Destaques

Mostrando postagens com marcador romário. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador romário. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, julho 18, 2014

Se vai resolver lá na CBF, não sei - mas o homem já deu prova, em campo, de que sabe decidir sob pressão

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Gilmar no São Paulo: de 85 a 90
Anunciado ontem como novo coordenador geral de seleções pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF), o ex-goleiro Gilmar Rinaldi já enfrenta ceticismo, desaprovação e desconfiança por parte da imprensa. Principalmente porque, do ano 2000 para cá, ganhou a vida como empresário de jogadores. Por isso, a possível convocação de algum deles, a partir de agora, vai dar o que falar - mesmo que o ex-goleiro tenha abandonado suas atividades como agente de atletas.

A pulga é colocada atrás da orelha devido a um episódio ocorrido logo após a única experiência de Gilmar como administrador, a curta passagem como superintendente de futebol no Flamengo, entre 1999 e 2000, marcada de forma polêmica pelas multas e repreensões a Romário, que teve o contrato rescindido naquele ano e voltou ao Vasco (não por outro motivo, o ex-atacante, hoje deputado federal, detonou a escolha de Rinaldi pela CBF e o chamou de "incompetente e sem personalidade").

Vampeta no Flamengo: fracasso
Em 2001, ao se tornar agente de jogadores, Gilmar cooptou três jovens revelações flamenguistas: o zagueiro Juan (hoje no Internacional) e dois atacantes recém-profissionalizados,  Reinaldo (que passaria por São Paulo e Santos) e Adriano (futuro "Imperador"). Daí, na ânsia e na oportunidade de emplacar seus empresariados no futebol europeu, intermediou uma das transações mais lamentadas pela torcida rubro-negra. O volante Vampeta, que tinha metade de seus direitos econômicos divididos entre o Inter de Milão e o Paris Saint Germain, veio para o Flamengo; em troca, o clube deu Adriano para o Inter e Reinaldo para o PSG, mais 5 milhões de dólares.

O fiasco do time da Gávea naquela temporada, em que escapou do rebaixamento no Brasileirão por pouco, ficou eternizado em uma frase exatamente de Vampeta: “O Flamengo finge que me paga, eu finjo que jogo”. Pra piorar a situação, Adriano brilharia no Inter de Milão e Reinaldo conquistaria até uma Copa da França pelo PSG. Como ex-funcionário do Flamengo (o que possibilitou o contato e o aliciamento das "pratas da casa" do clube), Gilmar ficou em "saia justa" por ter intermediado esse clássico "negócio furado" para o Flamengo. Relembrado, agora, para botar desconfiança em sua contratação pela CBF.

Gilmar atuando pelo Cerezo Ozaka
Bom, como o futuro - na e da CBF - a Deus pertence, só me resta relembrar, aqui, um pouco da (vitoriosa) carreira de Gilmar dentro de campo. Revelado pelo Inter de Porto Alegre, pelo qual foi tetracampeão gaúcho entre 1981 e 1984, jogou depois pelo São Paulo (campeão paulista em 1985, 1987 e 1989 e brasileiro em 1986), Flamengo (campeão carioca em 1991 e brasileiro em 1992) e Cerezo Osaka, do Japão, onde encerrou a carreira. Pela seleção brasileira, ganhou a medalha de prata como titular nas Olimpíadas de Los Angeles, em 1984, e a Copa de 1994, também nos Estados Unidos, dessa vez como terceiro goleiro. Mas o que vou guardar na memória para sempre, de seus tempos sob as traves, foi uma das decisões mais instantâneas, lúcidas, incisivas e espetaculares tomadas por um jogador em uma situação de pressão extrema.

A decisão do Brasileiro de 1986, disputada na noite/início de madrugada de 25 para 26 de fevereiro de 1987, em Campinas, foi uma das mais emocionantes do futebol brasileiro em todos os tempos (já escrevi sobre ela aqui). Na metade do segundo tempo da prorrogação, quando São Paulo e Guarani empatavam por 2 x 2, o rápido bugrino João Paulo aproveitou uma falha do zagueiro Wagner Basílio e botou os donos da casa na frente do placar, garantindo, ali, o título. Depois, quando faltava só um minuto para o jogo acabar, o mesmo João Paulo, em vez de segurar a bola em seu pé no ataque e aguardar o apito final para comemorar, tentou mais um chute, que foi para a linha de fundo. Na reposição, Gilmar pegou a bola e tocou para o - até ali - desafortunado Wagner Basílio.

Careca: milagre na prorrogação
O outro zagueiro, Darío Pereyra, contaria mais tarde que recriminou o goleiro: "Pô, falta menos de um minuto, pra quê sair jogando? Dá um chutão pra frente!" Naquele momento, o hino do Guarani soava nos auto-falantes do estádio Brinco de Ouro e o juiz José de Assis Aragão já olhava o relógio para apitar o fim do jogo. Mas Gilmar, ao tocar para Wagner, ordenou: "Toca pro Careca, que ele resolve!". No vídeo do lance (abaixo), é possível ver João Paulo chutando a bola para fora e depois fazendo o gesto de "Calma, que já acabou" para o time do Guarani; Gilmar tocando a bola para Wagner e Darío Pereyra olhando para trás e reclamando; a bola viajando e resvalando na cabeça do meia Pita; e depois pingando na frente do centroavante Careca. Que, para milagre supremo e confirmação do palpite de Gilmar, soltou a bomba, de primeira, e empatou o jogo!


