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É nóis na semi! |
Empurrada pela torcida, a Ponte apertou pesadamente o visitante. Com marcação intensa, deixava a bola com os zagueiros paulistanos, mas quando algum infeliz atacante ameaçava passar do meio de campo, caíam logo uns quatro pontepretanos em cima dele. Domínio territorial, mas apenas uma boa chance criada, num chutão que o centroavante William Batoré transformou em lançamento ao emendar um petardo para defesa de Danilo Fernandes – das poucas que fez na partida. Fora isso, boa atuação de Chiquinho, driblador que criou as melhores alternativas para furar a defesa corintiana.
Por sua vez, o Corinthians não conseguia sair a pressão, com muito erros de passes. Claro que é mérito da marcação – e também demérito do campo do Moisés Lucarelli – mas os discípulos de Parque São jorge colaboraram bastante. Encurralado, o Timão pouco fez além de segurar a pressão da Ponte – e manter a calma.
Assim, quando a equipe campineira afrouxou um pouquinho, pelo natural cansaço que deriva de tal entrega, apareceram as primeiras chances. Quem abriu o caminho não foi um meia, mas Guerrero, centroavante que vem mostrando outas armas além do já registrado faro de gol. Aos 31 minutos, recebeu de Romarinho e levou uns três zagueiros no peito para o primeiro chute a gol do Corinthians no jogo. E aos 32, lá estava ele roubando bola no meio-campo, passando para Sheik, que deixou com Danilo, que matou a defesa da Ponte com um calcanhar para o peruano. Guerrero sapecou de fora da área e Edson Bastos rebateu para os pés de Little Romário, que guardou. Mais 5 minutos e Fábio Santos rouba uma bola no ataque e passa pra Emerson tirar o zagueiro e acertar um chute manhoso no canto direito. A Ponte começava a cair.
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"Jogo pegado é comigo", diz Sheik |
Tite decidiu pensar no Boca e trocou Alessandro, Romarinho e Guerrero por Edenílson, Pato e Douglas. Deste, cabe falar que está claramente fora de forma, mas seus passes e técnica serão bem vindos. Estivesse em campo, seria mais possível sair da pressão insana da Ponte no comecinho.
Mas dos três o destaque foi obviamente Pato. Nos menos de 15 minutos que esteve em campo, perdeu um gol na cara de Edson Bastos, cabeceou uma bola que o goleiro salvou por milagre e, cansado de ter o cabra na frente, driblou-o e a um outro defensor para fazer um golaço, fechando de vez a conta da Ponte. Como deixar esse cara fora do time?
Agora, vem o São Paulo. De nada adianta comparar os jogos classificatórios dos dois rivais e imaginar que o sofrimento tricolor significa vida fácil para o Timão: vai ser pedreira. Convém adotar o poético discurso de Tite e deixar de fora o tapete da soberba. E manter a calma, claro.
3 comentários:
Agora há pouco, no Jornal da Cultura, a voz (gravada) que descrevia cada um dos gols do Corinthians chamou Emerson de "principal jogador corinthiano" no momento em que seu gol era passado.
Pergunta que não quer calar: Este time tem "principal jogador"?
Se tiver, este seria mesmo o Emerson?
Olha, as duas perguntas são válidas, rapaz. Eu diria que não tem. Mas se tiver, Emerson está mesmo na lista, pelo menos nos últimos jogos. Tem participado de quase todos os gols. Mas Guerrero tem jogado muito também, e Danio mantém sua regularidade. O cara que mais chamou atenção no ano passado foi Paulinho, mas esse não entrou mais na mesma sintonia de então. Eu estou esperando o retorno de Renato Augusto pra ver o que diabos Tite vai resolver, rs.
O que me causou espécie foi a editoria de esportes do jornal "cravar" que é o Emerson, e pronto.
Veja que estamos concordando aqui que a questão é tormentosa.
Entre torcedores, organizados ou não, estou certo que vão pipocar nomes e a diversidade vai imperar.
Vão citar o (novato) Gil, Chicão (toscamente acusado de tosco por outro futepoqueiro), Paulo André (pela bola e pela cuca), Danilo, Paulinho, Ralf, Renato Augusto (pré-lesão), Pato (pela bola e pelo nome), Guerrero, Romarinho (pela estrela), Cássio, a Fiel...
Aí vem algum "especialista" do JC e "resolve" tudo.
Só faltava ser o Villa, o Pondé ou a Maristela Basso p/ ser mais caricato.
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