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quarta-feira, julho 25, 2007

"Para resolver, é só sentar e tomar uma"

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No final de abril, a revista A+, do Lance!, publicou uma entrevista impagável com o veterano atacante Luizão (na época sem clube, hoje no São Caetano). Eu e o Glauco rimos muito da sinceridade do rapaz e eu fiquei de postar alguns trechos, mas depois da bebedeira perdi a publicação no meio da minha bagunça e só consegui encontrá-la anteontem. Por isso, antes tarde do que nunca, seguem as melhores passagens:

É fácil derrubar treinador?
Luizão - É a coisa mais fácil do mundo. Jogador é pior do que puta.

E inimigo, tem ou resolve com uma cervejinha?
Luizão - Não consigo ter raiva de ninguém. Para resolver, é só sentar e tomar uma (risos). o Eurico (Miranda, presidente do Vasco), por exemplo, não me pagou e eu gosto dele.

Por que os jogadores gostam do Eurico?
Luizão - Ah, porque você sabe que ele não vai te pagar, vai te dar um nó. Daí você já fica esperto (risos).

O que unia a Família Scolari?
Luizão - Não existe família. (...) Nem a sua família é unida, imagine uma família de 40. É um rótulo. De vez em quando, Felipão liberava a gente para dar uma volta, beber algo. (...) Quando acabava o jogo, Felipão dava a primeira latinha de cerveja para mim.

E a segunda?
Luizão - Era dele, pô.

O que você mais gosta?
Luizão - Sou brasileiro. Gosto de cerveja, praia, sítio e ficar com os amigos.

Por que você acha que nunca foi exemplo?
Luizão - Eu gostava muito da noite quando era mais novo. Até meus 25 anos eu "quebrei" muito. Mas não me arrependo.

O que é "quebrar" muito? Bebida, mulher...
Luizão - Tudo, né.

Qual foi a pior dessas aventuras da noite?
Luizão - Eu nunca menti. O Lopes (Antonio, técnico), no Rio, dizia: "Porra, te vi ontem, 4 horas da manhã". E eu respondia: "Tava mesmo. E não vou treinar hoje". Eu deitava na maca e ele falava: "Dorme aí!".

Pra arrematar, Luizão revela os bastidores do retorno da seleção pentacampeã em 2002, e o verdadeiro motivo das cambalhotas do volante Vampeta na rampa do Palácio do Planalto (foto acima):

Tá louco, bebi pra caramba. Bebemos depois do jogo e pegamos o avião no outro dia, com uma ressaca do caramba. Daí o Felipão pega aquele chopp e diz: "Toma, Luizão!". E eu pedi um pro Vampeta também. (...) Ele (Vampeta) tava bêbado mesmo. Eu também tava. O (goleiro) Marcão também. Todo mundo que bebia estava. (...) E o pior vocês não viram. Ele (Vampeta) ficava falando no ouvido do presidente (FHC). Até o Felipão pedia para ele calar a boca. Tava falando um monte de merda. Puxava a gola do presidente, e o Felipão bravo - recorda o atacante, aos risos.

(Essa entevista foi concedida a Paulo Roberto Conde, Marcel Merguizo e Alexandre Lozetti)