Destaques

quinta-feira, julho 20, 2006

Maldade do manguaça

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Comentário ouvido ontem à noite, em um bar da cidade de São Paulo, sobre o posicionamento de Rogério Ceni em cobranças de pênalti:

"Qualquer dia o Rogério vai pegar a bola antes do cara chutar"

Reação custa US$ 2 mil mais que ofensa

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A comissão disciplinar da Fifa optou por uma punição simbólica a Zidane, que foi julgado nesta quinta-feira pela cabeçada que deu no zagueiro Materazzi na final da Copa do Mundo. O ex-capitão da seleção francesa foi multado em 7.500 francos suíços (cerca de US$ 6 mil) e pegou três jogos de suspensão - que serão revertidos em prestação de serviços para a Fifa, pois Zidane encerrou a carreira na decisão do mundial.

Materazzi, que ofendeu a mãe e a irmã do francês no lance fatídico, pegou punição mais branda: foi suspenso por duas partidas e terá de pagar multa de 5 mil francos suíços (cerca de US$ 4 mil). Com isso, ficará fora das partidas contra Lituânia e França, as primeiras das eliminatórias para a Eurocopa-2008. Nada foi dito sobre possíveis conotações racistas das ofensas do italiano, que teria chamado Zidane e familiares, todos muçulmanos, de "terroristas".

Em 2005, o zagueiro Desábato, do clube argentino Quilmes, pagou fiança de R$ 10 mil (cerca de US$ 5 mil) para escapar da prisão, depois de ofender com palavras racistas o atacante Grafite, do São Paulo, durante partida da Libertadores da América. O lance tem semelhança com o que ocorreu na final da Copa, pois, ao ser ofendido, Grafite empurrou a cara de Desábato, atirando-o ao chão. Assim como Zidane, foi expulso. Mas não pagou multa depois.

Agora vai!

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1 - O glorioso volante Zé Elias, com passagem recente pelo Guarani de Campinas, está de volta ao futebol do velho continente. Ele assinou por um ano com o Omonia, do Chipre, e disputará a Copa da Uefa.

2 - Jardel, atacante cearense que fez sucesso no Grêmio e no Porto, também retorna ao futebol europeu. Ele foi apresentado como reforço do Beira-Mar, que subiu este ano para a primeira divisão do Campeonato Português.

quarta-feira, julho 19, 2006

Galeano sabe do que fala...

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O Mundial de Zidane

Por Eduardo Galeano (*)

Montevidéu, julho/2006 – No cenário da sanidade, um ataque de loucura. Em um templo consagrado à adoração do futebol e ao respeito de suas regras, onde a Coca-Cola proporciona felicidade, Master Card leva à prosperidade e Hyundai dá velocidade, são disputados os últimos minutos da última partida do campeonato mundial. Este é, também, a última partida do melhor jogador, o mais admirado, o mais querido, que está dizendo adeus ao futebol. Os olhos do mundo estão voltados para ele. E, subitamente, este rei da festa se converte em um touro furioso e investe contra um rival e o derruba, com uma cabeçada no peito, e se vai.

Deixa o campo por determinação do árbitro e pela vaia do público, que seria uma ovação. E não sai pela porta principal, mas pelo triste túnel que leva aos vestiários. No caminho, passa ao lado da taça de ouro reservada à equipe campeã. Ele nem a olha.

Quando este Mundial começou, os especialistas disseram que Zinedine Zidane estava velho. Mariano Pernia, o Argentina que joga na seleção espanhola comentou: “Velho é o vento, e continua soprando”. E a França derrotou a Espanha e Zidane foi, nessa partida, e nas seguintes, o mais jovem de todos.

Depois, no fim do campeonato, quando aconteceu o que aconteceu, foi fácil atacar o ruim do filme. Mas era, e continua sendo, difícil compreendê-lo. Será verdade? Não será um pesadelo, um sonho equivocado? Como pôde abandonar os seus quando mais necessitavam dele? Horacio Elizondo, o árbitro, lhe deu cartão vermelho com toda a razão, mas por que Zidane fez o que fez?

Ao que parece, o zagueiro italiano Marco Materazzi lhe dirigiu alguns desses insultos racistas que os energúmenos costumam gritar desde as tribunas dos estádios. Zidane, muçulmano, filho de argelinos, havia aprendido a se defender, desde a infância, quando recebia ataques desse tipo nos subúrbios pobres de Marselha. Conhece bem esses insultos, mas lhe doeram como a primeira vez, e seus inimigos sabem que a provocação funciona. Mais de uma vez fizeram com que perdesse a cabeça desta maneira suja, e Materazzi não é, digamos, famoso por sua limpeza.

