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quarta-feira, setembro 02, 2009

Sem ter escrito nenhum livro, Collor é eleito imortal da Academia Alagoana de Letras

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O atual senador Fernando Collor de Mello (PTB) e ex-presidente do Brasil, foi imortalizado na manhã desta quarta-feira, 2. Ele, que ocupará a cadeira número 20 da Academia Alagoana de Letras, nunca publicou um livro mas afirma que está em vias de escrever "A Crônica de um Golpe”, a sua versão de tramoias que lhe arrancaram do Planalto. Já para se candidatar a cadeira de imortal, o senador entregou um amontoado de discursos. Mas o bom mesmo é saber que a a Academia Alagoana de Letras de Alagoas tem tanta vaga, que até quem nunca escreveu um livro tem a sua garantida....

Se já surpreende a imortalidade de Collor, as coisas ainda podem piorar. O poeta Ledo Ivo, único acadêmico alagoano membro da Academia Brasileira de Letras, apoia a indicação nacional de Collor. "Ele tem qualidades para ser indicado e eleito para a ABL", garante Ledo.

E é assim que temos mais um imortal na política, Sarney e Collor, os literatos. O que diria o escritor alagoano Graciliano Ramos em uma situação destas? Talvez isso:

"Bichos. As criaturas que me serviram durante anos eram bichos. Havia bichos domésticos, como Padilha, bichos do mato, como Casimiro Lopes, e muitos bichos para o serviço do campo, bois mansos. Os currais que se escoram uns nos outros, lá embaixo, tinham lâmpadas elétricas. E os bezerrinhos mais taludos soletravam a cartilha e aprendiam de cor os mandamentos da lei de Deus."

(Graciliano Ramos - São Bernardo)