Sábio Gilmar! Que depois ainda pegaria um pênalti na série de cobranças que deu o título ao São Paulo - e cujo último gol, ironicamente, foi de Wagner Basílio. Um título que, aos 14 minutos do segundo tempo da prorrogação, estava (quase) irremediavelmente perdido.

sexta-feira, novembro 08, 2013

Homofobia no futebol volta aos holofotes

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Romário e Ronaldo se provocam via imprensa e pontuam mais um episódio homofóbico
Depois que Ronaldo Nazário, membro do Comitê Organizador Local (COL) da Copa 2014, criticou o hoje deputado federal Romário pela campanha ferrenha contra os gastos no mundial do ano que vem, a resposta (indireta) que recebeu do parlamentar, via Twitter, foi a seguinte:

- Eu particularmente, adoro mulher! Mas aprendi a respeitar o gosto de cada um.

A provocação faz alusão a um nebuloso episódio de Ronaldo com travestis em abril de 2008, no Rio de Janeiro, e acrescenta mais um capítulo aos casos explícitos de homofobia no futebol brasileiro, como o das reações raivosas ao selinho de Emerson Sheik em um amigo, em agosto deste ano.

Dos males, o menor: tanto a reação violenta à Sheik quanto o comentário infeliz de Romário trazem à tona a necessidade de discutir (e combater) a homofobia. E "queimam" a imagem dos homofóbicos.

segunda-feira, junho 24, 2013

Romário responde a Ronaldo e cobra ingressos para pessoas com deficiência

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

(Alexandra Martins / Câmara dos Deputados)

Em carta aberta ao ex-companheiro de seleção, deputado afirma cumprir seu papel de fiscalizador e diz não se aproveitar de "situação de indignação popular"

Há pouco tempo, eles chegaram a formar a dupla de ataque dos sonhos de muitos brasileiros. Pela seleção, Romário e Ronaldo foram vice-campeões do Torneio da França, em 1997, e campeões da Copa América e da Copa das Confederações, no mesmo ano. Mas, atualmente, o clima entre os dois não é dos melhores. No sábado (22), questionado sobre as críticas que o deputado federal tem feito em relação à Copa do Mundo, o ex-jogador e membro do Comitê Organizador Local da Copa (COL), disse não ter nada para falar do Romário. Mas falou. "Vivemos um momento de reflexão. Precisamos de soluções para melhorar o Brasil e não só ficar apontando o dedo para fulano e ciclano, sendo que o Brasil precisa de mudanças. Gostaria de mudar, mas não tenho cargo público e político, ele [Romário] tem."

Romário não deixou barato e, neste domingo (23), divulgou uma carta aberta ao ex-parceiro de seleção brasileira. No texto, Romário disse não se aproveitar da "situação de indignação popular" e destacou que tem acompanhado, desde que assumiu seu mandato, tudo o que acontece no Brasil na área esportiva. Segundo ele, a primeira impressão negativa que teve sobre o Mundial foi a Lei Geral da Copa, por conta dos poderes excessivos concedidos à Fifa. “Trabalhei junto com outros deputados para tornar aquele texto mais favorável ao Brasil. Em um dos artigos, por exemplo, sugeri que a Fifa deixasse no Brasil 10% do seu lucro, de R$ 4 bilhões, para investimento no futebol de base e outros esportes praticados por pessoas com deficiência”, disse.

O parlamentar também afirmou acompanhar de perto o que vem sendo feito na preparação do Mundial. “Uma coisa que você [Ronaldo] não deve saber, é que uma das funções de deputado é fiscalizar, além da CBF, entidades como a que você faz parte, o Comitê Organizador Local (COL). E ninguém pode dizer que não tenho feito isso. São incontáveis os relatórios divulgados por mim sobre o excesso de gastos.”

Romário aproveitou também para cobrar 32 mil ingressos que seriam destinados para pessoas com deficiência e de baixa renda e que teriam sido prometidos por Ronaldo. Leia abaixo a carta aberta na íntegra:


Carta aberta ao Ronaldo:

Ronaldo, meu camarada

Se tem alguém se aproveitando dessa situação de indignação popular, certamente, não sou eu. Desde 2011, quando assumi meu mandato, tenho me informado sobre tudo que acontece no Brasil na área de esporte para contribuir com minha experiência. O primeiro impacto negativo que tive foi a Lei Geral da Copa, que dava poderes excessivos à FIFA. Trabalhei junto com outros deputados para tornar aquele texto mais favorável ao Brasil. Em um dos artigos, por exemplo, sugeri que a FIFA deixasse no Brasil 10% do seu lucro, de R$ 4 bilhões, para investimento no futebol de base e outros esportes praticados por pessoas com deficiência. Entre outros projetos que você, certamente, pode conferir posteriormente.

Como você também deve saber, estou tentando instalar um CPI da CBF na Câmara, para que possamos por fim aos desmandos daquela instituição e resgatar a verdadeira função do futebol, que é fortalecer este esporte tão amado por mim, por você e por milhões de brasileiros.

Uma coisa que você não deve saber, é que uma das funções de deputado é fiscalizar, além da CBF, entidades como a que você faz parte, o Comitê Organizador Local (COL). E ninguém pode dizer que não tenho feito isso. São incontáveis os relatórios divulgados por mim sobre o excesso de gastos. Visitei TODAS as cidades-sedes para fiscalizar obras de mobilidade, aeroportos, estádios e acessibilidade. Minha função não permite ações mais efetivas, fica a cargo do Executivo dar a canetada final.