Este Mundial esteve marcado pelas declarações das seleções, antes de cada partida, contra a peste universal do racismo, e Zidane foi um dos jogadores que o fez possível.O tema é candente. Às vésperas da Copa do Mundo, o dirigente político Jean-Marie Le Pen proclamou que a França não se reconhecia em seus jogadores, porque eram quase todos negros e porque seu capitão, um árabe, não cantava o hino nacional. Algum tempo antes, o treinador da seleção espanhola, Luis Aragonés, havia chamado de negro de merda o jogador francês Thierry Henry, e o presidente perpétuo do futebol sul-americano, Nicolas Leoz, apresentou sua autobiografia dizendo que nasceu em um povoado onde viviam 500 pessoas e três mil índios.

Mas pode-se reduzir a um insulto, ou a vários insultos, esta tragédia do vencedor que escolhe ser perdedor, do astro que renuncia à glória quando a tem ao alcance das mãos? Talvez, quem sabe, essa louca investida tenha sido, embora Zidane não quisesse, nem soubesse, um rugido de impotência.

Talvez tenha sido um rugido de impotência contra os insultos, as cotoveladas, as cusparadas, os chutes mal-intencionados, as simulações dos especialistas em contorções, mestres do ai de mim, e contra as artes de teatro dos farsantes que matam e exibem uma cara de não fui eu.

Ou, talvez, tenha sido um rugido de impotência contra o êxito esmagador do futebol feio, contra a mesquinhez, a covardia e a ganância do futebol que a globalização, inimiga da diversidade, está nos impondo. Por fim, na medida em que o campeonato avançava, ficava cada vez mais claro que Zidane não era deste circo. E suas artes de magia, sua presença, sua melancólica elegância, mereciam o fracasso, bem como o mundo de nosso tempo, que fabrica em série os modelos do sucesso, merecia este medíocre campeonato mundial.

E, de alguma maneira, também se pode dizer que a Itália merecia a Copa, porque todas as seleções, algumas mais, outras menos, jogaram à italiana e com o mesmo esquema de jogo, linha de quatro atrás, defesa fechada e gols roubados graças a contra-ataques.

A Itália se impôs, como tinha de ser. No final, o esquema tático causou muitos bocejos, mas também lhe deu quatro títulos mundiais. E ao longo desta quarta vitória sofreu dois gols, um contra e outro de pênalti, e na retaguarda, não na vanguarda, teve seus melhores jogadores: Buffon, goleiro, e Cannavaro, zagueiro.

Oito jogadores da Juventus chegaram à final em Berlim: cinco jogando pela Itália e três pela França. E se deu a casualidade de a Juventus ser a equipe mais comprometida nos escândalos que vieram à público pouco antes do Mundial. Das mãos limpas aos pés limpos: a justiça italiana parecia decidida a mandar para o exílio, a série B e a série C, os clubes mais poderosos, incluindo a Lazio, a Fiorentina e o Milan, do virtuoso Silvio Berlusconi, que praticou a fraude e a impunidade no futebol, nos negócios e no governo. Os juízes comprovaram toda uma classe de trapaças, contra árbitros, compra de jornalistas, falsificação de contratos, adulteração de balanços, divisão de posições no campeonato italiano, manipulação dos programas da tele...

Um ministro do governo anunciou a anistia caso a Itália vencesse o Mundial. A Itália ganhou. Tudo isso dará em nada, uma vez mais, e como sempre? Zidane foi punido por muito menos.

Alguém, não sei quem, soube resumir da seguinte maneira a Copa 2006: “Os jogadores têm uma conduta exemplar. Não bebem, não fumam, não jogam”. Os que de vez em quando acertavam a bola no gol, não jogavam bonito, e os que jogavam bonito nunca acertavam o gol. Toda a África ficou fora logo cedo, e não demorou muito para toda a América Latina também partir para o exílio. O campeonato mundial se converteu em uma Eurocopa.

Os resultados recompensavam este que agora chama de sentido prático: altos muros defensivos e na frente algum atacante, um Cavaleiro Solitário, implorando um favorzinho de Deus. Como costuma ocorrer o futebol e na vida, perde o que melhor joga e ganha o que joga para não perder.

Os pênaltis ajudaram a injustiça. Até 1968, as partidas difíceis eram definidas no cara ou coroa. De alguma maneira, continua sendo assim. Concluída a prorrogação, os pênaltis se parecem muito com o capricho do acaso. A Argentina foi mais do que a Alemanha, e a a França mais do que a Itália, mas uns poucos segundos puderam mais do que duas horas de jogo, e a Argentina teve de voltar para casa e a França perdeu a Copa.

