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quarta-feira, julho 29, 2009

Schumacher no lugar de Massa

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Massa e Schumacher: substituição e

torcida para que o brasileiro volte
foto: Globo.com


Parece que a Ferrari acabou de confirmar, segundo o globo.com, que o alemão correrá daqui duas semanas e meia em Valência, no GP da Europa.

É ainda preciso checar, mas a volta de Schumi trará resposta a algumas questões interessantes.

Ele é tão acima da média que poderá fazer a Ferrari andar na frente?

Claro que é bom lembrar que o time de Maranello já está se recuperando e conseguiu pódio em duas corridas seguidas.

Outra questão é se um piloto parado há tanto tempo e presumivelmente fora de forma será capaz de dirigir em alto nível? Se não, será decepção para quem o considera o melhor de todos os tempos. Não é meu caso, divido-me entre Piquet e Senna.

Outro ponto a pensar é que, apesar da tentativa de otimismo global, é notar que o acidente de Massa foi realmente muito grave, provavelmente impedindo que ele volte este ano. Fica a torcida para que primeiro ele recupere a saúde, e depois possa voltar a correr um dia. Mas é apenas torcida.

A realidade é a volta do alemão... Vamos ver o que acontece

sexta-feira, maio 15, 2009

F-Mais Umas - Mamãe não gostou

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CHICO SILVA*

Dia das mães e corrida. Essa não parece ser uma combinação feliz para Rubens Barrichello. Mais uma data se passa e Rubinho não consegue dar a vitória de presente para a mamãe, Dona Idely. Tudo bem que dessa vez não foi um vexame como em 2002, naquele cômico e ao mesmo tempo trágico GP da Áustria. Para quem não se lembra, Rubinho liderava até a última curva quando, via rádio, recebeu uma ordem do então chefe da Ferrari, Jean Todt, para que aliviasse o pé e deixasse o "companheiro" Michael Schumacher vencer a prova. Passivo, Barrichello acatou a determinação e, a partir dali, reforçou seu lado Pé de Chinelo (à direita, os dois no pódio, naquela infeliz ocasião). Foi um dos episódios mais patéticos e constrangedores da história da F-1.

Revoltado com a marmelada, o público presente ao circuito de A-1 Ring soltou uma das maiores vaias já ouvidas em um evento esportivo no mundo. A impagável narração de Cléber Machado (à esquerda) também merece lembrança. O narrador passou a última volta inteira duvidando que a Ferrari fosse capaz de inverter as posições dos dois, fato que já havia ocorrido no mesmo circuito no ano anterior. A diferença é que naquela ocasião Rubinho estava em segundo e Schumacher em terceiro. Machado carregou sua convicção aos metros finais da prova. Até que soltou o célebre "Hoje não! Hoje não! Hoje sim?!? (...) Olha, é inacreditável!", num tom que misturava resignação, incredulidade e raiva. Quem duvida pode clicar aqui e conferir no Youtube.

Pois bem. No último domingo, mais uma vez, Rubinho se viu na condição de vítima do companheiro e da própria equipe. Só que, ao invés de Schumacher, o protagonista da vez é Jenson Button (à direita). A dupla da surpreendente Brawn tinha como estratégia realizar três paradas para abastecimento e troca de pneus. No meio da corrida, e com Barrichello disparado na frente, o engenheiro do carro de Button mudou a tática e partiu para o chamado Plano B. Com um pit stop a menos e um carro mais leve na parte final da prova, o inglês conquistou a quarta vitória em cinco corridas na temporada. A alteração sem aviso prévio deixou Rubinho perplexo.

Indignado com a postura do time, ele ameaça abandonar a Fórmula 1 se for comprovado qualquer privilégio ou benefício ao adversário de equipe. A pergunta que fica é: até quando Rubinho vai continuar com esse discurso surrado de que é "apenas um brasileirinho contra todo esse perverso e desumano mundo da F-1?". Até quando? E agora ele nem pode reclamar, pois foi avisado pelo seu engenheiro que o companheiro mudara de planos. Se quisesse, poderia pedir para a equipe repetir a estratégia adotada com Button. Outro dado chama a atenção nesse caso: o dono da equipe é o mesmo Ross Brawn (acima) que era responsável pela estratégia de corrida da Ferrari nos tempos dele e Schumacher. No início do ano, Rubinho dizia para quem quisesse ouvir que Brawn seria ético e não privilegiaria nenhum piloto na disputa interna.

Segundo ele, a preferência seria conquistada pelos resultados de pista. As quatro vitórias e 41 pontos de Button, contra 27 do brasileiro, provam que Brawn está cumprindo o que Barrichello esperou dele. Portanto, só há uma coisa a fazer: trocar o choro pelo pedal. Acelera, Rubinho! Ainda dá tempo. Ou então, dá-lhe Casseta, Pânico...

