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quarta-feira, junho 10, 2009

A primeira Guinness ninguem esquece

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Buenas!

Finalmente consigo acessar a internet por algum tempo numa biblioteca pública, mas tenho que ser ligeiro. No último fim de semana me mudei para um hostel (o nome e esse mesmo, com "s", poderia ser traduzido para albergue) chamado Isaacs (foto da entrada a direita). Totalmente bizarro. Cada quarto tem oito beliches (foto de um deles a direita, abaixo) e 16 pessoas, que mudam todos os dias.

No domingo havia dez escocesas bêbadas junto comigo, uma verdadeira zona. Me deram uísque (óbvio!) e uma cerveja que estava sem rotulo, mas muito forte. Como elas insistiam em usar o banheiro masculino, que era mais proximo, da para imaginar a putaria.

Na segunda-feira, elas foram embora, mas ficaram duas australianas tão ébrias quanto, mas não muito sociáveis. Tem também um indígena que fica zanzando pelos corredores, de madrugada, vestido com um macacão vermelho e balançando um chocalho (deve ser algum tipo de ritual).

No térreo, há mesas de madeira, como numa taberna, onde se pode conversar, beber e comer. São quatro andares e dez quartos em cada um, o que da mais de 600 pessoas hospedadas pelas minhas contas (!).

O trem suburbano passa num trilho bem em frente a janela de onde estou e, às vezes, os passageiros nos veem de cuecas e dão risada. Minhas coisas ficam trancadas numa gaiola no porão, uma espécie de abrigo antiaéreo da Segunda Guerra com arcadas no corredor. Bizarro. Também posso cozinhar meus miojos de € 0,13 e fazer café ou chá (a cozinha é outra zona). Só tem maluco! Este, com certeza, é um dos lugares mais absurdos que já conheci – e olhem que já vi cada lugar nessas andanças...

Mas o principal: ontem, minha amiga Agnes Saito me convidou para tomar meu primeiro pint de Guinness (à esquerda) em um pub da Saint Georges Street. O primeiro se tornou segundo, terceiro e quarto. Cerveja deliciosa, bem amarga e densa. Quando ela chega na mesa, ainda está passando por um processo em que a cor creme clara vai subindo até a bebida ficar totalmente preta. Por isso, é preciso aguardar (não sei o que acontece se a gente beber antes, mas entendi que isso seria uma completa heresia).

A Agnes me explicou que a Guinness usa, na fermentacão, um tipo de flor que só cresce em dois lugares do mundo e, por precaução, os produtores irlandeses estocam sementes dessa planta. A cerveja tem mesmo um gosto bem original e minha amiga observou que, apesar de eu nunca ter tomado qualquer tipo de Guinness, essa versão tirada da chopeira nos pubs é bem diferente da versão em lata.

Mas o melhor foi o pub escolhido, o JJ's (ou Jay Jay's, foto ao lado), muito antigo e tradicional. Tem um grupo de velhinhos que passa o dia todo – literalmente – bebendo. Quando chegamos, já estavam cantando e rindo bem alto. Cheers!