Pouca fantasia foi vista. Os artistas deram lugar aos levantadores de peso e aos corredores olímpicos, que ao passarem chutavam a bola ou um adversário.

O Mundial foi tão aborrecido que os donos do negócio não tiveram outra coisa a fazer a não ser imaginar projetos para injetar entusiasmo no decaído espetáculo. Uma das idéias nascidas dentro da Fifa propõe castigar o empate não concedendo ponto às equipes. Outra sugere aumentar a distância entre as traves para aumentar o número de gols. E outra, se não te agrada este cardápio, pretendem uma Copa a cada dois anos.

Mas o futebol profissional, espelho do mundo, joga para ganhar, não por prazer, e o cálculo de custos zomba destas inúteis piruetas imaginárias dos burocratas que comandam o futebol mundial. Menos mal que o futebol profissional não é todo o futebol. Basta sair às ruas, ir às praias, aos campinhos, para comprovar que a bola pode rolar com alegria. No futebol profissional, o que aparece na televisão, pouca alegria se vê. Parecemos condenados à nostalgia do velho tempo dos cinco forwards e à triste comprovação de que agora nos resta apenas um, e no passo que seguimos nem um restará: todos atrás, nenhum na frente. Como comprovou o zoólogo Roberto Fontanarrosa, o atacante e o urso panda são espécies em extinção. (IPS/Envolverde)

(*) Eduardo Galeano, escritor e jornalista uruguaio, autor de As veias abertas da América Latina e Memórias do fogo.


terça-feira, julho 18, 2006

O "Canhão da Vila"

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Sem medo de fazer propaganda, saiu na Fórum de julho uma entrevista da qual participei com o lendário José Macia, o Pepe, segundo maior artilheiro da história do Santos, ficando atrás apenas de Pelé. A matéria se deu por conta do lançamento do seu livro de memórias, "Bombas de Alegria", Realejo Editorial. Abaixo, um dos muitos causos contados pelo jogador.


As sete ondas - 1969

O jogo era contra o Corinthians no Pacaembu. Lula havia deixado o Santos e era agora técnico da A.A.Portuguesa também da cidade praiana. Chamou o seu massagista Beicinho, um crioulinho ágil e esperto, e intimou:
– Beicinho, hoje é sexta-feira. Você vai logo mais à meia-noite no mar, conta direitinho sete ondas e as pega num balde. Pois o Corinthians é um time perigoso, de mandingas, e temos que estar prevenidos, não quero perder esse jogo domingo!
Assim foi feito.
No domingo a delegação da Lusa santista chega nos vestiários do
Pacaembu com o chefão Lula à frente. Examinou bem o recinto e antes de nele entrar gritou:
– Ninguém entra! Aqui há coisa feita!
Chamou Beicinho e ordenou que lavasse os vestiários arremessando a água do balde com as sete ondas apanhadas na sexta-feira à noite. E Lula exclamava enquanto a água escorria:
– lemanjá vai nos garantir e proteger tranquilamente! Ela não falha! Após o apito final, com sete a zero para o Corinthians, Beicinho quase “recebeu as contas” quando disse ao Lula:
– Professor, ainda bem que eu só peguei sete ondas. Já pensou se eu pegasse umas dez ou quinze?

segunda-feira, julho 17, 2006

Como time pequeno 2 (A missão)

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No último sábado, contrariando minha índole são-paulina de só ver jogo em casa, fui ao Morumbi ver São Paulo e Figueirense. O ingresso a R$ 10 me convenceu a rever o estádio onde não punha os pés desde a fatídica final do Brasileirão de 89, contra o Vasco (sim, eu vi aquele humilhante gol de cabeça do Sorato in loco). Não tinha fila na bilheteria nem pra entrar. Saí de casa com antecedência de 40 minutos e entrei no estádio antes do apito inicial.

O São Paulo partiu com tudo pra cima do Figueira, perdeu um gol feito com Danilo aos 40 segundos e abriu o placar com Ricardo Oliveira aos 2 minutos, após uma bela roubada de bola do Lúcio na esquerda, que tocou para o Thiago cruzar na área. Depois disso, o Tricolor foi completamente dominado pelo time de Florianópolis, que só não aplicou uma goleada vexaminosa porque seus atacantes são muito ruins.