Para finalizar, parceiro, não é só governo que contribui com o bem da população de seu país, empresários e cidadãos bem intencionados também compartilham desta inestimável generosidade.

Aliás, nós da Frente Parlamentar em Defesa da Pessoa com Deficiência ainda esperamos os 32 mil ingressos para a Copa do Mundo prometidos publicamente por você, em nome do COL, para as pessoas com deficiência e de baixa renda.

Com apreço,

Romário


Para a cobertura da Copa das Confederações, o Futepoca está realizando uma parceria com a Rede Brasil Atual com a edição do blogue Copa na Rede. Acompanhe por lá nossos posts sobre o evento.

sexta-feira, agosto 17, 2012

Vascaína flamenguista

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

No escritório, o vascaíno nem quis se conter:

– Caraca! A Gabi!

Sem esconder, o navegador aberto no Facebook apresentava uma galeria de fotos de uma moça bem formada, em mínimos trajes cruz-maltinos. Curvas à mostra nas areias de Itacoatiara, em Niteroi.

As reprimendas não tardaram. Em pleno ambiente de trabalho, olhar aquele tipo de conteúdo não pegava bem. Quer dizer: facilitava as piadas. A troça veio junto.

Gabi era conhecida dos tempos de colégio. Cinco anos mais nova, era a bonitona daquela geração. Ainda no ensino fundamental, se misturava com os meninos mais velhos, do ensino médio. Era mal quista pela concorrência e alvo de suspiros da molecada. Nunca se soube de interesse pelo futebol. Anos mais tarde, o Facebook reaproximou a turma. O reencontro não ultrapassou o convite para ser amigo, o "aceitar" de quem não se encontra pessoalmente há muito tempo, e uma ou outra atualização de foto do cachorro, de um retrato posado de família ou coisa assim.

As imagens na praia, de biquíni, em diferentes ângulos, eram parte de um concurso de gata do Brasileirão de algum site esportivo que tenta juntar os carros-chefe de audiência em portais (futebol e moças em trajes menores). Para ser mais preciso, o book improvisado era apoio à plataforma de candidatura da moça: material "extra" para engajar admiradores e torcedores pelas mídias sociais.

Os céticos da firma ampliavam o tom das piadas a cada nova foto aberta.

– Colega de escola nada, o cara conhece a moça é de outros fóruns  –  acusou o corintiano.

– Nada! Daqui a pouco ele muda a versão, diz que é uma prima  – agravou o flamenguista.

O vascaíno, sem se abalar com a jocosidade dos colegas, ainda demonstrava a surpresa de quem revia a Gabi em uma versão bem menos recatada do que aquela que habitava a memória do tempo de adolescente. Ele só conseguiu conter a turma quando revelou:

– O ruim é que fica muito claro que ela não tem a menor intimidade com futebol, sabe?

Ninguém sabia.

– No perfil do site, tem lá a pergunta: "Maior ídolo vascaíno"  –  contextualizou o vascaíno. – A menina vai e responde: "Romário". Romário? Romário?  – inconformava-se. O baixinho, aliás, conseguiu na Justiça o direito de penhora de 5% dos direitos econômicos de quatro atletas vascaínos, por conta de direitos de imagem e salários não pagos à época em que era jogador do clube.

A alegação era simples. Roberto Dinamite é presidente do clube. Juninho Pernambucano ainda joga, Dedé é promissor. Até Edmundo poderia ter mais apelo em seus cálculos de torcedor. Outros ídolos até Ademir Ademir de Menezes, o Queixada, afloraram em uma escalada de indignação até a conclusão:

– Como Romário é ídolo maior? Tu é flamenguista, menina?!

A consternação era a de quem dá uma bronca em quem reencontrava, ainda que via Facebook.

Mais do que o tom indignado, o que convenceu parte da turma foi o fato de o cabra ter lido as respostas da moça. Dos onanistas que tinham visitado a tal enquete para eleger a gostosona do campeonato, nenhum tinha sequer reparado que havia algo além de fotos para se olhar.

O gremista na baia ao lado até comentou que o vascaíno tinha ido ler para saber se a candidata tinha, sei lá, revelado o nome do primeiro namorado ou alguma informação que o abonasse. E as piadas acabaram.

quarta-feira, agosto 15, 2012

Romário solta o verbo contra a Veja: "revista de m..."

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Mostrando que o Futepoca também sabe fazer "jornalismo (sic) de Twitter", abaixo as declarações de Romário sobre a nota da revista Veja (provavelmente esta aqui) na qual o jornalista Lauro Jardim diz que a verba de gabinete do deputado continuou sendo gasta no período em que ele comentou as Olimpíadas pela Record.

Mas o gabinete de Romário deveria parar de funcionar com ele fora? Se for assim, gabinetes darão expediente dois ou três dias por semana em Brasília...

segunda-feira, outubro 24, 2011

O futebol masculino no Pan e a histeria calculada

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Quem viu ontem o jogo entre Brasil e Costa Rica no Pan-Americano escutou as bravatas de sempre quando uma seleção nacional perde no ludopédio. “Tem que honrar a camisa amarela”, exultava o narrador que corroborava a filosofia zagaliana de amor à pátria de chuteiras. Romário criticava a CBF por não ter mandado “força máxima” à competição, no que foi seguido por outro jogador-comentarista, Denílson, que se manifestou no mesmo sentido no Twitter. No microblogue, aliás, jornalistas esportivos chegaram a defender a queda de Ney Franco em função do resultado.

