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segunda-feira, agosto 06, 2012

Um pouco sobre as medalhas da ginástica e do boxe

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O que a medalha de ouro de Arthur Zanetti hoje e as duas já garantidas por Adriana Araújo e Esquiva Falcão em dois combates excelentes têm em comum? Embora não sejam modalidades parecidas, o fato é que ambas contam com juízes na avaliação dos desempenho de cada atleta, na ginástica, para analisar a perfeição dos movimentos executados; no boxe, para aferir se o golpe dado contra o adversário valeu ou não ponto*.

Nesse aspecto, por mais que os juízes tentem ser imparciais e os critérios sejam técnicos, a subjetividade sem dúvida pode afetar em um momento de dúvida. E, nessa hora, o juiz olha a nacionalidade de um e de outro, vê a tradição que cada qual tem no esporte em questão, e pode chegar a uma conclusão algo injusta, ainda mais em competições onde um ponto (ou décimo de ponto) fazem toda a diferença.

Assim, a primeira medalha da ginástica conquistada por Arthur Zanetti se deve, e muito, àqueles que vieram antes dele e fizeram especialistas olharem de outra forma para o país. Desde Claudia Magalhães e João Luiz Ribeiro, primeiros ginastas brasileiros a participar dos Jogos, em 1980, passando por Luisa Parente, que foi às Olimpíadas de 1988 e 1992, e aqueles que passaram a disputar finais e medalhas em Mundiais, como Daiane dos Santos e Diego e Daniele Hipolyto, entre outros.

Esquiva Falcão: vitória que já é legado
Já no boxe, os feitos de hoje de Adriana Araújo e Esquiva Falcão são dignos de nota. Em um dia, garantiram duas medalhas, sendo que o país tem apenas uma na modalidade, com Servílio de Oliveira, em 1968. E se a ginástica de alto nível no Brasil já conta com certa estrutura há algum tempo, no boxe, a conquista é recente, mas já dá resultados. Hoje, há uma equipe olímpica permanente, que treina em um centro em Santo Amaro, São Paulo, e conta com patrocínio do Programa Petrobras Esporte & Cidadania, que garante o suporte que sempre faltou ao esporte brasileiro (o merchan é de graça, embora o programa pudesse ser ampliado).

Os brasileiros do boxe ainda lutam contra um relativo preconceito dos juízes, algo que não é chororô de perdedor não e pode ser constatado até por quem entende muito do riscado. A aula de boxe de Esquiva hoje, por exemplo, poderia ter garantido uma vantagem muito maior do que teve contra o húngaro Zoltan Harcsa e Robson Conceição acabou sendo derrotado por Josh Taylor, lutador “da casa”, o que ainda gera reclamações do vencedor de hoje. "A torcida a favor pode influenciar a arbitragem, porque muitas vezes o golpe pega na guarda, a torcida grita e eles marcam", protestou Esquiva.

E o boxe ainda encontra outro obstáculo, como lembra Falcão na mesma matéria. "O boxe estava sumido, e com o crescimento do UFC sumiu mais ainda. Agora estamos fazendo o boxe aparecer de novo." Oxalá a modalidade volte a crescer.

* O boxe olímpico masculino tem três assaltos de três minutos. É marcado ponto quando o lutador acerta o rival com a parte marcada de branco da luva no rosto e nos lados da cabeça, na frente e nos lados do tronco, e cinco juízes avaliam na hora se o ponto valeu.Socos na guarda do adversário não contam pontos.

domingo, agosto 05, 2012

Agenda olímpica (segunda, 6 de agosto) - para quebrar o tabu no boxe e na ginástica

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Na segunda-feira, o Brasil tem duas chances de garantir medalha em uma modalidade que é um dos patinhos feios da delegação brasileira. O boxe, mesmo já tendo feito uma campanha histórica na terra da Rainha, ainda busca uma medalha para acabar com um tabu que já dura 44 anos. Em 1968, nas Olimpíadas da Cidade do México, Servílio de Oliveira obteve a única medalha do Brasil na competição, um bronze. Agora, o país tem três chances de sair da seca.

Duas das oportunidades são amanhã. No boxe feminino, Adriana Araújo, que demoliu Saida Khassenova, do Cazaquistão, no último assalto da sua primeira luta, pega Mahjouba Oubtil, do Marrocos. A luta (histórica, porque é histórica mesmo) acontece às 11h. Esquiva Falcão luta com o húngaro Zoltan Harcsa e pode assegurar o bronze com uma vitória. Se levarmos em conta o retrospecto da luta anterior, na qual superou facilmente o pugilista do Azerbaijão Soltan Migitinov, podemos esperar um grande desempenho. Vitória é consequência, derrota faz parte.

Arthur Zanetti, pra acabar com a zica (Divulgação)
Já a ginástica, que nunca ganhou uma medalha apesar dos favoritismos de Daiane dos Santos (2004) e Diego Hipolyto (2008), tem enfim a possibilidade de sair do zero, com um ginasta bem menos midiático que os dois anteriores. Medalhista de prata nas argolas no Mundial de Tóquio, em 2011, ele pode faturar uma medalha amanhã, a partir das 10h.