Poucas vezes vi o São Paulo jogar tão mal. Um verdadeiro timinho pequeno, horrível, desprezível. Danilo não pegou na bola, Thiago só fez aquela assistência e mais nada, Josué e Lugano erraram dúzias de passes bobos e deram contra-ataques fulminantes para o Figueirense, Mineiro estava perdido, Souza não produziu nada de útil e ninguém no time, mas ninguém mesmo, conseguiu marcar com um mínimo de competência. Os laterais adversários faziam o que queriam e saíam livres na cara do Rogério Ceni de minuto em minuto. Verdadeiro teste para são-paulinos cardíacos.

Quando o Figueirense empatou, achei que o São Paulo ia levar mais 3 ou 4 gols em seqüência. Não fosse um choque de cabeça entre Mineiro e um adversário, que parou o jogo e esfriou a pressão do time de Santa Catarina, tenho certeza de que o Tricolor teria sido derrotado. O gol de André Dias no último minuto foi um puta alívio, mas, ao mesmo tempo, uma tremenda injustiça. O Figueirense mandou no jogo de ponta a ponta.

Sinceramente, estou pra lá de cético quanto a partida de quarta-feira, contra o Estudiantes. Acho que a vaca já tomou o caminho do brejo e só me restará torcer por melhor sorte no Campeonato Brasileiro. O Gerardo Lazzari já pode comprar os rojões.

Como time pequeno

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O Palmeiras venceu o Corinthians, que agora amarga a vice-lanterna do Brasileirão, empatado em pontos com o Santa Cruz. Como a zona do rebaixamento ainda é uma realidade de quatro pontos – diferença para o bolo dos quase-na-lama com 14 pontos –, acabo ficando mais contente com a queda do alvi-negro paulistano do que da vitória palestrina.

O novo-time de Tite é muito diferente do que saiu de férias antes da Copa. Menos em peças do que em estilo. Com o técnico gaúcho, o Verdão se convence de que, mesmo com grandes nomes do passado em seu elenco, precisa se portar como time pequeno. Acossado no começo do jogo, a aposta na vantagem oferecida pelo preparo físico e marcação dura permitiu ao Palmeiras vener com um gol no fim da primeira etapa em sua única chance real naquela etapa. Desestruturado, o Corinthians não conseguiu reagir.

Em competição em que time grande joga como pequeno para não cair, impera a saudade da Copa do Mundo.

sexta-feira, julho 14, 2006

Seleção: quem assumir agora sobrevive até 2010?

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A CBF queria Luiz Felipe Scolari no comando da seleção brasileira em substituição a Carlos Alberto Parreira. Porém, com a recusa do atual comandante de Portugal, os nomes de Vanderlei Luxemburgo, hoje no Santos, e Paulo Autuori, no futebol japonês, ganharam força. Leão, que está no São Caetano, continua proscrito enquanto Ricardo Teixeira estiver na CBF. Será que além desses quatro nomes existem outros que poderiam assumir a seleção?

O treinador do Santos já comandou o Brasil entre 1998 e 2000, quando conquistou a Copa América de 1999, mas perdeu os Jogos Olímpicos de Sydney no ano seguinte. Paulo Autuori também tem experiência em seleções, já que treinou o Peru durante alguns jogos nas últimas Eliminatórias. Mas só está cotado devido as conquistas da Libertadores da América e do Mundial de Clubes da Fifa no ano passado, pelo São Paulo.

Entre nós, manguaças, há um certo consenso de que o treinador que assumir a seleção agora não sobrevive no cargo até a Copa de 2010. Quando Felipão foi procurado pela primeira vez, em 2000, recusou. Esperou Leão assumir e ser fritado pra pegar a seleção na reta final para a Copa de 2002, quando parecia impossível perder o cargo. Estaria fazendo o mesmo agora?

O fato é que Parreira assumiu em janeiro de 2003 e permaneceu até a Copa da Alemanha. Talvez tenha tido a sorte de o Brasil nem ter se classificado para a disputa das Olimpíadas de Athenas, em 2004. Assim, não houve a tradicional pressão para que a seleção conquistasse, enfim, sua primeira medalha de ouro no futebol. Além do mais, o Brasil tinha faturado a Copa de 2002 e a torcida estava satisfeita.

Mas agora é diferente. O Brasil perdeu o mundial e a cobrança pelo ouro olímpico voltará forte, como uma espécie de redenção obrigatória. Foi assim em 2000, na Austrália. A derrota em 1998 e o novo insucesso diante de Camarões, nas Olimpíadas de Sydney, determinaram a queda de Vanderlei Luxemburgo.