Na história, o país ganhou 4 medalhas de ouro em Pans. Significa
De verdade, alguém aí lembra do desempenho do Brasil, no futebol masculino, no Pan de 2007, que aconteceu aqui? Claro que não, simplesmente porque não é importante. Para outras modalidades, o Pan classifica para Mundial, Olimpíadas, mas no futebol ele não leva a nada. Tem valor em si? Bom, se você considerar que as seleções sul-americanas se classificam para o Pan por meio do Sul-americano sub-17 e as da Concacaf pelo seu regional sub-20, tem-se uma dimensão da relevância.

Não é à toa que seleções do porte de Guatemala, Jamaica e Cuba já chegaram às finais da competição, e outras como Antilhas Holandesas e Trinidad Tobago já pegaram bronze. Sendo assim, por que a histeria de alguns agora?

Ver Romário “exigir” os melhores parece um acinte para os torcedores de times que estão na reta final do Brasileirão. Os europeus sequer aceitariam receber qualquer solicitação da CBF pedindo a liberação de atletas para a competição continental. Mas a razão da “exigência” parece ser outra: a Record investiu pesado não apenas no Pan, mas principalmente no futebol, deslocando profissionais dos mais competentes para a cobertura de uma modalidade secundária no contexto dos Jogos. E, segundo Maurício Stycer, “o sonho maior da Record era poder exibir a partida da seleção brasileira, pelas semifinais, na próxima quarta-feira, dia 26, no mesmo horário em que a Globo estaria apresentando algum jogo da Copa Sul-Americana. A Record julgava que poderia superar a concorrente no Ibope em função do desinteresse que existe em relação a este torneio sul-americano.”



Continua o jornalista: “Durante a transmissão da partida contra a Costa Rica, Romário criticou a CBF por ter enviado ao Pan uma equipe muito jovem e inexperiente. A Record parece acreditar que a decisão de não mandar um time mais qualificado seria uma represália de Ricardo Teixeira contra a emissora, que tem apresentado uma série de reportagens sobre o dirigente.” Será que a emissora acredita de fato nisso? Para ser verdade, anteriormente a postura da CBF em relação ao Pan deveria ter sido diferente do que foi agora, quando a seleção que jogou foi uma espécie de “Sub-20 B”. Mas foi até pior. No Pan do Rio, por exemplo, cujos direitos de transmissão foram da Globo, parceira de Ricardo Teixeira, a seleção que disputou o Pan foi a sub-17. Resultado? O Brasil não passou da primeira fase, como agora. A CBF quis boicotar a Globo também?

O fato é que a Record investiu no futebol dentro de um evento multiesportivo no qual o grande charme reside justamente nas outras modalidades. E que bom que pelo menos duas vezes em cada quatro anos (no Pan, em menor escala, e nas Olimpíadas), o brasileiro pode acompanhar outro esporte que não seja o futebol, ainda que a emissora insista em não transmitir ao vivo diversas competições do Pan, inclusive aquelas em que o Brasil disputa medalhas.

A CBF está errada em muita, muita coisa mesmo. Mas nesse caso, o erro não foi dela.

domingo, julho 10, 2011

Aécio faz escola: Romário não sopra bafômetro, mas tem carteira apreendida

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

O ex-jogador de futebol e deputado federal pelo PSB do Rio de Janeiro, Romário, seguiu a cartilha inaugurada pelo senador Aécio Neves (PSDB-MG). O boleiro decidiu que era melhor não soprar o bajfômetro em uma blitz na noite de sábado (9), na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio.

Não se sabe se estava ou não alcoolizado. Mas são desconhecidos outros motivos que levem um motorista a não assoprar o instrumento que mede o nível etílico no sangue.

Foto: Akimi Watanabe/Agência Câmara
Outro ponto em comum: Romário também dirigia uma Land Rover quando foi parado. O carro foi liberado em ambos os casos, mas por motivos diferentes. E é aí que as coincidências com o episódio de Aécio encerram-se.

Romário tinha a documentação do veículo e carteira de habilitação em ordem – coisa que o ex-governador de Minas Gerais não pode assegurar. A Land Rover de Aécio era de propriedade da Rádio Arco-Íris, de sua irmã, André Neves. Até estava licenciada, mas ninguém explicou por que ele usava o carrão.

Também diferentemente deste último, o autor de mil gols como jogador profissional – segundo suas próprias contas – deu uma bola fora. É que, ao recusar-se a soprar o bafômetro, ele teve a carteira de motorista apreendida. A de Aécio estava vencida.

Romário estava acompanhado, inclusive da filha. O senador estava só.

Pior que carrinho por trás

Dirigir bêbado ou recusar-se a soprar o bafômetro (que, pela norma atual, permite aos policiais considerar como prova contra o motorista) é infração gravíssima.

O ex-jogador levou uma multa de R$ 957,70 e teve a carteira retida por cinco dias. O mesmo que ocorre com quem é flagrado conduzindo veículo automotor sob efeitos de álcool.

Segundo a assessoria de imprensa da operação Lei Seca, ligada à Secretaria de Segurança Pública do Rio de Janeiro, Romário apresentou motorista habilitado a digirir e o carro foi liberado. O Terra diz que testemunhas teriam visto Romário tentando manobrar para evitar a blitz, mas não conseguiu.

Quando era jogador, o "Peixe" só teve  problemas de "drogas ilícitas" em um episódio meio patético, em que o antidopping flagrou o uso de finasterida. A substância é princípio ativo de medicamentos contra a queda de cabelo. 

