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sexta-feira, agosto 17, 2012

Vascaína flamenguista

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No escritório, o vascaíno nem quis se conter:

– Caraca! A Gabi!

Sem esconder, o navegador aberto no Facebook apresentava uma galeria de fotos de uma moça bem formada, em mínimos trajes cruz-maltinos. Curvas à mostra nas areias de Itacoatiara, em Niteroi.

As reprimendas não tardaram. Em pleno ambiente de trabalho, olhar aquele tipo de conteúdo não pegava bem. Quer dizer: facilitava as piadas. A troça veio junto.

Gabi era conhecida dos tempos de colégio. Cinco anos mais nova, era a bonitona daquela geração. Ainda no ensino fundamental, se misturava com os meninos mais velhos, do ensino médio. Era mal quista pela concorrência e alvo de suspiros da molecada. Nunca se soube de interesse pelo futebol. Anos mais tarde, o Facebook reaproximou a turma. O reencontro não ultrapassou o convite para ser amigo, o "aceitar" de quem não se encontra pessoalmente há muito tempo, e uma ou outra atualização de foto do cachorro, de um retrato posado de família ou coisa assim.

As imagens na praia, de biquíni, em diferentes ângulos, eram parte de um concurso de gata do Brasileirão de algum site esportivo que tenta juntar os carros-chefe de audiência em portais (futebol e moças em trajes menores). Para ser mais preciso, o book improvisado era apoio à plataforma de candidatura da moça: material "extra" para engajar admiradores e torcedores pelas mídias sociais.

Os céticos da firma ampliavam o tom das piadas a cada nova foto aberta.

– Colega de escola nada, o cara conhece a moça é de outros fóruns  –  acusou o corintiano.

– Nada! Daqui a pouco ele muda a versão, diz que é uma prima  – agravou o flamenguista.

O vascaíno, sem se abalar com a jocosidade dos colegas, ainda demonstrava a surpresa de quem revia a Gabi em uma versão bem menos recatada do que aquela que habitava a memória do tempo de adolescente. Ele só conseguiu conter a turma quando revelou:

– O ruim é que fica muito claro que ela não tem a menor intimidade com futebol, sabe?

Ninguém sabia.

– No perfil do site, tem lá a pergunta: "Maior ídolo vascaíno"  –  contextualizou o vascaíno. – A menina vai e responde: "Romário". Romário? Romário?  – inconformava-se. O baixinho, aliás, conseguiu na Justiça o direito de penhora de 5% dos direitos econômicos de quatro atletas vascaínos, por conta de direitos de imagem e salários não pagos à época em que era jogador do clube.

A alegação era simples. Roberto Dinamite é presidente do clube. Juninho Pernambucano ainda joga, Dedé é promissor. Até Edmundo poderia ter mais apelo em seus cálculos de torcedor. Outros ídolos até Ademir Ademir de Menezes, o Queixada, afloraram em uma escalada de indignação até a conclusão:

– Como Romário é ídolo maior? Tu é flamenguista, menina?!

A consternação era a de quem dá uma bronca em quem reencontrava, ainda que via Facebook.

Mais do que o tom indignado, o que convenceu parte da turma foi o fato de o cabra ter lido as respostas da moça. Dos onanistas que tinham visitado a tal enquete para eleger a gostosona do campeonato, nenhum tinha sequer reparado que havia algo além de fotos para se olhar.

O gremista na baia ao lado até comentou que o vascaíno tinha ido ler para saber se a candidata tinha, sei lá, revelado o nome do primeiro namorado ou alguma informação que o abonasse. E as piadas acabaram.

segunda-feira, novembro 24, 2008

O pesadelo Eurico

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Mais que o possível rebaixamento, uma ameaça maior paira sobre São Januário. No site www.euricomiranda.com há um abaixo-assinado que diz contar com mais de "mil assinaturas" pedindo o impeachment de Roberto Dinamite e a volta dele, claro, o morto-vivo Eurico Miranda.


Na página inicial estão alguns dos motivos para a possível queda de Roberto (veja aqui), entre eles que o Vasco terá de disputar a série B, que a camisa vai custar R$ 40, que terão o mesmo patrocínio de Ipatinga, Volta Redonda etc. E, cara-de-pau dos caras-de-pau, é a utilização do argumento que o Dinamite é responsável pela queda porque pegou o time em nono lugar no Brasileiro e pode agora cair. E chega a chamar Roberto de botafoguense.

Quem não cohece os métodos do ex-deputado pode até se espantar com tamanho non sense, mas existe uma ameaça concreta de que com a queda para a segundona o fantasma de Eurico volte a assombrar São Januário. O mesmo ectoplasma daquele que foi capaz de "ser roubado" com dinheiro da renda do Vasco que levou para casa (sabe-se lá por quê), que perdeu jogadores como Juninho Pernambucano na Justiça por não pagar salários e que montou esse time no mínimo medíocre para a atual temporada. E que há pouco tempo ameaçou, de viva voz, na Rádio Bandeirantes, "acabar com a vida política e particular" de Roberto se a equipe não permanecer na Primeira Divisão.

Já houve tempo em que por causa do nefasto cheguei a querer a queda do Vasco, hoje nem tanto, por conta dessas viúvas do euriquismo. Hoje penso no meu tio Albertino, que me ensinou a ser atleticano e tem como segunda camisa a do Vasco e que não merece tamanha assombração. Sua volta (cruz-credo) não é um retrocesso apenas para o Vasco, mas para todo o futebol brasileiro.