Portanto, quem assumir agora terá que classificar a seleção para Pequim 2008 e, de preferência, trazer a medalha de outro. Senão, será difícil resistir até 2010. Quem se habilitará? Façam suas apostas.

quinta-feira, julho 13, 2006

"Tomei um vinho. Talvez tenha a ver com isso"

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"Eu não sou irresponsável (de beber antes de entrar no ar). Do contrário não teria 33 anos de profissão", afirmou Fernando Vanucci para a Folha de S.Paulo, ao comentar o episódio do último domingo. O jornalista afirmou que teve uma discussão por telefone com um de seus filhos. "Tenho pressão alta e fiz, em 2001, uma cirurgia no coração para corrigir um problema congênito. Tomo remédios fortes todos os dias. O telefonema foi muito estressante, minha pressão ficou alta", completou ele, dizendo que tomou "uma dose alta" de Lorax, uma hora e meia antes do início do programa.

"Isso me deu uma relaxada. Por azar, o pico do efeito ocorreu quando entrei no ar. Eu sentia que ia cair. Tinha visão dupla, por isso fechava um olho para tentar enxergar com o outro. Foi me dando um pânico, eu queria sair correndo", afirmou Vanucci. Depois do ocorrido, o apresentador recebeu uma advertência verbal da RedeTV! e voltou a trabalhar na terça-feira. "O pior é que não tomei (álcool). No domingo procuro não beber. No sábado eu tomei um vinhozinho. Talvez tenha a ver com isso", finalizou Vanucci.

Segundo o psiquiatra Dartiu Xavier, Universidade Federal de São Paulo, o que ocorreu com o jornalista não é comum a quem já toma calmantes - a não ser que se misture com álcool, porque o medicamento potencializa o efeito da bebida.


quarta-feira, julho 12, 2006

Ainda Zidane

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Deu no Le Monde a seguinte declaração de Zidane:

"Michel Denisot (o entrevistador) lhe perguntou se a realidade "confirmava" o que disseram os tablóides ingleses, que se apoiaram em especialistas de leitura labial, e acusaram o italiano de ter dito: "Todo mundo sabe que você é filho de uma puta terrorista". Zidane respondeu simplesmente: "Sim."


E agora, Fifa?

"-Vô chamá meu adevogado!!!"

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Um advogado francês anunciou nesta quarta-feira a intenção de recorrer à Justiça para que a final da Copa 2006, entre Itália e França, seja anulada, caso a expulsão do francês Zinedine Zidane tenha ocorrido depois da arbitragem ter recorrido à ajuda "ilegal" do vídeo. Méhana Mouhou pedirá diretamente a um tribunal de justiça comum de Paris o "interrogatório do quarto árbitro e de qualquer pessoa que teve direta ou indiretamente relação com a punição dada a Zidane". O advogado, que espera ter sua demanda concluída na semana que vem, quer esclarecer se a decisão foi tomada de forma ilegal, com o recurso ao vídeo. Nesse caso, "o objetivo da ação judicial é a anulação da partida", informou.

Zidane diz que não se arrepende da cabeçada

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O meia francês Zinedine Zidane pediu desculpas nesta quarta-feira pela sua agressão no zagueiro italiano Marco Materazzi na final da Copa do Mundo. Entretanto, o jogador declarou que não se arrepende da cabeçada. O jogador da seleção francesa deu uma entrevista para o Canal Plus para esclarecer o ocorrido.

"Não posso lamentar meu gesto porque isso mostraria que ele teve razão ao dizer tudo aquilo. Não posso, não posso, não posso dizer isso. Não basta punir somente a reação", justificou. De acordo com Zidane, Materazzi teria dito "duas ou três palavras muito duras" com insultos a sua mãe e a sua irmã. O meia ressaltou que o zagueiro italiano é o principal culpado pelo episódio.

"Se não há uma provocação, não pode haver uma reação. É necessário castigar o verdadeiro culpado e o culpado é ele, que provocou. Vocês acham que numa final de Copa do Mundo, quando faltam dez minutos para minha aposentadoria, eu faria um gesto desses porque me causa prazer?", enfatizou o meia.

Em entrevista ao jornal alemão Bild, Malika, a mãe de Zidane, defendeu a cabeçada do filho no italiano. "Eu defendo Zidane", afirmou Malika. "Quero que me sirvam os ovos de Materazzi em uma bandeja", disparou. Para a mãe do atacante, Zidane fez o que fez para "defender a honra da família. Algumas coisas são mais importantes do que o futebol", justificou.

Revista diz que tetra italiano pode ser anulado

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Edição publicada nesta terça-feira da revista alemã Der Spiegel traz reportagem intitulada "Por que a Fifa pode cancelar o título da Itália", elencando fatores que poderiam levar a uma eventual punição da equipe tetracampeã, por conta do episódio envolvendo o francês Zidane e o zagueiro italiano Materazzi, na final disputada domingo passado.