Como jogador, ele era conhecido por não fumar, não beber nem usar drogas. "Só mentia um pouquinho", dirá algum leitor arguto. Mas a ferinidade das más línguas aplica-se apenas ao fato de que o atacante era afeito a noitadas, mas não a todos os prazeres que, no imaginário até moralista, circundam os estabelecimentos boêmios.

Em março de 2010, pré-candidato a deputado federal, ele já tinha tido a carteira apreendida também por recusa de soprar o bafômetro, também na Barra da Tijuca. Na ocasião, a opção abstêmica do cidadão foi motivo de estranhamento por parte de amigos, que consideram que o máximo em termos de abuso de álcool era uma taça de champagne.

quarta-feira, março 23, 2011

Magoou e fez beicinho

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook


"Ronaldo tem o privilégio de ser carioca. Se eu fosse carioca, talvez tivesse essa despedida. Estou tranquilo, não me preocupo com isso, outros jogadores que foram muito mais do que eu na Seleção não tiveram despedida.(...) Mas o Ronaldo é carioca, a CBF fica no Rio. (...) É que ele parou agora e já marcaram despedida. Cada um é cada um, eu particularmente não preciso e nem espero essa despedida. (...) Um jogo de despedida pela Seleção não significaria nada."

- Rivaldo, sobre o amistoso de despedida de Ronaldo Nazário que a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) marcou para 7 de junho, no Pacaembu, entre a seleção brasileira e a da Romênia. Em abril de 2005, Romário, outro carioca, teve sua despedida pela seleção no mesmo estádio, contra a Guatemala.

terça-feira, setembro 22, 2009

Seleção de candidatos a 2010 promete...

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Já não é novidade alguma jogadores e ex-jogadores se embrenharem na política brasileira para “ajudar os mais necessitados”. E a cada ano essa seleção de candidatos promete mais emoção.


O ex-jogador Dinei, candidato a vereador em 2008 pelo PDT-SP, tinha o slogan “Nunca vou te abandonar. Corintiano vota em corintiano. Fui!” Ah! E o gritinho ridículo “Auip!!!!”



Para 2010, a lista já começa a ficar longa, mas vale a escalação. O ex-jogador de futebol Edmundo, vulgo “O Animal”, está em vias de ser o futuro candidato a uma cadeira de deputado estadual pelo PP. Particularmente gostaria de ver seu temperamento, que lhe dá o apelido, em atuação no plenário. Já o presidente do Corinthians, Andrés Sanches, se filou ao PT de São Paulo, mas ainda não sabemos qual cargo pretende disputar nas eleições de 2010. O presidente afastado do Flamengo, Márcio Braga, também promete ser candidato ao Senado, segundo a coluna Painel da "Folha de São Paulo". Quanto ao político e ainda jogador, Túlio Maravilha, a ideia é sair candidato a governador de Goiás. Já ao atual técnico dos Santos, Vanderlei Luxemburgo, cogita ingressar na política, como senador por Tocantins.

E hoje Romário, de 43 anos, se filiou ao PSDB, ou melhor ao PSB. A gafe foi cometida pelo próprio Romário, que em entrevista na manhã desta terça-feira, 22, errou o nome do próprio partido.

“Pode acontecer de eu ser candidato, mas meu objetivo é ajudar as crianças e o esporte (...). Se conseguir ser eleito, poderia ajudar as pessoas carentes... para ter votos tenho que fazer projetos. Sou de falar e cumprir”, afirmou Romário. Ainda vale lembrar que, há oito anos, ele chegou a se filiar ao PP por influência do ex-presidente do Vasco e ex-deputado federal Eurico Miranda, mas não se candidatou a nenhum cargo político.

Ingressos nesta futura seleção, e não necessariamente jogadores, ainda constam o ex-boxeador Popó, que deve sair candidato a deputado federal pela Bahia nas eleições de 2010, o ex-baterista do Rappa Marcelo Yuka, que deve aderir ao PcdoB, a ex-prostituta e fundadora da Daspu, Gabriela Leite (PV), os ex-jogadores Müller, Marcelinho e Vampeta na disputa para a Câmara, os cantores Luiz Carlos, do grupo Raça Negra, e Teodoro, da dupla sertaneja Teodoro & Sampaio, e o ex-pugilista Adilson Maguila Rodrigue concorrerão a cadeiras na política brasileira, todos pelo PTB.

É 2010 promete....

quinta-feira, dezembro 11, 2008

Ronaldo repatriado: sucesso ou fracasso?

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

A notícia de ida ao Corinthians de Ronaldo, ex-fenômeno, ex-gordo, ex-Milan, ex-Cicarelli, ex-Viviane Brunieri etc. despertou reações de todo lado.

Não queremos saber da frustração do Flamengo nem de comparações com Garrincha. A questão é:

Os passos de qual repatriado recente Ronaldo vai seguir?

À lista:

Denílson no Palmeiras
Dedicado a se recuperar de lesão no centro de treinamento do Palmeiras, o ex-são-paulino Denílson estreiou com a camisa alviverde em fevereiro, participou da conquista do campeonato paulista de 2008, resolveu um jogo ou outro. Chegou com um contrato de produtividade, dizendo que queria fazer do Verdão trampolim para a seleção. Mas nunca pode dizer que sequer era titular. Os críticos pegaram no pé, e ele já anunciou que não fica em 2009. Resumindo, recuperação física, sem vantagem muita para o clube.

