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quinta-feira, abril 15, 2010

Classificação garantida

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O Corinthians está oficialmente classificado para as oitavas de final da Libertadores. Com 13 pontos conquistados em 15 disputados, invicto, o Timão não pode mais ser ultrapassado por nenhum de seus fracos concorrentes.

Cair num grupo que se mostrou fraco pode dar ainda ao Timão a vantagem de sair com a melhor campanha da primeira fase, o que dá certos privilégios no resto da competição. Nada que decida, mas dizem que era importante.

Muito bem, mas e o futebol? Bom, esse aparece de vez em quando. No jogo desta quarta, contra o Racing, no Uruguai, tivemos um primeiro tempo muito seguro, com toque de bola tranquilo, algumas chances nossas (numa delas o gol de Dentinho) e poucas do adversário.



O segundo começou melhor ainda, com marcação na saída de bola dos caras, boas tabelas e pressão total. Mas, depois de uns 10 minutos, o time recuou inteiro e levou calor do fraco Racing – que naõ chegou a ter nenhuma chance clara de gol, que eu me lembre, mas ficou aquela bendita bola rodando a área, esperando a zica bater. Mas dessa vez um contra-ataque bem encaixado levou ao gol de Elias, de cabeça, fazendo 2 a 0 e batendo o prego no caixão.

Dentinho jogou muito, fez um gol e algumas jogadas bem legais. Devia ir mais pra cima dos adversários, tentar mais o drible. Mas foi o destaque alvinegro. Cresceu bastante sem as obrigações de marcar o lateral, fechar o meio e outras que o esquema do ano passado reservava ao camarada.

Nessas eu entendo e apóio o 4-4-2 que o Mano está tentando botar pra funcionar. Mas ainda acho que o time precisa de um meia de verdade na direita, pra aproximar mais do ataque. Elias rende alguns bons passes na meia, faz gols e tal, mas vai melhor vindo de trás como volante. Quem na meia? Se o multi-homem Jorge Henrique encarar, é dele. Mas eu apostaria em Defederico – se ele não for para o River, como diz nessa notícia do Lance...


Mas o fato é que, quando decide pressionar, parece que o time funciona. Talvez o que falte mesmo seja Ronaldo voltar a jogar bola. Ou o treinador parar com essa mania de recuar tanto quando em vantagem. Vamos ver contra adversários mais fortes como a coisa anda - o que ainda não vai ser o caso contra o Independiente de Medellin, dia 22, no Pacaembu, último jogo da primeira fase.

quinta-feira, fevereiro 25, 2010

De virada é mais gostoso e dá caráter

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Falta perto do meio campo, bola jogada para a área. Roberto Carlos e William não cortam de cabeça. Chicão vacila e deixa Cauteruccio receber livre para finalizar quase na pequena área. Gol do Racing do Uruguai, no segundo de número 56 da participação corintiana na Libertadores da América de 2010, em pleno Pacaembu.

Nem o mais amargo secador palmeirense imaginaria começo pior para a jornada alvinegra no torneio que é o principal objetivo do ano de seu centenário. “Ih, agora o time se desespera, a torcida começa a xingar antes do fim do primeiro tempo, e já era esse jogo”, pensou o periquito de mau agouro, não sem o apoio de fatos passados.

Mas não foi assim. O Coringão se manteve firme e tranquilo, tocando a bola e esperando os espaços. E a Fiel fez jus ao nome, apoiando com paciência.

Com isso, Elias, melhor homem em campo, empatou e desempatou a partida, com um gol em cada tempo. O primeiro teve um lindo passe de letra de Tcheco, que também foi muito bem e parece ter mais recursos do que eu imaginava. O outro veio dos pés de Souza, que entrou bem na segunda etapa para brigar no meio dos zagueiros e deixar Ronaldo mais livre para atrair a marcação.



A virada aconteceu, mas o jogo foi bem mais difícil do que inicialmente se imaginava. O gol no início permitiu ao Racing se dedicar com mais afinco à retranca, que o Timão teve dificuldade de furar. Parte do problema vem da falta de jogadas pelos lados, com pouca participação de Roberto Carlos e Alessandro (substituído por Jucilei, que foi bem, como quase sempre). Outro ponto foi a atuação apagada de Jorge Henrique, talvez pouco afeito à posição de meia que lhe foi reservada por Mano Menezes.

Pelo que entendi, a intenção de Mano é jogar num 4-4-2, com Tcheco na meia direita e Danilo na esquerda, com mais liberdade. JH desempenhou o segundo papel, mas não conseguiu sair da forte marcação uruguaia. Outra característica do esquema parece ser dar mais liberdade para Elias aparecer como elemento surpresa para infiltração, contando com a proteção de Tcheco, jogada que gerou os dois gols em boas tabelas pelo meio. Mas tudo isso ainda precisa de muito entrosamento, especialmente entre meias e laterais.

E Ronaldo? Teve atuação discreta e reclamou da falta de ritmo. Mas mesmo assim, participou das duas jogadas de gol, meteu rolinhos em seqüência em dois jogadores do Racing (em jogada pouco útil) e fez um lance muito legal quase no final: parou na entrada da área, deu uma pedalada, e passou no meio de dois zagueiros, quase marcando um golaço. Ainda não entendi como aquele cara daquele tamanho passou naquele espacinho.

No geral, gostei principalmente da calma e paciência do time para se recuperar, características marcantes da personalidade de Mano Menezes. Se for pra ver ponto positivo em levar gol no comecinho, começar com uma vitória suada dessas no mínimo ajuda a baixar a bola e aumentar a seriedade da galera – jogadores e torcida.

Primeira dama

Registro a presença de diversos torcedores ilustres no Pacaembu. Estiveram lá a melhor do mundo Marta, a rainha do basquete Hortência, a também monarca das embaixadinhas Milene, acompanhada do príncipe Ronald, filho do Gordo, and last, but not least, a primeira-dama brasileira Marisa Letícia. Como diria Ibrahim Suede, sorry periferia!

Renda e conforto

A diretoria do Corinthians botou os preços dos ingressos na lua, deixando descontente grande massa de torcedores. O mais baratinho, de R$ 50, foi todo vendido antecipadamente aos sócios-torcedores, restando ao pessoal das bilheterias ingressos de R$ 200 e R$ 300, além do setor VIP, de R$ 500. Mesmo assim, mais corintianos compareceram à estréia que flamenguistas ao Maracanã. A renda então, nem se fala, como mostra comparação feita pelo parceiro Marcelo, do Vertebrais:

Flamengo – 24.301 pagantes e R$ 728.323,00 de renda
Corinthians - 31.035 pagantes e R$ 2.181.742,00 de renda

O Santos, que está cobrando R$ 80 no ingresso mais barato para o clássico, parece que gostou da idéia. No mínimo curioso ter tanta gente disposta a pagar valores europeus para entrar num estádio desorganizado e com tão pouco conforto.