No episódio, Materazzi teria chamado o meia de "terrorista sujo", dentre outros xingamentos, referindo-se à origem muçulmana do agora ex-jogador francês, que é filho de imigrantes argelinos e nasceu em Marselha. O suposto insulto teria levado Zidane a dar uma cabeçada no italiano, sendo expulso no segundo tempo da prorrogação.

Para justificar o suposto risco de perda do título italiano, a Der Spiegel cita as recentes e pesadas punições contra o racismo estabelecidas em março deste ano pela Fifa. Segundo o artigo 55 da resolução 4 do Regulamento Disciplinar da Fifa, jogadores de federações oficiais ou de clubes que vierem a agir de alguma forma discriminatória terão suas equipes punidas automaticamente com a perda de três pontos ou a desqualificação em partidas eliminatórias.

Ontem, a Fifa anunciou que abrirá um processo disciplinar para averiguar as circunstâncias nas quais Zidane agrediu Materazzi - que já admitiu ter insultado o francês, negando porém tê-lo chamado de "terrorista". A Fifa não mencionou se o italiano também será investigado:

"Membros da Fifa começarão uma investigação disciplinar sobre a conduta de Zidane. Desejamos esclarecer, acima de tudo, as circunstâncias que rodearam aquele incidente. Também queremos enfatizar que a expulsão de Zidane foi correta, já que o quarto árbitro da partida, Luis Medina, observou o lance sem o auxílio da televisão e informou o ocorrido ao juiz principal, Horacio Elizondo", disse o comunicado da Fifa.

As conseqüências do título da Itália

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Passados três dias do fim da Copa e o mundo começa a vislumbrar os efeitos da vitória da Itália. Além do possível surto de times defensivos (comos e tivéssemos poucos) em virtude do esquema da equipe campeã, uma bela pizza começa a ser preparada no Calcio. O clima favorável depois do tetrafaz com que algumas figuras comecem a defender a não punição dos times envolvidos no escândalo da máfia da arbitragem e manipulção de resultados no país. Juventus, Milan, Fiorentina e Lazio correm risco de serem rebaixados para divisões inferiores do futebol italiano outras 26 pessoas também estão sendo acusadas de participarem do escândalo e podem até ser banidas do futebol.

Mas o oba-oba da Copa pode salvar a todos. O ex-presidente italiano Silvio Berlusconi foi o primeiro a defender penas leves para as equipes. “Não podemos punir os torcedores. As pessoas devem ser punidas, não os clubes”, disse o desinteressado político e empresário que também é dono do Milan. Já o ministro da Justiça (sic) da Itália, Clemente Mastella, fez questão de destacar a conquista e usar o título como justificativa para abafar o escândalo. “Vamos fazer o que faziam na Roma antiga: quem nos deu prestígio e dignidade deve ser tratado de maneira diferente, como alguém que fez algo exemplar”. Que argumento!

Enquanto isso, a Fifa investiga o caso Zidane, que pode perder a Bola de Ouro de melhor jogador por conta da sua cabeçada na final, segundo declarações do presidente da entidade Joseph Blatter. Por outro lado, a revista alemã Der Spiegel revela que a Itália poderia até perder o título se forem comprovadas as ofensas racistas de Materazzi ao francês, com base no artigo 55 da resolução 4 do Regulamento Disciplinar da Fifa. O regulamento diz que jogadores de federações oficiais ou de clubes que vierem a agir de alguma forma discriminatória terão suas equipes punidas automaticamente com a perda de três pontos ou a desqualificação em partidas eliminatórias.

terça-feira, julho 11, 2006

O país da retranca

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Olha o começo dessa matéria do Terra (o endereço mostrava só http://www.terra.com.br/istoe, dia 11 a noite): "O técnico Carlos Alberto Parreira tinha nas mãos o mais badalado e talentoso grupo do mundo. Mas a falta de pulso, a indecisão, a soberba, as concessões aos veteranos e um frouxo esquema de marcação levaram à eliminação prematura na Copa."

Viram porque a seleção naufragou? Porque faltou marcação. O bendito time tomou DOIS GOLS em cinco jogos. DOIS. Contra a França, se é verdade que Zidane jogou livre e bem pra caramba, també é verdade que nenhuma de suas jogadas com a bola rolando resultou em gol, que só saiu numa falta (extremamente bem batida).

Por outro lado, no mesmo e fatídico jogo, o Brasil chutou QUATRO bolas no gol francês e só UMA deu trabalho para Barthez. Naõ existia saída de bola da defesa para o meio campo, que por sua vez era absolutamente inoperante (muito pior do que quando o execrado Ronaldinho Gaúcho jogou por ali). E o ataque ficou lá, esperando. Catso, como é que o grande problema desse time era falta de marcação?

