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Mais um post que corre o risco de ser docemente repetitivo. Dessa vez, pude acompanhar in loco no Pacaembu Neymar, o gênio, fazer cinco gols legítimos, mas só quatro validados. E ainda fez mais um, este irregular de fato.
Embora o placar tenha sido dilatado, o jogo só se tornou realmente fácil na segunda etapa. No primeiro tempo, o Peixe sofreu com a quantidade de erros no meio de campo. Alan Kardec recuava para armar, mas não tem o cacoete de meia; Arouca avançava mais, principalmente pela direita, mas também errava bastante. Na esquerda, Durval, mais uma vez no lugar de Léo, conseguiu, junto com o mais uma vez efetivo Bruno Rodrigo, evitar os avanços de Guérron, mas não conseguia acrescentar nada à frente, justamente no setor do campo que Neymar gosta de atuar. Assim, sem ter com quem jogar , o moleque forçava as jogadas individuais para criar as chances alvinegras.
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Precisa legenda? (Foto Santosfc) |
Ainda no primeiro tempo, outro lance “interpretativo”, o árbitro anulou o que seria o segundo gol do garoto na partida. A bola passou por um impedido Alan Kardec, que não fez menção de participar do lance. Depois de validar o gol de Neymar e do time rubro-negro já se postar no meio de campo para sair com a bola, jogadores do vistante cercaram o auxiliar Fábio Pereira e Francisco Carlos Teixeira voltou atrás e anulou o tento. Naquela conjuntura, o tempo fechou e o time se desorganizou por um instante. Até que, pouco depois, numa tentativa de contra-ataque do Atlético, Neymar voltou para a intermediária, desarmou o ataque paranaense com um chutão e vibrou. A torcida foi junto e incendiou o Pacaembu novamente, mas o segundo tempo estava no fim.
Logo no início da segunda etapa, gol do Atlético-PR. Escanteio cobrado de forma magistral por Paulo Baier, o mais lúcido e perigoso jogador rubro-negro, encontrou Guérron. Mas não demorou dois minutos para o Santos empatar. Cléber Santana fez outro pênalti, empurrando Edu Dracena em cobrança de escanteio. Não recebeu o segundo cartão amarelo, que lhe valeria a expulsão. Neymar não desperdiçou. E, cinco minutos depois, Rentería lançou Neymar; o zagueiro Manoel cai, e o atacante não desperdiça. Pseudopolêmica: ao fazer o movimento de correr pra disputar com o santista, há um suposto choque da perna dele com o joelho do adversário.
O quarto viria em um lance de gala do garoto, que finge que vai abrir na ponta, mas avança na área, deixando a marcação sem rumo. O chute perfeito acaba com o jogo. O Peixe ainda desperdiçaria chances de ampliar e o Atlético colocaria uma bola na trave, em lance irregular no qual Guérron domina com o braço, e outra em cobrança de Paulo Baier já perto do fim do jogo. Mas a noite era de Neymar, que chegou a 96 gols como profissional, não contando os tentos feitos como infantil e juvenil (alô, Romário), sendo 78 pelo Alvinegro em 154 partidas.