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segunda-feira, março 30, 2009

Re-escrevendo a história de 64

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Fiquei sabendo agora há pouco de um evento que se realizará amanhã, dia 31/03, no CLube Militar. Simplesmente surreal:


Destaque para as “três placas em homenagem às vítimas do terrorismo”, a serem inauguradas como parte das “comemorações”, segundo destacado na parte em laranja do cartaz. O pessoal está determinado a demonstrar sua capacidade de re-escrever a história, como já mostrou a Folha de S. Paulo com sua "ditabranda".



Em tempo – Algumas pessoas estão se mobilizando para uma manifestação em frente ao Clube Militar, amanhã, às 14h30. Quem estiver no Rio e puder dar uma força, é uma boa. A “ditabranda” da Folha levou a essa mobilização interessante, relatada pelo colega blogueiro William Mendes aqui e aqui. Bora atrapalhar a "festa"!



Em tempo 2 - O site do Clube Militar é uma fonte de pérolas reacionárias. Há carta de apoio ao senador Jarbas Vasconcelos e afirmação de que o presidente Lula não tem "compostura moral nem preparo intelectual para presidir sequer um bloco carnavalesco de esquina". Lá, o ato é anunciado por um artigo do 1º vice-presidente da entidade, Gen. Div Clovis Purper Bandeira (íntegra aqui, em PDF). Nele o militar se dirige ao “novo camarada”, que já deve ter ouvido muitas histórias a respeito do 31 de março de 1964 que “infelizmente, não corresponde à verdade histórica e constitui uma releitura distorcida dos fatos, com a finalidade de confirmar, sob um falso manto de pretensa veracidade, as posições e convicções políticas dos derrotados em 1964”.

Bandeira afirma que o ocorrido em tal dia culminou em uma série de eventos que deixavam clara a existência de um movimento comunista para tomar o poder no Brasil. Dado isso, foi lançada a já planejada “contrarrevoução”, como relata o militar: “A sorte estava lançada e o aparentemente sólido castelo da subversão, inflado pela demagogia e pela propaganda, acreditando numa força que era apenas retórica, desmoronou ao primeiro embate. A Nação estava salva.”

Assustador.