Foto: Junior Faria/Flickr
Adriano no São Paulo
Apesar da confiança da torcida tricolor, não se pode dizer que a andorinha Imperador tenha feito verão. O São Paulo foi eliminado na Libertadores nas quartas de final. Apesar de Juvenal Juvêncio jurar que valeu a pena (e da mídia são-paulina comprar a história), na prática foi um semestre, nenhum título, mas houve a recuperação do excesso de baladas e dos problemas com o álcool. Ou quase. O Rei da Cocada preta não resolveu. Tanto assim, que a equipe tricolor só se acertou bem depois da saída do atacante. Por outro lado, voltou à seleção. Resumindo: bom para o atleta, ruim para o clube e nova expatriação.

Foto: Santos/Divulgação
Zé Roberto no Santos
Desacreditado por uns, foi o modelo de profissional para outros, porque arrebentou no primeiro semestre de 2007 com a camisa do Peixe. O melhor jogador da seleção brasileira de 2006 – pelo menos em disposição – comandou o Santos na conquista do Paulista, mas parou na semi-final da Libertadores, diante do Grêmio. Não resolveu tudo, mas com liberdade, fez mais gols que nunca, mas nunca mais voltou à seleção. Resumo, bom para o atleta e para o clube, nada de seleção e nova expatriação.

Foto: Ricardo Stuckert/Pr
Romário no Flamengo, Vasco e Fluminense
Contratado a peso de ouro para o supertime do centenário do clube da Gávea, Romário foi artilheiro do campeonato carioca em 1995 e 1996. No primeiro ano, fez menos do que Renato Gaúcho na final contra o Fluminense, mas ajudou no segundo a garantir o título. Depois ficou num vai e vem com o Sevilha, mas chegou em 1998 convocado para a seleção brasileira que disputaria a Copa do Mundo da França. Foi cortado pelo técnico Zagallo por contusão. Depois, Romário seria campeão e um dos artilheiros da Copa João Havelange, pelo Vasco. E protagonizaria a saga pelos mil gols, no Brasil. Resumindo: bom para ele e para o clube, nada de seleção e início de aposentadoria.

Junior Baiano no Flamengo
Transferido do São Paulo para o Werder Bremer em 1995, o zagueiro foi trazido de volta em 1996 pelo Flamengo. Além de conquistar o mesmo campeonato carioca já citado com a camisa rubro-negra, conseguiu o que parecia impossível para o atleta. Foi titular da seleção canarinho de 1998, comandada por Zagallo, ao lado de Aldair. Parece troça, mas é a melhor opção para Ronaldo se inspirar na experiência de repatriado do atleta se o objetivo é ir para a Copa de 2010. Depois, Junior Baiano passaria pelo Palmeiras, onde foi campeão da Libertadores em 1999, pelo Vasco para ir à China representar o Shanghai Shenhua. Não confundir com a segunda volta do jogador nascido em Brasília, para o Inter. Resumindo: bom para o atleta, para o clube e titular da seleção na Copa.

Vote: Os passos de qual repatriado recente Ronaldo vai seguir?

quinta-feira, novembro 20, 2008

Troféu Romário de jogador mais mascarado

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

A partida de hoje entre Brasil e Portugal colocou em campo Cristiano Ronaldo e Kaká, dois candidatos a melhor do mundo. Muita gente boa já escreveu sobre quem é melhor, o Futepoca quer saber outra coisa.

Troféu Romário de jogador mais mascarado


O Baixinho é homenageado no prêmio por sua fama de rei da máscara. E por ser "maior que o Pelé". A brincadeira não inclui o bom moço Kaká e seu "ele é mais habilidoso do que eu". É claro que Romário jogou muita bola, mas sempre teve certeza de que era muito mais do que o futebol. Mais ou menos o mesmo – em escala menor – pode ser aplicada aos elencados aqui. Jogar, a turma joga (ou jogou), mas ganharam fama de mascarados. Injustiças devem ser denunciadas nos comentários!

Cristiano Ronaldo
Indagado sobre quem seriam os três maiores jogadores do mundo atualmente em entrevista ao Estadão, o português não teve dúvidas: "Sou o primeiro, o segundo e o terceiro (risos)". Quando a pergunta foi sobre beleza dos futebolistas, ele não deixou por menos: "Gosto muito de mim". Podem até dizer que foi piada, mas o cabra faz questão de se valorizar. Mas também avisou que Kaká é o melhor do mundo. Jogo de cena?


Robinho
Acusado de não render na seleção nas partidas para valer o mesmo que nos clubes em que joga e por não resolver jogos decisivos, Robinho tem conquistas para rebater, inclusive pela seleção. A ira de jornalistas e torcedores se aguçou depois de o atleta desembarcar na Granja Comary de helicóptero antes da partida contra o Chile.

Ronaldinho Gaúcho
A chegada ao Milan foi qual à de uma celebridade hollywoodiana ou um rapper gringo. Eleito duas vezes como melhor jogador do mundo em 2004 e 2005, não correspondeu na seleção brasileira na Copa de 2006. Pior, foi dos mais apáticos, motivo porque lhe foram destinadas duras críticas. O mesmo aconteceu na Olimpíada de Pequim, apesar do sobrepeso.



Marta
Isolada do restante do grupo da seleção brasileira e sempre tentando resolver sozinha as partidas, Marta não conseguiu levar a seleção brasileira de futebol feminino ao título mundial nem o ouro na Olimpíada deste ano. Perdeu, na hora H, para a seleção dos Estados Unidos uma semi-final e uma final. Apesar de ser apresentada como uma pessoa simples pelo jornalista argentino Diego Graciano no livro Você é mulher, Marta (que eu ainda vou resenhar aqui no Futepoca, aguardem), a melhor jogadora de 2007 entra na lista dos marmanjos para ser votada.

