publicado aqui no dia 29 de fevereiro. O título é "Nike é acusada de manipular blogs" e na matéria finalmente se vê uma manifestação da agência responsável pela campanha. Eles esclarecem: "houve uma falha específica de um dos nossos funcionários na redação do email de divulgação e assume total responsabilidade por esta ação".
Reprodução Lance!

A justificativa da agência serve também como defesa da própria Nike no caso. Segundo o gerente de Criação da Divisão Interativa da F/Nazca, agência de publicidade que contratou a empresa responsável pelo "marketing viral", nem a agência nem multinacional tinham conhecimento da ação. "Agiram por conta deles. Não nos comunicaram. Óbvio que não esperávamos isso. E se soubesse que tinham esse costume, nem os teríamos contratado".
domingo, agosto 26, 2007
Depois imprensa marrom são os blogs...
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Contumazes pegadores de pé da imprensa esportiva, esse blog volta à sua tarefa republicana de encher o saco e também agregando a tarefa de combate à homofobia. Alguém sabe quem é o homem mais rápido do mundo? Provavelmente pouqíssimos leitores daqui ou de alhures. Mas, o portal Globo.com (diga-se, o melhor na internet em jornalismo esportivo) resolveu fazer uma manchetezinha dúbia para chamar leitura e confundir o leitor. Anunciou assim o portal a vitória de um atleta norte-americano no Mundial de atletismo nos 100 metros rasos.
"Gay é homem mais rápido do mundo"
O truque, piada ou seja o que for, vem do fato do nome do vitorioso ser Tyson Gay. Bela sacada, né? Extremamente jornalística...