O hipismo brasileiro, que já deu três medalhas olímpicas para o Brasil, duas de bronze por equipe com Doda e Rodrigo Pessoa em Atlanta-1996 e Sidney-2000, além do ouro com Rodrigo Pessoa e nosso saudoso herói olímpico, oaposentado Baloubet du Rouet, em Atenas-2004, disputam a final de saltos por equipe. A equipe brasileira está em sétimo lugar e sua sua ida à final é mais valorosa por conta das circunstâncias. Cada time disputa com quatro conjuntos (cavaleiro/cavalo), sendo que o pior resultado é descartado na pontuação final. Mas o país disputou com três conjuntos brasileiros, pois Wilexo, cavalo de Cacá Ribas, foi vetado pelos veterinários e deixou o torneio. Amanhã, serão só três conjuntos, e o Brasil já se iguala aos rivais. Mesmo assim, se vier medalha, certamente será épico.

Confira as provas que têm Brasil:

6h00
Atletismo – Eliminatórias do lançamento de disco masculino
Ronald Julião (BRA)

6h45
Atletismo - Eliminatórias do lançamento de disco feminino
Geisa Arcanjo (BRA)

6h50
Atletismo – Eliminatórias dos 800m rasos – Masculino
1ª bateria: Fabiano Peçanha (BRA)
2ª bateria: Kleberson Davide (BRA)

10h00
Hipismo - Salto - Individual - Misto Eliminatórias
Doda, Rodrigo Pessoa e José Roberto Reynosso

Hipismo - Salto por Equipe - Misto Eliminatórias
Doda, Rodrigo Pessoa e José Roberto Reynosso

10h00
Ginástica - Ginástica artística - argolas - Masculino Final
Arthur Zanetti

11h00
Boxe - Até 60 kg - Feminino Quartas de final
Adriana Araújo (BRA) x Mahjouba Oubtil (MAR)

11h00
Nado sincronizado - Rotina Livre: Dueto Feminino - Feminino Primeira fase
Lara Teixeira e Nayara Figueira (BRA)

13h00
Hipismo - Salto por Equipe - Misto Final
Doda Miranda, Rodrigo Pessoa e Zé Roberto (BRA)

14h00
Vôlei de praia - Masculino - Masculino Quartas de final
Alison/Emanuel (BRA) x Fijalek/Prudel (POL)

15h00
Saltos ornamentais - Trampolim de 3 m - Masculino Primeira fase
Cesar Castro (BRA)

15h20
Atletismo – Eliminatórias femininas dos 200 m rasos
3ª bateria: Ana Claudia Lemos (BRA)
6ª bateria: Evelyn dos Santos (BRA)

16h00
Basquete - Espanha x Brasil - Masculino Primeira fase

17h45
Boxe - Até 75kg - Masculino Quartas de final
Esquiva Falcão (BRA) x Zoltan Harcsa (HUN)

18h00
Vôlei de praia - Masculino - Masculino Quartas de final
Ricardo/Pedro Cunha (BRA) x Brink/Reckermann (ALE)

18h00
Vôlei - Brasil x Alemanha - Masculino Primeira fase
Brasil x Alemanha


quarta-feira, maio 13, 2009

Diário de uma quase ginástica

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Aos 43 anos, para lá da meia idade, começa-se a pensar em fazer alguma coisa para pelo menos diminuir os efeitos de décadas de cervejas, noites maldormidas, trabalho sentado ao computador...

A primeira fase é das mais chatas, médicos e exames.. Aliás, a classe, que só usa branco para torturar os pobres mortais, promete que se a gente seguir tudo que eles dizem seremos saudáveis. Se não dá certo, a culpa é nossa, fizemos algo errado. Quando o cara morre, nem pode voltar do além para reclamar pelas cervejas, os doces e os cigarros que teve de abdicar.

Mas voltando aos exames, depilam você no peito para colocar umas espécies de ventosas, corre-se na esteira, fazem-se exames de sangue, fica-se 24 horas com um maldito aparelho medindo a pressão apenas para provar que você não vai morrer no primeiro exercício.

Aprovado, vem o primeiro dia. Fichas são feitas, atestados apresentados, começa-se a programação. Bicicleta, musculação, esteira, abdominais. Músculos de que nem supunha a existência e que estavam bem quietinhos em seu lugar resolvem reclamar. Aguenta-se tudo pelo ideal de sáude. Menos que aquela senhora com mais de 50 anos humilhe você correndo mais na esteira ao lado... O coração vai a mil, você resiste um pouco, mas resolve reconhecer, humilhado, a derrota antes do enfarto.

O pior ainda estava para acontecer. Banho no vestiário masculino. Na entrada, tudo bem, não havia ninguém. Depois, quando você já está se enxugando no boxe, alguém do lado liga a água, que começa a respingar. Ok, é só sair e se secar lá fora.

Põe-se a roupa e na hora que vai pôr o tênis, o cara que estava no chuveiro, que você descobre que era um careca, para bem na sua frente para abrir o armário. Ok, é só virar o rosto e sair rapidinho. Mas antes de botar o pé para a fora ele ainda para na sua frente e começa a passar óleo ou sei-lá-o-quê em todo o corpo.

Realmente, é hora de sair correndo para tomar uma cerveja e esquecer o primeiro dia de tortura.