Teve gente que disse que a solução era ter colocado o Mineiro, para segurar o Zidane. E não só isso, antes da eliminação a grande resposta de outros tantos era colocar o Juninho Pernambucano no lugar de alguém do quadrado mágico, jogador de características muito mais defensivas, que sempre jogou na seleção de segundo volante. O coro pelo, com a licença do companheiro Glauco, emplatro Brás Cubas era maior do o pela entrada de Robinho, mesmo este tendo melhorado o time em todas as partidas que entrou. Não existe nenhuma solução que privilegie o ataque?

Ao mesmo tempo, vejo a exaltação da raça de Portugal e o endeusamento de Felipão. Portugal tinha um time bom, com jogadores como Figo, Deco, Cristiano Ronaldo e Maniche (eleito um dos melhores da Copa). e mesmoassim jogava sempre defensivamente, no contra-ataque.

O que eu vejo com isso é algo perigoso: o Brasil se tornou uma nação de retranqueiros. Entrou na cabeça das pessoas que futebol bonito é coisa do passado, que primeiro tem que pensar na defesa, que ganha jogo quem faz mais faltas, que o gol é apenas um detalhe no futebol. Enfim, essa troletada de baboseiras que a Era Dunga começou e que agora ressurgem modificadas no que talvez possa ser chamado Era Felipão.

Outro dia, comentei um post do O.S. (nem lembro o tema) dizendo que retranca era coisa de alemão. Injustiça. A seleção anfitriã foi a que mais atacou nessa Copa, jogando a maior parte do tempo no campo do adversário, sufocando, buscando o gol o tempo todo. Infelizmente, parece que retranca agora é coisa de brasileiro.

Sandices fascistas

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O político italiano Roberto Calderoli demonstrou sentir saudades dos tempos de Mussolini. Vice-presidente do Senado e dirigente da direitista Liga do Norte, ele afirmou que a França “sacrificou sua identidade” ao escalar “negros, islamitas e comunistas”.
Ele saudou o título italiano como "uma vitória da identidade italiana, de uma equipe que escalou lombardos, napolitanos, venezianos e calabreses e que ganhou de uma equipe da França que sacrificou sua própria identidade escalando negros, islamitas e comunistas para obter resultados".

O embaixador francês na Itália, Yves Aubin de Messuzière, considerou a declaração fascista de Calderoli "inaceitável e depreciável, destinada a fomentar o ódio", e enviou uma carta ao presidente do Senado, Franco Marini, exigindo desculpas formais.

Calderoli, não satisfeito, negou-se a pedir desculpas e afirmou que "quando digo que a equipe da França é formada por negros, islamitas e comunistas digo uma coisa objetiva e evidente".

"Quem se escandaliza e exige desculpas não tem a consciência tranqüila. A França é uma nação multi-étnica, devido a seu passado colonialista, do qual eu não estaria orgulhoso. Mas não é minha culpa se alguns ficaram perplexos com uma equipe que escalou sete negros, se Barthez canta a Internacional em vez da Marselhesa ou se alguns preferem Meca a Belém", acrescentou. "Não creio que deva me envergonhar pelo que disse, ainda que isso choque Paris, onde se trata Zidane de gênio, confundindo um golpe de gênio com uma cabeçada", concluiu Calderoli.

Não é a primeira vez que o digníssimo senhor, que foi ministro de Berlusconi, outro grande democrata de nosso tempo, brinda o mundo com sua sapiência e pensamento progressista. Depois da grave crise causada pelas controvertidas caricaturas do profeta Maomé, apareceu enrolado com uma dessas caricaturas na emissora pública de televisão RAI.

Fernando Vanucci totalmente bêbado!!!

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É inacreditável. Só vendo e revendo muitas vezes pra ter certeza do vexame que esse manguaça passou ao vivo, na RedeTV!, logo após a conquista da Itália no domingo. Não conseguia ler o teleprompter, não percebeu que as imagens eram da comemoração da Itália e ficou falando sobre o Brasil (sabe-se lá o que), com a língua enrolada e os olhos semi-cerrados. De tão bêbado, nem voltou para o segundo bloco do programa Bola na Rede. Chamaram o Augusto Xavier às pressas pra substituí-lo. Confiram:

Teria sido racismo?

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Pensei em escrever algo no mesmo sentido, mas o Luiz Weis já o fez, no seu blog Verbo Solto. Reproduzo abaixo:

Racismo é pior que xingar a mãe

Postado por Luiz Weis em 11/7/2006 às 8:29:54 AM

A Globo não foi a única a ir atrás do que motivou a fulminante cabeçada de Zinédine Zidane, na final com a Itália.

