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terça-feira, novembro 20, 2007

Qual o melhor campeão brasileiro da História?

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Depois de promover a escolha do pior campeão brasileiro da História, com vitória do Corinthians de 2005 (48% dos votos dos mais de 8.500 participantes), agora o Futepoca, com sua nova "agenda positiva", quer saber: qual o melhor campeão brasileiro já visto em terrras nacionais?

A escolha não é fácil, como já previa o Conselheiro Acácio. Os critérios adotados para indicar os times são variados: pode ser aquele que deu espetáculo, quem impressionou pela regularidade e teve pinta de campeão desde as primeiras rodadas ou o clube que foi tão superior aos demais na fase final ou no decorrer do campeonato que virou barbada em qualquer aposta de esquina ou boteco do país. No geral, as equipes aqui listadas combinam um pouco ou muito de cada um desses requisitos.

Confira abaixo os indicados, xingue porque seu time não está entre eles, mas não deixe de escolher o melhor:

Palmeiras de 1973

O primeiro bicampeão do torneio que teve início em 1971 era um esquadrão. A chamada "segunda Academia" havia sido campeã dos cinco campeonatos que disputou em 1972, e tinha o divino Ademir da Guia, Leão, Luis Pereira, Dudu, Leivinha e César Maluco. No quadrangular final, foram duas vitórias sobre o Cruzeiro (fora de casa) e Inter. Na última rodada, bastou o empate com o São Paulo para garantir o título. No total de 40 partidas disputadas, o Verdão ficou dez pontos à frente dos dois segundos colocados (na época, vitória valia dois pontos) e sofreu apenas três derrotas, com um incrível saldo de 39 gols. Não é à toa que, dos atletas vencedores daquele ano, cinco estavam na seleção que disputou a Copa de 1974

Internacional de 1979

O que falar de uma equipe campeão invicta? Esse foi um caso único na história do campeonato, 23 jogos, 16 vitórias e 7 empates. O clube de Ênio Andrade era o primeiro a conquistar três títulos brasileiros e contava com Mauro Galvão, Batista, Falcão, Jair e Mário Sérgio. Venceu o Vasco nas duas partidas finais, tanto no Beira-Rio como no Maracanã. No ano seguinte, chegaria à final da Libertadores, mas perderia o título para o Nacional de Montevidéu. Talvez a conquista de 2006 tenha vindo com 16 anos de atraso...

Flamengo de 1983

Poderia estar aqui o Mengão de 1980 ou de 1982, mas os erros - e supostos erros - de arbitragem que influenciaram essas duas edições faz com que o time de 1983 represente a maior torcida do Brasil nessa escolha. Não que nessa final também não haja reclamação por parte dos santistas, mas o Flamengo tinha um timaço. Raul no gol, Leandro e Júnior nas laterais, Adílio e Zico no meio fizeram parte de um escrete que encantou o Brasil e o mundo no início dos anos 80, tendo sido, em um curto período, campeão estadual, nacional, da Libertadores e do Mundial Interclubes. Nas duas partidas finais, perdeu do forte Santos de Pita e Serginho Chulapa em São Paulo por 2 a 1, mas superou os paulistas no Maracanã por 3 a 0.

Palmeiras de 1994

O time havia saído da fila de 17 anos sem títulos no ano anterior, com um Paulista e um Brasileiro. Agora, era novamente campeão atropelando seus rivais na reta final. O time de Vanderlei Luxemburgo tinha Velloso, Roberto Carlos, César Sampaio, Mazinho, Edmundo, Evair e Rivaldo e terminou a primeira fase em quarto lugar. Mas, na hora da decisão, foi inconteste. Venceu duas vezes o Bahia nas quartas-de-final, fez o mesmo com o forte Guarani de Edu Lima e Luisão e, na finalíssima, bastou uma vitória e um empate contra seu maior rival, o Corinthians de Viola e Marcelinho Carioca, para ficar com o título. Teve ainda o melhor ataque com 58 gols em 30 partidas.

Corinthians de 1998

Mais uma vez à frente de um grande time, Vanderlei Luxemburgo podia contar no meio de campo com atletas do nível de Vampeta, Rincón, Marcelinho e Ricardinho. Meias que sabiam tocar a bola e eram incisivos quando chegava a hora de atacar. E eram eles que davam o tom da equipe que terminou em primeiro lugar a fase de classificação. Em seguida, o Timão fez valer o regulamento e, nos play-offs, desclassificou o Grêmio com duas vitórias, bateu o Santos nas semifinais e superou o Cruzeiro do goleiro Dida, Müller e Fábio Junior. Contando o geral de partidas disputadas, ficou a dez pontos do vice, uma bela vantagem.


Santos de 2002

Um time em formação do qual não esperava muita coisa. Essa era a equipe do Santos daquele ano que, embora tenha tido lampejos de grande futebol no decorrer da competição, não passava a segurança necessária para o torcedor, tanto que se classificou em oitavo na primeira fase. No entanto, na fase final se agigantou e fez os fãs de futebol delirarem. Venceu duas vezes o São Paulo, chamado à época de "Real Madri brasileiro" e que tinha Ricardinho, Kaká e Luis Fabiano. Nas semis, a vítima foi o Grêmio do artilheiro da competição Rodrigo Fabri e de Danrlei, que ameaçou "dar porrada" em Robinho. Na finalíssima, duas vitória contra o Corinthians sagraram o título e o fim da fila santista de 18 anos. A equipe de Leão contava com Fábio Costa, Léo, Renato e os hoje selecionáveis Alex, Elano, Diego e Robinho.

Cruzeiro de 2003

Na primeira edição da competição disputada por pontos corridos, o Cruzeiro não só fez cem pontos em 46 jogos como também chegou a 102 gols. O time terminou 13 pontos à frente do Santos, segundo colocado, e teve o fantástico aproveitamento de 72,5% (o melhor da era dos pontos corridos e que não pode ser superado pelo São Paulo de 2007) no ano em que obteve a chamada "Tríplice Coroa", sendo campeão estadual, da Copa do Brasil e do Brasileiro. Novamente um campeão nacional tinha Luxemburgo como treinador e, desta vez, a estrela da companhia atendia pelo nome de Alex, o meia canhoto que só não fez chover naquele 2003.

São Paulo de 2007

Pode não ter dado espetáculo, mas na era dos pontos corridos ninguém se mostrou tão à frente dos rivais como o São Paulo de 2007. Superioridade em pontos, em jogos decisivos e com uma incrível marca de 15 gols sofridos em 36 partidas. Mesmo sem um craque daqueles de encher os olhos - exceção feita a Rogério Ceni -, o Tricolor contou com uma defesa firme e um meio de campo que sabe tanto marcar como atacar, com todos desenvolvendo essa dupla função. Foi tão fácil para o São Paulo que os adversários acharam sem graça o título. Mas existe mais graça para o torcedor de um time que ser campeão de forma tão superior aos demais?

Atualização 21/03/2012 - O leitor Marcelo Colorado sugeriu também a inclusão do Internacional de 1975/1976. Vai aqui o link sobre o bicampeão.

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