Riquelme
Riquelme arrebentou com o Grêmio em 2007 e com o Palmeiras em 2001. Mas nem deu certo na Europa e parece desaparecer na seleção argentina. O atleta é supervalorizado por seus feitos no Boca Juniors, mas nem sempre consegue honrar a 10 que já foi do atual técnico da seleção hermana, Diego Maradona.


Ibrahimovic
Cotado para melhor de 2008, o sueco já declarou que era fã de Ronaldinho Gaúcho, mas chegaria a ser melhor do que ele. O fato de ter liderado a Internazionale ao tricampeonato é relevante, claro, mas na Eurocopa 2008 e no Mundial de 2006, deixou a desejar, na visão de alguns fãs, que esperavam que o atacante carregasse o time nas costas.

Será que esqueci muita gente? Será Romário também foi injustiçado?

Vote:

Troféu Romário: quem é o mais mascarado do futebol?


sexta-feira, maio 16, 2008

Ainda dá, Santos...

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook



Vendo a partida de ontem entre América (MEX) e Santos, lembrei de um outro jogo que assisti na Vila Belmiro em 2003. Já (mal) acostumado com Diego, Robinho e companhia, minhas atenções naquela peleja contra o Fluminense se voltavam para um atacante baixinho do Tricolor. Romário já não estava no auge da sua forma, mas ainda assim era muito interessante vê-lo jogar.

Marcado pelo ótimo zagueiro Alex, quando o Fluminense atacava e o santista olhava pra bola, Romário se deslocava pro lado, sempre tentando se colocar próximo à segunda trave. Volta e meia estava sozinho para receber a pelota.

O que me trouxe essa lembrança ontem foi o atacante Cabañas, do América. Não que ele seja um Romário, longe disso, mas o estilo desse anti-atleta, gordinho e atarracado, lembra um pouco o Baixinho. Precisou de pouco para decidir o jogo. Duas maravilhosas matadas no peito e dois chutes certeiros. Não é à toa que diário El Grafico publicou, na matéria intitulada Santificado seja o seu nome: "Cabañas segue sua sina de ‘Salvador’. Resgatou o orgulho dos torcedores do América e seu nome já é santificado pelos fanáticos".

O América é um time organizado, mas o diferencial é o paraguaio. E o Santos, na Vila Belmiro, pode vencer por dois gols de diferença, como fez com a LDU em 2004. O difícil vai ser não tomar nenhum, enfrentando um furtivo jogador que se desmarca num piscar de olhos. A tarefa poderia ser mais fácil se o bandeira não tivesse anulado um gol legítimo de Kléber Pereira no final do jogo. Curiosamente (ou não), o mesmo auxiliar já havia validado um lance ilegal dos mexicanos em que Fábio Costa foi obrigado a fazer um milagre na primeira etapa.

Por coincidência, nos jogos de volta das quartas-de-final da Libertadores 2008, Santos e São Paulo estão na mesma situação de seus confrontos contra o Grêmio em 2007. Ali, o Tricolor venceu por 1 a 0 a primeira partida e perdeu por 2 a 0 na volta. Já o Alvinegro foi derrotado por 2 a 0 no Olímpico e venceu por 3 a 1 na Vila Belmiro. Maus presságios?

terça-feira, abril 29, 2008

Do vinho e da caninha

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Logo após se tornar conhecido globalmente como o Rei do Futebol, com a conquista da primeira Copa do Mundo pelo Brasil, em 1958, Pelé passou a ser explorado de todas as formas pela indústria. Na foto à direita, a "Caninha Pelé", destilada e vendida, naqueles tempos pré-históricos, em muitas cidades do interior de São Paulo. Já na década de 1980, outro exemplo de atleta que "virou bebida" foi Romário. Em sua passagem pelo PSV Eindhoven, na Holanda, o Baixinho batizou um vinho local (à esquerda). Sem entrar na polêmica dos gols, poderíamos suscitar outra disputa entre os dois boleiros brasileiros: quem teria vendido 1.000 garrafas primeiro? Sei lá, "Peixe", considerando o gosto nacional pela branquinha, acho que o Pelé também leva a melhor nessa dividida...

terça-feira, dezembro 18, 2007

Enquete: qual dos brasileiros eleitos como melhores do mundo pela Fifa é mais boleiro

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

O camisa 22 do Milan e 8 da seleção brasileira foi eleito o melhor jogador do mundo em 2007 pela Fifa. Antes, havia faturado o prêmio da revista francesa France Football. Um meia ofensivo, algo bem diferente de 2006, quando o zagueiro italiano Fabio Cannavaro foi eleito.

Antes de Kaká, Ronaldinho Gaúcho por duas vezes consecutivas, Ronaldo Fenômeno por três vezes – sendo duas consecutivas, Rivaldo e Romário (uma vez cada) haviam faturado a premiação criada em 1991. As oito conquistas, contra três de Zidane para a França, colocam o Brasil como dono do melhor futebol do mundo desde então, apesar de não ter o jogador mais premiado – já que o filho de argelinos que comandou os azuis na conquista de 1998 e no vice de 2002, teve um segundo lugar e dois terceiros.

O que o Futepoca quer saber é: qual dos brasileiros é melhor? A questão é o conjunto da obra, e cada um priorize o que preferir.

Como bem observou a Thalita, só estão listados os melhores no futebol masculino, por isso a Marta, eleita por duas vezes como melhor do mundo, não entra na disputa. Quem achar que ela é melhor que os outros cinco ou que essa exclusão é machismo, que justifique suas afirmações nos comentários.