Livro de balcão - Mudando de combustível, aproveito para dar uma dica literária, creio que muito apropriada aos frequentadores deste cyberboteco. A Panda Books acaba de lançar "Hic!stórias – os maiores porres da história da humanidade"(R$ 35,90). A obra faz uma viagem pelo tempo e resgata bebedeiras e ressacas monumentais desde os tempos de Cleópatra e Alexandre, o Grande, até os desbundes etílicos de personagens do Século XX, como a diva Billie Holiday, o filósofo nouvelle vague Jean Paul Sartre e o gigante Noel Rosa. Com diz a resenha da editora, trata-se da "evolução humana pela antropologia do boteco". É para ler de copo na mão!

(PS.: Coluna enviada em 11/05 e só publicada agora porque o editor Marcão encontra-se temporariamente afastado da civilização)

*Chico Silva é jornalista, wilderista (fanático por Billy Wilder) e nelson-piquetista. Em futebol, 60% santista, 40% timbu pernambucano. Bebe bem e escreve semanalmente a coluna F-Mais Umas para o Futepoca.

quarta-feira, abril 22, 2009

F-Mais Umas - A carroça vermelha

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CHICO SILVA*

Imagine uma equipe que venceu seis dos nove últimos títulos mundiais de pilotos. Imagine um time que, na temporada passada, lutou pelo campeonato até a última curva da derradeira prova do ano. Imagine uma escuderia que dispõe do maior orçamento da categoria. Imagine uma marca que é quase um sinônimo da F-1. Agora imagine essa mesma equipe passando pelo vexame de não conseguir marcar um mísero pontinho sequer nas três primeiras disputas do ano. Pois essa é a vexatória situação da Ferrari em 2009. De favorita absoluta, disputa agora o título de "carroça do ano" com as cadeiras elétricas da Force Índia. A pane no carro de Felipe Massa no GP da China foi o último ato dessa ópera buffa protagonizada por Massa, Kimi Raikkonen e Stefano Domenicali, o diretor esportivo da escuderia do cavalinho (acima), que está mais para cansado do que rampante.

A última vez que tal fato havia ocorrido foi em 1981. Naquele ano, o canadense Gilles Villeneuve e o francês Didier Pironi (à esquerda) passaram em branco nos GPs da Argentina, Brasil e EUA. Os primeiros pontos só vieram na quarta corrida do ano, o GP de San Marino, com a quinta colocação de Pironi. Ali tinha início uma das disputas internas mais ferozes da história da categoria. Na luta para ficar à frente do inimigo de equipe, os limites do frágil carro da escuderia foram ultrapassados. Resultado: no ano seguinte, Villeneuave perderia a vida num bárbaro acidente nos treinos para o GP da Bélgica, em Zolder. Meses depois, Pironi fraturou as duas pernas durante os treinamentos para o GP da Alemanha. No Youtubeum vídeo que mostra Nelson Piquet prestando socorro ao colega acidentado. Só para informação, Piquet seria o campeão de 1981. Foi a primeira de suas três conquistas.

Voltando à atual temporada, é certo que o regulamento provocou uma revolução nos carros. Por ter disputado o título do ano passado até os últimos metros, a Ferrari acabou atrasando o desenvolvimento do novo protótipo. Mas não há desculpas que justifiquem tamanho fiasco. A equipe está lembrando os piores momentos da era pré-Schumacher, quando tinha ao volante barbeiros como Ivan Capelli, Jean Alesi e Nicola Larini (à direita), entre outros "braços". O time italiano promete reação. Na Espanha, estreará a sua versão do difusor, a peça chave da categoria em 2009. Resta saber se haverá tempo para uma reação. Tudo indica que não. Mas, pelo menos, uma boa notícia. Com Massa andando lá atrás nossos ouvidos serão poupados dos berros estrionicos do Galvão Bueno. Como se vê, nem tudo está perdido.

Qualquer semelhança será mera coincidência?
O ano é 2002. Na última rodada o Santos garante vaga entre os oito times que disputarão a fase final do Brasileiro. A classificação veio no saldo de gols, graças a uma goleada do Gama no Coritiba, que lutava pela vaga com o alvinegro. O futuro não era animador. Um bando de moleques iria enfrentar o São Paulo, time de melhor campanha da primeira fase. Com atuações inesquecíveis da dupla Diego e Robinho, então com 17 e 18 anos, respectivamente, despachou o time do Morumbi e rumou para um título que há 18 anos não via. Estamos em 2009. Dessa vez, o campeonato é o Paulista. Como há sete anos, o Santos se classificou no limite, aos 42 minutos do segundo tempo de um jogo contra a Ponte Preta. Como em 2002, iria encarar o melhor da fase anterior, nesse caso o Palmeiras. Em vez de Diego e Robinho, Paulo Henrique e Neymar, 19 e 17 anos, que comandam o show e acabam com o sonho do bi verde. Para completar, o adversário da final será o mesmo Corinthians de 2002. Daqui a dois domingos, saberemos se a história se repetirá...

*Chico Silva é jornalista, wilderista (fanático por Billy Wilder) e nelson-piquetista. Em futebol, 60% santista, 40% timbu pernambucano. Bebe bem e escreve semanalmente a coluna F-Mais Umas para o Futepoca.