Segundo um italiano que conhece leitura labial, informa hoje o diário londrino Guardian, citando por sua vez a BBC, Materazzi teria dito ao craque afinal eleito o melhor da Copa:

”Quero que você e sua família tenham uma morte horrível.” E teria emendado: “Vá se f….”

O que correu por aqui é que o italiano disse que a irmã de Zidane era prostituta.

De seu lado, a ONG francesa SOS-Racisme informou que, de acordo com “várias fontes bem informadas”, Materazzi chamou Zidane de “terrorista sujo”.

Se foi isso que ele disse, com ou sem o resto – que faz parte do costumeiro repertório de insultos que jogadores trocam em campo – o caso muda de figura: torna-se a negação viva do badalado espírito anti-racista da Copa e não pode ficar por isso mesmo.

É bom lembrar que na Itália, bem como na Espanha, atletas norte-africanos e negros são frequentemente hostilizados pelas torcidas adversárias.

Um técnico espanhol foi multado em 3 mil euros por ter xingado Thiery Henry, que joga na Inglaterra, com palavras racistas.

É bom lembrar também que a seleção francesa provavelmente chegou à final porque tinha pouco de “bleues” e muito de “noires” – além do genial filho de argelinos. Os únicos “autênticos” franceses, diria o fascista Jean-Marie Le Pen, eram Barthez, Sagnol e Ribéry.

Em suma, Zidane perdeu a cabeça e mereceu a expulsão, Materazzi, se apelou para o racismo, merece pena mais grave e a mídia italiana está diante do desafio de pôr o patriotismo no banco dos reservas e ir para cima do assunto.

É Júlio Sérgio!

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Depois de trazer Doni, a Roma, o mesmo time que já teve Falcão, foi campeão italiano e vice europeu na década de 80, de tantas glórias e tradições, anunciou a contratação do goleiro Júlio Sérgio.

Pra quem não se lembra, Júlio Sérgio foi jogador do Santos. Chegou no clube como um desconhecido, na metade de 2002, para ser reserva de Fábio Costa. Mas uma contusão do baiano fez com que a camisa 1 ficasse mesmo com o jovem arqueiro chegado de Ribeirão Preto.

E ele fez um bom papel no Brasileirão. Se não foi uma muralha, cumpriu perfeitamente sua função naquele time composto atletas jovens como ele - Robinho, Alex, Diego, Elano e companhia. Tanto que caiu nas graças da torcida.

Mas se a sorte o colocou pra jogar, o azar o tirou da parte nobre do campeonato: na penúltima partida da primeira fase daquele Brasileirão, Júlio se machucou e Fábio Costa acelerou sua recuperação. Arrebentou na decisão contra o Corinthians e recuperou de vez a camisa 1. No ano seguinte, Júlio ficou bem na reserva e foi vice-campeão brasileiro e da Libertadores.

2004 seria o ano mais triste da carreira de Júlio. Fábio Costa deixara o Santos para ir para o Corinthians; nada mais natural que a camisa 1 ficasse com Júlio Sérgio. Mas em mais um arroubo estranho da diretoria do Santos, Doni e Mauro chegaram à Vila. Júlio, então, passou o ano todo na reserva, mesmo com a dispensa de Doni e a contratação do atabalhoado Tápia.

No ano seguinte, Júlio perambulou por clubes menores. Foi para o Juventude e na sequência para Coritiba e América de Rio Preto. Não tenho certeza da ordem, mas é mais ou menos por aí.

Agora ele chega à Roma... curioso. Méritos técnicos não tem, indiscutivelmente. É bom sujeito, todos gostavam dele na Vila, mas não convence embaixo das traves.

Por outro lado, essa negociação me deixa feliz. Mostra que jogos de empresários, jogadores medíocres em times grandes e negociatas não existem só por aqui.

segunda-feira, julho 10, 2006

Materazzi se defende

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Um dos mais habilidosos e dóceis jogadores da Copa, símbolo da graça e leveza dos italianos, Materazzi se defendeu de forma sensacional da acusação de que teria xingado Zidane de terrorista:

"Não é verdade, não o chamei de terrorista. Sou ignorante e não sei nem o que as palavras terrorista ou islâmico querem dizer", disse o craque logo após a chegada do avião que trouxe a delegação italiana da Alemanha.

Quem quiser conferir mais dos lances que marcaram a sua carreira, Thalita recomenda:

http://www.youtube.com/watch?v=rKGcUr0S-FU&search=materazzi