Enquando Kaká exibe seu penteado cheio de gel aos 25 anos tem uma ou duas copas pela frente, Ronaldinho Gaúcho tem 27, de modo que a África do Sul é sua última chance de ser bi. O Gordo mal consegue retomar a carreira, e Rivaldo e Romário não terão grandes contribuições ao futebol antes de encerrarem suas carreiras. A perspectiva de futuro pode ser pior ou melhor para os atletas, já que alguns podem ou não levar isso em conta na hora de votar.

Vote:

Qual dos brasileiros eleitos melhores do mundo pela Fifa é o melhor?

quarta-feira, dezembro 05, 2007

Alerta aos calvos do mundo: Romário pego no antidoping

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook


O centroavante Romário foi pego no antidopping. A substância: finasterida. Aos calvos do mundo fica o alerta, o medicamento é usado contra a queda de cabelo, mas é proibida pelo Controle de Dopagem da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Aliás, esta é a alegação do veterano de 41 anos. As amostras do exame foram coletadas no dia 28 de outubro, depois do empate entre Palmeiras e Vasco.

Originalmente incorporada pela indústria farmacêutica no tratamento de problemas na próstata, o princípio ativo mostrou-se eficiente no combate ao mal que aflige calvos e carecas. Ao que consta, há um efeito colateral em 1% da população, uma redução significativa na libido.

No livro de controle de dopagem (em PDF) da CBF, a finasterida está listada entre os diuréticos que funcionam como "agentes mascarantes", por serem "inibidores de alfa-redutase". Há uma ressalva. Uma Autorização para Uso Terapêutico (AUT) pode até livrar o atleta, desde que nenhuma outra substância proibida seja encontrada. Se houver qualquer resquício de outro tipo de doping, mesmo que em dosagem igual ou inferior à permitida, adeus AUT.

Romário diz que consome o medicamento de nome fantasia Propécia, da Merck Sharp, mas tem um monte de genéricos com a mesma dosagem de 1 mg. Uma caixa dessas de 30 comprimidos sai, em uma pesquisa rápida na farmácia, por R$ 112. Os genéricos custam 15% disso. O problema é que, pelo mesmo motivo, o zagueiro Marcão, do Inter, foi suspenso durante o Brasileiro por 120 dias.

Estaria encerrada a carreira do último (ou o primeiro?) abstêmio-boêmio do futebol brasileiro?

Pelo menos para a auto-crítica o caso serviu. Concluiu o Baixinho:

– Isso não é doping – alegou – É só olhar a minha performance: eu corro menos e faço menos gols.

terça-feira, outubro 23, 2007

Vasco, a menina-meio-feia do Brasileirão

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Pense nos seus tempos de colegial e lembre daquela moça que não era nem feia nem bonita. Não chamava a atenção pela beleza e nem pela feiura. Se levasse sua vida na boa, poderia até passar dificuldades para arrumar um amante, mas possivelmente o amor sorriria pra ela. Não seria nenhum príncipe encantado, é claro, mas um rapaz de acordo com a sua beleza - que, como dito, não era grande coisa.

Agora imaginem se essa moça, com sua pouca beleza, resolvesse negar a natureza e se candidatasse a um concurso de Miss. Passaria vergonha e seria humilhada, não é mesmo? A comparação com as meninas mais belas detonaria a pobre coitada e, alguns que até simpatizariam com ela caso o episódio não tivesse ocorrido, destinariam para a garota sua mais vil rejeição. Tudo porque ela não soube se encaixar no lugar correto.

Pois bem: adaptemos essa metáfora ao Campeonato Brasileiro e veremos nessa moça a figura do Vasco da Gama, clube do hoje técnico Romário (foto).

O Vasco entrou no Brasileirão sem maiores pretensões. O time, e os vascaínos eram os que mais tinham certeza disso, não era grande coisa. Havia feito um fraco estadual e, na Copa do Brasil, sido eliminado pelo Gama de maneira vergonhosa, num Maracanã montado para a festa do milésimo gol de Romário.

Aliás, era justamente essa busca pelo milésimo gol o que se dizia como sendo o principal empecilho para que o Vasco jogasse um bom futebol em 2007. Após a conclusão dessa pataquada, esperava-se que o Vasco passasse a jogar um bom futebol.

Pois bem: o Brasileirão foi passando, Romário inventou uma contusão e parou de jogar bola. E o Vasco deslanchou. Sobre o comando de Celso Roth, começou a ganhar uma série respeitável de jogos e terminou o primeiro turno na zona da Libertadores. Falar em título ainda era uma sandice, mas a vaga para o principal torneio sul-americano, que o clube da Colina não disputa desde 2001, era um sonho bem factível.

E aí o Vasco se tornou aquela menina-meio-feia que quis disputar o concurso de Miss.

No segundo turno, a campanha cruzmaltina é pífia. Os números comprovam: nos últimos 10 jogos pelo Brasileirão, são duas vitórias e um empate. O resto é só derrota. O sonho da Libertadores acabou de maneira definitiva, o time entrou em crise e Celso Roth, que vinha sendo elogiado (inclusive por mim, nesse próprio fórum) foi demitido.

Se uma catástrofe não ocorrer, o Vasco deve acabar esse Brasileiro numa zona intermediária. Nem rebaixado, nem classificado pra nada. Exatamente o que se esperava do time no início da competição. Então porque a crise toda que abala São Januário? Simples, porque o time quis se ver como uma Miss.